I Remember You escrita por ShisuiONagato


Capítulo 2
You Are


Notas iniciais do capítulo

Olha só quem está de voltaaa :) e aquele ditado se aplica muito bem aqui "quem é vivo sempre aparece" kkkkkk

Gente queria pedir desculpas pelo sumiço :( eu comecei a faculdade e mudei de emprego, portanto meu tempo para fazer as coisinhas que eu gosto (incluindo escrever) praticamente ficou zerado e não queria postar algo corrido e entregar de qualquer jeito para vocês, portanto estou eu agora aproveitando a quarentena (mesmo ainda estando trabalhando) para entregar algo bonitinho para vocês ♥

Tenho tantas novidades e ideias novas que quero muito muito muito postar mas vamos acabar as pendências primeiro, certo? kkkkk estou amando escrever essa história e prometo tentar acelerar o mais rápido o possível o próximo capítulo e não sumir por meses como desta ultima vez :) Ah! estou pensando como vou retomar "neighbors" mas prometo voltar com ela em breve também ♥

Também queria aproveitar para dizer para ficarem em casa gente, isso que estamos passando é algo muito sério e só vamos sair dessa com todos se ajudando! Vamos passar por isso juntos ♥ Portanto quem pode fique em casa, e quem ainda está tendo que trabalhar como eu, evite sair para outras coisas, okay? Tenho certeza de que logo logo vamos superar tudo isso :)

Ah! o capítulo ainda não está totalmente revisado, fiquei ansioso e queria postar logo porque já demorei MUITO, não é mesmo? kkkkk mas acredito que amanhã eu já termine de revisar tudo (se meus professores e meu patrão me derem uma trégua)

É isso meus anjinhos, espero que gostem do capítulo que escrevi com muito carinho, apesar da demora ♥



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O sol já começava a aparecer entre as montanhas distantes e a geada a se esvair, fazendo o frio da madrugada começar a sumir aos poucos e o horizonte a ganhar cores novamente, perdendo aquele branco da névoa. O garoto de cabelos azuis estava com dois cobertores sobre seu corpo colocados por Jaebeom, em meio a tanta preocupação que sentia desde que ele havia literalmente caído em sua frente. O sono dele era profundo e sereno, enquanto ao moreno, nem mesmo havia conseguido pregar os olhos por alguns instantes naquela noite que tinha parecido tão longa aos olhos dele. Suas costas doíam — afinal de contas, passar a a madrugada toda encostado em uma cadeira de madeira parece não ser algo muito confortável — e suas pálpebras pesavam mais do que nunca. Mas o que não entendia, era o motivo daquela preocupação intensa e daquele palpitar acelerado de seu coração toda vez que seus olhos miravam o estranho deitado em sua cama. 

Jackson — o amigo do moreno — havia pegado no sono no sofá da sala, no andar de baixo da casa, e roncava incessavelmente, tão alto ao ponto de se ouvir no quarto da parte de cima. Jaebeom, então, resolve acordar o colega para que pudesse ir para sua casa, já se sentia culpado demais de fazer com que ele dormisse por uma noite fora para cuidar de um estranho qualquer. O moreno chacoalha o outro pelos ombros para tentar despertá-lo, mas sem sucesso, o sono do mesmo era profundo e parecia que não acordaria tão cedo. Sem querer ser insistente, ele apenas decide deixá-lo confortável por mais um tempo.

O jovem Lim, então vai até a cozinha e pega o galão de leite de dentro da geladeira — que a propósito — estava praticamente vazia, tendo além do líquido que ele havia pegado, algumas frutas e meia dúzia de ovos. Jaebeom coloca o leite em um copo de vidro que pega de dentro do armário enferrujado do cômodo, as portas rangiam bem alto, comprovando a idade daqueles móveis; e quebra dois ovos na frigideira que já se encontrava em cima do fogão. Sua barriga resmungava pedindo por comida, não comia nada desde o incidente com o garoto misterioso na tarde anterior, então precisava se alimentar pela manhã, pois apesar de parecer, ele não era de ferro.

Jaebeom põe uma toalha, estampada com alguns alimentos de cozinha, sobre a mesa e acomoda-se para comer enquanto observava pela janela o tempo chuvoso que fazia lá do lado de fora da casa. As árvores balançavam lentamente, e os pássaros voavam rápido para se esconder da chuva, por sorte era final de semana, então não tinha que se preocupar com a faculdade, pelo menos pelos próximos dois dias. 

Ele estava distraído, ainda olhando para o horizonte e pensando sobre o dia anterior e o quão estranho ele havia sido, mas não deixa de sentir como se algo o observasse pelas costas, uma sensação de calafrios o dominava de repente, mas ao olhar para trás, não via nada, além dos corredores completamente vazios.

Até que, de repente, um vulto literalmente salta em sua frente, fazendo-o derrubar o copo que segurava distraído em suas mãos, e assim, estilhaçando-o no chão em vários cacos de vidro. Seu coração palpita forte em meio ao susto, e quando consegue retomar a visão embaçada, vê que era ele… aquele garoto, de novo.

— Você tá maluco cara? Olha só, eu me sujei todo com o leite! Agora vou ficar melado pelo resto do dia. É isso que eu ganho cuidando de você e te deixando dormir em uma cama quentinha, não é?

— Quem é você e o que quer comigo? — é tudo que ele diz, em um tom superior e sério.

— Ei! Sou eu quem deve fazer as perguntas aqui! — exclama JB. — Quem é você? De onde veio? Por que estava estirado todo machucado na porta da minha casa? O que estava fazendo cheio de glitter daquele jeito? O que eram aquelas luzes? E o mais importante… por que me chamou de… príncipe? — franzi a sobrancelha em meio a tantas perguntas que fizeram ao garoto.

— Eu te chamei assim? — o outro rebate. — A pancada das Vespix deve ter atingido em cheio minha cabeça mesmo.

— Ves… O que? Garoto, pare de tentar mudar de assunto que eu só tenho cara de idiota, mas não sou.

— Você está do lado dele não está? Foi mandado pelo filho do senhor Park para me fazer falhar na missão certo? — continua fazendo questionamentos estranhos aos ouvidos do moreno.

— Quem é esse? Já sei! Você deve ter fugido de algum hospício, só pode ser isso!

— Não conheço esse tal de hospício, mas posso ver que você não apresenta nenhuma ameaça a minha pessoa, portanto me deixe sair, tenho uma missão para a fazer antes que seja tarde demais.

— Missão? Agora vai me dizer que trabalha pro FBI ou algo do tipo? — brinca. — Me diga ai qual é a tua “missão”, estou entediado mesmo ultimamente, talvez brincar de faz de conta possa me animar um pouco.

— Quer saber, talvez você tenha lá uma utilidade, já que conhece esse mundo melhor que eu. — Jaebeom o olha ainda mais confuso. — Se quer mesmo saber a verdade, o outro dormindo aqui conosco deve sair. Essa missão deve ficar no mais absoluto sigilo, e do jeito que aquele se mostrou folgaz, não confio em dizer nada perto dele.

— O Jackson? Quem pensa que é para me dizer para expulsar meu melhor amigo da minha casa desse jeito, hein?

— Tudo bem, já que não quer saber da onde eu vim…

— Espera aí, eu nunca disse isso! Calma que eu tenho que acordar a Bela adormecida, e isso pode levar um certo tempo.

Jaebeom então, tomado por curiosidade e querendo se livrar logo do garoto misterioso, vai novamente em direção ao seu amigo, mas dessa vez, carregava consigo um pequeno balde de água que ele havia pegado da torneira. 

Ao se aproximar de Jackson, o moreno, sem pensar duas vezes, despeja tudo o conteúdo em sua cabeça, o que na verdade nem era tanto assim, Jaebeom sabia que molharia o sofá se tivesse colocado muita água, e não queria fazer isso no lugar onde deitava para maratonar suas séries favoritas, as que tinham bastante cenas de traição onde o protagonista sempre era corno, essas nesse estilo eram suas favoritas.

Jackson acorda assustado com a primeira gota que encosta em seu rosto, seus olhos se esbugalham e ele cai do sofá em súbito, levantando rapidamente em seguida, perguntando o que havia acontecido e olhando em todas as direções da casa.

— Lim Jaebeoooom! — ele grita. — Por que fez isso comigo? Eu só estava dormindo, eu juro por tudo que é mais sagrado que não encostei um dedo sequer em suas cuecas.

— Te acordei para te tirar da minha casa, vamos, é sábado e eu quero descansar. — inventa para disfarçar.

— E o que exatamente eu faço de mais para que se incomode com minha presença e não possa descansar enquanto estou aqui?

— Preciso mesmo listar? Você já quebrou a porta da minha geladeira procurando por pipoca sendo que sabia muito bem que não se guarda isso lá, já afundou minha cama pulando enquanto cantava e dançava as músicas do Shawn Mendes, e o mais grave de todos, você quase ateou fogo na minha cozinha tentando fritar gelo… gelooo! — ele grita neste ultimo para deixar claro o quanto não havia gostado disso.

— Falou muito bem, foi quase! Eu não coloquei fogo. Mas tudo bem, eu vou… mas eu volto. — diz com um sorriso sarcástico no rosto. — Preciso comprar uns chicletes mesmo, vou até a venda do outro quarteirão e em breve estarei aqui outra vez, queira você ou não. Precisamos disputar a partida semanal de CS.

— Ok, ok! Vai logo então.

— Você deve estar esperando alguma gatinha, não é mesmo?

— Jackson? — o moreno suspira decepcionado por ele ainda não ter movido um passo sequer.

— Espere! E carinha do cabelo azul? Ele ainda está lá em cima? — pergunta ao se lembrar do ocorrido da tarde passada.

— Ele foi embora assim que acordou, assim como você vai agora. Vamos, vamos. — Jaebeom o empurra a força.

— Já vou, mas que mal-humor. Assim que voltar me conte direito essas história, hein! Fui! — e finalmente ele sai com algumas moedas na mão para comprar seus chicletes. 

— Ufa! — outro suspiro vindo do moreno.

— Até que enfim! Cheguei a pensar que iria ter de usar meus poderes para poder fazê-lo andar de uma vez. — diz o jovem misterioso atrás do moreno, de repente, que se assusta com a chegada repentina e silenciosa. 

— Que susto garoto! Não faz mais isso por tudo que é mais sagrado. E não fale assim dele, Jackson pode ser meio estabanado e falar até todos ao seu redor surtarem, mas ele é a pessoa de coração mais puro que eu conheço, e única que ainda permanece ao meu lado.

— Quanta melancolia… Se vivesse no meu reino, diria que estas seriam sem dúvidas as palavras de um rei.

— Escuta aqui, então vamos lá! Me conte tudo, e principalmente por que diz essas coisas nada com nada.

— Preste atenção, eu só vou dizer uma única vez! — exclama o garoto de olhos castanhos claro e cabelos azuis feito uma galáxia. — Meu nome é Choi Youngjae, e eu sou um guardião do reino das fadas que fica dentro do Reino Mágico, um mundo onde reúne as criaturas mais fantásticas que qualquer pessoa poderia conhecer....

— Hahahaha! — o moreno começa a rir, interrompendo o outro. — Espera mesmo que eu acredite nessa baboseira? 

— Eu ainda não acabei! — ele franzi o cenho.

Jaebeom se cala depois do rebate de raiva do outro.

— Continuando… Tudo estava tranquilo em todos os reinos, até que o filho do rei dos Trolls, começa a agir, seguindo os planos do falecido pai. O rei e a rainha do meu reino, se sacrificaram anos atrás para deter o senhor Park, mas agora, seu filho segue querendo tomar o Mundo Mágico todo para o povo dele, transformando aquele lugar tão colorido e cheio de vida, em algo onde sequer uma flor possa desabrochar. Foi aí que eu, um guardião de classe média, recebeu a missão de vir procurar o filho dos reis do reino das fadas, ou seja, nosso príncipe, e também a única pessoa que pode por um fim nesses seres malignos. Ele é nossa última esperança... E isso responde todas as suas perguntas, inclusive o motivo de o ter chamado daquele jeito. Acho que apanhei tão feio daqueles monstros que acabei delirando por um momento. Agora, se me dá licença, preciso achar alguém para salvar o meu mundo o mais rápido o possível.

— Cara… Eu realmente estou achando que a hipótese de que você tenha fugido de um hospício seja verdadeira. — Jaebeom fica com a boca entreaberta com a história que julga maluca. — Deve ter sido difícil criar uma fanfic tão longa e cheia de detalhes como esses, hahaha. Mas ela tem lá seus furos, por exemplo, se isso fosse de alguma maneira real, qual o motivo de estar procurando esse tal príncipe aqui na terra, no “meu mundo”, como diria. — ele ria descontrolado.

— Se não quiser acreditar, o problema é teu. E sobre isso, simples, para proteger seu bebê, os meus reis trouxeram seu filho para este mundo, para ficar seguro dos poderes e planos do senhor Park, uma vez que ele o mataria sem pensar duas vezes, caso fosse preciso. Pelo menos, essa é a lenda. Como ninguém sabia por onde começar, decidimos dar início às buscas de acordo com os boatos contados pelos mais velhos.

— Olha só! E não é que tem mesmo uma boa resposta para tudo nessa sua fic, hahaha.

— Você está aí caçoando da minha pessoa, mas então explique o que viu na tarde passada! Seu muito bem que deve ter visto as Vespix.

— O que? Vex…

— Vespix! Pelo que estudei do seu mundo em poucas horas antes de vir para cá, elas podem se assemelhar as vespas, só que em um tamanho três vezes maior. Elas me atacaram de repente, acho que, de alguma maneira, o príncipe dos Trolls soube que estamos a procura da única pessoa que pode acabar com ele.

— Eu já nem sei mais o que pensar. Eu realmente não posso explicar o que eu vi na tarde passada, mas eu seria um louco de acreditar numa baboseira dessas. — diz sorrindo sarcasticamente. — Com certeza aquele clarão de luz, que aliás não faço a minima ideia do que tenha sido, confundiu minha mente.

— O clarão de luz que eu, Choi Youngjae, causou. Mas nem vou dizer mais nada, você não acreditaria mesmo. — diz por fim, soltando um suspiro de decepção. — Aliás, eu vou indo nessa, não posso mais perder tempo aqui e acho que estava enganado de pensar que poderia me ajudar.

— Hahaha, vai lá caça monstros, a porta fica virando a cozinha e indo em direção a sala. — murmura ainda brincando com a história do garoto.

— Eu sei onde fica, muito obrigado! — lança um olhar intimidador para Jaebeom, fazendo suas pernas tremerem por um motivo que ele não sabia explicar.

— Seus olhos… eles estavam castanhos a pouco mas agora posso jurar que vi um brilho amarelado neles.

— Espere! Cale a boca! — Youngjae se desespera de repente, paralisando seu corpo e ficando em total silêncio.

— Quem você pensa que…

— Atrás de você! — o de cabelo azuis grita. — Abaixe-se.

Em impulso, Jaebeom obedece e agacha no chão. Ele ouve o vidro da janela de sua cozinha se estilhaçar em vários pedaços e senti uma rajada forte de vento sobrevoando sua cabeça. Quando volta seus olhos para a frente, ele vê algo que mudaria seus pensamentos e seu destino drasticamente. 

Uma espécie de inseto voador estava dando investidas contra Youngjae, que tentava se defender cruzando os braços, tentando formar um escudo. 

— Mas que porra é essa? — pergunta desesperado enquanto o sangue, causado pelos cacos de vidro, escorria pelo seu rosto. 

— É uma Vespix! Eu disse, ele com certeza sabe que estou aqui para uma missão, alguém deve estar de olho em mim e em todo o reino das fadas.

— Não… não… não… Jaebeoem, isso é só um sonho e nada é real. Sua cabeça deve estar cansada demais depois de tantas provas então está vendo coisas. Não existe nada desse negócio de reinos, reis, pessoas malvadas, vespas gigantes… Agora você vai acordar, em um… dois… três! — o moreno abre os olhos lentamente enquanto suas mãos tremiam mesmo fechadas com força. 

Primeiro um feixe de luz invade o olho esquerdo, e depois vai abrangendo o direito também, tudo bem lentamente. O silêncio repentino fez com que Jaebeom imaginasse que tudo aquilo realmente não tivesse passado de um mero e estranho sonho, então logo abre um sorriso e se prepara para zoar consigo mesmo por quase ter acreditado naquelas baboseiras, até que ele escuta um murmuro bem baixinho. 

— Me… ajuda… — a voz estava tremula. 

Sem cessar, ele agora abre seus olhos por completo, e se espanta ao ver Youngjae ajoelhado no chão, e aquela bicho voador com uma espécie de ferrão cravado no peito dele. A adrenalina do moreno fez com que o mesmo em questão de segundos ele saísse de sua realidade e passasse a crer no que estava acontecendo. Jaebeom então pega um dos cacos de vidro da janela que estavam espalhados pelos chão, e o segura com toda a força que nem mesmo ele sabia que possuía, machucando suas mãos ao fazê-lo, e então, ao franzir as sobrancelhas e gritar o mais alto que podia, o moreno fere aquela vespa com o objeto, fazendo-a se atordoar por um instante e soltar do peito do garoto de cabelos azuis. Tempo esse suficiente para ele fazer com que asas — longas e translúcidas — cresçam em suas costas.

— Maldita Vesvix! — grita ao soltar um raio tão iluminado de suas mãos, que faz até mesmo com que Jaebeom tenha que fechar novamente seus olhos e cobri-los com os braços.

Aquela criatura então vira pó de repente, e os dois se encaram por um tempo antes de qualquer um ali conseguir falar e assimilar tudo que havia acontecido em tão pouco tempo. 

— X —

— Impossível… como algo assim possa mesmo existir? — Jaebeom se questiona por fim.

— Se isso te deixa mais aliviado, o seu mundo era um mito para nós também, do reino.

— Então você é mesmo uma fada? — ele não consegue conter a risada.

— Uma fada não! Sou um guardião! Guardião, entendeu? — o outro se emburrece.

— Você tem uma asa e solta pozinho cintilante pelo rabo, então sim, é uma fada! Pelo menos é o que os desenhos dizem.

— Eu não vou mais discutir com você, senhor emburrado.

— Mas vem cá, o que aquele bicho estava fazendo que você não conseguiu ficar de pé?

— Essas e muitas outras criaturas geradas pelos Trolls podem roubar a energia vital dos outros seres do Mundo Mágico. Falando nisso, veja só meu colar… Eu deveria ter tomado mais cuidado. — diz a si mesmo.

— O que tem esse colar? — o moreno questiona.

— Aqui no seu mundo, eu não tenho acesso aos meus poderes totais e só consigo usar uma parcela deles, por isso uma única Vespix foi algo tão complicado para mim. Ele tinha cinco pedras brancas originalmente, e foi um de nossos anciões que me deu antes de eu vir para missão. Com isso eu posso me transformar em um guardião e usar um pouco mais do meu poder, mas assim que todas elas ficarem escuras, assim como essas duas que já estão, o pior pode acontecer…

— E o que seria esse pior? — continua questionando.

— Melhor nem saber. — diz, demonstrando querer encerrar o assunto. — Mas agora eu devo ir, não quero mais causar problemas a você e nem te colocar em perigo como fiz agora a pouco. Também preciso encontrar pistas sobre o príncipe antes que tenha que usufruir de mais uma dessas pedras. 

— Eu nem sei como seguir depois de receber tanta informação assim de uma só vez.

— Continue com sua vida normal de terráqueo, finja que nunca me conheceu e que não tenha trombando comigo com aquele cavalo de rodas.

— A minha bicicleta? Hahaha.

— Uau! Que nome mais interessante. Seria legal poder conhecer mais desse seu mundo, mas infelizmente tenho uma missão para finalizar.

— Tome cuidado!

— Você também! E cuide do bobalhão do seu amigo. — sorri ao dizer. — Aliás, antes que me esqueça, obrigado por salvar a minha vida duas vezes.

Após agradecer, Youngjae apenas sai pela porta da frente da casa do moreno sem olhar para trás e caminhando com passos apressados.

Jaebeom fica ali, imóvel olhando-o se afastar até sumir em meio a rua. Ele só volta a si quando escuta a voz esganiçada de Jackson, afinal era inconfundível. 

— Muito bonito Lim Jaebeom! Você tinha me dito aquele garoto estranho já tinha ido quando me acordou, mas eu vi muito bem ele saindo daqui agora. — ele encara o amigo com uma careta estampada em seu rosto, mas muda sua expressão rapidamente ao ver os olhos de JB. — Hã? Cara, por que você está… chorando?

O moreno olha diretamente para Jackson com as lágrimas escorrendo em seu rosto sem explicação nenhuma.

— Eu… não sei!

— X — 

Naquela noite, o moreno pede para que Jackson fique novamente em sua casa, por alguma razão desconhecida ele sentia um vazio no peito e um profundo sentimento de solidão como jamais tinha sentido antes, mesmo morando sozinho a algum tempo. Seu amigo fica sem pensar duas vezes, o vínculo de amizades deles era forte, e Jackson nunca o abandonaria, e ele fazia questão de sempre reforçar isso. 

Mas, Jaebeom não consegue pregar o olho sequer um segundo naquela noite. Eram tantas perguntas, tantas coisas novas e difíceis de raciocinar que sua cabeça continuava a latejar mesmo depois de várias gotas de remédio, e ele, querendo ou não, estava preocupado com o garoto de cabelos azuis que havia caído de repente em sua vida e a mudado por completo. Fora isso, tinha que ficar tirando as mãos de Jackson de cima de suas partes baixas, onde ele ficava à colocando todo instante e vinha acompanhado de um sorriso.

— Até nos sonhos você é um pervertido. — Jaebeom murmurava baixinho para não acordá-lo.

— X — 

E assim como Youngjae queria, a vida de Jaebeom voltou à normalidade depois daquele dia onde toda a verdade de um mundo desconhecido pela humanidade foi revelada a ela. Ele percorria aquele mesmo caminho todas as manhãs com sua bicicleta indo até a faculdade, observando o mesmo rio azulado e as mesmas pessoas caminhando pela manhã, mas desde então, o moreno sempre esperava trombar com aquele garoto mais uma vez, mas isso não acontecia…

Era uma quarta-feira qualquer aquele dia, Jaebeom fez tudo como o habitual e percorreu o mesmo caminho de sempre. A aula de pintura em tela era sua favorita e ele estava completamente concentrado em seu trabalho em reproduzir aquele vaso cheio de ramos esculpidos ao seu redor, que o professor havia colocado em cima da mesa para os alunos observarem, e apesar de Jackson — que nunca estava interessado nessas aulas — tentar distrair o moreno, ele só tinha olhos para sua pintura e para seus leves traços com o pincel de pêlo de marta.

Mas, algumas palavras repentinas de seu professor, faz seu olhar voltar imediatamente para a porta da sala…

— Alunos, acabo de receber a notícia de que temos um novo colega na turma vindo do interior, por favor o recebam bem e o acomodem, ele pode estranhar um pouco no começo portanto gostaria que o ajudassem em tudo que puderem. — e então ele faz sinal para que o tal novo aluno entre e o primeiro vulto que aparece pisando naquela sala já faz o coração de Lim Jaebeom querer saltar pela boca.

— Muito prazer pessoal! Meu nome é Youngjae. Choi Youngjae! Espero que possamos ser bons amigos! — exclama com um sorriso no rosto.

O moreno em subido levanta, derrubando sua tela e as tintas no chão, fazendo os respingos delas espalhar por toda a parte, e em seguida aponta o dedo direto ao garoto.

— Fadaaaa!? — grita alto.


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Notas finais do capítulo

é isso gente, espero imensamente que tenham gostado desse capítulo ♥ prometo tentar trazer o próximo o mais rápido o possível antes de minha vida voltar a ter menos tempo ainda kkkk

se puderem deixar um feedback eu ficaria extremamente agradecido :)



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