Candy girl escrita por mjrooxy


Capítulo 5
Apenas amigos?




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Eu tinha contado para Sasuke minha desconfiança referente a identidade da garota misteriosa da cachoeira e, apesar de ele considerar uma viagem da minha cabeça, garantiu que ficaria de olho. Pois, novamente faríamos uma excursão para a cidade onde a vi aquela única vez. Ou seja, tinha esperança de vê-la novamente e se fosse Hinata eu descobriria naquela excursão, estava certo!

Portanto, seguia animado, mesmo com o incidente de alguns dias, no qual quase sai no soco com Gole e Yuri no pátio da escola. Não obstante, essa história estava meio que esquecida, eu não ficaria mais pra baixo por causa deles, até parece, tinha segurança em mim mesmo agora. Não só por ser considerado boa pinta e ter popularidade, mas por finalmente reconhecer, que ninguém era menos ou mais por causa de uma característica física ou intelectual. Por este motivo, odiava quando alguém ofendia Hinata gratuitamente, somente por ela usar óculos, porque, não conseguia conceber alguém zoando aqueles olhos tão lindos. Sério, eles eram incríveis demais!

No entanto, a excursão seria dali dois dias e eu esperaria até lá para tirar minhas dúvidas, qual é, não riam de mim. Se foi uma sereia, eu queria vê-la uma vez mais, para conseguir seguir em frente e deixar aquela ideia fixa para trás, e se fosse uma garota da minha escola, eu não saberia, na real. O que eu faria? E se fosse Hinata? Mas, e se não fosse? Isso interferiria no que tínhamos construído? Claro que não, eu não seria tão superficial para querer uma garota, apenas por uma fantasia ou por ter ficado completamente encantado com a forma que ela dançava, totalmente solta, sob a luz da lua.

Argh, estava ficando louco!

A cada dia eu jazia mais e mais próximo de Hinata e ainda assim, não conseguia deixar essa obsessão de lado, de descobrir quem era a garota da cachoeira. Eu tinha mesmo que saber? Não era melhor esquecer esse assunto e deixar rolar com a Hinata, para ver no que daria? Mas não, eu tinha que encasquetar com uma miragem de anos atrás!

Sasuke tinha razão, eu era um dobe mesmo.

Respirei fundo e a vi caminhando displicentemente em minha direção, sim, eu chamei Hinata para assistir um filme em minha casa hoje e ela aceitou. Portanto, a esperei ajeitar as coisas na porta da sua sala, o que não demorou muito.

— Oi Naruto. - saudo-me docemente e sorriu.

Puts, como ela era linda, eu não me cansava de olhá-la. Porém, de ontem pra cá, eu não sentia só vontade de beijar sua bochecha, sabe, a boca de Hinata estava me parecendo bem mais convidativa por hora.

Abstraí o pensamento, não queria misturar as coisas sem ter certeza dos meus sentimentos por ela. Tinha medo de fazê-la sofrer. Contudo, dessa vez, ao invés de só lhe dar um beijo no rosto, eu a puxei pela cintura, envolvendo-a em um abraço apertado. Hinata pareceu se assustar de início, mas logo correspondeu, enlaçando meu pescoço com um certo grau de dificuldade, pela diferença de altura. Abaixei para ajudá-la, a apertei um pouco mais contra mim e senti meu corpo todo em chamas, nunca tinha sentido algo do tipo ou se quer parecido. Era como um calor que me aquecia por dentro e trasbordava para fora.

— Hinata... - falei baixinho e lhe dei um beijo na testa, por cima da franja escura.

Se ficasse um pouco mais de tempo tão próximo à ela, não responderia por mim; por isso preferi me afastar, muito a contragosto, por sinal.

— Ahn... Naruto. - sussurrou com as bochechas coradas e eu não resisti, lhe dei uma mordidinha de leve no local. - Aín. - resmungou passando a mão na bochecha. - Por que fez isso?

— Por que você é muito linda e fofa, há dias queria te morder. - confessei sincero e Hinata baixou os olhos.

— Não faça mais isso. - ordenou incisiva.

Arregalei os olhos, sem entender e por um momento, pensei que tivesse pisado na bola. Como temia acontecer.

— Desculpe. - pedi envergonhado, enquanto os outros alunos passavam por nós curiosos. - Não gostou?

— Gostei. - afirmou me surpreendendo e franzi o cenho em resposta. - É que... Me deixou arrepiada.

— Ah! - exclamei roxo de vergonha.

Hinata conseguiu me deixar verdadeiramente encabulado.

Cocei a nuca, tentando disfarçar o constrangimento e ela sorriu, travessa.

— Suas bochechas estão vermelhas iguais as minhas. - zombou cutucando meus risquinhos. - Fica tão lindo assim.

— Você me acha lindo? - indaguei todo bobo.

— Acho sim. - confirmou corando ainda mais; dito isso, Hinata ficou na pontinha dos pés e me deu um beijo molhado na bochecha.

Deixando-me completamente em choque.

Ela estava diferente!

— Ei, o que aconteceu com a minha Hinata toda tímida? - perguntei inocentemente, surpreso demais com a ousadia dela, mas, precisava assumir que gostei um bocado.

— Tua Hinata? - devolveu frisando a primeira palavra e olhou fixamente nos meus olhos.

Mordi o lábio, me dando conta do meu deslize inocente.

— Minha sim. - reafirmei, constatando que não adiantaria voltar atrás, era aquela história, tentar corrigir só pioraria as coisas.

— Hmm. - balançou o corpo para a direita e para a esquerda, com as mãos atrás das costas.

A coisa mais linda que meus olhos já viram, só para ratificar.

— Por que você é tão linda, Hina? - questionei hipoteticamente. - Assim vou querer te morder mais vezes!

— Pode morder, Naruto. - respondeu bem baixinho, quase não ouvi.

— O que? - apurei os ouvidos, para entender melhor.

— Se quiser me morder, sabe, você pode. - garantiu sorrindo e senti todos os meus pelos arrepiarem ao ouvir sua voz, que soou ligeiramente mais arrastada.

Como se Hinata tivesse me provocando ou flertando.

Ah, não! Aí já era brincadeira, o que eu deveria fazer?

Aliás, Hinata estava verdadeiramente flertando comigo?

— Acho melhor nós irmos, senão ficaremos presos na escola. - observei, para mudar de assunto e não ter que responder aquela pergunta de imediato.

Eu precisava assimilar aquilo e reavaliar meus sentimentos, um passo em falso e cometeria uma loucura digna de um OSCAR.

— Tudo bem. - respondeu parecendo desapontada com a mudança de atmosfera e me amaldiçoei internamente por isso.

Eu precisava ser mais cuidadoso com ela, do contrário estragaria a nossa amizade.

Porém, contrariando o que tinha projetado dois segundos atrás, a peguei pela mão, entrelaçando nossos dedos para irmos em direção a saída da escola. Qual é, mãos dadas apenas, não tinha nada demais, ou será que tinha?


 


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