Supremo Amor escrita por SENHORA RIVERO


Capítulo 35
V & H 34




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― Eu vou dançar sim enquanto você bebe e se diverte com sua amiguinha!― falou entre dentes e o coração acelerado. ― No fim da noite vamos ver quem vai rir por último!

Ele apenas acenou com a cabeça enquanto se afastava. Estava furioso com aquilo. Victória estava comprando briga a toa, mas ele sabia o que fazer e ele ia terminar a briga!

E a noite que já estava cheia de surpresas, reservou para aquele momento de tensão uma surpresa ainda maior. Victória circulava com os dois filhos em todos os locais. As crianças tinham pedido para ficar um pouco com ela. 

Era isso, um momento em família. Ela queria que as crianças tivessem ficado na mesa assim Heriberto não poderia sorrir e nem ficar de conversa com a amiguinha dele. Victória estava tentando se concentrar, mas não conseguiu. 

― Querida, por favor, não me mande embora.―  A voz dele soou bem suave, mas ela apenas bufou ao virar-se e dar de cara com João.

O que era aquela noite? Um circo dos horrores? Foi isso que Victória pensou quando cruzou o olhar com aquele homem que ela detestava com toda a sua alma. Algumas pessoas tem belos discursos sobre porque não devemos odiar alguém...

Mas quando se foi jovem, engravidou e não teve nenhum apoio, o que uma mulher pode fazer com a pessoa que é corresponsável?  Achar legal e virar amiga? É fato que uma mulher machucada nunca vai se esquecer do que viveu e só mesmo outras mulheres machucadas conseguiriam entender.

Victória estava muito chateada com Heriberto, mas conversar com João não estava em seus planos, nem mesmo para fazer ciúmes no marido. Ela p detestava com todas as forças.

― Me deixe falar com minha filha.―  ele disse com calma e as crianças olharam para Victória.

―  Quem é esse aí, mamãe Victória?―  Max disse com a cara de raiva como se entendesse que aquele homem estava chegando no lugar errado. 

―  Ele é o meu pai de sangue ...―  Maria disse com calma, mas sem chegar perto dele. Ela sabia de tudo e a psicóloga tinha conversado com ela, Victória tinha explicado. A menina tinha consciência de quem aquele homem era e explicou para Max.― Ele que me fez na barriga da mamãe. 

Max olhou para a irmã e depois suspirou com raiva ficando irritado. Ele era apenas um menino, mas entendia que ali estava faltando alguém.

― Ele não é seu pai, que seu pai é meu pai também e eu não sou filho desse moço aí.―  disse ranzinza. 

―  Filho, está tudo bem, esse homem está de saída.―  Victória disse com raiva e João apenas suspirou olhando a filha.

―  Ele não é meu pai de coração, ele é meu pai de sangue, Max.―  ela disse com calma.―  Eu amo Heriberto.―  a voz saiu doce e no mesmo momento Heriberto estava atrás de Victória.

―  Filhos, vamos comer alguma coisa?―  ele disse amoroso fazendo um gesto com a mão para os filhos irem até ele. Max e Maria abraçaram as pernas do pai e ele olhou sério para João.  Odiava aquele maldito homem.― Você vem?― foi a pergunta dele enquanto dava a mão aos filhos. 

― Sim, eu vou.―  ela se virou e antes de sair com eles disse com calma.―  Já lhe disse inúmeras vezes que você não tem o direito de ficar me perseguindo. Não vai conseguir o que você quer. Não vai conseguir nada do que acha que tem direito. Pare de se humilhar e me perseguir...

Ela saiu sem dizer mais nada. João sentiu o corpo todo tremer de ódio. Estava na hora dele parar de correr atrás e começar a fazer o que era o certo para ele. Não ia acontecer de passar um tempo longe de sua filha depois de saber tudo sobre ela. 

Heriberto se sentou e as crianças sentaram-se em seu colo um de cada lado. Victória pegou um suco na bandeja que o garçom oferecia. As crianças começaram a jantar e Heriberto apenas tomou um drink. Olhou a bela mulher que estava ao seu lado e perguntou:

― O que esse homem faz aqui?―  ele disse com calma e baixo. 

―  Esse idiota quer ver a nossa filha.―  ela disse amorosa, mas sem olhar para ele.―  Não entende nada e finge que não sabe que não o queremos aqui.  Estou cansada de dizer a esse homem que ele é problema.

― Se ele continuar insistindo vou chamar a polícia.― ele disse amargo e Victória o olhou. Ele era tão lindo e ela queria beijar seus lábios por ser protetor. Mas estava brigada e não ia ceder tão fácil...

Victória acenou com a cabeça e a festa seguiu. As crianças comeram. Riram e depois de algumas conversar era a hora do leilão. Heriberto voltou ao seu lugar. As crianças estavam com sono, a amiga de Heriberto tinha se despedido e ido embora feliz por conhecer todas aquelas pessoas famosas. Victória tinha se despedido cordialmente dela e mantido a raiva somente para o marido.

― Vamos começar o nosso leilão de danças. Lembrando que o dinheiro arrecadado por essas danças será doado ao orfanato. Vamos valorizar as nossos modelos. ― ela sorriu e o leilão começou. 

A última dança a ser leiloada era a dança com ela. O primeiro lote de ofertas abriu em 10 mil reais. Victoria merecia muito mais que 10 mil, mas era muito dinheiro apenas para uma dança. Isso seria maravilhoso para o orfanato. 

― 10 mil, 10 mil quem dá mais, quem dá mais...― o homem começou a chamar os lances daquela noite que já era de longe complexa.  Victória estava com a sensação de que dançaria com algum bonito empresário e depois seguiria para sua briga com seu amor. 

Victória sorriu e viu um empresário erguer a mão e dizer...

― 15 mil...

― 15 mil, 15 mil para o senhor ali...

― 25 mil.― um outro homem gritou no meio da multidão e sorriu olhando para o corpo de Victória no palco. 

― Eu ouvi 30 mil? 30 mil?

Os olhos de Victória estavam atentos aos movimentos e foi nesse segundo que ela ouviu uma voz conhecida. Uma voz máscula e cheia de amor ao mesmo tempo. O homem acenou e disse com calma.

― 50 mil...― ele sorriu mordendo os lábios enquanto olhava sua esposa.

Heriberto! Sim! E ele estava ofertando  50 mil reais para estar junto com a linda mulher que era sua em todos os sentidos. Victória sorriu de volta já imaginando que a dança seria quente. Ela poderia tocar, colar seu corpo porque o homem que estava pagando pela dança era seu marido. 

― 50 mil e encerrado? Eu ouvi encerrado? 50 mil para o cavalheiro bonito... 

― 75 mil.― uma voz alta gritou o valor e todos ficaram com seus olhares surpresos. O responsável pelo leilão ficou paralisado com aquele valor por uma dança e viu o homem sorrir com o rosto cheio de desejo.

João apenas colocou as mãos nos bolsos e olhou na direção de Victória depois na direção de Heriberto. Era isso, eles iam duelar. Heriberto deu um meio sorriso puto da vida. Ele achava que Heriberto ia correr por conta da lógica do leilão? Ele que dançaria com Victória, ele que deslizaria seu pescoço pelo ombro dela para sentir o perfume daquela mulher maravilhosa...

As crianças olharam para todos ali espantados em silêncio e outro grito soou.

― 80 mil! 80 mil!― todos começaram a rir ao ver o pequeno menino procurar dinheiro nos bolsos para o que ele desejava. A mãe dele ia dançar com ele. Todos olhavam para Max. 

― Você tem dinheiro, Max?― Maria perguntou séria. Ela não sabia o que ele ia fazer para pagar. 

― Eu tenho 50 reiais que meu pai me deu...― disse a palavra errada e depois mostrou. ― Minha mãe não vai dançar com ninguém. 80 mil! Grita aí, papai que eu vou pagar!!!!!― ele disse todo aceso com aquela ideia.

Victória e o apresentador estavam a espera da confirmação de Heriberto ao valor anunciado pelo menino. Ele apenas sorriu...

― 100 mil pela bela dama para dançar comigo e meu filho.― ele disse orgulhoso de Max defender a mão.

Uma chuva de gritos foi ouvida e ela apenas sentiu seu coração acelerar com aquele momento. Ela amava demais aquela 

João apenas sorriu de volta e olhou na direção da mulher que ele amou a vida toda, mesmo de longe. Aquele momento era dele e ninguém iria interromper. O homem que ele era seria 

― 200 mil para duas danças com a bela senhorita Sandoval...― foi o que João gritou com os olhos cheios de raiva.

Heriberto apenas bufou e olhou na direção dele. O ódio que sentia se espalhou por todo seu corpo. Aquele homem não ia tocar em sua esposa, não ia envergonhá-lo por dinheiro e por alguns segundos viu o rosto de vitória de João. Não naquela noite. Max olhou nos olhos do pai e estava com os olhos tristes. 

Heriberto apenas olhou frio para João, olhou Victória e disse:

― 500 mil reais pela dança com a mulher mais bonita deste salão...

E todos os gritos soaram mais que altos na direção dos dois. Victória colocou a mão na boca assustada com todo aquele dinheiro e viu seu amor caminhar na direção dela no palco. 

O mundo parou para ver o amor deles...

 


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