The Mischievous Prince - Spin-off escrita por Sunny Spring


Capítulo 13
Twelve




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O silêncio nunca pareceu tão mortal como no momento em que Loki terminou de falar. Era como se os nove reinos estivessem se calado para ouvir a revelação que acabara de acontecer na sala do conselho. Nerfi parecia ter sido atingido por um trovão vindo diretamente de seu tio. Talvez isso tivesse o deixado menos atônito do que ao ouvir quem era a sua mãe biológica - se é que ele podia considerar algo biológico em toda a história. 

 

O nome da feiticeira ainda estava em seus ouvidos, percorrendo sua mente como um eco sem fim. Amora, a Encantor. Ele já tinha ouvido falar da feiticeira Asgardiana. Uma deusa traiçoeira, conhecida por seus poderes com magia e feitiçaria, além da arma infalível de sedução. Conhecendo bem seu pai, o jovem sabia que não poderia ser ninguém menos perigoso ou mortal. Era óbvio que não. Tinha que ser alguém perigoso. Traiçoeiro. Alguém com a índole questionável. 

 

Nerfi quase buscou apoio em uma cadeira depois da notícia. Suas pernas quase perderam a estabilidade. Ele agradeceu aos céus por sua irmã quebrar o silêncio e falar primeiro. Ele não estava muito em condições de falar, de qualquer maneira. 

 

— A feiticeira? - Evie perguntou, pasma. Loki apenas assentiu, em silêncio. 

 

—Amora é conhecida por seus grandes poderes e jogos de sedução. - Valkyrie comentou, monótona. - Não é muito confiável. 

 

Nerfi passou uma mão pelo rosto, recuperando-se do choque. Era claro que a feiticeira não era confiável. Assim como Loki também não era. Ainda assim, ela era sua mãe, não? Sangue do seu sangue. Ele tinha o direito de julgar por seus próprios olhos. 

 

— Eu quero conhecê-la. - Disse baixo. Loki balançou a cabeça. 

 

—Sem chance. - Respondeu autoritário. - Você não vai tirar os pés de Asgard, Nerfi! - Completou, irredutível. O jovem apenas sorriu, sem paciência para discutir com o pai. Nerfi sabia que se quisesse, poderia sair. Nem que tivesse que colocar o palácio à baixo para isso. 

 

— Você não pode me impedir, eu sou maior de idade e livre! - Respondeu tão frio quanto o pai. Loki estreitou os olhos por causa do desafio. 

 

—Sobrinho, preciso que entenda uma coisa. - Thor interrompeu antes que a discussão se tornasse pior. - Não será possível ver Amora. - Acrescentou sério e baixo. - Ela foi banida de Asgard anos atrás por uma traição ao rei e ao reino. Não fazemos ideia de onde ela está agora. - Nerfi franziu o cenho. 

 

— Não podem procurá-la? 

 

Thor e Valkyrie se entreolharam, como se estivessem escondendo algo, enquanto Loki deu um longo suspiro. Nerfi percebeu que havia algo ali que nenhum deles tinha contado. E ele precisava descobrir.

 

— Nerfi. - Thor foi cauteloso. - Procurar por Amora é procurar por problemas. Sei que quer conhecê-la, mas não recomendo. 

 

— Eu posso saber por que não?

 

Thor suspirou. 

 

— Acho que já explicamos o suficiente, não? - Loki cruzou os braços, seco. - Agora, acho melhor você ir descansar. Já foi muita coisa por hoje. - Nerfi sorriu, sem vontade. Estava cansado, mas não vencido. Se seu pai achava mesmo que apenas uma meia explicação sobre Amora seria o suficiente para fazê-lo desistir de procurá-la, o deus estava muito enganado. Nerfi iria encontrá-la de um jeito ou de outro. Entretanto, ele sabia bem que bater de frente com Loki e Thor naquele momento não era a decisão mais sábia a se tomar. Ele havia caído na armadilha do pai e ido para Asgard onde a vigilância sobre ele seria muito maior. Por isso, era necessário agir com cautela. Mesmo que estivesse com o sangue quente. 

 

— Como quiser, majestade. - Nerfi respondeu sarcástico, imitando uma reverência exagerada. Loki levantou uma sobrancelha enquanto Nerfi atravessava pela saída e batia a porta. 

 

Nerfi caminhou em passos pesados e largos pelos corredores do palácio, indo em direção ao seu quarto. Mal percebia quando algum servo ou guarda fazia uma reverência. Sua cabeça estava a ponto de explodir. Tudo que ele mais queria era uma vida normal. Tinha ido para a faculdade, estava estudando e vivendo como qualquer outro midgardiano. Mas, sua vida havia virado de cabeça para baixo mais uma vez. Seria possível que ele não teria nem um dia de paz? 

 

O jovem príncipe entrou em seu quarto e bateu a porta, passando uma mão pelos cabelos. Seu peito estava tão pesado, com uma mistura de sentimentos, que mal conseguia pensar. Os pensamentos pareciam todos soltos em sua cabeça, desorientados. Nerfi odiava sentir-se assim, tão vulnerável às próprias emoções. Não deveria ser assim, era um defeito. Pelo menos, era o que acreditava. 

 

Não se passaram muitos minutos até alguém bater em sua porta. Duas batidas coordenadas e leves na madeira na porta de seu quarto. Nerfi reconheceria aquele som mesmo que não quisesse. Era sua irmã, ele tinha certeza. Mesmo não querendo conversar, o jovem abriu a porta. E, assim como imaginara, era Evie. Ela tinha uma expressão séria, com as sobrancelhas levemente inclinadas, numa expressão de preocupação. Nerfi abriu um espaço para que ela entrasse no quarto e Evie encostou a porta. Ela encarou o irmão por um longo segundo como se não soubesse o que dizer. 

 

— Err… - Hesitou. - Como está se sentindo? - Perguntou sem jeito. Nerfi se jogou na cama, encarando o teto. 

 

— Como acha que eu estou me sentindo? - Disse indiferente. Evie deu um longo suspiro. 

 

— Olha, eu sei que está com raiva por tudo isso. Sei que nosso pai mentiu e nos trouxe para Asgard, mas tente entendê-lo. Ele está tentando proteger você. 

 

Nerfi soltou uma risada amarga. 

 

— Me proteger? - Ele se levantou da cama. - Eu não preciso de proteção, Evie! - Disse ríspido. - Quando o nosso pai vai entender que nós não precisamos de nenhuma proteção?!

 

— Eu sei. - Suspirou, paciente. - Mas, tente entender. - Insistiu. - No pouco tempo que passei em Asgard ouvi coisas terríveis sobre essa Amora. Talvez ele tenha razão. 

 

— Então, você acha que ele está certo? - Perguntou baixo mas ainda assim irritado. - Acha que me prender aqui é a melhor solução? - Seu tom estava mais acusatório do que nunca. Ela encolheu os ombros, parecendo cansada. 

 

— Não, eu não acho. 

 

— Então? 

 

— Ela é perigosa, Nerfi! - Disse por fim. - É traiçoeira, foi banida por uma traição grave. 

 

— Nosso pai também! - Rebateu firme. Evie cruzou os braços, balançando um pouco a cabeça. - E ele mudou, não? - Evie não respondeu, relutante. - Você acreditou nele, não? 

 

— É diferente. 

 

Nerfi suspirou. 

 

— Eu também era um traidor e você acreditou em mim. - Disse baixinho, sem encará-la. Havia remorso em sua voz apenas por mencionar aquilo. Seu peito apertou por isso e seus olhos quase marejaram. Evie ficou em silêncio, encarando o irmão com pesar. Ambos sabiam o peso das palavras de Nerfi. O peso da guerra e da traição. As mortes. Tudo o que haviam passado por causa de uma vingança. 

 

— Olha… - Evie estava séria.  - Se você quer ir atrás dela, eu não vou te dedurar, nem tentar te impedir. - Disse baixinho. Nerfi a encarou. - Mas, sinto muito, não vou te ajudar nessa, Nerfi. Não vou ajudar você em algo que vai acabar te machucando. - O jovem fechou a cara, não acreditando no que tinha acabado de ouvir. A raiva que estava guardada em seu peito pareceu explodir de uma vez só. 

 

— Sai do meu quarto, Evie! - Rosnou, apontando para a porta. Ela assentiu, indiferente com o grito. 

 

— Eu vou. - Respondeu baixo. - Não vou discutir com você sobre isso. 

 

— Saia! - Grunhiu, tentando não encará-la. Evie apenas saiu em passos firmes e bateu a porta. Nerfi soltou um murmúrio baixo. Se não tinha ajuda de Evie, iria fazer isso sozinho. 

 

[↔]

 

Os raios de sol brilhavam forte e iluminavam todo o quarto de Nerfi, fazendo-o despertar. O lugar era realmente grande, com móveis e cortinas em cores mais escuras, puxadas para o vinho. Era um quarto de príncipe, reservado especialmente para ele se acomodar sempre que quisesse passar alguns dias em Asgard. Apesar das circunstâncias não serem boas, Nerfi gostava do lugar. Era confortável e luxuoso. E, mais que o quarto, ele gostava bastante do título "príncipe". Fazia bem para o seu ego (que ele sabia bem que era um tanto inflado). O jovem apreciava a sensação de ser da realeza e, consequentemente, paparicado por todos. Sendo o filho mais novo, ele não tinha que se preocupar como assuntos que apenas um herdeiro tinha - ele era apenas um príncipe que podia aproveitar os privilégios de fazer parte da realeza sem ter muitas responsabilidades formais. Ele nunca havia almejado o trono e gostava de estar em sua posição.  

 

Ainda sonolento, Nerfi se levantou e tomou um banho antes de se vestir. Ele adentrou em seu enorme closet, coberto de fardas reais e coroas. Ele pegou peças mais discretas. Roupas pretas e elegantes, como de costume. Era um vício que ele não conseguia se livrar. Não escolheu nenhuma coroa - estava mal-humorado demais para carregar uma daquelas jóias pesadas em sua cabeça. 

 

Já vestido, Nerfi decidiu que precisava de um plano. Depois de uma noite de sono um tanto perturbadora, ele havia conseguido colocar os pensamentos em ordem e recuperar sua compostura. Ele precisava de um plano para encontrar o paradeiro de Amora. 

 

Quando voltou a ala principal de seus aposentos, encontrou um servo com uma bandeja de café-da-manhã, com pães, chá e frutas de vários tipos. 

 

—Alteza. - O servo de estatura pequena fez uma breve reverência. - Não sabia o que queria, mas trouxe o seu desjejum. - O Asgardiano colocou a bandeja em uma mesinha próxima a cama. 

 

Nerfi o analisou com cautela. Não era apenas uma visita para trazer o café da manhã. Nerfi tinha certeza que o homem havia sido enviado até ali por Loki para garantir que ele não tinha planejado nenhuma saída ainda. Nada ali era por acaso. Mas, ele nunca descontaria o seu descontentamento no pobre servo. O homem não tinha culpa. 

 

—Obrigado. - Respondeu cordialmente. O homem fez mais uma reverência antes de virar as costas e ir em direção à porta. - Ah! - Nerfi chamou sua atenção. O homem parou. - Por favor, diga a ele que não pode me vigiar para sempre. - Deu um sorriso. O servo engoliu seco, envergonhado, e assentiu antes de sumir de suas vistas. 

 

Nerfi comeu um pouco de seu café da manhã e deixou a bandeja de lado. Antes de sair em busca da Encantor, ele precisava de alguma pista de seu paradeiro. Tudo o que sabia era que ela havia sido banida de Asgard há quase vinte anos, nada mais. Então, ele tinha que encontrar alguma informação sobre isso ou talvez algum registro. O jovem deixou seu quarto em passos preguiçosos, como se não estivesse planejando nada. Antes de tudo, ele precisava analisar o terreno— o quão vigiado ele estava sendo e quantas pessoas no palácio já sabiam disso. 

 

Enquanto caminhava pelos corredores, Nerfi sentia alguns olhares discretos dos guardas sobre ele. Alguns servos passavam e cochichavam coisas. Ele quase revirou os olhos. A situação já era bem pior do que ele imaginara - todos ali já estavam com os olhos bem atentos sobre ele. Estava sendo vigiado por todos, em todos os cantos daquele palácio. Um passo em falso e seu pai e tio saberiam (e, sem dúvidas, impediriam todos os seus planos). No entanto, nem tudo estava perdido ainda. Ele encontraria uma brecha e talvez já soubesse como. 

 

Ao virar mais um corredor, o jovem avistou de longe o chefe da guarda dando instruções a dois outros guardas. Nerfi se escondeu rapidamente atrás de uma pilastra para que ninguém o visse. Não foi difícil para ele fazer leitura labial dos três guerreiros. 

 

“Não é para tentar impedi-lo de fazer nada. Não adiantaria, ele é bem mais forte.” , dizia Knut aos dois guardas. “Mas precisam vigiar de perto. Qualquer atitude suspeita do príncipe precisa ser imediatamente comunicada ao soberano.” Nerfi perdeu um ou duas outras palavras. “Não deixem que ele os veja.” 

 

Foram as últimas instruções de Knut aos dois guardas. Os dois asgardianos assentiram e partiram pelo lado contrário do corredor. O jovem príncipe se escondeu um pouco mais para não ser visto e esperou os dois guardas passarem. Knut continuou no mesmo lugar em que estava, ajeitando a espada em seu uniforme. Nerfi levantou uma sobrancelha, e, sem que o chefe da guarda percebesse, se aproximou até chegar em suas costas. 

 

— Olá, Knut. - Cruzou os braços. O pobre Knut parecia ter ouvido um chamado do reino dos mortos. Nerfi teve a sensação de que o guerreiro estava prestes a se transformar em uma pequena tartaruga e se esconder em seu casco para o resto da vida (o que era uma coisa engraçada de se ver já que ele era poucos centímetros mais baixo que Nerfi). Knut virou-se lentamente, o encarando, surpreso e um tanto apavorado. Nerfi não sabia se era por sua simples presença ou por causa de suas instruções anteriores. Talvez os dois. 

 

— Alteza! - Exclamou com a voz quase trêmula. O jovem príncipe sorriu por dentro. Poderia parecer cruel, mas adorava a reação que causava na maioria das pessoas. - Posso ajudar em alguma coisa? - A pergunta se espalhou na mente de Nerfi como uma luz iluminando um ambiente escuro. Na verdade, Knut poderia ajudar. E muito. Ele era o chefe da guarda real, portanto, tinha acesso livre a todos os lugares e documentos presentes naquele palácio. Ele poderia descobrir qualquer informação sobre Amora sem levantar suspeitas e, o mais importante, sem ter ninguém em sua cola para informar Thor. O único problema para Nerfi era que, pelo que conhecia de Knut, ele era um jovem guerreiro honesto demais e extremamente fiel ao reino. Convencê-lo a fazer algo do tipo poderia ser uma tarefa difícil. Mas, tinha um bom coração e isso era um ponto a favor. 

 

— Na verdade… - Nerfi sorriu, calculista. - Eu estava entediado. Estava pensando em participar do treino da guarda. Posso lhe acompanhar? - Ele precisava ser cauteloso, mas tinha algo em mente. Knut o encarou por um longo segundo, visivelmente desconfiado, mas não fez objeções. 

 

— Claro, alteza. Por favor, me acompanhe. 

 

Os dois voltaram a caminhar pelo longo corredor. 

 

— Sabe… - Nerfi sussurrou para o chefe da guarda. - Assim facilito o seu trabalho de me vigiar. - Sorriu, cínico. Knut enrijeceu os ombros no mesmo instante. Seu rosto ficou tão vermelho quanto os seus belos cabelos. Nerfi conteve uma risada. 

 

— Alteza, jamais faria isso. - Defendeu-se rapidamente. Nerfi soltou uma risada, diabolicamente bem-humorado. 

 

— Eu vou fingir que não ouvi essa mentira e você finge que não disse nada, está certo? 

 

Knut não respondeu, tenso. 

 

— Loki ficaria desapontado se ouvisse uma mentira dessas. - Comentou. Knut suspirou, tentando não encarar Nerfi. 

 

— Certo, alteza. - O chefe da guarda parou de andar e finalmente o encarou. - Você não quer realmente participar do treino, não é? - Perguntou baixo. - O que você quer? - Nerfi franziu a testa, surpreso. Não esperava chegar a esse assunto de forma tão rápida, mas, levando em conta que Knut já havia desconfiado de suas intenções, Nerfi achou melhor não perder mais tempo com enrolações e joguinhos. 

 

— Creio que já deva saber sobre a minha mãe. - Supôs. Knut franziu o cenho, assentindo. 

 

— Então é verdade o que os servos estão comentando pelo palácio? - Sussurrou, olhando para os lados para conferir se ninguém os ouvia. - É mesmo filho da Encantor? - Nerfi assentiu. 

 

— A Encantor é mesmo minha mãe. E é por isso que eu preciso de ajuda para descobrir seu paradeiro. 

 

O ruivo engoliu seco. 

 

— Knut, você sabe de alguma coisa? 

Ele balançou a cabeça. 

 

— Eu era apenas um bebê quando Amor… Quero dizer, sua mãe foi banida de Asgard por traição. - Sussurrou. - Não faço ideia. - O jovem príncipe suspirou. 

 

— Mas você é chefe da guarda. Tem acesso livre em todos os lugares. Pode descobrir alguma coisa, não? - Deu um sorrisinho, encarando-o no fundo dos olhos. Knut balançou a cabeça, nervoso. 

 

— Eu não posso ajudá-lo nisso. 

 

— Por favor. - Insistiu, com o olhar suplicante. - Eu só preciso que encontre alguma informação do paradeiro dela. Não posso fazer isso com todo mundo na minha cola. - Knut suspirou. Estava relutante. 

 

— Eu… Eu sou o chefe da guarda real! - Respondeu baixinho.-  Devo fidelidade ao soberano. Ele confia em mim para as missões. Se eu o trair, serei destituído. - Nerfi conteve um resmungo, percebendo que seria mais difícil do que imaginara. 

 

— Você acha justo que eu não tenha direito de conhecer a minha própria mãe? - Jogou. O guerreiro passou uma mão pelo rosto. - Por favor. - Implorou. Nerfi sabia como convencer qualquer um a fazer o que ele quisesse, fazendo uma expressão de moço inocente. Era um dom. 

 

— Bem que a sua irmã me alertou sobre isso. Ela disse que você tentaria buscar ajuda aqui dentro mas não levei a sério. 

 

Nerfi quase bufou. Mas que droga Evie! 

 

— Ela só está sendo super protetora. - Argumentou. Knut cruzou os braços. 

 

— Então admite que procurá-la é perigoso? 

 

Nerfi deu um longo suspiro. 

 

— Alguma vez em sua vida já viu qualquer mãe fazer mal ao próprio filho? - Questionou. A expressão de Knut relaxou um pouco, fazendo Nerfi comemorar a vitória por dentro. O ruivo ficou em silêncio por um breve momento, parecendo estar lutando contra si próprio. - Você estará ajudando o lado certo. Ajudando um filho a encontrar a mãe. - Acrescentou. 

 

— Eu deveria comunicar ao rei sobre a nossa conversa. - Sussurrou. Nerfi arqueou uma sobrancelha. 

 

— Mas?

 

Knut bufou. 

— Mas, não consigo não ajudar as pessoas. - Respondeu irritado consigo mesmo. - Não numa situação dessas. - Nerfi sorriu. 

 

— Obrigado, Knut. Prometo que não vai se arrepender. 

 

— E que o pai de todos nos ajude! 

 


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