Invisível escrita por LovelyGirl


Capítulo 5
A gente podia sei lá, se conhecer




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Na hora da janta encontrei Amy na mesa da Sonserina. Enquanto a gente comia Amy encarava a mesa da Grifinória.

— Ai olha aquilo! Que garota aparecida!

Olhei para a mesa para entender do que ela falava e vi James beijando Jane, a melhor amiga de Rose. Olhei para Amy e achei melhor falar a verdade:

— Ai Amy, desencana, ele falou dela as férias inteiras para o Fred, acho que realmente gosta dela.

Amy ficou visivelmente chateada, mas antes de poder dizer qualquer coisa, Scorpius Malfoy se sentou do meu lado e ficou me encarando:

— Pois não? – eu disse, sem entender qual a dele.

— Você praticamente correu de mim hoje, ainda estou esperando a longa história.

Amélia olhava pra mim e pra ele com cara de quem não estava entendendo nada.

— Não vou contar detalhes tristes da minha vida no meio da mesa – eu disse baixo.

Ele deu um sorriso maroto pra mim, pegou minha mão e começou a levantar:

— Sei como resolver isso, vem!

Só tive tempo de olhar para trás e ver uma Amy chocada e uma Rose com cara de muito ódio.

Scorpius me levou até a Sala Precisa, conhecia bem essa sala, vinha pra cá em momentos de crise com a Amy. Ele pensou em uma sala bem confortável, quando entramos tinha alguns sofás, uma lareira e alguns petiscos em uma mesinha de centro. Ficamos em silêncio por uns instantes até que Scorpius o quebrou:

— Me conta, Al me diz uma coisa, Rose outra, que saber sua história Lily Luna.

— Eu nem sabia que você sabia parte dela.

— Claro que sei, sempre te achei intrigante, mas você não me parece alguém muito aberta a conversas.

Por algum motivo sinto que posso confiar nele e tenho vontade de falar:

— Meu irmão me chamava assim – disse por fim, mas ele pareceu meio confuso – Ruivinha, Jamie me chamava assim quando eu era pequena, hoje em dia ele nem fala mais comigo, sinto falta do meu irmão.

Nesse momento, Scorpius tem um brilho diferente no olhar:

— Por que ele não acredita em você?

— Eu não sei, Malfoy. Parece que um dia ele simplesmente começou a me odiar, a só acreditar nela e de quebra dormir com ela.

— Isso é muito estranho, seu irmão costumava ser super protetor não? Como alguém simplesmente larga o outro do nada?

— É a magia de Rose, Scorpius, ainda não sei nem como você está falando comigo.

— Olha, eu só gosto da Rose na minha cama, de resto, ela não é uma pessoa boa para se ter do lado, ela é pura inveja de todos. Fora que ela acha que manda em mim, que somos namorados.

— E não são? – até eu sempre jurei que eles eram aquele tipo de namorados que podiam pegar outras pessoas, tipo um relacionamento aberto sabe.

— Não, nunca me apaixonei.

— Eu também não, é difícil amar depois que se presencia tanta maldade no mundo.

Ficamos em silêncio por um momento, Scorpius não parava de olhar para minhas mangas, até que por fim, ele disse:

— Sabe Lily, uma coisa que eu levo pra vida que meu pai me ensinou foi a observar. Quando ele era novo ele não fazia isso, apenas fazia o que o mandavam e não pensava nas consequências, não olhava ao redor, não via as pessoas. Ele me ensinou a não ser assim – ele pega gentilmente a minha mão – faz tempo que te observo, sei que o passa aqui dentro e vejo que sempre usa roupas largas para se esconder e mangas compridas – ele puxa minha manga para cima e por incrível que pareça, não as puxo de volta, deixo que ele veja minhas marcas – para esconder a dor – ele as olha com um olhar triste.

Puxo minha mão das dele e digo:

— Você não pode falar para ninguém, somente Amélia sabe, se Albus souber ele vai querer contar para nossos pais e eu simplesmente não estou pronta, por favor Scorpius.

— Me deixa te ajudar...

— Como? Se Você começar a andar comigo a Rose vai ficar mais brava ainda e tudo vai piorar e isso aqui – levanto minhas mangas com raiva, meu olho já cheio de lágrimas – vai piorar também.

Já não sei mais o que fazer, sinto meu coração acelerando e começo a suar, preciso sair dali, preciso achar Amy, preciso respirar. Saio da sala Precisa correndo, sem olhar pra trás, deixando um triste olhar cinza em minhas costas.

Quando chego ao dormitório, encontro Amy deitada em sua cama lendo um livro, na hora que ela me vê vermelha, com a mão no peito e quase sem respirar ela entende, ela levanta, me abraça e só fica comigo, esperando tudo passar.


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Notas finais do capítulo

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