Cinderella escrita por Alina Black


Capítulo 75
James e Laurent


Notas iniciais do capítulo

Pov Jacob



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O som do abrir da cela me fez abrir os olhos, fiz uma careta sentando lentamente na cama, as dores da surra que eu havia levado na briga em que havia e metido já não eram tão fortes, mas em compensação eu não fui obrigado a sair da minha cela nos últimos três dias.

— Black, visita! O carcereiro falou me aguardando do lado de fora.

Novamente a careta se fez em meu rosto, nunca havia sido tão difícil me levantar, caminhei lentamente até o portal e passei por ele seguindo o homem de uniforme, segui pelo corredor cercado de celas sem olhar para o lado até chegar a pequena porta, entrei na sala onde Seth e Edward me esperavam.

— Você esta melhor? Edward perguntou enquanto eu me sentava em uma das cadeiras que havia em volta de uma pequena mesa – Embry tomou providencias, não vamos admitir que a administração desse presidio tolere violência contra você.

— Eu dei primeiro soco! Respondi

— Então pare de se meter em confusão! Seth respondeu.

— Como a Nessie está?

— Estamos ficando sem opções para prende-la dentro de casa Jacob, ela está começando a ficar desconfiada, escondemos até seu celular, mas eu não sei por quantas dias mais vamos conseguir! Edward respondeu.

— Vocês não têm nenhuma previsão de quando vão me tirar daqui?

— Paul saiu da UTI, não estão mais usando sedativos, ele pode acordar a qualquer momento, enquanto isso Embry está acompanhando as investigações e tentando apressá-los, mas temos duas boas notícias! Explicou Edward.

Apesar do alívio em saber que Paul havia melhorado, meu humor não era dos melhores, meu único desejo era sair desse inferno e ver a mulher que eu amava- A boa notícia que poderiam me dar seria, você está livre! Murmurei.

— Tem a ver com isso! Seth falou puxando uma cadeira e sentou-se de frente para mim – Jake, a pericia encontrou seu sangue próximo ao elevador, isso é uma prova que está falando a verdade, entramos com um pedido de liberdade temporária, você tem endereço fixo, emprego e é casado, Embry está trabalhando nisso neste exato momento.

A explicação de Seth me deu um pouco de esperança- E quanto tempo demora para esse pedido ser aceito?

— No máximo três dias, nós vamos tirar você daqui!

— Nós vamos conseguir Jacob! Edward confirmou o que Seth havia dito.

— Tudo bem! Suspirei e lentamente e me levantei da cadeira – E qual a outra notícia?

— Você tem visitas! Seth falou dando um sorriso tímido, Edward também sorriu e caminhou até a porta a abrindo, falou com um dos carcereiros e após alguns segundo ouvi o som da cadeira de rodas, meu coração acelerou, meu pai entrava na sala tendo a cadeira de rodas empurrada por Rachel.

— Vamos esperar lá fora, já sabem só liberaram por 10 minutos! Seth falou ao passar por ele e então saiu da sala com Edward, a porta se fechou.

— Pai! Murmurei dando alguns passos em sua direção, Rachel me olhou com os olhos lacrimejados e então o abracei ignorando a dor que eu senti ao me curvar – Que bom ver vocês.

Billy Black me apertou em seus braços, em seguida se afastou olhando em meus olhos- O que fizeram com você meu filho? Você não merece isso!

— Eu vou sair daqui, vou provar minha inocência.

— Vai! Rachel falou dando alguns passos em minha direção – O Paul está bem, ele reagiu bem a tudo, ele vai falar quem o feriu Jake, eu sei que não foi você.

Puxei Rachel contra meu peito e beijei sua cabeça – Imagino o quanto deve estar sendo difícil para você.

— Está! Ela murmurou – Dois dos três homens da minha vida estão em situações que não deveriam estar! O olhar de Rachel se ergueu para mim e eu sorri beijando sua testa.

— Obrigado por acreditar em mim.

— Nós acreditamos Filho porque conhecemos você! Meu pai respondeu dando um sorriso e segurei sua mão a beijando.

— Rebecca mandou um beijo, ela está lá fora, a administração só permitiu que uma pessoa entrasse com o papai por causa da cadeira de rodas, ela assim como nós acredita na sua inocência!

— Obrigado! Sorri segurando a mão da minha irmã e meu pai – Eu vou sair desse lugar!

— Vai sim filho, seus amigos estão movendo céus e terra para isso! Meu pai respondeu balançando a cabeça de forma positiva.

— Você viu a Nessie? Perguntei virando o corpo de frente para Rachel.

— Não, eu não tenho ido a Alice’s esses dias, então Bela foi ao hospital com Rose e Alice, ela pergunta por você todos os dias e acha estranho o fato de você ter viajado e não ter ligado para ela ainda – Rachel colocou ambas as mãos em meus ombros – Eu acho que ela deve saber a verdade!

— Filho sua irmã tem razão, sua esposa precisa saber que está aqui!

Balancei a cabeça negativamente – Não, Edward disse que no máximo em três dias meu pedido de liberdade temporária sai e quando eu sair explico tudo a ela, não quero que ela me veja aqui, neste estado, não quero que ela passe por isso.

Minha irmã e meu pai trocaram olhares – Tentamos! Billy sussurrou.

A porta se abriu e o carcereiro entrou – Tempo encerrado precisam sair!

Dei um abraço em Rachel e no meu pai e os observei caminharem até a porta, Rachel olhou para trás e então ambos iam embora.

O carcereiro sinalizou para que eu o acompanhasse e assim eu fiz, paramos no portão da minha cela, mas como estava cansado daquela solidão pedi a ele para ir ao pátio – Você tem certeza? O homem perguntou enquanto eu o seguia – Sim não acho que eles gostem de chutar cachorro morto! Respondi.

O homem riu – Ao menos você tem senso de humor! Em seguida abriu o portão.

Meus olhos doeram devido a luz do sol, respirei fundo e segui lentamente até uma pequena calçada próximo a uma parede e me sentei dando um gemido devido a maldita dor, mas minha paz não durou muito tempo, o maldito cara das tatuagens novamente vinha até mim.

— Já está recuperado Black?

— Eu não quero confusão! Respondi, os homens que os acompanhavam riram, porém se calaram quando dois homens se aproximaram, uma era mais alto e loiro e o outro negro com dreads nos cabelos.

— Vocês não ouviram o que ele disse? O homem alto falou em um tom de autoridade, o homem tatuado virou o corpo para ele e o encarou.

— Não se meta nisso James!

— O playboy é meu protegido agora – o homem chamado Laurent respondeu – Se tocarem em um só fio de cabelo dele sairão daqui para o cemitério.

— Eu não sabia disso!

— Agora já sabe, sai fora! Laurent falou em um tom mais rude e então os homens se afastaram.

A confusão me dominou, olhei para os dois homens parados a minha frente me perguntando se a próxima surra que eu tomaria seria deles, porém ambos se sentaram ao meu lado, um de cada lado, ao perceberem minha tensão ambos riram.

 - Eu gostei do soco que deu na cara do Dan playboy, ele ta com o olho roxo já viu Laurent? Ele tem se achado demais aqui dentro! O Loiro de cabelos compridos falou rindo.

— Ele é covarde, sozinho teria apanhado feio – Laurent respondeu.

Olhei de soslaio para ambos os lados – Por que me defenderam?

— Eu sou justo! Laurent respondeu – Quer dizer eu criei umas leis aqui, James me contou que é inocente!

— E como sabe que sou inocente? Perguntei ainda desconfiado.

— Porque o mesmo homem que me colocou aqui, é o que colocou você também! James respondeu dando um sorriso.

Olhei para o loiro surpreso – Então você é...

—Fui eu quem matou Allan Haynes, e vim aqui negociar com você sua liberdade! James respondeu sorrindo com o canto dos lábios.

Dei um sorriso irônico e olhei para o chão balançando a cabeça para os lados – Por que eu acreditaria em você? Você matou um grande amigo meu!

— Porque eu sei o nome do homem que armou pra você, porque eu tenho diversas provas contra ele e posso tirar você daqui amanhã mesmo! James respondeu.

Ergui a cabeça lentamente e direcionei meu olhar para o loiro – Digamos que eu tenha interesse em sua negociação James, o que eu teria que dar a você em troca?

James e Laurent sorriram – Realmente ele é um homem de negócios! Laurent falou.

— Eu falei a você que ele poderia ajudar! James respondeu.

— Ajudar em que? Perguntei novamente movido pela desconfiança.

A expressão de James tornou-se mais séria – Meu filho está doente, ele tem Lupus, precisa de medicação cara, está em um hospital público, ele só tem 7 anos e tudo que fiz foi por ele.

— Valeu a pena? Perguntei.

— Você tem filhos Black? Laurent perguntou.

— Não! Respondi – Mas pretendo ter um dia.

— Então não sabe qual é a sensação – Laurent respondeu – James fez o que fez pra salvar o filho, embora não tenha conseguido porque o homem passou a perna nele.

— Então em troca de me dar o nome e as provas quer que eu ajude seu filho? Deduzi que fosse isso.

James sorriu – Você é esperto, eu sei tudo sobre você e sua esposa, a ruivinha linda.

— A esposa dele é bonita? Laurent perguntou.

— Será que podem deixar minha mulher fora disso? Perguntei em um tom de aborrecimento, se continuassem com gracinhas eu pararia novamente na enfermaria.

James ergue a mão em sinal de paz – Foi mal! Em seguida continuou – Sei que ela é neta do dono de um dos melhores hospitais do país, você consegue um tratamento para o meu filho, ajuda minha mulher dando um emprego pra ela em uma dessas fabricas que você tem e me consegue um advogado, vou entregar o cara então deve dar uma aliviada na minha pena, não me importo de passar trinta anos aqui desde que tenha valido a pena.

Meu olhar se direcionou a Laurent – E você o que quer?

— Já me pagaram! Ele respondeu.

— Não entendi! Murmurei.

— Um dia após você apanhar um cara veio me visitar, se identificou apenas com o nome de K, disse que daria uma boa grana a minha família se eu protegesse você – Laurent sorriu – Minha  irmã veio me visitar ontem e me contou que minha filha ganhou uma bolsa na escola mais cara de Bruges e que caiu uma grana boa na conta dela.

Dei um sorriso com o canto dos lábios – Khalil...

— Então Black, aceita a oferta? James perguntou.

— Me passa o nome da sua esposa e onde poderá ser encontrada! Respondi estendendo a mão para ele.

O loiro sorriu e apertou a minha mão.

— Agora que nosso acordo está fechado eu preciso que me responda uma pergunta.

— Qual? James perguntou.

— Quem, quem me colocou aqui?

James sorriu com o canto dos lábios - Realmente não imagina Black?

— Tenho minhas suspeitas, mas preciso de uma certeza.

— Uley – O loiro respondeu – Sam Uley armou para você.


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