O Chamado do Oceano escrita por Luana Cajui


Capítulo 1
Aqui temos de tudo um pouco, festas,oferendas


Notas iniciais do capítulo

Aqui temos de tudo um pouco, festas,oferendas e roubos :)



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Aqui temos de tudo um pouco, festas, oferendas

e roubos.

O Baía das Conchas estava cheio de turistas e todos eles aguardavam ansiosos para o famoso festival da Donzela. Para o festival duas cidades se uniam para festejar, afinal o festival era extremamente importante para Estrela Velha e a Baía das Conchas, pois o pico que cortava as duas cidades, o tão conhecido Vale da Lua era famoso por abrigar a maior de todas as assombrações do país.

Para alguns em Estrela Velha a tal aparição era um ser maligno, que esperava ansiosamente para afundar embarcações e virar os barcos dos pescadores em alto-mar enquanto suas gargalhadas ecoavam pelo ar, porém na Baía das Conchas a história era outra, segundo as indígenas a assombração era protetora de algo muito bem guardado na reserva das mulheres que separavam ambas cidades, matando invasores e ladrões, mas com todos gostando ou não, as cidades patrocinavam os eventos que aconteciam naquele dia, tanto para evitar a"Ira da Donzela" e tanto para receber os lucros das festas que aconteciam, como o Festejo a Yemanjá celebrado pelos imigrantes do Sul da Africa e de Cuba, o Festejo que os Nativos faziam a Iara e a dos imigrantes do norte da Europa a uma outra divindade ligada a exploração marítima que tinha vindo junto aos imigrantes russos conhecida apenas como Ragnar. Essas eram as grandes presenças no festival, a energia das cidades sempre mudavam naquele dia, algo que não deveria ser uma surpresa para Estrela Velha e Baía das Conchas, agora era incomum que isso acontecesse no Vale da Lua em especial naquele ano.

Os preparativos para o Festival estavam quase concluídos.

Naquele dia ocorreria um grande show na praia que prometia arrecadar muito para a prefeitura das cidades, mas os planos foram estragados por um forte temporal que chegou a costa, o mar ficou mais violento com grandes ondas chegando a faixa de areia arrastando tudo para lá, incluindo pequenos barcos ainda com pescadores e grandes nuvens negras cobrindo todo o céu elas lançavam raios para todos os cantos, não era seguro ficar na água ou se quer estar na praia com aquele tempo então as oferendas as deusas do mar teriam que esperar até que elas se acalmassem, no entanto como sempre tinham aquelas pessoas mais teimosas que não ligavam para o perigo, três jovens resolveram ignorar o claro perigo e se arriscaram para entrar no mar.

As três jovens, completamente diferentes uma das outras carregavam suas próprias oferendas, feitas a mão. A primeira era filha de uma índia, ela carregava em seus braços uma pequena canoa no formato de casquinha e dentro dela, haviam uma grande e bela escultura de argila pintada a mão de uma sereia de longos cabelos empunhando uma lança em uma das mãos e com a outra uma concha, cercada por outras miniaturas de conchas e assim como também dentro da canoa havia frutas e outros doces, ela havia levado quase um ano para esculpir, modelar e pintar a imagem da deusa que para ela merecia todos os tipos de homenagem. Ela tinha conseguido driblar a avó, sua mãe, seu pai e seu irmão, as tias e os primos. Para escapar dos olhares atentos de sua tia, ela se esgueirou para perto de um dos quiosques o "Sereia Negra" onde deu de cara com a segunda jovem que tinha em suas mãos uma embarcação mais trabalhada, carregando uma figura de barro de uma mulher negra num vestido azul, a estátua não havia sido feito por ela e sim por sua mãe, o barco por seu pai e por fim, todos os colares, anéis e perfumes haviam sido feitos por ela, em embalagens biodegradáveis, com toda devoção para com a deusa que havia salvado a vida de seus tataravós que puderam chegar na costa de Estrela Velha em segurança.

As duas se encararam por alguns segundos, desconfortáveis afinal elas eram exatamente muito próximas, no entanto a garota, Aqualtune entendeu bem quais eram as intenções de Taína, ela mesma tinha conseguido passar por sua mãe que se distraia atendendo um cliente e para não frustrar a própria fuga e chamar a atenção de seu pai Aqualtune que chamaremos pelo apelido de "Aqua" indicou uma pequena saída do quiosque que daria do outro lado do quiosque, este sem cobertura e mais vazio, as duas caminharam no estilo ninja até a saída e encontraram com a última jovem, Kátya também tinha em seus braços outro barco ao estilo Viking, carregado de ervas, bijuterias, velas, incenso e muitas moedas de ouro (pelo menos aquilo parecia ouro) e em meio a isso tudo, havia a estatúa de uma sereia erguendo uma espada e um escudo, para sua oferenda ela havia comprado o barco mas ela preferiu tentar esculpir a estátua, não tinha sido tão trabalhada quanto a de Taína, mas o sentimento ainda estava lá, assim como a fé. Foi fácil para ela ir até a praia, seu tio que estava de visita estava falando incansavelmente no celular com algum dos seus subordinados e sua tia havia dormido em cima da mesa do "Sereia Negra".

A garota encolheu os ombros ao notar a presença das outras garotas.

 

—Não vão me dedurar, vão? -Perguntou a garota com o sotaque carregado

—Você esta indo pro mar dar as oferendas, né? -Retrucou Aqualtune, olhando a Eslava com certa desconfiança.

—Sim, estou. -Respondeu a loira

—Então é só não dedurar a gente e não deduramos você, fechou? -perguntou Taína

Kátia assentiu concordando mesmo que estivesse um pouco mau humorada, as três seguiram para o mar juntas e por algum motivo as três estabeleceram ali naquele momento para si mesmas que naquela hora haveria uma certa trégua entre elas, mesmo que nenhuma rixa realmente problemática existisse entre elas.

As esperanças e a fé que as três haviam depositado nas três divindades estavam ali assim como a de todo mundo naquela praia, mas aquela tempestade havia amedrontado todos aqueles que fariam suas oferendas que tentaria esperar que a chuva passasse ou diminuísse, porém aquelas três decidiram que elas não poderiam esperar, elas tinham que entregar seus presentes agora e decidir esperar séria visto para elas como um ato desrespeitoso e isso elas não queriam, então como dito anteriormente, num ato sincronizado não combinado as três caminharam para a praia juntas.

 

Assim que seus pés descalços tocaram a areia da praia as três garotas se encararam, nenhuma delas eram amigas, pelo contrário as três quase nunca se falavam com a exceção de quando elas eram obrigadas a ficarem sentadas nos bancos da coordenação da escola por estarem atrasadas, então as três juntas caminharam para o mar. Kátya tentava acender as velas de seu barco, mas tentava segurá-lo antes que a água o levasse, mas logo outras duas ajudaram a segurá-lo enquanto ela acendia as velas e assim que o fez, as três já estavam com a água já próximo ao peito quando lançaram seus barquinhos as ondas.
As três embarcações foram levadas juntas ao mar, uma ao lado da outra, enquanto as garotas ajudavam uma a outra a sair da água.

Os barquinhos seguiram mar a dentro, enfrentando as fortes ondas do mar de jeito destemido, indo mais adiante e mais adiante até que eles sumiram no horizonte.


Aos poucos a tempestade foi desaparecendo e o mar se acalmando e naquele dia, nenhuma outra oferenda foi aceita, sendo aqueles três barquinhos os únicos a chegarem nas mãos de suas deusas.



—_________________________

 

As águas do mar estavam agitadas , as ondas batiam com força no casco do barco ancorado no meio do mar. Dentro da embarcação, se encontrava um grupo de mergulhadores, mais especificamente, um grupo de caçadores de tesouros.

Os dois mais velhos conversavam entre si, enquanto olhavam para velhos mapas e tentavam calcular as coordenadas náuticas do local onde eles mergulhariam.

A região onde eles estavam era conhecida por inúmeros naufrágios de navios e outras embarcações na época colonial, naquelas águas se tinha pedaços gigantes de rochas e pontas de navios naufrágados mas eles não tinham medo de estar ali afinal, aquele lugar era um prato cheio de tesouros inestimáveis principalmente para colecionadores que pagavam muito bem por peças em perfeito estado e com certeza, ricaços do mundo todo iriam se matar para obter qualquer uma daqueles artefatos, mas eles tinham que ter cautela, as águas daquele pedaço de mar eram muito escuras, tanto que era quase impossível de se ver, a cor azul tudo ali parecia ser da cor negra o que causava muito estranhamento pois as águas eram cristalinas.

—Você tem certeza que quer mergulhar por aqui? -perguntou o homem mais alto com incerteza na voz. —É muito escuro lá embaixo e pode ser perigoso, há relatos de tubarões nessas águas.

O homem mais baixo deu uma risada em resposta ao outro que irritado deu um soco no braço do colega.

—Estou falando sério, Pedro! -repreendeu ele. -Você não vai estar sozinho lá embaixo, nossos filhos e seus irmãos também estarão.

Ainda rindo, o mais baixo puxou outro para baixo pelo pescoço.

—Você se preocupa atoa Eduardo - respondeu ele, apontando para os mapas, tentado tranquilizar o maior. -Estas águas podem até serem escuras, mas não à nenhum fato fundamentado de que tenha tubarões nessa área, apenas rochedos que ficam cobertos com a maré alta, estaremos seguros e se alguma coisa acontecer e nós pararmos de te responder pelo rádio, você puxa todo mundo pelo gancho.

—Você sabe que isso é perigoso, ter tanta pressão no pulmão e de repente não ter mais nenhuma. Da última vez que eu o fiz, você foi parar no hospital.

—Mas sai vivo afinal foi você que me salvou de um tubarão.

Eduardo revirou os olhos.

—Era um tubarão Baleia, Pedro. Você que entrou em pânico atoa e quase me fez ter um infarto.

—Bom aqui não tem tubarões baleia nem nenhum outro tubarão, então você pode ficar tranquilo, afinal quem estará com um arpão na superfície vai ser você. Agora vamos antes que os pirralhos lá fora invadam a cabine.

Sem esperar por uma resposta do parceiro, Pedro saiu da cabine de navegação e foi até o convés, ver como os irmãos e seus filhos estavam e para ver como andava o andamento dos preparativos para a "expedição".


O grupo se cinco jovens estava terminando de arrumar seus equipamentos de mergulho e já estavam prontos para mergulhar. Havia um casal de adolescentes, um era filho de Pedro e outra era filha de Eduardo, e os outros três um pouco mais velhos eram os irmãos de Pedro.

—Estão prontos? -perguntou Eduardo saindo da cabine, segurando um arpão em suas mãos e uma expressão séria no rosto.

—Estamos Capitão! -respondeu a garota, ajeitando os cabelos numa touca de mergulho, enquanto ajudava o filho de Pedro com a mascará de Mergulho.

Os outros garotos não responderam para o incomodo de Pedro.

—Vocês estão surdos ou o que? -perguntou ele irritado para os outros quatro que desanimados responderam com um "Estamos sim".

Pedro não pode deixar de revirar os olhos enquanto fechava seu traje, tamanha a insubordinação que aqueles quatro tinham com Eduardo, ele esperava rebeldia vindo da filha encrenqueira de seu colega e não do seu próprio filho e de seus irmãos.

—Se estão prontos, então terminem de sintonizar o rádio, peguem as lanternas, se prendam aos cabos e coloquem as máscaras, algo me diz que vamos encontrar algo grande.

O primeiro a cair na água foi o mais velho do grupo, Pedro começaria mergulhando com uma lanterna, sendo seguido pelo restante do grupo.


Conforme eles mergulhavam as águas ficavam mais escuras, como era de se esperar ao estar bem abaixo da superfície. Enquanto um dos irmãos de Pedro mergulhava segurando uma grande lanterna os mais jovem do grupo vasculhavam a areia do fundo a procura de artefatos enquanto o restante ficava de guarda empunhando arpões para o caso se algum animal pouco pacifíco aparecesse para atacar o grupo.

—Esse lugar está muito quieto. -disse um deles pelo rádio acoplado na máscara de mergulho. -Não a nenhum peixe ou outra coisa nadando por aqui.

Por um tempo nada aconteceu e o silêncio nas águas era assustador e mórbido assim como no rádio, ninguém tinha respondido e para piorar tudo realmente não se tinha sinais de nenhum peixe ou outro animal nadando por aquele lugar, causando um certo desconforto nos mergulhadores que estavam de guarda, já os outros três estavam ocupados demais procurando algum artefato.

—O que é isso? -perguntou o membro mais novo da expedição apontando para um rochedo.

Os garotos que seguravam as lanternas apontaram a luz na direção indicada e todos ficaram confusos com o que viam.

O que eles encontraram foi algo muito maior do que simples artefatos dos século 16 ou algum tipo de naufrágio.
As luzes da lanterna iluminaram parte de uma construção sub aquática feita numa enorme pedra, o lugar parecia até uma espécie de Templo, escondido pela escuridão daquela parte do mar dentro da rocha e sua construção era deveras interessante, afinal era uma mistura bizarra de arquiteturas, as pedras esculpidas tinham traços de muitas culturas, como as do impérios latinos-americanos, misturado a traços da cultura africana e mais alguns que os mergulhadores não conseguiram identificar.

Sem qualquer tipo de permissão a garota do grupo se aproximou do rochedo observando e tocando as partes esculpidas.

"Encontraram alguma coisa? "—perguntou Eduardo pelo rádio.

"Não encontramos nada, mas a Hell encontrou algo."—respondeu um dos irmãos de Pedro.

Enquanto investigava o lugar que aparentava ser um tipo de Templo a adolescente encontrou uma espécie de caverna.

A entrada era pequena demais para que os algo grande pudessem passar por ali.

"Achei uma caverna, a entrada é estreita mas dá pra entrar."—ela disse pelo rádio.

"VOCÊ NÃO VAI ENTRAR AI MOCINHA!" —Gritou Eduardo para a filha, deixando todos que estavam na chamada surdos o que fez Helena que tomar a atitude de silenciar a chamada com o rádio do pai.

"Ele vai ficar furioso"—disse Pedro rindo.

"Bom, então eu espero encontrar algo que vá valer a pena a bronca."—brincou ela.

A jovem se aproximou da entrada da caverna desconfiada e com a ajuda de uma pequena lanterna entregada por Flávio ela pode ver que aquele lugar não era a casa de um animal, então ela adentrou no lugar. 

"Qualquer coisa eu mando o Eduardo te puxar, ouviu?" 

"Está bem Pedro, eu não tenho planos de morrer numa caverna subaquática."

A garota seguiu o caminho por dentro da caverna onde o "corredor" era mais largo o que permitiu que ela pudesse se virar e não ter que nadar de costas para voltar.


Demorou um pouco para que ela pusesse em fim chegar ao final da caverna e ver uma passagem bem larga para a superfície.

"Aqui tem uma passagem pra cima, vou investigar e já volto."

"Essa sua aventura esta nos custando tempo Helena, temos tesouros a achar aqui e não temos tempo pra suas aventuras infantis."—resmungou Flávio, um dos irmãos de Pedro.

Helena revirou os olhos, ignorando completamente o que lhe foi dito, ela preferiu subir diretamente para cima onde encontrou uma caverna com uma bolsa de ar. A garota esperava encontrar apenas uma caverna comum, sem nada além de moluscos, porém aquele lugar não tinha nada que a garota esperava, as paredes eram sim cheias de moluscos, pórem elas eram feitas de cristais que emitiam fracas luzes coloridas e na sua frente havia uma espécie de altar, repleto de moedas de ouro, como dracmas, dobrões e outras também havia inúmeras jóias, assim como frascos de perfume, alguns eram bem visível que eram antigos já outros pareciam ser dos tempos atuais (alô, é da Jequiti?), havia notas de dinheiro encharcadas também mas o que mais chamou a atenção da garota foram três objetos; um espelho de prata enfeitado com safiras, um colar de linha com uma grande pedra verde no formato de um peixe acoplado a uma espécie de Pente e por fim uma espada de Cristal com uma base de bronze.
Os três objetos emitiam grandes auras de poder e pareciam ser bem antigos também, o que fez todos os instintos da garota gritarem para que ela saísse daquele lugar, mas adivinha, ela não fez isso.

"O que você estava dizendo Flavinho?"—perguntou ela ironicamente para o irmão do parça de seu pai, olhando maravilhada para tudo que estava ali.

"Encontrou algo?"—perguntou ele

"Algo não, mas uma mina de ouro meu querido…"

Com um sorriso vitorioso no rosto ela pegou uma bolsa que utilizava em seus mergulhos e colocou alguns objetos lá dentro, moedas, jóias, acessórios tudo isso com cara de ser coisa velha, antes é claro de colocar os três principais objetos em sua bolsa, mesmo que ela sentisse um forte formigamento em seu corpo e que seu coração gritasse para deixá-los ali.

Ela voltou a colocar e ajeitar a bolsa em suas costas e voltou a mergulhar, quando ela ouviu gritos pelo rádio, Pedro tinha começado a gritar com os outros que estavam do lado de fora e ela pode até ouvir o som do arpão sendo atirado.


Preocupada ela tentou nadar o mais rápido para fora da caverna mas algo não quis que ela saísse dali, Helena sentiu algo a puxando para o fundo e uma luta com o nada havia começado.
A garota se debatia na água, tentando ter alguma chance contra o que quer que o estivesse a atacando, ela sentia os golpes em seu corpo e acredite levar socos doía muito mais embaixo D'água, mas ela conseguiu revidar e num ato instintivo ela puxou a espada de sua bolsa e perfurou algo com ela, a garota sentiu um forte formigamento atingindo seu corpo e ela gritou quando a água começou a ser tingida por sangue, para logo em seguida uma figura desfalecida de uma criatura aparecesse, metade humana e metade peixe. Ela poderia ter tido um ataque quando a viu, mas não adiantou, o cabo que o prendia na embarcação do pai começou a puxá-la e em consequência arrastar o corpo da sereia junto com ela para fora.

Ao saírem da caverna, o corpo da sereia foi levado para o fundo e ela era puxada com muita violência para a superfície e quando finalmente chegou lá a garota quase não conseguida respirar, ela teve que ser socorrida pelo pai que tentava normalizar a respiração da jovem e quando conseguiu o mais velho só faltou matar a filha pelo abraço apertado que o envolveu.


—Onde vocês estavam? -perguntou a garota ofegante.
O pai a olhou com preocupação.


—Algo começou a atacar a gente - Explicou Pedro sentado no convés, tirando o equipamento de seu corpo. - Nem mesmo seus irmãos conseguiram ver o que era, mas seja o que for, esfaqueou o Flávio e ele vai ter que ir ao hospital, mas graças a Deus você esta bem,Helena.


Helena assentiu, enquanto o pai o ajudava a se sentar num banco e a retirar o equipamento de suas costas.
—Eu encontrei uma mina de ouro naquela caverna, mas algo me atacou, usei um dos objetos para me defender e adivinha? As histórias que o vovô contava pra gente, não eram só histórias de pescador.


—Você viu uma? -perguntou o mais velho em choque.


—Não pai, eu feri uma. -Helena encarou a espada em suas mãos e pode ver finalmente com mais clareza o resplendor de tal objeto para depois encarar o pai. -Eu matei uma sereia...

 


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Notas finais do capítulo

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