O céu estava bem estrelado naquela noite com uma linda e enorme lua cheia e a fogueira clareava e aquecia o acampamento enquanto todos se alimentavam exceto Sesshoumaru que já tinha feito sua refeição. Após terminarem começaram as perguntas para Sesshoumaru uma atrás da outra sem dá tempo para que ele respondesse ao menos uma e apesar de esta irritado seu semblante não demonstrou apenas se recostou em uma árvore aguardando o grupo organizar as perguntas e fazê-las uma por vez. Rin conhecendo bem Sesshoumaru percebeu que do jeito como todos estavam o abordando ao mesmo tempo ele não iria responder nada então ela tomou uma atitude surpreendendo a todos.

— Pessoal!!!!! Se acalme, por favor! Vamos falar um de cada vez. Disse Rin calmamente exceto pelo fato de bater com um pedaço de galho em uma panela que kagome trouxera da época dela. Com o barulho que ela fez todos se silenciaram e Inuyasha juntamente com Miroku taparam os ouvidos com as mãos.

Sesshoumaru nada disse ou reagiu apenas a olhou-o com admiração e pensou: “Como ela cresceu tão rápido. Perdi muito nestes anos que me afastei em pensar que se eu demorasse mais algumas décadas teria a perdido de vez”. Ele estava tão imerso em seus pensamentos que não ouvira a pergunta de Inuyasha. Ao perceber que estavam falando com ele novamente voltou em si.

— Inuyasha perguntou Sesshoumaru qual era o nome inimigo? Perguntou Kagome, pois notara que o cunhando estava longe com seus pensamentos.

— O inimigo revelou-se a mim enquanto me alimentava e seu nome é Akuma. Disse Sesshoumaru com raiva a pronunciar o nome de Akuma. 

— Aquela figura que apareceu na cachoeira é aliada dele? Perguntou Miroku seriamente.

— Sim. Mas do que nunca estejam precavidos não deixem ser pegos de guarda baixa. Disse Sesshoumaru.

— Porque tanta preocupação damos conta deles. Disse Inuyasha confiante.

Inuyasha não tinha vivido tanto como Sesshoumaru sem falar que tinha ficado selado por várias décadas e o mais importante não tinha convivido com o clã e por isso Sesshoumaru teve paciência para explicar o quão errado ele poderia estar.

— Você Inuyasha precisa entender que há relatos que você desconhece apenas pelo fato de não ter convivido com o clã por não ser um youkai completo e há histórias tão antigas que algumas se perderam com o tempo. Disse Sesshoumaru calmamente.

— Keh! Desembucha então de uma vez! Disse Inuyasha impaciente.

Todos estavam ansiosos para saber mais sobre o inimigo e porque o poderoso Sesshoumaru exigia que fossem prudentes e precavidos. Sesshoumaru ao ver a curiosidade do grupo crescendo resolveu continuar.

— Há muitos séculos atrás quando eu era apenas um garotinho tinha uma história de terror que os anciões gostavam de contar para manter os mais indefesos e principalmente o príncipe herdeiro dentro dos portões do castelo após a meia noite.  Sempre achei que era apenas contos de terror para me manter trancafiado e isolado de todos até me deparar com o próprio Akuma e ver o que ele é capaz. Disse Sesshoumaru que tentou resumir o máximo que pode, mas claro que foi sem sucesso.

— Quero que você explique melhor sobre essas histórias de terror! Exigiu Inuyasha.

— Não queria assustar vocês, mas já que estão curiosos então se preparem. Nós Dai Youkais temos uma ganância por poder sempre queremos mais e sempre um clã acaba desafiando o outro e o vencedor provava que era o melhor e digno. Há muito séculos atrás um grupo de Dai Youkais foram exilados do nosso clã pelo fato de mexerem com magia negra proibida onde adquiram não só sede por poder, mas por sangue também tanto de humanos quanto de youkais ou qualquer alma viva. Eles destruíam vilarejos inteiros e lógico que suas vítimas preferidas era os humanos onde bebiam todo o sangue e destroçavam seus corpos apenas por diversão não faziam distinção de criança, adultos, idosos ou enfermos após beberem o sague de todos os aniquilavam sem nenhum remorso. E  o chefe desse grupo é o nosso inimigo onde tem um ódio mortal pela raça humana apesar deles não terem nada a ver com a morte do nosso pai ou da sua mãe Inuyasha ele nutri uma sede de vingança por mim e principalmente por você que ele despreza por ser um hanyo fruto do envolvimento que nosso pai teve com uma humana a raça que ele mais despreza.

— E porque essa sede de vingança toda por nós? E porque resolveram aparecer agora?

— A resposta para essa pergunta é óbvia, pois há muito tempo atrás quando nosso pai era vivo foi ele que ordenara o exilio pelo que eu sei e me lembro do que os anciões contavam, pois não tive a chance de confirmar a história com o nosso pai. E quanto o motivo de só atacarem agora acho que seja pelo fato de você ter se casado com uma humana e pelo fato que eu um Dai Youkai de sangue puro protegeu uma criança humana e a trouxe da morte e agora que a humana esta crescida ele deduziu que terei o mesmo destino que você e meu pai e se relacionar com a humana. Disse Sesshoumaru olhando Rin atentamente.

Rin ao ouvir as palavras de Sesshoumaru se encolheu e estremeceu, pois ficara extremamente assustada.

— Oh!!! Que absurdo vamos acabar com esse tal de Akuma! Disse Kagome confiante.

— Você não entende ele não vai desistir tão fácil assim. Disse Inuyasha.

— Mas estamos unidos agora e juntos somos mais fortes. Falou Sango.

— É isso mesmo somos fortes juntos e vamos vencer esta batalha. Falou Miroku determinado.

Rin não se pronunciou ficou calada guardou suas perguntas para si mesmo, pois pensava que já tinha atraído problemas demais.

— O que eu não entendo é porque o servo dele desapareceu daquele jeito. Disse Inuyasha.

—  Enquanto conversava com Akuma ele me fez uma proposta e depois que me fez essa maldita proposta ele me mostrou vocês indefesos na cachoeira com o servo dele preste a atacar vocês e na hora eu não tive escolha não queria arriscar a vida de Rin e nem a de vocês. Desabou Sesshoumaru.

— Que proposta você aceitou? Perguntou Inuyasha temeroso com a resposta de Sesshoumaru.

— Antes de informar qual proposta eu aceitei quero deixar claro que foi apenas para ganhar tempo com o inimigo não tenho intenção de concretizá-la. Disse Sesshoumaru se explicando.

— Fala de uma vez qual foi a maldita proposta Sesshoumaru. Exigiu Inuyasha temeroso.

— Ele propôs que eu arrancasse o coração de Rin e me alimentasse em seguida matasse Miroku, Sango e Kagome tudo isso na sua frente e depois cortasse sua cabeça e o entregasse para ele daqui há um mês. Disse Sesshoumaru sem expressão.

Todos ficaram horrorizados e perplexos exceto Rin com a revelação de Sesshoumaru apesar que ele aceitou a proposta para ganhar tempo com o inimigo.

— Eu não vou machucar você Rin e nem vocês. Afirmou Sesshoumaru.

— Eu confio em você Sesshoumaru-Sama. Disse Rin.

— Pensando bem acho que você agiu bem Sesshoumaru, pois você ganhou tempo para nos prepararmos. Disse Inuyasha.

— Entendam eu não poderia arriscar a vida de todos vocês com aquele servo pronto para atacar. Confessou Sesshoumaru deixando bem claro que não tem intenção em maltratar os companheiros de viagem.

Com a revelação bombástica de Sesshoumaru não conseguiram dormir decidiram ficar reunidos em frente a fogueira jogando conversa fora e relembrado dos tempos de aventura em busca dos fragmentos da Joia de Quatro Almas e de como derrotaram Naruku. Rin acabara adormecendo apoiada no colo de Kagome deixando Sesshoumaru um pouco confuso, pois ela não se sentou do lado dele como sempre fazia.

Depois de horas de conversa o restante do grupo começou a cochilar e Miroku e Sango foram os primeiros a se retirar para sua cabana ficando apenas Inuyasha, Kagome, Sesshoumaru e Rin adormecida.

Inuyasha tentava resistir ao sono mais acabou sendo vencido por ele e recostou no ombro de Kagome e adormeceu profundamente.

— Acho melhor colocar Rin em sua cabana e também descansar com Inuyasha. Disse Kagome para Sesshoumaru.

Kagome percebeu que Sesshoumaru estava aéreo e ficou com certo receio de incomodá-lo até que ele se pronunciou a surpreendendo.

— Você lembra, quando estávamos no túmulo do meu pai as palavras que pronunciei sobre as humanas: “Porque protegê-las, porque sentir saudades e porque amá-las.”  Depois de algum tempo me peguei protegendo uma criancinha humana e depois da derrota de Naraku estava este Sesshoumaru sentindo saudades da pequena humana que deixei na vila de vocês e agora estou sentindo este sentimento novo crescer dentro do meu coração e nos meus pensamentos só vem Rin seria isto o que os humanos chamam de amor? Desabafou Sesshoumaru.

Kagome ficou boquiaberta com todo desabafo de Sesshoumaru e percebeu que ele estava assumindo que nutria sentimentos por Rin o que a deixou bastante feliz.

— Sesshoumaru se me permite dizer estou muito feliz em perceber que você apesar de ser um Dai youkai tem sim sentimentos e este sentimento novo se chama amor. Você ama a Rin e ela te ama muito e estava com medo de ser um amor não correspondido.

— Acho que devo deixar claro para ela os meus sentimentos para que não fique com duvidas no coração dela. Disse Sesshoumaru.

— Ela ficará muito feliz com seus esclarecimentos.  Disse Kagome.

Sesshoumaru apenas assentiu com a cabeça e depois de uma longa pausa ele se pronunciou.

— Me pergunto como será que esta Jaken e a velha Kaede junto com os demais aldeões.  Disse Sesshoumaru.

— Acredito que estejam bem, pois Shippo, Kohaku também estão lá para proteger a todos de qualquer perigo além do mais senhor Jaken tem uma arma poderosa também que é aquele bastão de duas cabeças. Disse Kagome confiante.

— Você está certa acho melhor lhe ajudar a colocar Inuyasha na cabana e levar Rin a dela. Disse Sesshoumaru.

E assim ele carregou Inuyasha sem nenhuma dificuldade o que fez Kagome soltar um risinho baixo, pois querendo ou não os irmãos estavam mais unidos. Logo em seguida foi a vez de Sesshoumaru carregar Rin para sua barraca ao levantar ele foi advertido por Kagome.

— Lembre-se Sesshoumaru que tem certas coisas que só se pode fazer depois que casar, portanto deixe a Rin pura viu. Disse Kagome.

— Ora sua humana insolente ela está dormindo jamais tocaria nela sem a permissão dela. Cuide da sua vida. Disse Sesshoumaru mudando de humor.

E assim Sesshoumaru entrou na barraca de Rin colocando-a no futon improvisado estava preste a sair da barraca, porém decidiu ficar ali  protegendo-a ficou sentado velando o sono de Rin.