Invisível escrita por LovelyGirl


Capítulo 1
Indesejada Potter


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, como vocês estão? Essa é minha primeira fic, espero que gostem?



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Invisível. É o que se tenta ser quando não se tem ninguém, quando simplesmente não se é capaz de superar qualquer tipo de expectativa, quando não se é mais nada. É simplesmente sorrir e dizer que está tudo bem, chamar o mínimo de atenção, sofrer sozinha. Neste momento, no Beco Diagonal, rodeada pela minha família que na frente das câmeras se mostra perfeita, me torno invisível, ou pelo menos tento, mas é difícil quando se é filho do bruxo mais famoso do mundo mágico, afinal, quem pensaria que Lily Luna Potter não seria no mínimo a garotinha do papai mais mimada do mundo? Bom, não é bem assim...

— Sério que ela vai com a gente, pai? – Rose Weasley nada discretamente disse a meu tio Rony, que educadamente fingiu que não escutou.

A época em que começava o ano escolar era sempre a pior, era quando minha prima fazia até o impossível para eu não voltar para a escola e viver sozinha um inferno em casa. Iria começar meu quinto ano em Hogwarts e desde o meu segundo as coisas eram assim. Nunca entendi muito bem o que aconteceu, até meu primeiro ano éramos amigas, mas desde então Rose me odeia com todas as suas forças e faz questão de espalhar seu veneno e boatos para todos da família, que uma hora começaram a acreditar mais nela. Em todos esses anos na escola só tive o apoio de uma única amiga, Amélia Hook, uma nascida trouxa que conheci no meu primeiro dia de aula e nunca mais nos desgrudamos. Mas não posso esquecer do meu irmão mais velho, Albus, além de mim ele é o único que foi para a Sonserina, então entende os olhares feios da família e também conhece a verdadeira Rose não acreditando em nada do que ela fala. Tirando os dois, sinto que o resto de toda minha família me odeia, desde que Rose espalhou boatos de que eu transei com cinco caras no banheiro dos monitores, até meus pais me olham com decepção e mesmo eu sabendo que quem fez isso foi ela, ninguém acreditaria em mim, afinal, a perfeita filha de Hermione Granger nunca seria capaz de mentir. Minha relação com minha família se tornou complicada, meu irmão James foi para o lado de Rose e nem fala mais comigo direito, meus primos evitam contato para evitar quaisquer discussões com Rose e meus pais, bom, eles me amam, sei que amam, mas sinto que quisessem que eu fosse mais como minha prima, uma grifinória inteligente, bondosa e carismática, como eles pensam que ela é.

Para evitar os olhares, eu e Albus nos separamos do resto da família e fomos comprar nossos livros sozinhos, era mais fácil estar só com ele.

— Não sei como aguenta tudo que ela faz com você sem revidar, me deixa louco! – disse Albus quando já estávamos a uma certa distância dos outros.

— O que eu poderia fazer? Sabe que não acreditariam em mim, ela é a filha perfeita e sempre foi.

— Você não pode continuar deixando que ela tire tudo de você Lily, mamãe, papai, James, eles precisam saber o que acontece na escola.

— Só mais dois anos e ela vai embora e pelo menos na escola eu vivo em paz. Você sabe que não pode contar pra eles, ia piorar, por favor, me promete só nunca me abandonar.

No fundo, mesmo não querendo, Albus sabia que eu estava certa, se eu contasse para os meus pais eles achariam que eu queria prejudicar Rose por inveja e era capaz de eu ficar de castigo por isso e depois receber a doce vingança de Rose.

— Tudo bem – disse ele por fim – óbvio que nunca vou te abandonar, você foi a única que não olhou diferente quando fui pra Sonserina e comecei a andar com o Scorp, estou aqui pra você também.

Scorpius Malfoy, o melhor amigo de Albus e simplesmente um dos caras mais populares da escola. Ao contrário de mim que tentava ao máximo passar despercebida, Albus e Scorpius andavam com o time dos populares, jogadores de quadribol, inteligentes e bonitos. Scorpius era o clássico mulherengo e a paixão da vida de Rose, mas quem o conhece sabe que ele só fica com ela por ser sexo fácil, assim como metade de Hogwarts, enquanto meu irmão, bom, digamos que ele ainda precisa sair do armário, não que eu vá falar isso para ele.

Assim que voltamos para a mansão Potter, como tio Rony e tia Hermione resolveram vir com a gente, achei melhor ir direto para o meu quarto e ficar por lá, para evitar possíveis alfinetadas logo no último dia nessa casa, eu realmente só estou querendo paz agora. Deito na minha cama e com o tempo acabo pegando no sono, só acordo quando ouço os barulhos da cama do quarto ao lado do meu. James e Rose, ainda acho essa relação nojenta. Demorei alguns meses para entender o porquê de meu irmão ter sempre acreditado nela e não em mim, mas um dia os vi se beijando no quarto dele e na hora entendi, ela o ganhara da forma mais repugnante possível.

Algumas horas depois acordo com o som de alguém entrando em meu quarto, era meu pai, ele se senta ao pé da minha cama, suspira e diz:

— Oi querida, seus tios e primos já foram, gostaria de falar com você rapidinho.

Preguiçosamente me sento na cama e escuto o que ele tem a dizer, já tendo a sensação de que não serão coisas boas.

— Amanhã vocês voltam para Hogwarts e é seu quinto ano, sei que quanto a notas não devo me preocupar com você, tenho certeza de que seus NOMs serão todos ótimos, mas filha, sei que tem algo de errado com você e respeito que você ache que tenha que resolver tudo sozinha. Você mudou desde que entrou em Hogwarts, as coisas que sua prima fala, as vezes é até difícil acreditar que essa seja você, mas eu te amo e só quero pedir que aproveite seu ano, largue de picuinha com Rose e até com seu irmão, aproveite enquanto pode, mas não exagere – ele me olha meio estranho nesse ponto e tenho quase certeza de que pensou no que Rose inventou sobre o banheiro dos monitores- bom, sabe que sou seu pai acima de tudo e que pode contar comigo para qualquer coisa e também para me contar o que está acontecendo.

Ele me olha com expectativa, espera que eu conte tudo, no fundo quero contar, meu pai não é uma má pessoa, eu e Albus sabemos que ele sempre foi mais feliz com James pelo mesmo ter ido para a Grifinória e jogar como apanhador como ele, mas mesmo assim, ele sempre tentou ao máximo não nos julgar tanto por termos ido para a Sonserina. Eu sei que aquele momento era perfeito para ter contado tudo, sei que deveria, mas eu simplesmente não consegui, meus olhos encheram de lágrima e eu voltei a me deitar, de costas para meu pai, até que ele se levantou e se retirou do meu quarto.

Eu deveria ter contado, volto a dormir com esse pensamento na cabeça.

Mal sabia eu o quanto as coisas piorariam naquele ano e o quanto me arrependeria de não ter falado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, qualquer sugestão, deixem nos reviews! Já tenho os próximos capítulos escritos, então logo posto.



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