Hoje e Sempre escrita por Rayanne Reis


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem? Espero que sim.

Boa leitura!



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O Natal deveria ser uma época feliz, com a família reunida e unida. Edward sentia falta das risadas e dos almoços em família. Ele mal falava com a mãe desde que ela descobriu sobre ele e Bella.

As coisas também estavam estranhas entre ele e Bella. Conversavam sobre a filha e ele a acompanhava nas consultas, mas a relação deles se baseava a umas poucas perguntas e respostas. Edward temia que as coisas nunca se resolvessem. Ele achou que após a conversa deles no dia de Ação de Graças as coisas  fossem melhorar, ao que parece, estava enganado.

E para piorar a situação, Esme estava determinada a jogar qualquer garota para cima dele. Ela acreditava que o amor que ele dizia sentir por Bella acabaria se ele conhecesse mais garotas da idade dele.

Até então ela estava sendo sutil, mas então resolveu convidar uma amiga e a filha para almoçarem com eles.

—Filho, essa é a Carmen Denali e a filha dela, Kate. - Esme não conseguia esconder o sorriso. Temia que o filho não fosse aparecer para o almoço e ela e Carmen estavam certas de que poderiam juntar os filhos. 

—Sra. Denali. Kate. - As cumprimentou com um aceno. Não estava feliz com as atitudes da mãe. Ela claramente tinha arrumado esse almoço numa tentativa de fazê-lo se envolver com Kate. Ela era bonita, mas ele só tinha olhos para uma mulher. A mãe poderia tentar o quanto quisesse, ele não iria desistir de Bella. 

—Quer ver o jardim? - Esme não esperou pela resposta. Entrelaçou o braço com o de Carmen e as duas saíram deixando os jovens a sós. 

—Quanta sutileza. - Kate desabou no sofá. Era cansativo bancar a filha perfeita. 

—Também percebeu? - Edward comentou sentando-se no outro sofá. Não queria dar falsas esperanças para Kate. 

—Teria que ser muito lerdo para não perceber que nossas mães já estão planejando o nosso casamento. Minha mãe não parava de falar que eu tinha que te conhecer. Que você é lindo, inteligente, maravilhoso e o cara perfeito para uma garota como eu. 

—Minha mãe também falou muito sobre você. – Passou o café da manhã inteiro falando sobre as qualidades de Kate.

—Qual é o seu problema? - Ela o olhou com interesse. 

—Eu não tenho um problema. - Retrucou e ela riu. 

—Se a sua mãe quer te empurrar para cima de mim é porque ela acha que você tem um problema. Assim como a minha mãe acha que eu tenho um problema e que te namorar vai consertar isso. 

—E qual é o seu problema? 

—Minha mãe me pegou beijando uma menina e acha que eu sou lésbica. 

—E você é? - Kate não parecia interessada amorosamente nele e isso o deixou mais tranquilo. 

—Isso não vem ao caso. - Abanou a mão ignorando o assunto. 

—Eu vou ter uma filha. - Edward revelou e Kate assobiou. 

—Acho que a sua situação é mais complicada do que a minha. A sua mãe não gosta da garota? 

—Elas eram melhores amigas. Agora minha mãe a odeia. Acha que a Bella me seduziu e engravidou de propósito só para me prender. 

—E ela fez isso? 

—Claro que não. Ela nem me quer por perto. - Abraçou a almofada. 

—Quantos anos ela tem e por que não te quer mais? 

—Ela tem 40 anos e é a mãe do meu melhor amigo. Ela não me quer porque acha que eu sou imaturo e que vou dar no pé a qualquer hora. 

—Você gosta dela? 

—Eu amo a Bella. Amo mesmo. Meus “amigos” me dizem para aproveitar a oportunidade que ela me deu e cair fora. Que vou estragar a minha vida cuidando de uma criança, que vou deixar os meus sonhos de lado. Que um dia vou acordar e perceber que cometi um erro gigantesco. Meu melhor amigo me odeia por ter dormido com a mãe dele. Os meus pais me consideram o pior filho do mundo e a cidade inteira me vê como o inocente que foi seduzido por uma mulher mais velha. Eu só queria mandar todo mundo ir cuidar da vida deles e me deixar em paz. Eles não sabem dos meus sentimentos, não sabem o que eu penso e não podem prever o futuro para saber o que eu vou ou não fazer. Eu amo a minha filha e não vou abandoná-la, nunca. - Kate o olhava sem falar nada. - Já sei, você também concorda com eles. Acha que sou jovem demais para saber o que quero da vida. - Ela balançou a cabeça negando. 

—Muito pelo contrário. Acho que tem que fazer o que acha que é o correto. Confie no seu coração e não deixe as oportunidades passarem. - Ela suspirou. - Eu tinha um namorado. O nome dele era Laurent. 

—Era? - Ela respirou fundo antes de responder. Precisava de forças para tocar no assunto.

—Ele morreu tem quatro meses. - Edward inclinou e tocou na mão dela a confortando. - Minha mãe o odiava porque ele era negro. E para ela isso era inadmissível. Eu tinha que namorar alguém como…

—Eu. - Edward apontou e ela assentiu. Ele era o padrão ideal para a mãe dela.

—Todo mundo nos dizia para irmos mais devagar, que tínhamos a vida toda pela frente. Que deveríamos aproveitar mais a nossa juventude antes de firmarmos um compromisso. A nossa vida era muito complicada por causa das nossas diferenças. Mas nós dois não ligávamos para isso. Nos amávamos e lutaríamos contra tudo. Tínhamos vários planos. Iríamos juntos para a Universidade e ele já estava trabalhando para alugarmos um apartamento. E as pessoas diziam: vão devagar. E eu fui. Terminei com ele porque ir para universidade namorando é loucura, pelo menos era o que me diziam. - Secou uma lágrima e encarou Edward. - Me arrependo tanto disso. Uma semana depois houve um incêndio em um chalé próximo lá de casa. Os pais saíram e deixaram os filhos sozinhos. Laurent entrou para ajudar. As crianças estão bem. 

—E ele não resistiu. - Edward completou por ela. 

—Eu vi quando ele saiu do chalé, parecia tão bem. Ele sorriu quando me viu. O sorriso dele era tão lindo e capaz de iluminar o mundo. - Ela sorriu com a lembrança. - Eu tentei me aproximar, mas os bombeiros me impediram. Disseram que ele inalou muita fumaça e morreu antes de chegar ao hospital. As pessoas dizem que temos a vida toda pela frente, mas a verdade é que a vida é muito, muito curta. Não sabemos o dia de amanhã, por isso temos que aproveitar o hoje. Eu não posso voltar atrás, mas se você ama a mãe da sua filha, lute por ela. 

—Já tentei conversar com ela, mas ela não me escuta. - Gemeu frustrado com a situação. 

—Se ela não te escuta, faça com que ela te veja. Mostre que você pode ser o melhor pai desse mundo e o melhor companheiro também. - Apontou o dedo para ele. - Estou te proibindo de desistir.

—Você é muito mandona. - Reclamou de brincadeira. Ele não iria desistir de Bella. 

—É por isso que não me quer? Vou dizer a minha mãe que você vai ter uma filha e que se ficarmos juntos corro o risco de você me engravidar também. Ela vai ficar louca e me mandar manter distância de você. - Ela não se interessou por Edward, mas gostou de conversar com ele, talvez pudessem ser amigos. 

—Bem, eu vou dizer a minha mãe que não posso ficar com uma menina que beija outras meninas. 

—Alguns caras achariam isso bem interessante. - Provocou e ele riu. 

—Eu não sou como os outros caras. - Suspirou pensando em como poderia fazer Bella mudar de opinião.  

—Acho que tem alguém chamando. - Kate avisou o trazendo de volta a realidade. 

—O quê? 

—A campainha. Estão chamando. - Explicou e Edward se levantou num pulo. A mãe não disse que teriam mais convidados. Abriu a porta e deu de cara com Emmett. Ele parecia irritado. 

—Ocupado demais para abrir a porta? - Indicou Kate com a cabeça. 

—Pelo clima pesado vou presumir que ele seja o amigo que te odeia. 

—E eu vou presumir que você seja a madrasta da minha irmãzinha. - Devolveu a provocação e ela riu. 

—Tenho certeza de que sua irmãzinha vai ser uma fofa, mas eu não sou muito fã de crianças. - Levou a mão ao queixo, pensativa. - Se bem que poderia dizer a minha mãe que estou super animada para conhecer minha enteada. Ela vai surtar com isso. Quer que eu grave a reação para você? - Edward negou e ela saiu, indo procurar a mãe e Esme. 

—Quem é essa? - Emmett colocou as mãos nos bolsos do casaco. 

—Filha da amiga da minha mãe. Elas querem nos juntar para nos consertar. 

—E a minha mãe? 

—Kate é legal, meio maluca e eu não tenho olhos para mais ninguém. Eu amo a sua mãe e isso não vai mudar. - Emmett cerrou os punhos. - O que veio fazer aqui? Me bater? Estou cansado disso. Meu único erro foi não ter sido sincero com você. Somos amigos e eu deveria ter contado o que estava acontecendo. Mas eu não me arrependo do que aconteceu. 

—Sua mãe pediu que a minha mãe viesse pegar umas coisas para a bebê. Ela está passando mal e me pediu para vir. 

—O que ela tem? - Perguntou preocupado. 

—Acho que é só coisa de grávida mesmo. - Ela garantiu que não era nada para se preocupar. Emmett achava que era só uma desculpa para não ir até a casa dos Cullen. Os dois acharam estranho o convite de Esme.  

—Minha mãe pediu para ela vir nesse horário? 

—Sim. - Emmett estava ficando impaciente. - Pode chamá-la? 

—Acho que é só mais uma armação da minha mãe. - Passou a mão pelo cabelo. Entendia que ela estivesse com raiva, mas estava passando dos limites. - Ela ainda não separou nada para a bebê. Só queria que a Bella viesse aqui para achar que Kate e eu temos algo. Isso é simplesmente ridículo. Eu não aguento mais. Só queria que as coisas voltassem a ser como era antes. 

—Nada vai ser como antes. Tudo mudou, Edward. 

—Eu sei. - Lamentou. - Eu só queria ter o meu amigo de volta. - Ele poderia lidar com qualquer coisa com o amigo ao lado dele. Ele e Emmett sempre se apoiaram, não importava as circunstâncias. - Minha mãe não vai ser um problema, vou conversar com ela. E diga a Bella que se precisar de algo não hesite em me ligar. - Ele duvidava que ela fosse ligar, mas não custava nada tentar. Por mais que ele a perguntasse sempre dizia que não estava precisando de nada.  

—Fica lá em casa. - Sugeriu e Edward o olhou sem entender. - Se as coisas estão difíceis aqui você pode ficar lá em casa uns dias até as coisas acalmarem. Estamos de recesso das aulas.

—Está me zoando? 

—Quando os meus pais brigavam era para a sua casa que eu corria. Você fez teste pro time de futebol só para me dar apoio. Quando quebrei a perna e não podia sair você ia todos os dias a minha casa só para que eu não ficasse sozinho. - Colocou a mão no ombro do amigo. - Ainda estou com raiva e vou levar um tempo para não achar tudo isso uma loucura, mas nós somos melhores amigos. E melhores amigos não abandonam o outro, principalmente nos momentos mais difíceis. Estamos juntos nessa. - Deu um abraço apertado nele. 

—Obrigado, cara. - Edward fungou segurando as lágrimas. 

—Pegue logo suas coisas. - Afastou apontando para o andar de cima. 

—Tem certeza disso? 

—Não, mas é a coisa certa. Somos uma família, desde sempre. 

—Emmett? - Esme estava surpresa com a presença dele. Estava esperando por Bella. 

—Olá, Sra. Cullen. - Ele nunca fora formal com ela. - Minha mãe pediu para pegar umas coisas com a senhora. 

—Esqueci de avisar, eu ainda não separei. - Edward olhou para o amigo como quem dizia: não te falei? - Já estamos indo almoçar, quer se juntar a nós? - Esme esperava que ele dissesse não. 

—Obrigado, mas eu preciso voltar para casa. Minha mãe não está se sentindo bem.

—Que pena. Melhoras para ela. 

—Então, vai ir? - Emmett perguntou a Edward e ele assentiu. 

—Vai onde? 

—Vou ficar na casa dos Swan por uns dias. - Avisou saindo para pegar as coisas dele. 

—Mãe. - Kate resolveu interferir antes que Esme começasse a surtar. - Sabia que o Edward vai ter uma filha com a mãe do Emmett? - Carmen negou, a amiga havia omitido aquela informação. - O que está achando, Emmett? 

—Bem, não era o que eu teria escolhido, mas os dois são adultos e podem tomar suas próprias decisões. Eu amo os dois e nós temos que ficar ao lado de quem amamos. Podemos não concordar, mas você não abandona. Você estende a mão e ama a pessoa mesmo assim. - Kate o aplaudiu. 

—Concordo completamente. E acho que você não precisa concordar com a pessoa, mas se você realmente a ama, tem que ficar ao lado dela. E, bem, uma criança é uma dádiva enorme. Aposto que está muito feliz, Sra. Cullen. 

—É claro. - Esme não conseguiu disfarçar o sarcasmo.  

—Eu mal posso esperar pela hora que terei um filho. Deve ser uma alegria muito grande. - Emmett segurou o riso. Sabia que a garota só estava falando aquilo para provocar as duas mulheres. 

—Estou pronto. - Edward anunciou ajeitando a mochila. - Kate, foi um prazer enorme te conhecer. 

—Mande notícias da sua filhinha. E não me decepcione. 

—E você volte a sonhar. - Virou para a mãe. - Sabe onde me encontrar. 

—Edward… - Ele saiu antes que ela continuasse a falar.  

—Até que a sua amiga é legal. - Os dois caminharam pela rua. 

—Desculpa por isso. 

—Tudo bem. Essa situação é complicada para todo mundo. Acho que não estamos lidando bem com isso. Mas vamos dar um jeito. - Edward ficou apreensivo quando chegaram na casa, será que Bella o receberia bem? - Fique aqui que vou falar com a minha mãe. - Ordenou e Edward sorriu de novo. - O que foi? 

—Lembra da vez que fugi de casa e vim para cá? Você me disse a mesma coisa. 

—Verdade. Nem lembro porque fugiu. 

—Meus pais me deixaram de castigo e me tiraram o vídeo game. 

—Nossa! Foi mesmo. Passamos a noite toda jogando. Falei com a minha mãe que você estava triste e ela fez vários lanches para nós. - Os dois riram com a lembrança. - Eu já volto. - Avisou e foi até a cozinha, dava para sentir o cheiro da comida. - Mãe, deveria estar descansando. - A repreendeu carinhosamente. 

—Já estou bem melhor. Trouxe as coisas? 

—Trouxe outra coisa no lugar. - Ela o olhou sem entender. - Edward pode ficar aqui? As coisas estão meio complicadas na casa dele.  

—Achei que não quisesse vê-lo. - Desligou o forno. 

—Não quero que a minha irmã cresça nessa bagunça. Somos uma família e temos que nos acertar. Ele é meu amigo e quero vê-lo bem. Pensar em vocês dois juntos ainda me deixa meio maluco, mas eu vou aprender a lidar com isso. O que decidirem estarei com vocês. 

—Tudo bem, ele pode ficar. - Emmett deu um beijo na bochecha da mãe. 

—Foi isso que você disse da outra vez. Edward! - Gritou e ele apareceu rapidamente na cozinha. 

—Oi, Bella. Está se sentindo bem? - Ela sorriu para ele. 

—Foi só um mal-estar. - Garantiu e ele a olhou em dúvida. 

—Posso te levar ao médico, se quiser. 

—Não precisa. É bom ver vocês dois amigos de novo. 

—O que acham de pintarmos o quarto da bebê? - Emmett queria que eles fossem unidos e que as coisas voltassem ao normal. - E precisam escolher logo um nome pra ela. 

—Cada hora penso em um nome diferente. 

—Nem pense em sugerir algum nome nerd esquisitão para a minha irmãzinha. – Emmett apontou o dedo para o amigo.

—Estava brincando quando disse que se tivesse uma filha colocaria o nome de Wakanda. – Edward se defendeu e Bella o olhou com espanto.

—Acho melhor eu ir registrá-la. Só por garantia.

—Juro que era só uma brincadeira. – Ele garantiu. – Eu penso em nomes como: Hope, Camille, Elizabeth, Eloise, Evelyn, Emma, Madeline...

—Caramba! Você tem mesmo uma lista? Então está decidido. Vamos pintar o quarto. – Faz algo juntos iria uni-los.

—Filho, é Natal. – Bella o lembrou. – Vamos deixar as festas passarem e depois saímos para fazer compras. Vou precisar trocar o piso do quarto de hóspedes.

—O meu quarto é melhor. Eu fico com o de hóspedes e ela fica com o meu.

—Não precisa, filho. Depois de pronto o outro quarto ficará ótimo. – Bella pegou a forma com a carne e os dois correram para ajudá-la.

—Nada de peso, Bella. – Edward chegou primeiro e pegou a forma. – Onde quer que eu coloque isso?

—Dentro do forno. Só vou tirar a torta antes.

—Eu tiro. – Emmett avisou. – O que mais quer que façamos? – Os dois a olharam a espera de instruções.

—Não precisam ajudar. Estou com tudo sobre controle. Os Hale e meus pais virão para o jantar.

—Então nós vamos te ajudar. – Edward avisou.

—Certo. Filho, arrume a mesa e Edward, pode picar os legumes? – Os dois bateram sentido e seguiram as instruções dela.

[...]

—Só faltou o Carlisle e a Esme. – Harold Hale comentou e Rosalie o cutucou. – O que foi? É proibido falar deles?

—Não, pai, mas não precisa falar deles quando as coisas ainda estão tão estranhas.

—As coisas não estão estranhas. Emmett e Edward fizeram as pazes. – Apontou para os dois.

—Estou feliz por terem voltado a serem amigos. – Rosalie apertou a mão do namorado.

—Muito maduro da sua parte, meu querido. – Renée elogiou o neto.

—Eu lamento muito ter causado toda essa confusão entre as nossas famílias. – Bella lamentou.

—Acho que foi uma coisa muito surpreendente. Nunca pensei que tivesse algo entre vocês. – Helen apontou. – Mas até que formam um belo casal. A filha de vocês será muito linda. E as coisas vão melhorar. Como estão os negócios?

—Jasper conversou com os nossos clientes e recuperamos alguns.

—Logo haverá outra coisa para as pessoas falarem e vão esquecer de vocês. – Charlie garantiu.

—E logo teremos uma netinha linda para mimar bastante.

—Enquanto isso podem mimar o netinho lindo aqui. – Emmett apontou para si. – Ainda podem me dar presentes.

—Claro que trouxemos presente para você. – Emmett comemorou. – Sempre será o nosso netinho maravilhoso.

—Animado para ser pai, Edward? – Charlie o cutucou e ele se engasgou.

—Muito, mas aceito conselhos. Eu nunca segurei um bebê. E se ela me odiar? – Ele olhou preocupado para todos a mesa. – Ela pode me achar irritante ou ter vergonha de mim. Posso não conseguir um bom emprego e não dar tudo o que ela quiser. – Ele levou as mãos ao rosto. – Se eu deixá-la cair?

—Relaxa, Edward. Ninguém nasce sabendo ser pai ou mãe. Você aprende com o filho. Pode ler milhares de livros e receber vários conselhos, mas não é isso que vai te ensinar a ser pai. – Bella apertou a mão dele o confortando. – Eu deixei o Emmett cair uma vez.

—Acho que isso explica muita coisa. – Edward provocou o amigo.

—Mãe, isso é uma coisa que eu não precisava saber. – Apontou e Bella levantou.

—Vou pegar a sobremesa.

—Vou com você. – Edward a seguiu até a cozinha. – Queria te dar uma coisa. Não é nada chique. – Se desculpou entregando um pequeno embrulho.

—É linda. - Era um conjunto de três pulseiras de miçanga com uma pequena placa onde estava escrito: Amor, paz e alegria.  

—O meu colega de quarto que faz.

—Eu amei. Muito obrigada. – Ele inclinou e deu um beijo leve nos lábios dele.

—Eu não queria falar sobre nós agora, mas preciso saber, Bella, existe alguma chance entre nós? – Ele colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha. – Não precisamos começar nada agora... – Ela o interrompeu.

—Eu gosto de você e acho que agora que o Emmett está lidando melhor com a situação, talvez possamos... Eu não sei. – Aquilo era muito confuso para ela.

—O que acha de começarmos com uma amizade colorida? Vamos com calma e com o tempo podemos evoluir a nossa relação.

—Acho que amizade colorida é um bom começo. – Ela não estava pronta para uma relação séria.

Edward a puxou com cuidado e segurou o rosto dela entre as mãos. Ele a beijou lentamente, precisava saborear e apreciar o momento. Iria aprofundar o beijo, mas sentiu um movimento.

—Ela mexeu? – Ajoelhou tocando na barriga dela. Ele sentiu outro movimento. – Isso é incrível. – Beijou a barriga dela. – Oi filha. – Falou emocionado, acariciando a espera de outro movimento.

—Acho que ela gostou da sua voz. – Bella colocou a mão sobre a dele. – Estou feliz que esteja aqui. – Era bom ter alguém para compartilhar aquele momento.

—Também estou feliz por estar aqui. Amo você, filha. Acho que ela foi dormir. – Ele levantou e a beijou mais uma vez. – E amo você.

—Ainda vai rolar sobremesa? – Emmett perguntou sem entrar na cozinha, ele imaginou o que poderia estar acontecendo e ainda não estava pronto para ver a mãe e o amigo juntos.

—Já estamos indo, meu anjo. – Avisou e ele afastou dando privacidade aos dois. – Vai ficar menos constrangedor com o tempo. – Bella torcia para sim.  


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Notas finais do capítulo

As coisas estão se ajeitando para os dois e eles tem vários aliados.

Bjs e até mais.



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