Wolf Heart escrita por Tessaro


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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Oh querida, minha alma

Você sabe que ela urge pela sua

E você tem preenchido este espaço desde que você nasceu

Porque você é a razão pela qual eu acredito no destino

Você é o meu paraíso

E farei qualquer coisa para ser seu amor, ou ser seu sacrifício

 

O natal chega surpreendente rápido, mas mesmo assim com uma lentidão impressionante, eles tem tempo de pôr a decoração colorida de Natal e fazer os biscoitos de gengibre que ele gosta antes que o Natal chegue e ele se obrigue a sair de casa.

A reserva é cheia de cobertores de neve branco e decorações escassas, a pequena casa de infância de Leah é pequena comparada a quantidade de pessoas, principalmente homens seminus no frio, enquanto Erick está forrado de blusas e parece uma abelha em um formigueiro.

O fato é, ele é diferente de todos aqui, essas pessoas já fazem parte de um todo isolado em que ele sabe que não pode entrar, é como se ele estivesse na escola novamente, o grupo pré definido aqui é um tipo de popularidade que ele nunca vai ter.

E o estranho é que Leah fica junto deles, e isso faz seu estômago revirar de angústia.

Ele se pergunta com qual desses caras Leah dorme, Sam - que ele descobriu ser o ex que a trocou pela prima -, Paul, o estourado com problemas de raiva, Jacob o inalcançável sonho de consumo americano, Jared ou Embry, os dois idiotas que o deixam irritado ou Quill, o garoto mais novo que é simplesmente burro por definição.

Como o carma é uma vadia provavelmente é Jared ou Embry, ele prefere não pensar muito nisso quando pega uma caneca de chá verde, o chocolate quente é para depois do jantar, como um aperitivo.

Ele sai para o lado de fora da casa, no ar congelante da noite e tira o celular do bolso, é surpreendentemente fácil encontrar o contato de sua mãe, e ainda mais fácil ligar para ela.

— Erick. — ela diz, animadamente, sua voz é uma pontada de alegria calorosa. — Eu vi sua foto no jornal, querido você está lindo. — ele não pode deixar de sorrir com isso, mesmo que revirando os olhos, mães.

— Mãe eu fui espancado. — ele retribui, com diversão. Sua mãe solta um som engraçado.

— Você quer que eu vá para a América, porque eu aprendi uma receita ótima para curar ossos quebrados com pasta de camomila e... — ele não pode deixar de rir alto.

— Eu estou bem. Juro. — ele diz, depois de um momento.

Sua mãe não retribui seu silêncio com palavras, eles nunca foram muito de conversar, mesmo que sua mãe seja mais alegre que ele.

— Onde você está agora? — ele pergunta, no Natal passado, quando ele ligou ela estava na Nova Zelândia.

— Austrália, a terra dos cangurus e homens gostosos. — Erick solta um som que poderia ser um som de riso, mas é mais uma zombaria velada. — Como está sua namorada? Cindy se eu me lembro bem.

A pergunta é feita inocentemente e com felicidade, porque sua mãe está feliz que ele se estabeleceu depois do grande fiasco do Ensino Médio, mas mesmo assim ainda é o suficiente para fazer seus ossos gelarem e uma pontada aguda partir em seu coração.

— Cindy morreu. — é tudo o que ele pode dizer em retorno. — Mas, eu encontrei outra namorada, o nome dela é Leah. — sua mãe fica em silêncio por alguns momentos.

— E você a ama? — a pergunta é inocente, mas parece um soco no estômago.

Por mais que ele e Leah vivam junto há um bom tempo ele nunca se perguntou se a amava, era um questionamento que ele nunca teve que se fazer antes, mas agora parece pesado em expectativa.

— Sim. — é a resposta mais simples que ele pode dar, mas ainda assim é a verdadeira. Por mais que Leah tenha um caso - e não, ele nunca vai falar com ela sobre isso - ele ainda a ama, e o destino é cruel com ele, por nunca deixá-lo ser feliz com alguém sem segredos.

— Bom. — é tudo o que ela responde, deixando a linha muda novamente. — Eu tenho que ir Erick, eu espero que você fique bem, espero que você consiga melhorar o que te machuca. — ela não diz adeus e nem Erick, não é o feitio deles, despedidas, não é algo que ele ou sua mãe saibam fazer.

Ele pensa nas últimas palavras de sua mãe.

Como você pode melhorar o que te magoa, se o que te magoa é o que você ama?

Eles chegam em casa depois da meia noite, já é Natal e ele se sente cansado, ele só quer tirar suas roupas e se deitar nu e em silêncio na frente da lareira, como ele faz por pelo menos dez natais seguidos.

É exatamente o que ele faz, sem ligar as luzes ou abrir as janelas para a luz da lua entrar, ele liga as luzes de natal e tira o casaco cinza de lã batida, deixando uma espécie de rastro de roupas pela casa fria.

A lareira está apagada e ele treme de frio, mas ainda é rápido em acender um fogo pequeno. Ele senta no chão, escorando a cabeça no assento do sofá logo após tirar sua perna estúpida que o machucou o dia todo.

Leah tem sobrancelhas levantadas quando o olha da porta da cozinha.

— Tradições de natal. — é tudo o que ele pode dizer, Leah sorri gentilmente antes de tirar a camisa fina que ela usa e logo depois sentar do seu lado.

Ela é como um forno quente e o aquece imediatamente.

Leah nua é uma obra de arte, ela tem todas essas pequenas curvas nos lugares certos que o deixam louco, ela é ainda mais linda a luz tênue das luzes de natal e o calor da lareira, e ela olha para ele com a mesma reverência que ele sabe que deve olhar para ela.

Ela é linda de maneiras que ele achava impossível ser.

A realização de que ele a ama é o suficiente para deixá-lo louco por ela novamente, é um pouco triste talvez, um pouco sádico, mas ele a ama, e ele só percebe agora.

Isso é o suficiente para matá-lo.

Ela sorri quando se senta em seu colo, ela tem olhos bonitos, do tipo que o deixam enlouquecido, Erick mapeia o rosto dela, guardando o máximo que sua memória limitada pode armazenar.

Seus dedos são gentis em suas costas nuas, apenas a ponta, leve o suficiente para pode-lá fazer se arrepiar e soltar um som ofegante, Leah nunca poderia deixá-lo de surpreendê-lo, por sua pele quente e dolorosamente macia.

Ele deixa pequenos beijos em sua clavícula, ele explora seu corpo, como um navegante no mar desconhecido, ele gosta dos sons ofegantes e desleixados que saem de sua boca, ele gosta dos olhos nublados que ela tem.

É um dos únicos sexos baunilha que ele já teve. Cindy era o tipo de mulher que gostava de jogos de dominação. Carl era um tipo de agitação escorregadia que fazia coisas rápidas e bem feitas, de muitos modos, Carl era agitado e apressado.

Mas é errado comparar Leah a seus amantes mortos, ele gosta da calmaria que eles têm. Um tipo de calmaria diferente que ele ama.

— Eu amo você, amo você pra caralho. — ele murmura em sua garganta quando ela goza com um pequeno bufo de ar abafado.

Leah não responde.

Talvez porque eles são recentes demais, ou porque eles não se conhecem direito, ou por um milhão de outras infinitas razões, mas ele ainda a ama.

E por enquanto, isso é o suficiente. 

 


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Notas finais do capítulo

Música: Infinity - James Young



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