Bem me quer, mal me quer escrita por BruhCaroline


Capítulo 5
A loira e o ruivo




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O jovem não teve medo de arriscar ainda mais naquela noite e selou seus lábios nos da loira, tendo como resposta, a retribuição dela.

Taylor não viu outra utilidade para suas mãos, a não ser apoiar uma delas no ombro do rapaz e com a outra, segurar o rosto do mesmo com delicadeza. Ed não estava diferente, não encontrou outra solução fora a de abraça-la pela cintura e trazê-la para mais perto de si e com a outra mão, proibi-la de se afastar ao segura-la na altura da nuca.

Tudo isso durou meros segundos, um pouco mais que vinte segundos na verdade, mas para eles, havia sido bem mais; bem mais que um beijo, melhor dizendo.

— Espero que tenha tido um bom resultado no tal jogo com meu nome. – ele não resistiu em comentar ao encerarem o beijo, mas não se afastarem.

— Não se preocupe, foi um bom resultado. – ela sorriu e com isso, ganhou um selinho.

— Menos mal. – e então, a loira ganhou outro beijo, agora um pouco mais intenso; fazendo-a provar um pouco do sabor de vinho que Edward carregava nos lábios.

— Estava bebendo, não é? – ela perguntou, soltando-se um pouco indelicada dos braços do jovem.

Ed sabia bem a opinião de Taylor com relação a bebida e sentiu-se um pouco lesado por ter deixado que ela descobrisse que ele teve uma recaída horas mais cedo. Ele sentia-se um tanto culpado por ter quebrado o combinado que fizera com a moça; e ela conseguia ver esse desapontamento na face dele.

— Olha Tay, desculpe. Sei o que pensa a respeito disso. – o mesmo se levantou, já que a moça também estava de pé. – Mas foi um pouco tenso passar cinco dias sem uma gota de álcool. – ele suspirou, pensando em uma suposta nova desavença com a vizinha amada.

— Tudo bem, dessa vez passa. – ela sorriu gentil, aproximando-se de Edward e o abraçando pelo pescoço. – Só estou chateada por não ter me oferecido nem um pouquinho. – riu levemente, arrancando um sorriso largo do rapaz, o qual a segurou firme pela cintura de forma repentina.

— Oras, agora gosta de bebidas alcoólicas? Isso é novidade para mim...

— Talvez, de vez em quando, não faça mal, serei boazinha com você. – Taylor passou os dedos por entre os fios macios e alaranjados do jovem. – Seria ótimo tentar experimentar algo novo com você, o que acha disso? – ela perguntou, com os olhos apertados, como se assim fosse convence-lo mais facilmente.

— Experimentar algo novo comigo? – ele repetiu sua pergunta. – Seja mais especifica, por favor. – fez com que a garota encostasse na parede ao seu lado, sem solta-la de seus braços.

— Não pense bobeiras, Ed. – Tay riu e bateu levemente no ombro do ruivo. – Me referi a bebida, seu bobo. – sorriu um pouco envergonhada ao notar como qualquer palavra dita poderia ser interpretada com malicia por ele.

— Mesmo assim, por que não disse antes, Swizzle. – respondeu Edward ao prendê-la mais em seus braços e lhe dar um selinho intenso.

Swizzle?— ela questionou em meio a um sorriso meigo ao ser chamada daquela forma.

— Não faça perguntas, apenas aceite seu novo, ou melhor, primeiro apelido. – o rapaz depositou apenas um rápido beijo no pescoço da moça; este ato foi o suficiente para fazê-la gostar ainda mais do nome peculiar, porém fofo que ele havia escolhido. – Você queria um apelido, pronto, agora o tem. – encarou os olhos da moça que quase eram quase da mesma cor que os dele. - Mas que fique claro que, por enquanto, somente eu a chamarei assim.

— Eu gostei, o achei... Inusitado. – os olhos da jovem brilharam.

— Sim, assim como você. – acariciou levemente a bochecha da loira.

Edward finalmente a soltou, dando-a oportunidade de ir ou dizer qualquer coisa, porém Meredith foi mais rápida que a dona e murmurou um miado mais alto que os batimentos acelerados do coração de Sheeran e Swift.

— Não se preocupe Meredith, não irei roubar sua dona de você, se bem que é duro prometer isso. – comentou ele recolhendo seu violão, junto de seu caderno.

— Já eu não prometo nada. – Taylor riu levemente, ajudando-o a levar para dentro do apartamento a garrafa e a taça quase camufladas ali na varanda; sendo essa a prova de que o ruivo não é bom em promessas que envolvam álcool.

— Taylor Swift... – ele a chamou quando a mesma já estava passando pela porta da varanda. A loira o olhou por cima dos ombros e piscou. – Não me provoque. – ambos riram.

A jovem estudante nunca esteve no apartamento de seu vizinho, apenas via de longe alguns móveis, mas isso não era algo que a fizesse ter curiosidade. Tanto que tudo que ela sentiu ao estar ali dentro, foram borboletas em seu estomago. Swizzle, como agora era chamada por Ed, deixou o que recolheu da varanda sobre a pia, não evitando de lavar mais outras louças sujas ali depositadas e talvez esquecidas pelo rapaz.

— O que pensa que está fazendo, Swizzle? – o ruivo a surpreendeu ao passar seus braços por sua cintura e assim, abraçando-a por trás. – Você é visita e visitas não fazem isso. – ele, ainda com seu corpo colado ao dela, tirou o ultimo copo que restava das mãos da loira, fazendo-a enxaguar a mão e largar tudo.

— Não gosto de fazer as coisas pela metade. – comentou ela.

— É, eu também não. – Ed a girou rapidamente, fazendo-a encostar na pia. – E não há necessidade de se preocupar com isso, afinal vamos sujar mais coisas do que simples copos. – ele tirou uma mecha de cabelo que quase cobria o olho direito da moça.

— Ed! – a mesma o repreendeu, com seus olhos arregalados diante do que ouviu.

— O que foi? – o rapaz riu com gosto. – Estou com fome, Taylor. Não podemos cozinhar nada? – questionou-a, fazendo uma carinha irresistível a ela para que a mesma não negasse.

Ela teve de rir também. – Você é muito bobo. – acariciou de leve a bochecha dele.

— E mesmo assim, você gosta de mim. – Ed sorriu com seu melhor semblante de brincadeira.

— Hum. – Taylor o afastou um pouco de si, demonstrando a maior quantidade de ironia em sua face. – Quem disse? – cruzou seus braços.

— Eu disse e acredite... – ele colocou suas mãos para trás e deu um passo à frente. – Eu não costumo mentir e muito menos errar com relação aos meus palpites, senhorita Swift. – sussurrou no ouvido dela.

— Assim seja, Sr. Sheeran. – ela sorriu ainda cínica, mas logo caiu na risada. Se tinha uma coisa que a fazia sentir-se bem ultimamente, essa “coisa” era a companhia do ruivo.

*** Cinquenta e um dias depois ***

E como estão as coisas, querida? Está tudo bem? Como foi de viagem? Eles são boas pessoas? Você não está dormindo na mesma cama que esse garoto, não é mesmo? Ah e_— a garota de olhos azuis e vibrantes fez questão de cortar a fala da mãe.

— Mãe, pare com isso, já lhe falei que estou bem. O Sr. e a Sra. Sheeran são pessoas adoráveis e a viagem foi e está sendo ótima. – ela respondeu rindo, depois corou ao lembrar que não respondeu uma das perguntas. – E por favor, mãe, eu tenho quase vinte e quatro anos. Acho que sou grandinha o suficiente e não preciso responder essas perguntas da senhora.

A mulher suspirou. – Ah minha filha, eu tenho tanto medo de perdê-la.

— Me perder? Como assim, mãe? – Taylor riu de leve novamente, mas tentou ser o mais silenciosa possível, para não acordar Edward, o qual dormia ao seu lado.

Você já tem sua vida agora, está ganhando seu próprio salário, tem um bom apartamento em Londres, está num relacionamento... – suspirou novamente. – Já está grande o suficiente para tomar decisões, mas só espero que sejam as melhores, meu amor.

— Claro, mãe... As melhores escolhas sempre. – ela sorriu doce ao mentalizar a feição contente que provavelmente Andrea possuía.

Só seja feliz e que esse rapaz com quem você está a faça mais feliz ainda.— completou.

— Pode deixar, ele está me fazendo muito feliz. – a loira sorriu abertamente, analisando os quase dois meses junto do ruivo.

Bom, vou deixa-la descansar. Feliz Natal, Tay... – finalizou. – Juízo, mocinha!— advertiu.

— Para você também, mande beijo para o papai novamente. – a moça despediu-se da mãe e riu, balançando a cabeça negativamente. A mesma verificou as horas em seu telefone e eram ainda 7h48min da manhã daquela quarta-feira natalina.

— Era com sua mãe que você estava falando? – Taylor deu um pequeno pulo ao ouvir uma voz atrás de si. A loira estava sentada à beira da cama e claro, não esperava que Edward fosse acordar ou muito menos assusta-la. – Hey, calma. Não quis assustar você. – ele sorriu assim que ela virou-se para si.

— Tudo bem. – a garota deu de ombros, voltando a deitar-se na cama, virada para o jovem e apoiando sua cabeça em seu cotovelo direito. – E sim, eu falava com minha mãe. – respondeu. – Ela disse que queria muito que eu estivesse lá com todos e claro, eu gostaria muito que você também estivesse lá comigo. – sorriu.

— Não sei se eu estaria pronto para conhecer seus pais. – Ed riu nervoso, esfregando levemente seus olhos.

— Por quê? Qual o problema nisso? – a moça deu de ombros novamente.

— Poxa Taylor, você está tecnicamente formada e eu... – ele riu. – Eu toco no primeiro lugar que me oferecerem mais de cento e sessenta libras.

— Isso não quer dizer que seja fracassado e muito menos uma má pessoa. – Taylor se aproximou um pouco do ruivo, passando lentamente seu dedo indicador sobre algumas tatuagens expostas no braço direito do rapaz.

— Tem razão, eu tenho você, isso quase compensa eu ser um merda. – riu irônico, porém a loira não o imitou, apenas o olhou fixamente. – Que foi? – riu mais uma vez. – Estou mentindo?

— Depois você diz que não sou positiva... – revirou seus olhos azuis, que hoje estavam claros. – Deixe a negatividade apenas comigo, ok Ed. De pessimismo e drama basta eu. – ambos riram da situação; no fundo eles sabiam que ele ter uma carreira fixa era o de menos e ela ser formada era apenas lucro.

O casal, não oficial, ficou por breves segundos em silêncio, apenas encarando-se, em uma tentativa de ver a alma um do outro por entre seus olhos.

— Pelo que ouvi da conversa com sua mãe, você contou de nós a ela. – Edward não resistiu manter aquilo calado em sua mente.

— É que... Não sei, não consigo esconder coisas dela. – Taylor assumiu e envergonhada, abaixou o olhar. – Mas juro que somente ela sabe. Marie apenas desconfia, pois ela é esperta, mas_ - Ed a interrompeu.

— Não estou bravo, Swizzle. – ele sorriu doce para ela, erguendo devagar o rosto da jovem loira. – Por mim, acabaríamos com todo esse segredo tolo. – acrescentou.

— Estaria mesmo afim disso? - ela questionou, enquanto seus olhos brilhavam.

— Com toda certeza. – o rapaz passou sua mão delicadamente pelo corpo de Swift, pausando em sua cintura, fazendo-a quase colar seu corpo no dele e pedindo que ela o olhasse nos olhos. – Segredos não são comigo. – ele torceu o nariz. A garota riu baixinho, arrancando dele um sorriso e lhe causando um desejo repentino de provar os lábios rosados a sua frente. – Bem, ao menos agora não preciso perguntar se posso ou não lhe beijar. – completou e isso resultou, obviamente em um beijo; o qual não foi nada além de um selinho intenso.

***

— Ah, finalmente vocês estão de pé. Meu Deus, estava quase subindo para ver se ainda estavam vivos! – Murray, primo de Edward, comentou assim que viu o ruivo e a loira descerem as escadas para tomar café da manhã.

— Bom dia e feliz Natal para você também, primo. – Ed o cumprimentou com uma leve ironia.

— Feliz Natal, cabeça de fogo. – os dois rapazes trocaram um abraço breve e o moreno deu algumas leves batidinhas nas costas do rapaz um ano mais novo que ele. – Hey, vejo que trouxe uma amiga. – ele sorriu malicioso, ao apontar com a cabeça para a garota que desejava Feliz Natal à John, pai do ruivo e tio do outro jovem.

— Ela é apenas uma_ - Murray fez questão de cortar o primo.

— Ah cara, finalmente encontrou alguém que suporta seu mal humor matinal. – riu. – Caramba, se deu bem, ela é bonita e... É de verdade. – completou com um leve sarcasmo.

Edward riu pelo nariz. – Cala boca, idiota. – e lhe empurrou com certa força.

— Ah primo, qual é? Não é sempre que você está com alguém, deixe eu aproveitar esse momento. – o rapaz defendeu-se. – Viu, ao menos alguém além de tia Imogen tem bom humor aqui... Bom dia, loirinha. – Murray comentou ao ver que Taylor se aproximava dos dois.

A garota de olhos azuis sorriu. – Bom dia, Feliz Natal. – disse ela simpática, estendendo sua mão. – Você deve ser o tão famoso Murray.

— Olha. – o moreno riu. – Parece que me apresentaram a você. E você é...?

— Taylor, mas pode me chamar de_ - Ed fez questão de cortar a moça.

— Taylor mesmo. – ele disse depressa. — Vai por mim, não dê corda ao Murray, ele é um mala quando pega intimidade.— sussurrou no ouvido da loira, a qual riu disfarçadamente.

— Bem Taylor, eu nem a conheço, mas já posso dizer uma coisa. – o moreno colocou uma de suas sobre o ombro do primo. – Você merece um prémio por aturar esse cara. Parabéns. – o ruivo revirou os olhos com aquilo, claro, mas a moça riu com gosto.

— Acredite Murray, nossa amizade é bem equilibrada, um suportando a teimosia do outro. – respondeu a loira, olhando para o rapaz ao seu lado e passando seu braço envolta do corpo do mesmo.

Ed sentiu-se no direito de ao menos depositar um beijo na testa da moça abraçada em si.

— Muito meigo isso. Muito meigo mesmo, até que você estrague tudo, seu babaca. – disse o primo do ruivo e como esperado, Edward segurou o riso. – Pelo amor de Deus, me faça ter orgulho de você ao menos uma vez, cara. – completou e, Taylor apoiou-se no peito do rapaz, que agora era mais que seu vizinho de apartamento; era seu bem querer.

— Hey Ed, Taylor... Venham tomar café, todos nós já tomamos, só faltam vocês. – disse a “dona da casa”, a qual estava na porta da cozinha que dava diretamente a sala. Os dois jovens assentiram e se afastaram um pouco para seguir até o outro cômodo. – Sente-se querida, fique à vontade, ok. – calorosamente, Imogen dirigiu-se a jovem.

— Fique tranquila, dona Imogen. Nós nos viramos. – ela sorriu.

— Bom, vou ver o que John e Murray estão aprontando. – comentou a mulher antes de deixar a cozinha. – Comportem-se. – brincou ao passar rapidamente as mãos no ombro do filho mais jovem.

— Não ligue para o que aquele mané do Murray diz, por favor. – Edward disse levando a xícara de chá à boca.

— Ah, ele é engraçado, bem diferente de você, Ed... – Swift deu de ombros, brincalhona, também provando do chá.

— Eu sou um cara engraçado, Swizzle, não diga isso! – ele se defendeu. A loira ergueu uma de suas sobrancelhas como se o questionasse. – É sério, escute só. – o ruivo se ajeitou na cadeira. – Qual o nome do elefante que não significa nada? – pausou por meros dois segundos. – Ele é irelefante. – riu levemente de sua piada, mas ao notar que Taylor não se manifestou, ele fechou suas feições. – Eu disse que sou engraçado e não que tenho boas piadas. – concluiu.

— Ok, ok. Você venceu. – ela riu de leve, voltando sua xicara ao pires. – Você é engraçado. – e claro, o ruivo sorriu com aquilo, tanto que sentiram necessidade de melhorar ainda mais o momento com um breve e silencioso selinho. – Vem, vamos ao menos tirar uma foto. Minha mãe quer ver se realmente eu estou com você e não perdida por aí. – a jovem comentou ao pegar o telefone celular no bolso de sua calça jeans. Ed a encarou, sabia que não era verdade o que ela dizia. – Ok... – a loira suspirou. – É para guardar de recordação mesmo, você sabe que gosto de fotografias. Não me julgue! – um semblante de chateação tomou sua face, mas segurou a vontade de sorrir quando viu o rapaz rir levemente.

— Ah Swizzle, só você. – ele comentou ao colocar sua cadeira mais perto da dela.

Ambos seguraram suas xicaras de chá frente a boca e simplesmente encararam a tela do telefone. Pronto, em uma só foto havia as duas paixões de Taylor: Edward e chá mate. Assim como para o ruivo também, só que no seu caso eram: a loira e os olhos azuis perfeitos dela.

***

Aquela era uma estrada completamente desconhecida para Taylor, mas muito comum para Edward. Afinal, foi enquanto dirigia nela que seu pai lhe dava os melhores conselhos sobre seguir seus sonhos. A loira estava distraída, observava a tudo com cautela, mas sem preocupações; até porque não havia com o que se preocupar de fato. Era Natal, quase ninguém derrama lágrimas de pesar no Natal.

O ruivo presava por um certo silêncio, só até que ao menos chegassem ao destino final, o qual era surpresa para a jovem. De fundo a tudo aquilo, havia somente o ruído do rádio que não estava sintonizado.

— Você não vai mesmo me contar para onde estamos indo? – a loira não suportou todo aquele mistério.

— Nem pensar. – ele negou com a cabeça, concentrado no caminho que seguia.

— Uma dica então. – ela choramingou, mas ele voltou a negar. – Por favor! – insistiu, mas pior do que receber um não, o ruivo ficou mudo e imóvel. – Ah Edward, isso é muito injusto. Você sabe que não gosto de mistérios. – ela cruzou os braços.

— Ainda é um não, amor. – ele riu. A moça virou-se para ele e assim, fitou o rapaz de perfil, seu coração bateu forte; provavelmente a forma como ele a chamou causou efeitos positivos. – Não adianta me olhar assim, não vou contar. – olhou brevemente para a garota e ao vê-la encara-lo, corou.

— Não estou o encarando por esse motivo, amor... – Taylor repetiu a forma como foi chamada. Ed somente sorriu abertamente, mas não disse nada, seu rosto corado já dizia o suficiente.

Os dois já estavam dentro do Focus preto há quase duas horas e todo este tempo, segundo o rapaz, valeria a pena e, felizmente, não faltava muito.

— Ok, Swizzle. – ele respirou fundo, a partir da ai, iniciou uma oração internamente para que tudo desse certo. – Abra o porta-luvas e pegue essa venda preta.

— Ed, o que fará comigo? – a moça questionou apreensiva, mas ainda assim o obedecendo.

— Não farei nada que não goste e que se arrependa depois. – ele respondeu. – Ande, coloque!

Ela sorriu nervosa, mas fez o que pediu ligeiramente. Em poucos minutos, um ar diferente começou a tomar conta do carro.

— Onde estamos? – ela perguntou curiosa ao sentir que o carro havia sido estacionado. Um som incomum chegou até seus ouvidos e ela tinha quase 50% de certeza de estar em um lugar em que nunca teve oportunidade de pisar, mesmo sendo tão próximo. – Estamos onde estou pensando?

— Não sei. – o ruivo riu divertido. – Vou abrir a porta para você, não tire a venda, por favor. – Taylor concordou e em segundos estava fora do carro, sendo guiada pelo rapaz, o qual segurava sua mão o tempo todo.

Um cheiro de maresia invadiu o nariz da loira, confirmando todas as suas suspeitas de onde pudessem estar. O barulho de algumas crianças correndo e brincando também colaboravam, sem contar o som de ondas quebrando a cada meio minuto.

(Sugestão de música: Grade 8; Ed Sheeran).

— Vou tirar sua venda, mas não abra os olhos. – avisou ele e assim fez. – Agora deixe suas coisas no carro.

— Mas e se eu precisar ou... – ela contrariou-o.

— Não importa, será rapidinho. – ele insistiu.

— Mas_ - ela fora cortada.

Por favo...— Taylor fora surpreendida por tais palavras sendo ditas em seu ouvido pelo ruivo. E não teve jeito, acabou cedendo. Edward, colocou os pertences da loira e os seus no carro e voltou a moça, sem que ela nem tivesse notado. – Está bem? – perguntou.

— Apenas com um pouco de frio, faz quase dez graus, Edward. – a garota respondeu esfregando seus braços que eram cobertos por uma jaqueta sobre um vestido midi de mangas.

— Calma, eu juro que vai valer a pena. – comentou ele, deixando um beijo na bochecha da mesma. Depois disso, segurou firme na cintura de Swift, obrigando andar em linha reta e em menos de cinco passos, ela já pode sentir um solo difícil de se andar, ainda mais vendada.

— Estamos mesmo onde estou pensando, não é? – ela perguntou sorrindo.

— Ah Swizzle, não estrague tudo tão depressa. – ele resmunou brincando.

— Tudo bem, prossiga com a surpresa. – a mesma riu.

— Certo. – Edward passou seus braços por cima dos dela, aquecendo-a um pouco, mas não o suficiente. – Você sempre quis estar aqui, não é... Então vai, abra os olhos... – ele autorizou finalmente, deixando que a loira observasse, com um lindo sorriso no rosto, uma das praias mais conhecidas do Reino Unido: Brighton.

— Não creio que me trouxe até aqui! – ela levou as mãos a boca, embasbacada com tudo, com toda aquela novidade.

Ed beijou a mão que ainda segurava da moça  – Bem, não é uma praia com areia macia e quentinha, mas... – deu de ombros. - Vem, coloque ao menos a mão na água. – eles caminharam para a beira-mar. Taylor estava receosa, o frio a impedia de arriscar colocar a mão no mar.

— Não, não quero morrer por uma gripe idiota. – fora a resposta dela a insistência do ruivo.

— Medrosa. – ele riu, abaixou-se e pegou apenas um pouco d’água nas mãos e jogou nela, molhando-a. – Pronto, está batizada e definitivamente conhece a praia de Brighton. – a loira teve de rir também e não resistiu em abraça-lo.

— Obrigada. – agradeceu com seu rosto confortavelmente apoiado no peito do ruivo.

— De nada, Swizzle. – ele beijou os cabelos do topo da cabeça dela como sinal de carinho. Sentiu a loira tremer repentinamente, então, para não estragar o momento, retirou a jaqueta jeans grossa que usava, sobrepondo-a sobre os ombros da garota. – Melhor? – perguntou.

— Muito melhor. – Taylor respondeu levantando sua cabeça e vendo que o rapaz não sentia falta da jaqueta, já que estava agasalhado o suficiente. – Francamente, não sei nem como agradecê-lo. – os olhos dela brilhavam, podendo ilustrar seus sentimentos naquele momento.

— Mas eu sei como... – Ed a apertou mais contra si pela cintura com um de seus braços e com a mão livre segurou a face da loira, roubando os lábios da mesma sem aviso.

A garota, de olhos azuis como o mar, ficou por um segundo sem reação, mas logo voltou a si e sentiu necessidade de retribuir ao ato do ruivo encantador. Ela o abraçou também na altura da cintura, fazendo os dois ficarem mais juntos ainda.

— Acho que... – ela disse ao finalmente desgrudar sua boca da dele. – Acho que te amo. – disse, na lata, sem medo e sem pressão, só tendo o apoio necessário que os olhos profundos do ruivo proporcionavam.

— Bom saber que não sou o único que sente isso. – Ed sorriu, roubando um selinho singelo dela, a qual também sorriu doce.

Com essa simples fala tudo poderia mudar dali para frente, ou para melhor ou para pior, mas de fato, algo significante estava atraindo o coração desses dois jovens apaixonados, que nem se importavam de seus sapatos estarem um pouco molhados. Talvez Taylor fosse mesmo a perfeição que ele tanto queria encontrar, estupidamente, na bebida e, Edward fosse mesmo todo o amor sincero que ela buscava na vida real, que ela não encontrou em Harry e em nenhum outro rapaz.


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