Invisível escrita por LovelyGirl


Capítulo 4
Aulas e mais aulas, pra Lily um ano a menos


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



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Meu plano de ser invisível durante as aulas falhou! Eu tinha começado o ano na minha sala do quinto ano, mas tinham duas matérias que eu mais que boa, eu era muito boa, feitiços e poções, eu simplesmente já sabia a matéria do ano.

A diretora McGonagall me chamou em sua sala e me fez a proposta de pular essas matérias para a sala do sexto ano, só teria que fazer uma prova pra constatar que eu já sabia mesmo a matéria e a nota dessa prova, se eu passasse, já valeria como um “O” nos meus NOMs. Como eu não tinha nada a perder, aceitei fazer a prova e gabaritei as duas. Agora aqui estou eu, me arrumando para ir para a sala do sexto ano. Pelo menos é a sala do meu irmão, então não estarei totalmente sozinha, mas em contra partida também é a sala de Rose, a aula de feitiços é sempre com a turma da Grifinória, ainda bem que poções é com a Corvinal, assim tenho um mínimo de paz.

Minha primeira aula era de feitiços e me despedi de Amy, que quase me olhou com misericórdia.

Ao chegar na sala, Albus estava sentado com Scorpius e como a sala já estava completa, teria que formar um trio, então me sentei com eles. Logo começaram as provocações.

— Olha só pessoal, a nerd é tão indesejada que nem a sala dela a quer, quero só ver as bombas que ela vai tomar por estar aqui – disse Rose e grande parte da sala deu risada com ela.

Na mesma hora Scorpius virou pra Albus e perguntou:

— Mas Al, ela não é mais nova, o que tá fazendo nessa sala?

— Minha irmã é um gênio Scorp, ela simplesmente já sabia toda a matéria e a McGonagall a mandou pra cá, com direito a já ter um “O” nos NOMs nessas matérias logo na primeira semana de aula.

Nesse momento eu já estava toda corada com o que Albus disse e Scorpius me olhou incrédulo.

— Tá zuando! Meu Deus Lily, eu sofri muito pra ter um “A” em feitiços, eu Tô muito em desvantagem aqui, os dois são bons!

— Espera para ver ela em poções, vai nos salvar de não quase reprovar de novo – Albus disse rindo, mas sei que era meio de desespero, ele sempre foi péssimo em poções, mas sempre foi uma das minhas matérias favoritas.

Durante a aula eu não tive problemas com provocações, sempre que a professora perguntava alguma coisa eu logo levantava a mão, ganhei tantos pontos para a Sonserina que ninguém da minha casa iria me zoar, pelo menos não na aula. Só estranhei o comportamento de Rose, ela sempre se disse tão boa, mas não levantou a mão na aula nenhuma vez, bem pelo contrário, parecia bem confusa copiando as anotações de sua amiga Jane.

Sai da aula junto com Scorpius e Albus e fomos em direção a aula de poções, que era logo em seguida. Ao chegar lá, tínhamos um problema, a sala da Corvinal tinha um aluno a mais já, então não daria para fazermos um trio, quando a professora chegou, ela me deu as boas-vindas, nos olhou e disse:

— Meninos, como a sala já tinha um aluno a mais, não posso deixar o trio, então eu peço por favor, para o senhor Potter se sentar com o senhor Garret.

Albus olhou pra mim pesaroso e logo em seguida para o garoto que seria sua nova dupla, ele corou na hora que o viu, acho que ainda sai história desses dois.

Fazer essa aula só com Scorpius foi terrível, ele realmente é muito ruim nisso e sempre errava algum ingrediente que eu tinha que consertar logo antes que ele colocasse fogo na sala. Até tentei ensinar mais ou menos pra ele a base pra ver se ficava um pouco mais fácil, mas estava me distraindo muito, pois sempre que eu ficava falando ele começava a me encarar com aqueles olhos e eu me perdia um pouco, admito.

— Nossa, como é que sua prima conseguiu colocar na cabeça de Rose que você é incapaz, você é boa em quadribol, é ótima nas matérias e ainda ensina bem, sabe há quanto tempo eu venho procurando sentido nessa aula? Seis anos! – ele disse e nós dois rimos.

— É, você só não deveria acreditar em todas as coisas que minha prima fala.

— Ah eu não acredito, sei como ela é – como eu fiquei quieta ele voltou a me encarar daquele jeito desconcertante e continuou – sabe, acho que estou ficando curioso para conhecer melhor a irmãzinha do meu amigo – ele chegou mais perto e eu comecei a corar violentamente, ao notar o que tinha feito ele deu um sorrisinho e olhou pra mesa de Albus, em que estava ele e Liam Garret fazendo a poção, porém, dava pra ver que a mão de Liam encostava na de Albus sutilmente e que isso estava deixando meu irmão muito nervoso – olha aqueles dois, será que finalmente o Al vai conseguir a fruta que gosta?

Olhei pra ele chocada, achei que só eu sabia desse segredo de Al. Scorpius riu de novo da minha reação e disse:

— Acha que só você vê o nojo que ele tem de beijar meninas? Ele é meu melhor amigo, eu reparo, vejo como ele olha pra alguns meninos, ele nunca me disse abertamente, mas não sou tolo, apenas estou respeitando o tempo dele pra me contar.

Ok, agora eu não sei de mais nada, pra mim Scorpius era um egoísta que só se preocupava com quem estaria na cama dele a noite, mas agora, vendo o jeito como ele fala do meu irmão, dá pra ver que ele se importa mesmo, que gosta de verdade do Al.

— É complicado, ele tem medo dos nossos pais descobrirem – eu disse por fim.

— Eu imaginei que seria isso. Engraçados vocês né? Os dois tem tanto a dizer para os pais e nunca falam, Albus pra se assumir e você sobre Rose.

Quando ele disse isso eu até pensei ter escutado errado, como ele sabia? Ou melhor, ele sabia das mentiras? Acho que minha cara disse tudo, pois ele só deu risada e continuou a falar:

— Qual é ruivinha, eu disse que não acredito no que a Rose fala, eu sei que o que ela fala sobre você na verdade é ela que faz. Sobre seus pais, foi um chute mesmo, com o que falam sobre Harry Potter, acho que ele já teria feito algo a respeito se realmente soubesse o que acontece aqui.

Como ele observa tanto eu não sei, mas só escuto praticamente o ruivinha, o que me magoa de novo ao lembrar de James.

Scorpius me olha com curiosidade e fala:

— Sabe o que eu reparei também? Você fica triste quando te chamam de ruivinha, ficou no campo e agora também, por quê?

Tá, aquilo realmente me pegou de surpresa, não expresso tanto as minhas emoções, como ele viu isso? Ele ainda me olha, com curiosidade, sei que está esperando minha resposta.

— É uma longa história – digo baixo e vejo que ele continua olhando, esperando mais, por sorte a aula acaba – tenho que ir – digo por fim, quase correndo para fora da sala.


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