I want something just like this escrita por Pinkie Bye


Capítulo 1
I don't see myself on a superhero list


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!
Essa fanfic, primeiramente, é um presente de um amigo secreto que fiz entre as minhas amigas ficwriters (@ScayWester, @SnowFlake_Frost e a @MusicLove), onde sorteamos nossa amiga secreta e uma música que deveria ser base para a história (song-fic).
Minha amiga secreta é a Thamy-Sensei (@MusicLove / @Princesakory), uma pessoa que admiro muito e que foi uma das minhas maiores inspirações quando iniciei essa minha vida de ficwriter! ♥
A música que caí foi “Something just like this” dos The Chainsmokers com o Coldplay ♥
Escolhi o casal Adrinette, pois, pelo que eu vi, é um OTP dela.
Quem me conhece, sabe que não sou muito fã de one-shorts, então, reparti a história em dois capítulos. A two-short ficou bem levinha e se encaixou bem, a meu ver, a letra da música.
Bom, é isso. Espero que minha amiga secreta goste, dei meu melhor e espero que ele tenha sido o suficiente ♥ , e também aos leitores que estão se solicitando a ler, espero que também gostem, meus amores ♥



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I've been reading books of old

The legends and the myths

Achilles and his gold

Hercules and his gifts

Spiderman's control

And Batman with his fists

And clearly I don't see myself upon that list

 

¤ Adrien Agreste ¤

 

Novamente estávamos, eu e Marinette, dentro da biblioteca da escola estudando para o teste que teríamos de Física que seria após o término do intervalo, e novamente me deparei com a rotineira cena de Mari ignorando nosso horário de estudos e minha presença para ficar suspirando de amores por Cat Noir, o super-herói local e seu maior ídolo do momento. O que ela não sabe é que Cat Noir e eu, Adrien Agreste, somos a mesma pessoa. Mesmo assim, o jeito como ela fala dele sempre com os olhos brilhando me irrita e posso garantir com os dois pés juntos que não se trata de ciúmes e sim de um sentimento de injustiça por não receber diretamente os créditos tão calorosos dela por salvar a cidade como Cat Noir.

Eu sei que qualquer um que me ouvisse, perguntaria: “Por que você não conta seu segredo para ela, Adrien?”

Bem, eu oculto isso para protegê-la, frase bem clichê de Homem-Aranha, eu sei, mas é um mal necessário, se Hawk Moth tocar um dedo nela eu surtaria! E também, e se ela me rejeitasse? Tipo, admirar um herói é uma coisa, agora namorar um herói é outra. São dois lados oposto de uma linha tênue.

— O que você acha, Adrien? — ouvi a voz de Mari me chamando, espantando meus pensamentos.

— Oi? Pode repetir de novo, não estava prestando atenção.

— Como sempre… — suspirou. — Eu estava falando sobre como Cat Noir foi espetacular salvando aquela criancinha de cair do 4° andar de um prédio anteontem. — revirei os olhos ao ouvir aquilo, era uma força maior do que eu possuía.

— Cat Noir de novo… — bufei.

— Qual é Adrien, por que você sempre fica tão mal humorado quando toco nesse assunto? — colocou as mãos na cintura.

— Talvez seja por que você sempre só fala dele?

— Você acabou de rebater minha pergunta com outra pergunta? — cruzou os braços e arqueou uma sobrancelha, suspirei fundo e voltei a dar atenção ao meu caderno. — Amor, pra que tanto ciúmes de Cat Noir assim? Você sempre foi um fanboy fervoroso assim com Little Mix e eu não fico reclamando!

— Fala baixo! Não quero que meus amigos saibam disso. — virei minha cabeça rapidamente para ela com um olhar de reprovação, agora foi a vez de Marinette revirar os olhos e bateu de leve os livros na mesa.

— Deixa de ser paranóico, Agreste, é sério. — senti um gelo na espinha ao ouvir meu sobrenome, quando ela me chamava de Agreste não era um bom sinal. — Eu só tenho olhos pra você, entenda isso logo e pare de desconfianças. — beijou minha testa. — Vou aproveitar esse finalzinho de intervalo para ir atrás da Alya. Te vejo na sala. — avisou por fim e se retirou da biblioteca.

Parado, encarando a mesa, havia perdido todo o foco para estudar sobre as teorias malucas de Johannes Kepler, Giordano Bruno, Nicolau Copérnico e companhia. A incerteza que Marinette amava a pessoa que esperava que Cat Noir fosse e a, talvez, decepção ao ver que ele é o namorado riquinho e mimado que vos fala, me agonizava.

Talvez Mari esteja certa, estou deveras ficando paranóico.

O intervalo acabou, as aulas se passaram juntamente com a prova, a qual eu não estava confiante com o meu desempenho e teria que correr atrás de pontos em trabalhos depois.

Tinha que ir para casa, pois havia combinado de fazer um trabalho com Marinette, na minha casa, depois da aula. Para relaxar a cabeça resolvi dar uma volta no centro e de última hora resolvi passar por uma livraria, a fim de comprar um livro para Mari, a leitura era uma das grandes paixões e até um refúgio da realidade da Dupain-Cheng.

Entrei na livraria e perguntei onde ficavam os livros de clássicos da literatura — que Marinette adorava —, ele me apontou para a última fileira sem erguer muito a cabeça, agradeci baixo e encaminhei-me até a prateleira, os livros que a compunham eram A bela e a fera, de Madame de Beaumont; Os Miseráveis, de Victor Hugo; Uma coletânea de contos de Edgar Allan Poe, outro livro do mesmo autor, mas desta vez uma coletânea de poemas.

Avistei um livro de heróis antigos, lendas e mitos, Aquiles e sua armadura de ouro, Hércules e sua força e dons. Heróis que faziam jus a seus títulos, eu claramente não me via nessa lista.

Andei mais um pouco, olhei outros livros e deparei-me com livros de Jane Austen, uma das autoras prediletas de Mari, sorri ao ler o nome de Orgulho e Preconceito, o livro, de empoderamento feminino lembrava-me bastante da personalidade de minha namorada.

Receoso — talvez porque ela já poderia tê-lo lido antes ou até mesmo já tê-lo em sua estante —, me dirigi com ele abraçado contra meu peito até o caixa.

Olhei distraído para os lados esperando o atendente notar minha presença, prendi minha atenção a prateleira pequena, em cima do balcão, com algumas HQs de super-heróis das editoras da Marvel e da DC com exceção de The Umbrella Academy.

— Vai comprá-lo? — o atendente me dirigiu a palavra, se referindo ao livro em meus braços.

— Sim. — respondi sem tirar os olhos das HQs. Ele passou o livro no laser e o pôs dentro de uma sacola.

— €6,70 — o atendente me informou.

— Posso dar uma olhadinha naquelas HQs antes de fechar a compra? — apontei para elas. Ele assentiu. — Enquanto isso, por favor, embrulhe o livro pra viagem.

— Claro.

Aproximei-me e peguei uma revista do inteligentíssimo e o mais famoso vigilante de Gotham City, nas imagens da primeira página da revista, o Batman entrava no Asilo Arkham e vai até a cela de Coringa e o mesmo que está revirando um baralho de cartas e conversando com o Homem Morcego, até descobrir ele que não se tratava do Coringa e sim de um impostor, depois vemos o Coringa Original num parque de diversões conversando com um dos proprietários do local com interesse em comprá-lo, fechei a revista e seu nome era: A piada mortal de Alan Moore. Aquela cara horripilante de psicopata do Coringa segurando uma câmera nas mãos na capa da HQ, me daria pesadelo a noite.

Devolvi-a e peguei outra do Bruce Wayne. Olhando o Batman na capa pensei em como seria fácil combater o crime usando meus punhos e uma herança bilionária na vida real.

Peguei outra revista, essa do icônico Homem-Aranha, não cheguei a abri-la, mas só de ver o Homem-Aranha pendurado em sua teia na capa me bastou, queria ter seu controle em relação a vida de herói e vida pessoal e sorte de ter o Homem de ferro como padrinho heróico.

Outra HQ, agora do Superman, o super-herói primogênito e por muito anos dado como perfeito por ser forte, “invencível” e bonito. Era cômico como a única diferença de sua aparência cívil e trajado como herói era o óculos de grau de Clark Kent, fala sério, é tão na cara que é o mesmo homem! Bastava ele retirar o óculos e o terno e virava o Superman para voar e acabar com o crime de Metrópolis — Detalhe: Ele nem sequer tirava o uniforme de super-herói para ir trabalhar.

Todos Heróis que lutavam contra o crime como Cat Noir, mas eu não me sentia esse tipo de pessoa como Adrien Agreste, um adolescente comum com um segredo.

Uma coisa que esses heróis têm em comum é que eles nunca conseguem ficar com as garotas que gostam por causa da vida perigosa de vigilante. Ao ver novamente o Homem-Aranha lembrei de seu curto relacionamento com a Gata Negra e que ela terminou, pois não amava o Peter Parker e sim o Homem-Aranha, às vezes me pegava pensando se Mari amava o íncrivel  Cat Noir e não o simples Adrien Agreste, nosso relacionamento tem menos de 2 meses e se Cat Noir fosse outra pessoa e não eu, ela me abandonaria na hora para ficar com ele.

Pare de ser paranóico, Adrien Agreste!

 

I've been reading books of old

The legends and the myths

The testaments they told

The moon and its eclipse

And Superman unrolls

A suit before he lifts

But I'm not the kind of person that it fits

 

Voltei para o balcão.

— Já pegou a HQ que iria levar, senhor? — perguntou o moço que estava me aguardando.

— Não irei levar nenhuma. — disse e ele entortou o rosto, talvez por fazê-lo perder seu tempo, paguei meu embrulho. — Obrigado pela atenção durante o atendimento. — elogiei-o e ele sorriu, sincero. Me retirei da loja.

Em casa, avisei Nathalie que logo Marinette chegaria e deixei seu presente em cima de minha cama junto com um cartãozinho que escrevi a mão e deitei ao lado do mesmo, para relaxar. Esse papo de super-heróis perfeitos só aumentava meus delírios.

Ouvi um estrondo alto por trás de mim e corri depressa até a janela, abrindo-a. Deparei-me, ao longe, com uma mulher robusta e alta atacando os prédios ao seu redor, trajava um vestido de noiva, quase estourando por ser minúsculo para seu corpo, estreitando meus olhos, percebi que a maquiagem forte dos olhos estava borrada por causa de seu choro compulsivo. Ela caminhava reto, gritando alto, em direção a catedral mais importante da cidade. Pessoas próximas dali gritavam desorientadas, com medo, e se escondendo por entre os becos e dentro de lojas.

Desequilibrei-me, segurando firme na barra de ferro, quando ela atravessou mais ruas e estava perto de minha casa. Baixos terremotos eram provocados quando a mulher pisava fortemente no asfalto.

— Essa mulher Akumizada deve ter um trauma terrível de casamento. — ouvi a voz de Plagg no pé de meu ouvido.

— Ela está destruindo a cidade. — falei. — Temos que impedi-la!

Ativei meu miraculous. Antes de sair, pensei em Marinette, mas suspirei ao lembrar que eu já havia deixado de ir em duas missões seguidas por causa de nossos encontros e ela sempre se atrasada; dessa vez não poderia deixar o meu dever na mão novamente.

Naquele dia, misteriosamente, Ladybug não apareceu.

 

¤ Marinette Dupain-Cheng ¤

 

Eu estava confiante, acho que havia ido muito bem na prova.

Depois do período de aulas, acompanhei Alya até sua casa, que ficava perto do Colégio Françoise Dupont e depois encaminhei-me para a casa de Adrien, no meio do caminho avistei uma mulher alta e robusta atacando o centro da cidade, mas como eu havia combinado com Alya e os outros miraculous, eles poderiam dar conta sozinhos enquanto eu iria para o meu compromisso com Adrien. Deixei de comparecer em dois encontros seguidos por causa da minha vida de super heroína, não poderia pisar na bola com ele mais uma vez; o que ele pensaria de mim? E também era mais uma pessoa Akumizada não o próprio Hawk Moth em pessoa. Caso eu esteja subestimando a moça e os outros miraculous precisassem de minha ajuda, irão avisar-me.

Na casa de Adrien, bati na porta e logo fui recebida por Nathalie Sancoeur, secretária e assistente de Gabriel Agreste, pai de Adrien.

— Olá! Sou a Marine…

— Eu sei quem você é. — respondeu inexpressiva. — Adrien me falou que você viria. — completou e me deu passagem para entrar. — Sente-se na sala, irei avisá-lo de sua chegada. — assenti e fiz o que me foi pedido.

Fui até a enorme sala de estar, não era a primeira vez que pisava aqui, mas ainda me encantava o tamanho, a brancura das paredes, os móveis de cor bege e feitos a matéria prima de madeira maciça. Graças às grandes janelas, pouco cobertas pelas cortinas, atrás dos móveis, além de dar uma bela visão de Paris, negava a precisão de lâmpadas acesas, já que sua luz natural era o suficiente para iluminar o cômodo.

Sentada, quieta, no sofá acolchoado da grande mansão, suspirei profundamente esperando por Adrien.

— Senhorita Dupain-Cheng — Nathalie reapareceu, sozinha, e eu voltei minha atenção a ela. —, Fui ao quarto de Adrien avisando sua chegada, porém ele não se encontrava em seus aposentos — franzi o cenho. —, Provavelmente deve ter saído, perguntei ao meu colega e ele não o viu no restante da casa; acho que Adrien não irá demorar muito para voltar.

— Tudo bem. — sorri fraca. — Obrigada mesmo assim.

A mulher apenas balançou a cabeça e se retirou.

Se soubesse que Adrien iria desaparecer do nada teria ido a missão…

Esperei uns bons 45 minutos, tive a constatação disso quando fui ver a hora no meu celular, cruzei os braços; estava irritada, odiava ter que esperar. Fui ao banheiro da mansão que ficava no segundo andar e quando retornava, avistei a porta do quarto de Adrien semi-aberta, não resisti e adentrei-a, mesmo receosa e minha racionalidade me alertando que eu deveria continuar no sofá aguardando.

Abri a porta com cuidado para não fazer barulho, vi um embrulho pequeno e colorido em cima da cama, fechei a porta atrás de mim devagar e fui até ele. Havia um cartãozinho junto.

“Para: Marinette,

A garota mais especial e inteligente que conheço

 Com amor, seu gatinho, Adrien ♥”

De repente, um barulho atrás de mim e vi Cat Noir de costas, logo seu traje se desfez e revelou… Adrien?!

— MAS QUE PORRA É ESSA?!


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Notas finais do capítulo

Juro que vou melhorar.



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