Pictures of Us escrita por Ellen Freitas


Capítulo 6
I Love You, Baby || Felicity


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!!

Sabe quando você fica preso em uma "daquelas semanas". Longa, cansativa, super atarefada. O capítulo já deveria ter saído, reconheço, mas agora ele chegou, o maior até agora.

Bom, tem uma coisa em comum em praticamente todos os comentários de POU, e essa coisa se resume em "amo o Tommy". E como eu compartilho do sentimento, nesse capítulo damos destaque ao meu coadjuvante preferido, e claro, nosso casal muito cheio de amorzinho.

Mas primeiro, queria dedicar esse capítulo à driycka. Esse anjo de luz fez uma verdadeira maratona das minhas histórias e veio logo recomendando tudo, inclusive, Pictures of Us. Tem como ser mais perfeita? E como não podia mais agradecer por lá, venho dizer aqui. Amei tudo, muito obrigada.

Agora ao capítulo... Peguem a pipoca, nos vemos nas notas finais!! Bjs*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/785920/chapter/6

― E só voltem aqui com o dinheiro dos prejuízos! ― A recepcionista bateu a porta na nossa cara, o baque alto ecoando pela rua.

― De novo? ― Suspirei desanimada, meus ombros caindo enquanto abraçava o braço do Oliver para me esquentar do frio.

― De novo ― meu namorado também soava desanimado, beijando minha cabeça. ― Podemos procurar outro lugar para irmos ― sugeriu.

― Podem ir, eu vou chamar um Uber para minha casa e terminar a noite com minha amiga de sempre, Netflix ― Kara declarou, já buscando o telefone na bolsa.

― A gente te dá uma carona ― Barry ofereceu, e Iris assentiu concordando, mesmo que não parecesse nada feliz com a ideia do namorado.

― Eu também estou fora daqui, Ray mandou mensagem que está chegando de viagem, vou esperar ele lá. ― Laurel, que tinha arrumado um lugar para sentar em um banquinho na frente do boliche, ficou de pé, buscando as chaves do carro na bolsa.

― Mana, me deixa naquela boate no centro, perto da casa do engomadinho? Muito cedo para acabar a noite para mim, eu não vesti essa calça de couro à toa. ― Deu uma voltinha em cima dos saltos. ― Tchau, perdedores.

― Me espera, Sara, vou com você! ― Tommy pediu, mas Oliver rapidamente o interceptou, segurando seu braço.

― Não, ele não vai. Tchau, meninas. ― As irmãs Lance deram de ombros, também tomando seu caminho para irem embora dali.

― Alguém vai levar uma bronca ― Caitlin cantarolou, zombando do moreno. ― Até mais, galera.

― Você fica. ― Puxei minha amiga pela alça da bolsa, a fazendo perder o equilíbrio e quase cair em minha direção. ― Os outros podem ir. ― Roy e Curtis, e o namorado do último, Paul, murmuraram um “graças a Deus” conjunto, escapando antes que sobrasse para eles também. Estava começando a acreditar na teoria de Oliver que eles tinham medo de mim.

― Parece que não sou só eu que vai levar bronca ― Tommy cantarolou de volta, mostrando a língua para Cait.

― Você é um imbecil.

― Você é uma idiota!

― Crianção!

― Crian... çona! ― rebateu, lhe mostrando o dedo do meio.

― Não, nenhum dos dois são crianças, pois crianças sabem que imbecil e idiota são palavras feias e esse é um gesto proibido, Tommy! ― briguei com eles. ― Sentem aqui! ― Puxei Caitlin pelo braço até o banco onde Laurel estava, Oliver empurrando as costas do amigo para fazer o mesmo. Logo que estavam sentados, se afastaram o máximo um do outro que conseguiram no assento.

― Que merda foi aquela, Merlyn?

― Eu? ― retrucou revoltado diante da acusação de Oliver. ― Eu não fiz nada, tudo foi a Malévola, dona do mal, aqui. ― Mostrou com o polegar para Caitlin.

― Obrigada por me comparar com a Angelina Jolie.

― Te comparei com o demônio, sua Satanás!

― Calados! ― elevei minha voz. ― A gente está ficando sem ter mais para onde ir nos divertir nessa cidade!

― Exato, porque os dois espertos aqui não conseguem terminar uma noite sequer sem fazer a gente ser expulso do lugar!

― Desculpa... ― Tommy começou, e franzi a testa estranhando o pedido. ― Mamãe e papai ― completou com a voz infantil, e até Caitlin riu com ele dessa vez.

― Não tem graça! Cait, você destruiu um balcão inteiro de vidro com uma bola de boliche. Quantos anos você tem?

― Em minha defesa, eu estava mirando na cabeça do Thomas ― justificou. ― Ele que começou me provocando.

― Em minha defesa, sua cara estava me irritando ― se defendeu. ― E se não queria que eu falasse nada, não deveria ter colocado essa blusa que parece roubada diretamente dos anos 80. Ombreiras, pelo amor de Deus, estava pedindo para ser chamada de Megazord.

― Elas estão na moda, seu mentecapto!

― Eu nem sei o que isso significa, sua idosa. Pode usar palavras desse século, fazendo favor, para nós jovens podermos entender? ― Indicou para nós três.

Desde que Tommy teve que engolir meu namoro com Oliver para não ter que se afastar do melhor amigo, minha relação com o moreno tinha dado passos para a frente. Tudo bem que sempre rolava algumas ofensas, mas estava bem melhor. A parte ruim disso tudo era que a revolta dele teve de ser direcionada para outro alguém, no caso, Caitlin. E como minha amiga não escutava nada calada e também estava em busca de um bode expiatório para sua desaprovação, foi o encaixe perfeito para o desastre.

― Eu só sei que estamos ficando em opções para estarmos todos juntos, e nem minha irmã vai nos suportar em sua boate daqui há uns dias. Então arrumem um jeito de engolirem esse ódio mútuo ou estão fora das nossas saídas.

― Não é justo, bloqueiem só ele então!

― Por que eu? Tommy Merlyn é o divertido de todas as festas, você é sem graça. Um vaso de planta teria mais animação.

― Se virem, ou estão fora os dois ― concordei com Oliver. ― E mais uma coisa: os vândalos aí que vão pagar o prejuízo. Vamos, peixinho. ― Segurei na mão de Oliver, já indo em direção ao carro, deixando os outros dois chocados em seus lugares.

― Acha que eles vão fazer o que a gente pediu?

― Com certeza não. ― Suspirei desanimada. ― Só queria que houvesse um jeito de fazê-los conviver sem toda a hostilidade e violência gratuita. É pedir demais uma noite tranquila no boliche entre amigos?

― Vamos pensar em algo, amor.

~

― Pensei em algo, amor. ― Parei minha caneca de café na metade do caminho até minha boca, quando abri a porta e Oliver estava no mínimo transtornado com aquele olhar maluco que ele ficava no rosto quando competia em qualquer coisa.

― Você tá bem, Oliver?

― Estou, só um pouco agitado por causa do café. Aliás, me dá mais um pouco? ― Passou por mim entrando em casa, e tentou pegar xícara da minha mão, mas me esquivei no último segundo. ― Qual é?!

― Vai me contar o motivo dessa inesperada overdose de cafeína?

― Lembra do que a gente estava falando quando te deixei em casa ontem? ― Mal pude abrir a boca para responder, ele já continuou a falar. ― Então, eu reconheço que a maior parcela da culpa dos nossos amigos não se darem bem é do Tommy. Do Tommy e da Sara, e sua amiga não tem sido fácil também, mas mais do Tommy. Então eu pensei em algo.

― Primeiro, senta aqui ― falei calmamente, deixando meu café no aparador perto da porta e pegando braço dele para o sentar no sofá. ― Segundo, fala devagar. Eu sei que eu geralmente falo rápido, mas não estou acostumada a ouvir os outros falarem assim.

― Okay. ― Respirou fundo. ― Ontem quando eu te deixei e disse que ia para casa, eu não fui. Eu não estava planejando mentir nem nada, pelo amor de Deus, não termina comigo, mas eu mudei minha rota quando tive essa ideia. ― Não consegui não rir. Acho que Oliver até estava achando que agia normalmente, mas estava ainda mais agitado. ― Então eu fui em quase todas as delegacias da cidade, até achar o caso perfeito. ― Ele tirou uma pasta parda de dentro da bolsa.

― Caso perfeito para quê?

― O que quase nos manteve separados e é o motivo principal das implicâncias dos nossos amigos? Exato, nossos trabalhos! ― respondeu antes que eu o fizesse. ― E se encontrássemos algo em comum? Um inimigo em comum une até os inimigos mais improváveis, acho que essa é a frase.

― É uma ótima ideia, peixinho, mas como faríamos isso acontecer? Nós defendemos as pessoas que vocês tentam condenar, nunca vai dar certo.

― Conheça Alan Carter, um homem inocente. Tcharan! ― Sorri balançando de leve a cabeça, pegando o arquivo de suas mãos depois de seu gesto exageradamente cênico.

― Ele não é inocente, vai ser julgado na próxima semana pelo assassinato da namorada ― falei quase que para mim mesma, lendo os arquivos do caso. ― Mas espera aí. Não existem provas concretas, é tudo muito circunstancial, por que ele... ― Estava estranhando tudo apontar para uma condenação tão certa, então foi só ver o nome do advogado de merda que o defendia. O cara era completamente desleixado, e facilmente subornável. ― Mas isso não prova que ele é inocente, Oliver.

― Por isso... ― Ele pegou mais uns papéis na bolsa e me entregou. ― Alvin Carter.

― O irmão dele? O que tem o irmão... Oh. ― Oliver fez gestos e ruídos de explosão com as mãos quando percebeu que eu havia entendido.

― O ministério público teve preguiça de ir mais fundo na história. Sabia que crimes passionais são assustadoramente altos na América, por favor não me mata se um dia eu te estressar demais, então todo mundo achou que o Alan tinha feito, mas foi o Alvin. A Justine Carter, olá ironia do nome, descobriu que o cunhado estava fraudando a empresa que trabalhava, ia denunciar e ele foi lá e pá, matou a mulher. Crimes por dinheiro também são bem altos. A gente mora em um país ruim?

― Concordo com você, foi o irmão. Mas as provas para isso são ainda menores que as que o ministério público tem contra o Alan.

― Até agora, pois o nosso super time entrou no caso.

― Inimigos na vida trabalhando juntos com um objetivo em comum?

― Eu estou chamando de Esquadrão Suicida, babe!

― Oliver...

― Não, Felicity, é perfeito. Alan precisa de advogados melhores, como vocês, e policiais melhores no caso, como nós. Vou pedir ajuda até pra Laurel, é a chance que temos que fazer todo mundo trabalhar junto e mostrar uns pros outros que há pessoas incríveis debaixo de toda a repulsa e preconceito.

Mesmo com todo o frenesi cafeínico, Oliver estava certo. Um inimigo em comum poderia nos unir, e se isso fosse uma chance para libertar um homem inocente, deveríamos ao menos tentar. E seria divertido não ser oposição do meu namorado pelo menos essa vez.

― Então, você tá comigo nessa?

― Esquadrão Suicida, babe!

~

― Para de jogar água em mim, Thomas! ― Caitlin reclamava das borrifadas do líquido que Tommy jogava nela. Aparentemente, eles tinham começado com as implicâncias mais cedo dessa vez.

― Ei, Sara, essa água benta que você me arrumou é fajuta, ela já devia ter derretido a esse ponto.

― Pega, tenta alho. ― A loirinha jogou dentes de alho para ele, que atirou na direção da minha amiga, mas foi barrado por uma bandeja que Oliver colocou no caminho no último segundo.

― Parem, os dois. ― Apontou para os amigos.

― Eu acho divertidíssimo ― Laurel comentou rindo e comendo alguns amendoins, aceitando uma bebida da bandeja que Curtis me ajudava a trazer da cozinha.

― Tudo bem, acho que todos já estão aqui ― comecei.

Barry, Kara e Roy pararam de conversar, Laurel cruzou as pernas, prestando atenção, Cait sentou no sofá maior perto de mim e Curtis perto de Roy, Oliver e Diggle comigo e até Tommy e Sara pararam de falar, me olharam e esperando o que eu diria a seguir.

― Um caso surgiu e vamos precisar de todos nele.

― Foi mal, galera, mas eu me recuso a ajudar a soltar um assassino pra ele me matar em agradecimento. Não, valeu ― Sara foi a primeira a falar.

― O que a loirinha disse ― Tommy confirmou com a cabeça.

― Sim, se trata de um caso de assassinato, mas um homem inocente vai ser condenado daqui a quatro dias e o culpado vai ficar solto se não fizermos nada ― expliquei.

― Tudo bem, galera, eu sei que a maioria aqui não é amigo e nem pretende ser, mas é para um bem maior ― Oliver continuou. ― Cada um aqui protege pessoas à sua maneira, e agora precisamos fazer isso juntos. ― Confesso que esperei gritos e reclamações de resistência, mas todos pareciam ponderar sobre aceitar, e estava sendo mais fácil do que imaginei.

― Está falando de inimigos trabalharem juntos, tipo o...

― Meu próprio Esquadrão Suicida! ― Oliver interrompeu a linha de pensamento de Barry e ficou de pé animado, abrindo os braços em um gesto amplo.

― Eu reivindico ser o Pistoleiro! ― Tommy também ficou em pé em um salto, erguendo a mão ao alto.

― Não, você não pode “reivindicar” ser o Pistoleiro, eu ia pedir para ser o Pistoleiro!

― É, mas eu pedi primeiro ― rebateu Oliver.

― Mas a ideia toda do Esquadrão foi minha!

― Amorzinho, foco ― pedi, segurando em sua mão e o puxando para voltar a sentar do meu lado. ― A gente já tinha combinado de não usar esses codinomes.

― Ah, vamos sim, ou eu estou fora ― Tommy me contradisse. ― Eu sou o Pistoleiro, óbvio, e Sara, a Arlequina, por motivos de ser a mais foda daqui. ― A Lance mais nova lhe soprou um beijo em aprovação. ― Felicity é a bruxa, também óbvio, Oliver o trouxa que fica seguindo ela, e você, Snow, o Crocodilo.

― Crocodilo é sua avó, sua anta!

― Eu fui legal em te dar o Crocodilo, garota, ele é gente boa, o que é mais do que podemos dizer de você. Mas o físico é bem parecido, em minha opinião.

Isso é para eu nunca mais reclamar das coisas fáceis demais. Aquilo mal tinha começado e já ia de mal a pior. Precisávamos contornar, e rápido.

― Não vamos usar codinomes ― declarei, ficando entre os dois, apenas alguns segundos de Tommy receber algumas unhadas na cara. ― O caso é o seguinte: um irmão está levando a culpa no lugar do outro pelo assassinato de uma garota. Os motivos do crime foram entendidos errados, ele teve uma defesa péssima e uma acusação preguiçosa. Vou passar os detalhes para todos por email.

― Laurel, eu sei que quem quer esteja cuidando do caso não vai abrir mão e admitir que está errado, mas você vai cuidar do novo caso que vamos consolidar, certo?

― Fechado ― a promotora confirmou para Oliver, erguendo a taça de vinho branco.

― Kara, não temos muito tempo, então precisamos saber exatamente que documentos solicitar quando assumirmos o caso, você conhece todas as secretárias, pode agilizar isso. E quando conseguirmos, analisar com Curtis e Roy, a empresa vai querer esconder uma fraude, vão nos enterrar em papelada vão precisar de todos nisso, okay?

― Okay, considere feito, Felicity.

― Sara, precisamos mudar para um juiz certo para o caso, por isso você vai falar com seu pai e ele vai cobrar o máximo de favores que tiver para conseguir um bom. Ah, e arrumar o máximo de provas contra o Alvin Carter. Barry...

― Provas forenses em um flash contra o irmão malvado. Deixa comigo.

― Cait, você e eu iremos amanhã cedo para convencer Alan Carter a trocar de advogado e nos deixar cuidar do caso.

― E você e eu temos que conseguir uma confissão impossível do Alvin ― Oliver falou para Tommy. ― Nossa especialidade.

― Esquadrão Suicida! ― Tommy gritou animado e todos vibraram em resposta. Até aqui tudo bem.

~

― Ei, peixinho ― cumprimentei abraçando e dando um selinho em Oliver logo que cheguei na sala conjugada à de interrogatório. ― Como vão as coisas por aqui?

― Kara, Barry e Sara já estão na função ― explicou. ― Deu tudo certo lá no presídio com o Alan?

― Sim, ele ficou feliz em mudar de advogado. Olha, amor, eu sei que nem sempre posso dizer isso dos meus clientes, mas ele é inocente, de verdade. Eu sei que começamos isso como um plano, mas precisamos ganhar. Alan amava a Justice, mesmo, eu vi o luto nos olhos dele.

― Vamos conseguir justiça para ele, babe. ― Fez carinho em meus cabelos e deixou um beijo em minha testa.

― Então, aquele é o cara? ― Do outro lado do vidro falso da sala de interrogatório estava um cara pálido e magro, parecendo incomodado enquanto olhava para todos os lados em busca de uma saída.

― Alvin Carter, o próprio. Quem diria um cara tão magrelo e sem cor poderia matar uma pessoa a sangue frio. E ele ainda se chama Alvin, pelo amor de Deus, o cara maculou a imagem do meu esquilo preferido do cinema! ― Não consegui evitar sorrir de sua revolta infantil.

― Quando você vai entrar lá?

― Estamos o deixando tenso, ansioso pelo que pode vir, é uma estratégia. E esperando o Tommy voltar do seu lanche da manhã, ele deve estar aparecendo por aí.

― Já sabe como vão dobrá-lo?

― Sim, nós vamos... ― Antes que Oliver terminasse a frase, Tommy entrou limpando com um lenço uma mancha vermelha de sua camiseta cinza. ― Cara, você se sujou de molho de novo?

― A culpa não foi minha e não é molho. É recheio de frutas vermelhas do meu baggle que a demônia da sua amiga jogou em mim, um segundo que me distraí.

― Você tira o controle dela, não posso fazer mais nada sobre. ― Dei de ombros.

― E é a primeira vez que isso acontece de forma não sexual, o que é um saco. ― Bufou.

― Você é tão dramático! ― Cait entrou na sala. ― Uma manchinha de nada.

― Terrorista você, isso sim ― acusou. ― Enfim, vou procurar outra para trocar.

― Não, na verdade isso ajuda a gente. Deixa a roupa suja.

― Assiste e aprende, Snow. Hora do show, parceiro. ― Os dois tocaram os punhos fechados, saindo da sala.

― Babaca ― retrucou rolando olhos. ― Amiga, tem certeza que devemos confiar uma parte tão importante do plano a eles?

― Oliver é muito bom, Cait.

― O outro pode estragar as coisas.

― Mas o peixinho me pediu para confiar neles e eu confio.

― Vamos ver. Eu não acredito, mas que outra opção temos? ― Cruzou os braços e fez aquela cara de quando não estava satisfeita sobre algo.

― Alvin Carter? ― Oliver entrou na sala com um arquivo em mãos. ― Detetives Queen e Merlyn.

― Eu já falei tudo que sabia na época que pegaram o Alan.

― É, mas parece que tu não falou tudo. ― O uso incorreto do pronome por Tommy machucou minha alma e pela cara de Caitlin, ela sentia o mesmo.

― Que ótimo, um jumento vai conduzir o interrogatório.

― Eu falei sim ― Alvin o contradisse, assistindo Oliver sentar ereto na cadeira e Tommy se encostar de mal jeito, colocando os pés em cima da mesa. ― Eu sinto muito pelo que meu irmão fez, mas não posso fazer nada sobre.

― E sobre o que você fez? ― Alvin empalideceu na hora diante da pergunta de Oliver. ― Foi você que apresentou os dois não foi? Você e Justice trabalhavam juntos em uma empresa de contabilidade, estou certo? ― O acusado relaxou um pouco quando percebeu o rumo que aquilo tomava.

― Sim, mas isso foi há dois anos. Não teria feito se soubesse que Alan faria isso.

― Eu imagino que não. Vocês eram próximos no trabalho?

― Justice era minha supervisora, tudo que eu fazia passava por ela, então meio que sim.

― Eu tenho uma pergunta. ― Tommy ergueu a mão como um demente. ― A empresa de vocês está sendo investigada por uma fraude em uma conta que era sua? ― Nossa, aquilo estava indo muito mal. Até eu sabia que trunfos de investigações sigilosas não deveriam ser entregues logo no início e aquele era o único que eles tinham.

― Não estamos sendo investigados de nada.

― Droga, Merlyn! ― Oliver o repreendeu, só então Tommy pareceu perceber o que tinha falado, arregalando os olhos e tapando a boca.

― Um cavalo!

― Estamos ferrados! ― murmurei.

― Estamos sendo mesmo investigados? ― Alvin de repente estava alarmado, olhando de um para o outro. ― Eu não fiz nada.

― Então quer dizer que você não fez conloio com uma empresa de alimentos para emitir notas frias e aumentar o desvio?

― A palavra é conluio e você não deveria ter dito isso a ele, detetive Merlyn. Não temos provas de nada e isso não tem a ver com o caso.

― Eu vou precisar de um advogado?

― Okay, eu vou abrir o jogo aqui. A gente acha que você matou sua cunhada, meu colega. ― Quase dei um tapa na minha própria testa. Mas que merda Tommy estava fazendo acabando com todo o elemento surpresa?

― O quê?

― Não, a gente não acha ― Oliver lhe deu um olhar significativo para que parasse de falar, que foi prontamente ignorado.

― Claro que acha, você me disse ainda agora, Ollie. Vamos fazer assim, você confessa e a gente te arruma uma redução de pena e seu irmão fica livre.

― Eu não vou confessar algo que eu não fiz! ― gritou ficando de pé. ― Estou indo.

― Não, você não pode ir! ― Na pressa de se erguer, o pé da cadeira do moreno acabou escorregando e ele caiu sentado no chão. ― Droga, isso sempre acontece comigo. ― Levantou acariciando a bunda.

― É isso, já era. Droga! ― Caitlin reclamou ao meu lado.

― Você pode esperar aqui um minutinho, preciso de uma palavra a sós com meu parceiro. ― Oliver apontou o polegar para o lado de fora, arrastando o outro consigo para o corredor. Também saímos para encontrá-los lá.

― Ai, aquela queda doeu ― Tommy reclamava fazendo careta.

― Mas que merda você está fazendo lá, seu demente?! ― Caitlin avançou para dar um tapa nele.

― Ei, no topete não! ― Recuou com as mãos protegendo o cabelo. ― Vou procurar um gelo para minha linda bundinha, já volto.

― Oliver, tem certeza que Tommy deve continuar lá com você? O cara que não confessou uma fraude simples, vai confessar um assassinato?

― Confia na gente, amor ― Oliver garantiu, me dando um selinho. ― Vou voltar lá. Fica assistindo, você pode pegar informações para o julgamento.

― Lissy, seu namorado pode nem ser burro como o amigo, mas é doido, e isso vai dar tão errado!

Assistimos então Oliver conduzir uma série de perguntas sobre a empresa que Alvin e Justice trabalhavam, aos poucos enredando o homem numa teia que ele jamais sairia sem admitir que a cunhada pelo menos sabia sobre a fraude. Era bom, mas talvez não o bastante para livrar Alan.

― Eu tenho uma pergunta! ― Tommy entrou pela porta em um rompante. ― Você matou Justice Carter, sua cunhada?

― Não ― Alvin respondeu de pronto, como se aquilo fosse um absurdo.

― Achei que o elemento surpresa fosse te pegar, droga! Refri de uva? Alguém? ― Ofereceu a bebida que trazia em mãos, mas os dois o olharam como se fosse a pessoa mais inapropriada do lugar. ― Melhor, mais para mim. ― Se sentou todo largado como estava antes, bebendo seu refrigerante.

A quase uma hora seguinte foi torturante de se ver e ainda tive que segurar Caitlin algumas vezes para a impedir de entrar lá e arrancar Tommy pelos cabelos, mas decidi confiar em Oliver como ele havia pedido, mesmo acreditando cada vez menos que os dois conseguiriam algo que me desse alguma vantagem no julgamento do Alan.

― E aí, como estão as coisas por aqui? ― Sara entrou na sala, observando curiosa os amigos do outro lado do vidro.

― Oliver até está tentando, mas...

― Mas o jumento do Thomas está atrapalhando! ― Cait exclamou revoltada. ― Comete mais erros de gramática do que nunca, perde o foco, só fala bobagens de filmes e jogos e fica perguntando a cada cinco minutos se ele matou a cunhada. O tal do Alvin acha que está arrasando.

― Oh, entendi ― Sara soltou um suspiro de aprovação. ― Acho que está na hora então. ― Franzimos o cenho em conjunto a observando soltar uns botões da blusa, ajustar o sutiã para valorizar o decote e passar os dedos pelos cabelos, dando mais volume para suas ondas loiras.

― Hora de quê?

― Sara, hora de quê? ― repeti a pergunta da minha amiga, mas ambas fomos ignoradas, quando ela saiu da sala que estávamos, para logo em seguida bater na porta da sala de interrogatório que os outros estavam.

― Dá licença, gente. ― Colocou apenas metade do corpo para dentro da sala. ― Ollie, o capitão está te chamando na sala dele. Hey, bonitão. ― A loira falou a última frase para Alvin com um sorriso lascivo e voz insinuante.

Claro, ela era sexy como o inferno, mas eu mesma nunca a vira se comportar assim, Sara fazia o tipo assustadora. Quer dizer, Diggle era grande, mas era se eu fosse ter medo de alguém ali, seria dela.

― Ei, linda ― Alvin falou de um jeito que ele julgou ser charmoso, mas na real, achei meio nojento.

― Tira o olho. ― Oliver a puxou para fora e fechou a porta, mas ao invés de ir para o escritório do capitão como ela havia dito, os dois entraram na sala onde eu estava.

― O que vocês...

― Shiu! ― Sara falou apontando para a sala. ― Agora o gran finale. ― Me calei e voltei a assistir o que se passava lá dentro.

― Gata, não é? ― Tommy provocou. ― Posso te arrumar o telefone dela.

― Sério? ― questionou animado. ― Toca aqui. ― Levantou a mão espalmada para Tommy, que levantou a própria mão na direção do cumprimento, mas parou na metade.

― Sim, só precisa fazer uma coisa por mim: diz que matou a Justice.

― Mas eu não matei, já disse ― falou já sem paciência. ― Você era o único detetive disponível, por isso fiquei preso com você?

― Assim você me magoa, é como se nem tentasse confessar! ― Alvin bufou, se recostando na cadeira. ― Tudo bem, você está cansado e eu também. Vou te fazer algumas perguntas e você está liberado, pode ser?

― Tá bom.

― Certo. ― O moreno tomou uma respiração profunda. ― Há quantos anos vocês e Justice se conheciam? Tem mais irmãos ou é apenas você e o Alan? Qual sua função na firma de contabilidade? Você matou sua cunhada? Já foi na estação de metrô onde o corpo foi encontrado? Qual seu nome do meio? Qual o nome dela do meio? Você me acha bonito? Ainda quer o telefone da Sara? ― Alvin rolou olhos para todas as perguntas, mas respirou fundo pronto a responder.

― Nos conhecíamos há dois anos, somos apenas eu e Alan, sou assessor de planejamento tributário, entre outras coisas, não, eu não matei a Justice, eu passo pela estação 39 apenas nos fins de semana, meu nome do meio é James, o dela é Anne, você é um mala e sim, ainda quero o telefone da sua amiga.

― Uau! ― Tommy exclamou impressionado. ― Que assassino esperto, achei que ia cair pela minha pergunta “você matou sua cunhada”.

― É, não rolou.

― Só me diz uma última coisa: se não matou sua cunhada, como sabia em qual estação de trem o corpo foi encontrado se não foi uma informação liberada ao público? ― O sorriso de Tommy se ampliou, e Alvin empalideceu na hora, como se visse um fantasma em sua frente. ― Toca aqui. ― Ergueu a palma para o homem, que cobriu o rosto com as mãos, parecendo que desmaiaria a qualquer minuto.

Olhei para Caitlin, que estava tão de queixo caído como eu, enquanto os outros dois pareciam apenas orgulhosos do amigo. Tommy então virou para o vidro falso, formou uma pistola com indicador e disparou dois tiros imaginários em nossa direção, soprando a ponta do dedo e dando uma piscadela seguida por um sorriso lascivo.

― Gostoso ― Sara falou mordendo o lábio o encarando.

E assim conseguimos a parte mais difícil do nosso plano.

~

― Você está nervosa? Sabe que deveria estar, não sabe? ― Tommy encostou o quadril na mesa do lado na minha amiga, apenas sendo irritante como sempre.

― Cala a boca, Thomas. ― Caitlin nem lhe deu importância, enquanto arrumava os documentos para o julgamento.

― Deixa ela em paz ― Oliver pediu, descansando a cabeça na curva do meu pescoço, enquanto estava atrás de mim me abraçando.

― Não posso deixar ela destruir o caso que eu salvei.

― Baixa a bola aí, seu coisa, você só teve que se fazer de burro. Pra mim, só me parece uma quinta feira normal da sua semana.

Uma quinta feira normal da sua semana ― a imitou fazendo uma voz infantil.

― Ah, não! Vocês dois ao mesmo tempo de novo? ― a voz da juíza chamou nossa atenção, já que as brincadeirinhas de Tommy nos distraíram até do anúncio de sua entrada. ― E eu achando que seria um dia bom ― murmurou alto o bastante para ouvirmos, fazendo eu e Oliver darmos um sorriso sem graça.

Por coincidência ou não, aquela era a juíza do caso do dia seguinte ao que conheci Oliver, e que, sem sabermos na época, fez com que nos apaixonássemos. A que praticamente deu o apelido de peixinho ao meu namorado.

― Pode deixar comigo, eu encanto ela. Parece que vou ter que ganhar esse caso sozinho. ― Tommy piscou para a gente, andando na direção da juíza.

― Não, não, não! ― Estendi minha mão na direção que ele foi, uma falha tentativa de pará-lo. A juíza Fallon era justa, honesta e tinha sua medida certa de compaixão, mas não era adepta de gracinhas. Muito menos as gracinhas do tipo que o Merlyn era especialista.

― Detetive Thomas Merlyn, ao seu dispor. Pode me chamar de Tommy, se preferir. ― Sorriu sugestivo.

― Eu lembro de você, baderneiro, é o fiel escudeiro do outro ali. Vá sentar! ― Tommy fez um biquinho de desgosto, dando um passo para trás intimidado.

― Sim, senhora. Excelência, senhora. ― Fez uma reverência sem noção, encolhendo os ombros para voltar ao seu lugar, como um cachorrinho que havia caído da mudança.

― Trouxa ― Caitlin zombou quando ele passava por nossa mesa.

― Pelo menos ela lembra de mim ― retrucou não se deixando abalar.

― Como um baderneiro. Finalmente alguém me entende, obrigada, Senhor!

― Cala a boca!

― Cala a boca você!

― Não, cala você!

― Calem os dois! ― a juíza os interrompeu, e Caitlin franziu os lábios por ter sido pega no meio da briguinha besta. ― Vamos dar início à sessão.

― Boa sorte, amor. ― Oliver beijou minha testa e foi sentar no plenário, entre Tommy e Sara, que todo esse tempo estava distraída em uma conversa com Curtis. Captei um olhar surpreso da juíza para a gente, mas que ela logo disfarçou e voltou à sua postura profissional.

O julgamento correu intenso.

Caitlin conduziu a abertura, argumentando sobre os motivos do nosso cliente não ter cometido o crime e apresentando nosso novo suspeito. Barry depôs sobre elementos contraditórios da autópsia que acusava Alan, ressaltando a existência de outro possível assassino, então tivemos mais o depoimento de Tommy sobre o interrogatório de Alvin.

Como previmos, a promotoria fez um trabalho preguiçoso, então não tinha nada além de evidências circunstanciais e o histórico duvidoso de Alan com drogas no passado.

― Até agora, tudo bem ― Caitlin cochichou para mim e Alan, que se mantinha ainda muito preocupado. ― Só mais as alegações finais e conseguimos isso.

― Posso falar com você um segundo? ― chamei minha amiga no último intervalo, indo para um lugar mais isolado para conversarmos. ― Cait, vou pedir a anulação.

― Tem certeza, amiga? Conseguimos uma ótima dúvida razoável, talvez ele saia com a condicional e não fique preso um dia sequer.

― Ele não merece isso em seu histórico, ele é inocente ― argumentei. ― E a promotoria foi tão mal, a gente pode conseguir, é uma boa aposta.

― Ainda é um grande talvez. É a vida dele, Lissy, não podemos apostar com isso.

― Vamos perguntar então. ― Não me rendi com facilidade aos seus argumentos.

Alan não estava animado com minha ideia, preferia seguir pelo caminho mais seguro de Caitlin. Mas não era justo, ele não sabia como aquilo ia prejudicá-lo em sua vida futura.

― Tudo bem por aqui? ― Oliver veio checar.

― Confia em mim ― pedi. ― Assim como confiou que poderíamos melhorar a situação e conseguimos, vamos fazer de novo. Por favor.

― Cara, eu não posso te dizer pra aceitar o que ela diz, é sua vida, sua escolha ― Oliver começou falando. ― Mas o que posso te dizer, como o homem que convive com ela todos os dias, é que não há ninguém que mereça mais confiança no mundo todo. Sim, ela é teimosa e meio birrenta, mas isso só vai fazer com que ela não desista de você, vai por mim.

― Tá bem, eu confio.

― Obrigada, obrigada! ― Abracei o Alan no impulso. ― E obrigada a você, peixinho. ― Beijei seu rosto sorridente, seguindo de mãos dadas de volta para nosso lugar.

― Suas alegações finais, doutora.

― Sim, excelência. ― Ajustei minha saia lápis, andando até o meio do espaço vazio. ― Senhores e senhoras do júri... Tem sido um dia cansativo com todos esses depoimentos, leituras de provas, tabelas, documentos, páginas e mais páginas de um processo tem sido passado diante de todos e eu agradeço pela disposição em fazerem isso. Eu poderia dissertar mais uma hora resumindo tudo que vimos e ouvimos aqui, explicando os motivos técnicos e científicos daquele homem sentado ali não ter matado sua própria mulher. Mas não é somente sobre um homem e uma mulher anônimos. Esse dia, nos intrometemos na vida de Alan e Justice Carter, um casal que se amava, e agora ficarão separados para sempre. Não há volta para isso.

Alguns jurados olharam para Alan, que tinha os olhos marejados, e Caitlin lhe confortava acariciando as costas.

― Eu não sou especialista em relacionamentos, sou uma advogada, mas tenho visto muito do que é feio nessa cidade que todos escolhemos viver, mas o modo como Alan fala da Justice, isso é bonito. É amor. Puro e simples, amor. Ele jamais faria mal a ela, por que ele teve a sorte, como bem poucos, de encontrar essa pessoa.

Eu não mais olhava para o júri, para a juíza ou sequer para o réu. Meus olhos estavam fixos nos de Oliver e no pequeno sorriso que se formou em seus lábios.

― E por tudo isso, mais todas as provas que apresentamos, gostaria de pedir a anulação desse julgamento, declarando Alan um homem livre. É o mínimo que podemos fazer por um homem inocente em pleno luto. A defesa encerra. ― Sentei de volta no meu lugar, um peso deixando minhas costas.

― E aí, acha que fomos bem? ― me virei para perguntar a Oliver.

― Bem? Você foi perfeita! ― O loiro segurou minha mão. ― O que eu acho é que te amo. ― Abri a boca em puro choque. Nunca havíamos trocado aquelas três palavras. A gente usava termos como “amor”, mas eram apenas apelidos carinhosos de casal. ― Quer dizer, eu não acho, eu tenho certeza. Caralho, eu te amo, Felicity Smoak! É tão bom finalmente falar. E você parece que viu um fantasma, tá passando mal? ― Pisquei uma dezena de vezes, minha boca ficando seca. ― Você não vai dizer nada?

Oliver não parecia esperar um "eu também te amo" naquela hora, mas o coitado merecia ao menos alguma palavra coerente. Então eu disse uma das piores coisas que se pode dizer quando alguém fala que te ama pela primeira vez.

― Obrigada. ― Ele franziu o cenho.

― De nada? ― A resposta dele soou mais como uma pergunta e já estava ficando constrangedor demais.

― Felicity, presta atenção! ― Caitlin puxou meu braço, as outras pessoas ao redor também pareciam alheias ao nosso pequeno diálogo embaraçoso.

― O que foi?

― A juíza está te chamando. ― Indicou a mulher com o olhar nervoso.

― Desculpe, excelência, me distraí por um segundo.

― Bom, depois de analisar as provas trazidas pela defesa e consideração o apelo pela mudança para uma anulação, eu já tomei minha decisão. ― Segurei o fôlego. ― Agradeço a todos pelo tempo, mas tomei uma decisão favorável à anulação proposta. Senhor Carter, o sistema de justiça da América pede desculpas, você é um homem livre a partir de agora. ― E bateu o martelo, já ficando de pé para sair. Gesticulei um "obrigada" com os lábios, ao que ela deu um quase imperceptível sorriso, se retirando.

― Muito obrigado a vocês duas. A todos vocês! ― falou para mim e Cait, então se virou para o plenário, onde estavam Oliver, Tommy, Sara, Barry, Curtis, Kara e Roy, que também comemoravam animados. O plano de Oliver tinha dado certo afinal, todos pareciam bem mais entrosados e sem desejos de morte para o outro, mesmo que a delegacia e nosso departamento na defensoria tenha ficado defasado, já que quase todos resolveram faltar para estar aqui.

― Eles vão te levar para o processamento, mas daqui a pouco já poderá ir, tudo bem? ― expliquei.

― Bebidas na conta de Thea Queen! ― Tommy gritou animado, um convite implícito de todos estarmos juntos comemorando na Verdant, onde tudo começou para a gente. Era até meio poético, se fôssemos pensar.

― Pode ir, eu fico até tudo terminar e encontro vocês depois ― Caitlin se dispôs.

― Obrigada. ― Ela assentiu e acompanhou Alan.

― "Obrigada" ― a voz de Oliver soou atrás de mim. ― Essa é sua palavra do dia? ― perguntou divertido. Me virei sem graça para ele, todos já se dispersavam.

― Oliver, olha só...

― Tá tudo bem, babe, não preciso que diga nada para mim. Eu te amo mesmo assim. E depois que a gente começa, não consegue mais parar com a coisa do "eu te amo", né? ― divagou.

― Oliver! ― chamei sua atenção, segurando seu rosto com ambas as mãos. ― Eu não queria dizer obrigada, queria dizer eu te amo. Porque eu te amo, tanto! ― Os olhos dele brilharam como dois diamantes e seu sorriso ficou ainda maior, e quando ele aproximou o rosto do meu, pensei que fosse me beijar, mas Deus lábios passaram direto para minha orelha.

― Obrigado ― soprou ao meu ouvido.

― Idiota. ― O empurrei de leve, sorrindo de sua piadinha ruim, mas ele manteve as mãos em minha cintura, não permitindo que eu o afastasse muito.

― Eu te amo, baby.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então? Já estão vomitando arco íris do lado daí?
Ai, vontade de apertar esses dois fofos!!

E sobre meu lindo Tommyzito... Confesso pra vocês que a personalidade do Oliver faz mais meu tipo, mas sabem naquela parte final da cena da sala de interrogatório? Minha reação espelhou a da Sara, não consegui segurar o "gostoso". Amo demais meu moreno, affs!!

E vocês, o que acharam do capítulo? Muita gente nele, muita baderna, gritaria e confusão, mas serviu para mostrar que como aliados eles trabalham melhor do que como inimigos. Qual a parte preferida de vocês? Eu não consigo escolher uma.

Então... Me digam o que acharam nos reviews.
Favoritem, recomendem, indiquem para os amigos darem risadas também!!
E já aviso... Teremos vários eitas e pequenos infartos antes de até de completarmos a primeira dezena de capítulos da fic. Todos não perdem por esperar!! Bjs*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Pictures of Us" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.