Quando o Dia dos Namorados Dá Errado. escrita por Isabeleeh


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que vocês gostem
Boa Leitura! :*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/78564/chapter/1

É dia dos namorados! Esse dia parece ter uma certa magia, pois o sol brilha mais forte, o mundo parece um lugar mais feliz, a vida parece ter um sentido, a grama no seu jardim fica mais verde que a do vizinho! Enfim, tudo parece mais lindo e extraordinariamente feliz!

 

Nesse radiante dia, um jovem caminhava, com um sorriso indo de uma orelha a outra, por uma pacata ruazinha, que ainda dormia, apenas algumas raras pessoas eram vistas rapidamente passando pelas janelas robustas das casas.

 

O jovem, bem vestido, de porte elegante, com belos traços, de cabelos pretos e olhos que lembravam duas avelãs, carregava em uma de suas mãos formosas rosas de todas as cores, todas unidas em um arranjo feito por mãos habilidosas; e na outra ele carregava uma insinuativa caixa de chocolate, e o cheiro dela roubava-lhe o ar.

 

Ele parou em frente a uma porta alta de madeira, em uma casa normal – normal demais para a sua realidade e para o seu gosto. Mas, era ali que ela morava!

 

“Toc! Toc! Toc!”. Ele bateu três vezes, empolgado, enquanto o sorriso alargava-se e seus olhos ganhavam brilho próprio.

 

Não demorou muito para a porta abrir-se e revelar uma senhora de feições jovens e familiares. Os cabelos ruivos dela caiam em suas costas e os olhos verdes encaravam-no em um misto de entusiasmo e perigo.

 

- Olá meu querido! É sempre bom vê-lo novamente. – a senhora falou com sua voz suave e acolhedora, assim como a voz de uma mãe deve ser. – Entre! Lílian ainda está se arrumando.

 

- Ela vai demorar? – Thiago perguntou e como resposta obteve um risinho divertido.

 

Thiago suspirou. Ele não gostava de esperar, e esse dia prometia ser longo e ele queria aproveitar cada segundo.

 

A mulher afastou, convidando-o novamente a entrar, dessa vez ele aceitou. Thiago adentrou à casa – essa era bem simples, não havia muito luxo, mas era uma casa confortável e cheia de vida.

 

Ele sentou-se em um sofá e depositou a caixa de chocolate ao seu lado.

 

- Quer algo? Um café? Ou prefere um suco? – a senhora perguntava-lhe, sorrindo.

 

- Não quero nada, mesmo assim obrigado.

 

- Tudo bem... – a senhora apertou os lábios por um momento, mas logo voltou ao seu ar feliz. – Irei apresar Lílian. Ela logo estará aqui.

 

Assim a mulher saiu da sala, gritando por sua filha ao subir a escada de madeira que levava ao andar de cima.

 

Thiago encostou sua cabeça no sofá e fechou os olhos.

 

 

- Thiago! – a voz animada de Lílian o acordou. – Desculpe-me se eu demorei demais. Eu não sabia o que vestir.

 

Thiago abriu os olhos, sonolento, e alargou-os ao ver sua Lílian. Ela, como sempre, estava impecavelmente linda.

 

As mechas ruivas opacas da garota serpenteavam em um ondulado perfeito em volta de seu rosto e só acabava ao chegar um pouco acima de sua cintura, os seus olhos esverdeados brilhavam como as estrelas em uma noite de tempestade, suas bochechas estavam com uma cor leve de pêssego igualmente como seus lábios sedutores. Em seu vestido verde esfumaçado de pregas, com um laço rosa claro amarrado em baixo de seu busto, a deixava parecendo uma criançinha.

 

- Você está linda! – Thiago confessou, impressionado.

 

- E você tem muita sorte de ser meu namorado! – Lilian disse de braços cruzados, mas sorridente.

 

- Você não muda nunca! – Thiago pegou as rosas, que já estavam um pouco amassadas, e a caixa de chocolate, com um cheiro intoxicante de tão delicioso, e os entregou à Lílian.

 

- Obrigado! – Lílian disse, cheirando as rosas. – São lindas! – Ela olhou para o chocolate e disse: - Hum! Que pecado! – ela riu-se sozinha.

 

- Vamos? – Thiago pediu, a animação frenética voltava a tomar de contar dele

 

- Deixe-me só guarda essas coisas. – assim ela saiu correndo para o seu quarto. Lá ela colocou as rosas em um vaso vazio que ela havia preparado ontem e os chocolates ficaram em cima de sua cama. Porém, ela não resistiu à aclamação deles; abriu a caixa e comeu um chocolate.

 

 

 

Os dois andavam lado a lado, de mãos dadas, perto da calçada, calados. Eles fitavam qualquer coisa e faziam essas parecerem as coisas mais importantes do mundo; às vezes era uma flor avermelhada no meio de um vasto jardim verde e amarelado; outras vezes era apenas alguém que saía de casa e batia a porta forte demais.

 

Ambos estavam animado por passarem o Dia dos Namorados juntos, mas ao mesmo tempo estavam levemente envergonhados com isso.

- Por aqui. – Lílian falou, arrastando Thiago junto.

 

Eles entraram em um beco escuro, entre dois prédios altos, onde a luz do dia não penetrava nem se quisesse. O beco era sujo, de vez em quando barulhos estranhos arrastavam-se belo ambiente. Caixas eram levadas pelo vento forte de lá para cá, e o cheiro imundo ia junto, naquele lugar.

 

- Aqui nós poderemos aparatar sem sermos visto. – Lílian explicou as interrogações mudas no rosto de Thiago. – Aonde você vai me levar?

 

- Quando chegarmos lá você verá! – Thiago sorriu.

 

Ele pegou a mão dela e os dois aparatam. O ar fora sugado de seus pulmões, assim como ambos foram sugados, caindo rodopiando em um chão duro e pedregoso.

 

Lílian soltou um gemido de dor, ao cair no chão.

 

- Desculpe-me. – Thiago pediu, já de pé, oferecendo uma mão como ajuda a Lílian. – Eu ainda não peguei o jeito disso.

 

- Tudo bem! – Ela aceitou a mão dele, e levantou-se com sua ajuda. De pé, ela limpou o vestido cheio de poeira e olhou em volta. – Beco Diagonal?

 

- Sim! – Thiago respondeu, animado, passando o braço em volta da cintura da garota e levando-a para uma loja que havia ali perto.

 

- Você ficou louco? – Lílian perguntou incrédula, mesmo assim ela deixou que ele a arrastasse. – Nós não podemos vim aqui!

 

- Por quê? – Thiago perguntou, revirando os olhos. – Só porque Dumbledore disse que nós não podíamos vir?

 

- Porque ele sabe que vir aqui é mesmo que amarrar-se e mandar-se de presente a Você-sabe-quem!

 

- Deixe de besteira, Lílian! Sirius vive por aqui e nada nunca lhe aconteceu.

 

Lílian soltou uma exclamação de mau-humor e completou:

- Se algo acontecer...

 

Thiago a interrompeu com um beijo suave. Quando eles se separaram Thiago disse:

- Não vou deixar nada acontecer com você!

 

Lílian sorriu e resolveu fixar na sua mente um “TUDO VAI FICAR BEM!”.

 

 

 

Já eram quase cinco horas da tarde. Thiago e Lílian comiam em um restaurante simples e quase vazio, se não fossem por eles dois e os donos do restaurante.

 

Eles estavam sentados em frente à uma janela enorme, que dava para uma parte do Beco Diagonal aonde antes havia muita vida e movimentação, mas agora era raro ver alguém perambulando por lá, e quando isso acontecia, era muito rápido e quase ninguém percebia.

 

Em cima da mesa de madeira, encostada na janela, além da vasta comida, havia um enorme urso de pelúcia rosa berrante e uma sacola transparente com uma caixa de veludo azulado que jazia em seu interior um anel de diamantes invejável.

 

- Depois daqui nós podíamos ir na... – Thiago falava distraído, mas parou quando viu dois homens de sobretudos negros entrando no restaurante. Os rostos de ambos estavam escondidos nas sombras que o capuz erguido em volta de suas cabeças proporcionava.

 

- Estava demorando para algo acontecer e estragar o nosso dia! – Thiago disse sarcástico, olhando para os dois que se sentavam em uma mesa do outro lado do ambiente.

 

- O que foi, Thiago? – Lílian olhou viro a cabeça e olhou na mesma direção que ele, e quando ela viu os vultos negros fez uma cara enjoada. – Comensais?

 

- Talvez. Mas, não vamos ficar aqui para descobrir!

 

Thiago retirou do bolso da sua calça comprida um saquinho de moedas, tirou de lá mais do que o bastante para pagar pela refeição.

 

- Vamos Lílian! – Thiago levantou-se, ainda olhando para os dois homens, que agora o encaravam também. – Rápido!

 

- Eu te disse! – sussurrou sarcasticamente Lílian, enquanto a mesma pegava seus presentes.

 

 

Thiago passou o braço pela cintura dela, novamente, dessa vez em um gesto de defesa.

 

- Está com a sua varinha? – ele perguntou baixinho, para que só ela escutasse.

 

- Eu sabia que isso iria acontecer! – Lílian revirou os olhos, para depois fazer que sim com a cabeça.

 

Os dois já estavam quase saindo pela porta quando um feixe de luz verde atingiu uma lâmpada ao lado deles.

 

- Eu sabia que isso iria acontecer! – Lilian repetiu, pegando sua varinha. Ligeiramente ela sussurrou um feitiço que fez os seus presentes diminuírem o suficiente para caberem no bolso de Thiago. – Não os amasse! – Ela falou seria.

 

Foi só o tempo em que ela depositou os presentes para que os dois homens levantassem e os atacassem novamente. Dessa vez Thiago foi rápido e contra-atacou com um feitiço estuporante que lançou um dos comensais para o outro lado do restaurante.

 

O outro comensal bradou um “Avada Kedrava” para os dois, que se arrepiaram de medo.

 

Thiago por sorte conseguiu conjurar um Protego a tempo de não ser atingido. O feitiço desviou o Avada, que se chocou contra a porta. O impacto derrubou Lilian no chão.

 

Thiago a levantou e a levou para fora.

 

- Me siga! – Thiago ordenou.

 

Lílian olhou-o com um certo pavor. Ela nunca o vira daquele jeito antes.

 

Os dois atravessaram a praça em frente ao restaurante o mais rápido que puderam. Atrás deles feixes de luz verde destruíam as janelas das poucas lojas abertas e atingiam o chão repetidas vezes, deixando crateras e uma densa fumaça no mesmo.

 

Quando Thiago parou de escutar passos e gritos atrás dele, ele parou ofegante. Lilian, alarmada, respirava desesperada ao seu lado.

 

- Vamos sair daqui. – Lílian pediu desesperada, seu rosto estava suado, a maquiagem já havia saído e em seu vestido havia notáveis rasgos e marcas de queimado.

 

- Eu posso respirar? – Thiago perguntou, irritando e cansado. Porém, foi apenas ele terminar de falar que um feitiço esbranquiçado acertou-o e o derrubou no chão. Por um momento ele gritou, mais surpresa do que outra coisa, mas o feitiço logo o calou.

 

Lílian olhou na direção de onde o feitiço viera e quando ela viu um grupo de comensais com sorrisos sádicos, soltou um gemido.

 

- Isso só acontece comigo! – ela falou para si mesma. Ela girou sua varinha e falou um rápido: - Expecto Patronum!

 

Uma corsa prateada foi se formando ao seu lado. O ar de repente ficou mais quente e seguro.

 

Os comensais lançaram frenéticos feitiços na direção de Lílian e Thiago – esse ainda estava paralisado no chão, mas aos poucos ele começou a mover-se novamente. – todos foram rebatidos pela corsa gigantesca e prateada de Lílian.

 

 

- Levante-se logo! – Lílian gritou para Thiago, que tombava e parava no chão toda vez que tentava levantar-se.

 

Lílian e seu Patronum vaziam o possível para defender-se. Porém, de vez em quando, um feitiço chegava perto demais de Lílian e essa era obrigada a rolar no chão, cortando cada vez mais seu joelho.

 

Em uma dessas vezes, seu joelho já estava tão machucado que quando ela tentou levantar-se soltou um grito de dor horrendo. Estendida no chão, rezando para que seu Patrono conseguisse desviar os feitiços – já que o inútil do Potter havia sido atingido novamente e estava retorcendo-se no chão por causa da Maldição Cruciatus. – ela passou a mão em seu joelho e constatou que o mesmo estava ensangüentado.

 

O pior era aquele cheiro de sangue, parecia ferrugem, e isso causava uma forte náusea na garota, mas ela não podia abater-se, tinha que continuar a lutar.

 

Dessa vez quando ela levantou a cabeça para ver o que estava acontecendo, viu algo que preferia nunca ver.

 

Sua corsa fora atingida por uma rápida luz verde e a mesma desfez-se no ar, desaparecendo e deixando uma densa fumaça cinza em seu lugar, mas a luz verde não parou, vinha rápido na direção de Lílian.

 

Algo dentro dela sabia que iria morrer, mas algo a mandava lutar. Ela tentou erguer-se, mas a dor não a deixava, e quando ela tentou erguer a sua varinha, uma outra luz, essa branca, que ela não sabia de onde havia vindo, fez sua varinha voar para longe.

 

- Thiago! – Lílian falou desesperada, as lagrimas já desciam de seus olhos. Thiago continuava retorcendo-se no chão, gritando, agoniado, mais um Crucius deverei ter atingido-o.

 

Quando Lílian percebeu que não havia mais escapatória, rendeu-se. Fechou os seus olhos e estendeu-se no chão, esperando que tudo isso acabasse logo.

 

É! Pelo visto é assim que um belo Dia dos Namorados acaba mal! Nesse caso, muito mal!

 

 

 

Porém, quando o feitiço ia atingi-la, por sorte, outro feitiço vindo de um auror ali perto a salvou.

 

O impacto dos dois feitiços causou uma forte ventania, que fez Lílian abrir os outros para investigar o que havia acontecido. Por que ela ainda não havia morrido?

 

Então ela viu dois aurores, conhecidos seus, duelando bravamente contra os seis comensais, enquanto outro auror corria em sua direção, de vez em quando olhando para trás para certificar-se de que tudo bem. Irônico!

 

- Você está bem? – O auror lhe perguntou, ajudando-a a levantar-se.

 

- Eu ficarei! – Lílian falou, enxugando as lagrimas. – Obrigado!

 

- Tudo vai ficar bem agora! – o auror falou, tentando acalmá-la. Ele a soltou e caminhou até Thiago, que estava eufórico e assustado no chão. – Tudo bem?

 

- Eu não sei se você notou, mas nós estávamos sendo atacados por comensais! Não, NADA ESTÁ BEM! – Thiago vociferou, nitidamente irritado.

 

- E vocês queriam o que? – o auror perguntou sarcástico. – Será que ninguém lhes disse que o pior lugar para se ir é exatamente aqui!

 

- Eu te disse! – Lílian disse emburrada a Thiago. – Mas, você nunca me escuta, seu idiota!

 

Thiago ia abrir a boca para retrucar, como sempre, mas um feitiço avermelhado passou raspando por sua cabeça, fazendo-o estremecer e calar-se.

 

- Vocês conseguem aparatar sozinhos?

 

- Sim! – Thiago falou.

 

- NÃO! – Lílian contestou de braços cruzados.

 

- Então arranjem um jeito de conseguirem porque eu não posso dar um de babá agora! – o auror disse ironicamente, apontando para a batalha que acontecia ali perto.

 

- Eu consigo aparatar numa boa! – Thiago disse, desafiando Lílian com o olhar, e essa se pudesse já teria lhe lançado outro Crucius.

 

- Faça como quiser! Eu só quero ir para casa!

 

- Vão logo! – o auror contra-atacou outro feitiço que por pouco não o atingira.

 

Lílian segurou, contra a sua vontade, as mãos de Thiago – esse já estava sentado – e os dois aparataram.

 

Assim como antes, eles caíram no chão sujo, só que dessa vez foi no beco onde eles haviam aparatado antes.

 

Os dois se levantaram, não trocaram nenhuma palavra, nem sequer olhavam um para o outro, apenas ficavam com carrancas no rosto enquanto limpavam suas roupas.

 

- Adeus Thiago! – Lílian falou o mais friamente que pode.

 

- Eu vou lhe deixar em casa... – Thiago disse, olhando para baixo.

 

- Não. Vá para a sua casa, por favor!

 

Lílian já começara a andar em direção a rua, quando Thiago murmurou um “Desculpe-me!” orgulhoso.

 

Lílian apenas riu sarcasticamente de longe.

 

- Lílian! – Thiago a chamou, indo com dificuldade atrás dela.

 

- Não! Eu estou toda suja, meu vestido está parecendo um trapo, meu cabelo – ela segurou o cabelo dela, que agora estava contorcido e sujo, muito sujo. – está horrível! Sem falar no meu joelho, que está sangrando. Eu quase morri! E você o que fez? – ela riu alto. – Praticamente deixou que um comensal da morte estúpido lhe jogasse um Crucius! Como você deixa isso acontecer? Seu grande idiota!

 

- Desculpe-me, eu não sabia que isso iria acontecer!

 

- Você me levou para o Beco Diagonal! – ela falou isso como se fosse a coisa mais obvia do mundo. – Você queria que isso acontecesse! – Thiago tentou defender-se, mas Lílian não deixou. – Tantos lugares para me levar e você foi escolher o pior dos piores! Há! Já que você queria tanto morrer, por que não foi logo tomar chá com Você-sabe-quem?

 

- Lílian! – Thiago suplicou, melancolicamente.

 

- Me deixa em paz! – ela falou, a raiva palpável em cada letra que ela pronunciava.

 

 

 

A chuva caía como lagrimas triste, até parecia que as nuvens sabiam que corações foram quebrados nesta noite.

 

Lílian em seu quarto, com a cara enfiada no seu travesseiro, chorava descontroladamente.

 

“TAC!”. Algo forte atingiu sua janela e fez um barulho irritantemente audível. “TAC!”. E continuou até que Lílian resolveu ir até a sua janela, sabendo o que lá encontraria.

 

Com as costas das mãos ela limpou o seu rosto, porém os olhos vermelhos a denunciavam.

 

Ela abriu a janela e o viu, sentado em sua vassoura, com grandes placas nas mãos.

 

Ela ia fechar a janela, mas as palavras escritas em um dos cartazes a deteve. Em uma capricha letra, estava escrito: “Eu sei que você não quer falar comigo, mas está vendo, eu não estou falando!”

 

- Você é um idiota! – Lílian falou, afastando-se para poder fechar a janela. – É melhor você sair daqui logo, pois algum trouxa pode te ver e você estará em sérios problemas.

 

Thiago mudou a placa, na nova estava escrito: Eu sabia que você iria dizer isso. Eu posso entrar?

 

- Não!

 

Novamente, ele mudou a placa, e esta nova fez isso Lílian sorri vitoriosa, pois nela dizia: Eu também sabia que você diria isso! Você é bem chata quando quer!

 

Ela sorriu ainda mais.

 

Na nova placa agora havia: E eu sei que isso vai te fazer sorrir! Por isso essas placas idiotas.

 

- Você tem razão! – Lílian falou, segurando-se para não rir.

 

Na outra placa, esta de uma cor azulada, estava escrito: Quero te dizer uma coisa.

 

Ela ficou seria, o mau-humor havia voltado.

 

As próximas placas ele passou bem depressa, mas Lílian conseguiu lê-la perfeitamente; nelas tinham:

“Primeiro, desculpe-me! Eu sou um grande idiota mesmo!”

“Mas, a culpa é sua!”

“Eu paro de pensar perto de você.”

“Porque você é a única coisa em que eu consigo pensar!”

“Eu te amo demais!”

“Doeu-me te ver machucada.”

“Prometo que nunca mais vou deixar ninguém te machucar daquela maneira!”

“Você só precisa me dar uma segunda chance...”

“Então?”

“Eu posso entrar?”

 

 

Lílian ficou pensativa por um momento, apenas para atiçar a curiosidade de Thiago e ao mesmo tempo para frustrá-lo. Mas, no final ela acabou por abrir um enorme sorriso e afastou-se para que ele pudesse entrar.

 

Foi só os pés de Thiago tocarem o chão do quarto para que Lílian corresse e o beijasse como se o mundo fosse acabar.

 

- Esse foi o melhor Dia dos Namorados da minha vida! – ela sussurrou em seu ouvido, fazendo-o sorrir animadamente.

 

Ele a beijou novamente e de repente nada mais importava, apenas ela

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!