Cupido, Traga Meu Amor escrita por Tricia


Capítulo 2
Adrien Agreste


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura a todos



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— Não será difícil – a cupido afirmou para si mesma enquanto folheava as folhas cheias de anotações feitas nos últimos dias e o próprio arquivo do caso em andamento aberto sobre sua mesa.

Adrien Agreste não era tão diferente de alguns casos que já havia pegado no passado, Marinette pode concluiu isso após três semanas completas acompanhando o homem invisivelmente do amanhecer ao anoitecer, algumas vezes.

Um homem bonito de 31 anos, bem sucedido financeiramente, trabalhando no ramo da moda desde a adolescência quando iniciara na carreira de modelo, hoje na parte administrativa tendo a profissão de modelo mais como uma espécie de hobby ou auto satisfação própria por sua boa aparência provinda de cabelos loiros herdados tanto de pai quanto de mãe além de olhos azuis e traços físicos bem marcantes para se admirar e orgulhar. E ele o fazia.

Um completo viciado em trabalho com uma relação um tanto distante com o pai – o familiar mais próximo ironicamente – mesmo trabalhando no mesmo lugar, separados apenas por um andar.

O pai, Gabriel Agreste era outro cujo caso não era trabalhado por um cupido há tempos ao que parecia.

Além do pai a cupido pudera conhecer a assistente dedicada e incrivelmente delicada do loiro, Rose Lavillant.

Os amigos Alya Césaire e Nino Lahiffe, um casal perfeito. O cupido responsável fizera um trabalho excelente ao os unir.

A assistente de Gabriel, Natalie Sancoeur, que ajudara a cria-lo praticamente depois que a mãe morrera. Outro caso arquivado e intocado por cupidos talvez.

O grupo de pessoas próximas ao homem era pequeno no final das contas e o fato deste não facilitar a entrada de novas pessoas dificultava as coisas.

Baseando-se nesse critério a principio Chloé Bourgeois surgira como a primeira opção para ter uma breve noção de como o Agreste agiria em um encontro, com o adicional de ser com uma amiga de infância cujo afeto já existia de certa forma por ambas as partes, de modos diferentes, mas existentes.

Chloé era uma mulher incrivelmente bonita de cabelos loiros brilhantes e olhos azuis claros cuja personalidade mostrava com muito gosto seu status social e financeiro de forma exagerada e carregada de comportamentos às vezes maldosos, porem, ao mesmo tempo que a loira era má ela tendia a tentar ser mais distante disso, mais controlada quando perto do loiro por vezes.

 Ela estava disposta a tudo para agradar e conquista-lo; o vestido na cor favorita dele valorizando com precisão o corpo feminino de modo que conseguia com facilidade atrais olhares para si foi uma bela prova disso.

Todavia, menos de trinta minutos dentro de um restaurante chique assistindo a interação dos dois foi mais que suficiente para considerar aquele casal fadado ao fracasso.

 Com um pouco de esforço conseguiria faze-los engatar um relacionamento que até poderia evoluir e render um casamento, mas no final seria um casamento frio que acabaria sustentando-se em aparência e status ao mesmo tempo em que desgastaria a ambos cada vez mais.

O final disso definitivamente não seria nada bonito.

— O cupido-mestre não gosta quando você fica comprando café – Tikki comentou pousando em um canto da mesa ao lado do copo branco com “Mari” escrito em caneta por alguém cuja letra não era muito bonita, longe disso.

— Eu adoro café e preciso de interação humana às vezes para poder entender os humanos para valer – Marinette argumentou pegando o copo e bebendo um pouco do liquido.

Era de conhecimento geral que anjos, cupidos e ceifadores não deveriam ficar interagindo com os humanos, poderiam, mas não deveriam se possível. Principalmente os anjos. Não que eles tivessem alguma vontade baseando-se nos poucos que conhecera.

— Comida humana não é tão ruim – Plagg comentou pousando ao lado de Tikki – Você trouxe? Diz que trouxe.

A cupido riu do kwami balançando a cabeça, logo pegando uma sacola de papel tirando o que o pequeno tanto queria: queijos. Um tipo muito fedorento, mas que fazia Plagg suspirar de puro deleite após comer e os olhos brilhar enquanto pedia por mais.

— Você não deveria estar comendo isso – Tikki advertiu com as patinhas cruzadas visivelmente incomodada. O outro apenas revirou os olhos continuando a comer sem se importar com o olhar acusador que lhe era dirigido. Irrita-la o divertia profundamente.

— Esse cara parece ser bem chato – Plagg soltou após alguns minutos olhando a foto.

— Posso contar nos dedos de uma mão só as vezes que o vi rindo.

— Arruma alguém meio doida para agitar um pouco a vida dele – o pequeno sugeriu com a boca cheia.

— Não é assim que funciona, Plagg. Existem critérios – Tikki censurou prontamente elevando um pouco sua voz fina.

Marinette observou a kwami fazer questão de citar os critérios básicos que todo cupido deveria ponderar ao selecionar uma pessoa para juntar a aquela que estava trabalhando no momento. O seu caso ou missão, como preferisse chamar. Plagg sabia aquilo de cor e salteado, mas ao contrario dela tinha o habito de ignorar sempre chegando a dar conselhos ruins para cupidos novatos no intuito de divertir-se à custa da confusão que isso poderia gerar.

Com a própria Marinette o pequeno fizera algo do tipo incontáveis vezes.

A garota segurou o pequeno colar dourado em formato de coração que lhe ajudava a chegar aonde precisava ir, ou o mais perto possível, além de torna-la invisível.

Os anjos podiam voar, ceifadores podiam aparecer e desaparecer quando quisessem como uma simples fumaça passageira que mal se via e ficarem invisíveis aos olhos humanos quando estavam com seus chapéus na cabeça, o cupidos por outro lado abriam portas e ficavam invisíveis também com a ajuda dos colares quando era necessário.

 – ...É preciso conhecer para saber o que é melhor – a kwami vermelha continuava a dizer de modo categórico.

Marinette olhou uma ultima vez para as anotações.

— Eu acho que ainda não sei o suficiente – afirmou por fim levantando e pegando seu caderno pequeno de anotações e o copo de café pela metade.

— Hoje é sexta, talvez ele esteja fazendo algo diferente e interessante só para variar.

— Talvez, Plagg.

 

 

 

~&~

 

— Só que não – Marinette soltou com pesar depois de passar pela porta caindo em um corredor que logo reconhecera como sendo um dos da Gabriel.

Milagrosamente estava desprovido de pessoas trabalhando de um lado para outro carregando peças, materiais, etc. A única viva alma que vira enquanto circulava fora um guarda bem alto tranquilamente brincando com sua lanterna apagada e um copo de café da maquina da cozinha.

Seguiu pelo caminho levemente conhecido ate chegar à sala de paredes de vidro, a mesa de Rose estava vazia e a porta aberta lhe dando acesso total ao lugar ocupado por aquele que tinha sua atenção no momento.

Adrien Agreste.

O homem estava atrás de sua mesa lendo algo no computador com uma caneta na mão riscando hora ou outra algo em uma folha. Parecia meio irritado, reparou. Atrás dele uma bela vista de Paris a noite pedia por atenção porque ela merecia muito ser apreciada, mas que o loiro não estava dando à mínima.

Parecia que havia um maldito botão que ele apertava acionando seu modo trabalho-on que o fazia se desligar de qualquer coisa que estava acontecendo ao redor que não tivesse qualquer ligação com trabalho.

— Você não sabe mesmo o que é viver – sussurrou, sentando no sofá confortável de dois lugares que tinha na ampla sala junto com uma mesinha e duas poltronas.

Ali perdera a noção de quanto tempo ficara apenas olhando o homem trabalhar ignorando as horas e o celular que tocara duas vezes até o irritar fazendo-o jogar em uma das gavetas com uma expressão desdenhosa e quase infantil que fizera a cupido rir baixinho. Não era o tipo de coisa que vira durante o dia quando ele não estava sozinho. Ou quase.

um pequeno sorriso repuxou-se no rosto da cupido enquanto assistia o homem finalmente dar seu expediente por encerrado.

— Prometo que o farei encontrar o amor, Adrien.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse capítulo que deveria ter sido postado a uns dias atrás, mas eu não consegui postar por alguns motivos pessoais.
Então, eis um pouco dos cupidos e a maneira como trabalham, em especial nossa Marinette, mas teremos muito mais deles no futuro.
Até o próximo capítulo
bjss



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