A História Prometida escrita por Ly Anne Black, Indignado Secreto de Natal


Capítulo 12
Atenção à Moral da História




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— … aconteceu quando eu voltei da morte. Acho que, porque o conde Riddle sugou todos os anos de vida que eu vivi aqui, eu pude me lembrar do que me esqueci sobre a minha vida real, fora do livro. Dá pra acreditar na loucura? Eu achei mesmo que tinha recebido cinco anos de treinamento como pirata: eu me lembro de cada dia deles! Eu consigo lutar e saltar e fazer coisas inacreditáveis. Acha que vou continuar sabendo de tudo isso, quando sairmos do livro? 

Rony e Hermione seguiam para as masmorras por uma série de corredores que eram apenas vagamente familiares para ela e que poderiam muito bem estar surgindo à medida que avançam, mas ao menos Rony parecia saber onde estava indo. Ele não tinha largado a sua mão. Hermione tinha dificuldade de se mover com o estúpido vestido e estava suando como louca. Além do mais, ela tinha um mal pressentimento.

— Não sei, Rony. Mas, escute, se não conseguirmos sair do livro dessa vez…

— Hermione, nós vamos conseguir. Só precisamos terminar a história. Eu acabei de derrotar o vilão e salvar a mocinha. Depois de ler aquela tonelada de contos de fadas para Estudo dos Trouxas, sei que estamos perto do fim!

— É, mas… — mas alguma coisa está faltando, pensou Hermione. Não havia nenhuma revelação. Ela não tinha aprendido nenhuma lição. Nem mesmo houvera um clímax. — Eu perdi a minha varinha — ela disse, sem saber o que mais dizer. — Entrei aqui para salvar você do livro, porque você entrou sem a sua, e fui idiota o suficiente de perder a minha. Se eu não tivesse perdido, você não teria sido torturado…

Ela se calou de repente e Rony parou se andar para checar se ela estava bem.

— Mione, qual o problema? Eu não culpo você. Além do mais, não acho que é o tipo de história que resolvemos com magia. Vai ver foi por isso que você perdeu a varinha. Mas, eu ainda tenho a minha espada — ele brincou, apontando para a arma letal embainhada em eu cinto. Ela soltou um riso nervoso.

— Isso é uma loucura completa. Você acabou de me salvar do meu “marido”, que por acaso era Malfoy, e nós estamos, o quê? Fugindo do castelo com a ajuda de um meio-gigante que gosta de rimas, e da versão hispânica de Harry?  Como pode estar tão tranquilo sobre isso? Você ficou preso aqui dentro pelo que lhe pareceram cinco anos!

— E aprendi um monte de coisas — ele sorriu, despreocupado. — Não é esse o objetivo de toda leitura? Você, entre todas as pessoas, deveria saber.

Mas eu sinto que não aprendi nada, pensou Hermione. Rony continuou sorrindo para ela, com aquele bigodinho e os cabelos loiros escuros ao invés de ruivos, mas ainda era o seu Rony, os olhos azuis tão brilhantes e otimistas lhe causando mariposas no estômago.

— Acho que só estou feliz de ter encontrado você. Foi bom ser pirata e tudo mais, mas foi extremamente solitário. Agora, vamos andando? Seria péssimo se déssemos tempo para aquela coisa horrível sem nariz nos encontrar.

— O conde é suposto a ser Voldemort, eu acho — ela disse, voltando a andar com Rony, as pernas tremendo um pouquinho. Não era por causa do vestido. Tinha sido alguma coisa no sorriso dele.

— É, nem me fale. Prefiro o real a qualquer tempo.

— Fácil falar, depois que Harry derrotou o real.

— Bem, é… agora que eu que entendo a pressão em que Harry esteve no lugar de protagonista da história, tenho uma renovada admiração por ele, sério mesmo.

* * *

Hagrik e Henrico estavam, como Rony dissera, aguardando nas masmorras do desespero. Antes de ir procurar Buttercup, Rony lhes mostrara a conexão entre as masmorras e o castelo, que ele deduzia que estava ali, porque, bem tinha vivido grande parte da sua vida em um castelo, e sabia que masmorras e castelos precisavam ser conectados de alguma maneira. Então os pedira para espera ali, para que pudessem sair todos juntos pela passagem que dava na floresta.

Convencer Henrico a não ir atrás do conde tinha lhe custado uma promessa: quando Buttercup estivesse a salvo, eles voltariam juntos e Rony o ajudaria a ficar frente a frente ao conde para a sua muito esperada vingança.

Eles ficaram muito felizes ao ver Hermione e Rony chegarem sãos e salvos, e Hagrik até fez uma reverência para Hermione.

— Princesa — ele disse, um pouco emocionando. —Você já era bonita, mas agora está de doer o coração.

— E ela também inteligente e fatal — disse Rony atrás dela, orgulhoso. — Foi ela quem colocou o príncipe para dormir, tudo que eu fiz foi distraí-lo com conversa fiada.

Rony — Hermione chamou ao lado dele, baixinho. — Aquilo no ombro de Hag… grik… por acaso é um dragão? 

Rony assentiu, lhe lançando um olhar de ‘segura a pergunta que depois eu explico’.

— Fico feliz que tinham conseguido escapar com vida, mas temos um problema — disse Henrico. — A porta que dá passagem para a floresta está emperrada e não abre pelo lado de dentro. Isso, ou descobriram que íamos tentar escapar por essa passagem e nos trancaram aqui dentro.

— Será que Hagrik não consegue derrubá-la? — Sugeriu Rony, mas o meio-gigante negou.

— Já tentei enquanto esperávamos. Quase quebrei uma unha.

— Vamos arranjar um jeito. Na pior das hipóteses, podemos voltar e sair pela porta da frente do castelo. Envolverá um pouco de luta, mas agora que eu tenho os quatro membros funcionando, e contamos o cérebro de Herm… uh, Buttercup, em nosso benefício, me sinto bastante otimista.

Parecia que aquela seria a solução – e Hermione estava um pouco contrariada de que teria de andar tudo de novo com o seu vestido de três toneladas, mas também estava mais tranquila porque isso significava que eles teriam de seguir o roteiro original do livro, o que fazia mais sentido.

— Acho que a porta da frente não vai ser uma possibilidade, rapazes — disse uma voz arrastada e dedenhosa. Eles encontraram o conde Riddle, sem nariz e com seu sorriso distorcido, esperando por eles na porta do túnel que ligava as masmorras ao calabouço do castelo.

Atrás do conde Riddle, o corredor estava recheado de guardas.

— Ele é meu — disse Henrico, ou melhor, ele rosnou, como se tivesse visto um osso grande e apetitoso que não pretendia dividir com mais ninguém. Ele se colocou na frente dos outros três, desembainhando a espada. 

— E quem diabos é você? — perguntou o conde, desembainhando a própria espada também.

Acontece que em Hogsmin todo mundo que se prezasse era obrigado a não só possuir uma espada, mas a saber usá-la. Mais ou menos como acontecia com varinhas, do lugar de onde Rony e Hermione tinham vindo.

— Eu sou Henrico Montoya. Você matou os meus pais. Se prepare para morrer.

O que se seguiu foi um dos duelos mais dramáticos e emocionantes de que se tem notícia, superando até mesmo o duelo entre Rony e Henrico alguns dias antes. Nem os guardas, nem Rony ousou interferir, porque todo mundo sentiu que aquela era uma batalha entre os dois homens apenas, e da qual só um poderia sair vivo. Não parecia justo interromper.

Houve sangue e saltos e piruetas e movimentos de esgrima com nomes complicados. Só que Henrico estava perdendo mais uma vez. O conde o encurralava cada vez mais e o cortava em mais lugares, então cada vez que ele repetia “Eu sou Henrico Montoya. Você matou meus pais. Se prepare para morrer”, parecia um pouquinho menos provável que ele fosse cumprir a sua promessa.

O conde era muito bom e era um oponente frio, enquanto que Henrico estava tomado pela emoção de finalmente enfrentar o seu maior inimigo e os nervos estavam levando a melhor dele.

— Acha que eu deveria interferir? — Rony sussurrou para Hermione, preocupado.

— Melhor não. Essa é uma das melhores partes do livro, de qualquer maneira.

— Só não gosto de ver Harry sendo massacrado por pré-Voldemort. Me trás péssimas memórias.

— Harry venceu Voldemort, no fim.

— É, bom argumento.

Enquanto isso, Norebas ficara bastante entediado no ombro de Hagrik.  Também com sede, porque ele tinha soprado todo aquele fogo para derreter o cadeado mais cedo. Então ele foi explorar e o que ele encontrou foi a Máquina. No fim de todos os tubos e apetrechos havia uma garrafa cheia de um líquido esquisito, meio turvo e estranhamente morno. Mas como mencionado, Norebas estava mesmo com muita sede.

Meu nome é Henrico Montoya. Você matou meus pais. Prepare-se para morrer.

— Você já disse isso umas quinze vezes. Está ficando um pouco repetitivo — disse o conde, que estava ficando cansado, mas não ia admitir, é claro. Ele fez outro corte no ombro de Henrico. Quando Henrico tropeçou em um copo de sucção que o albino tinha esquecido no chão, o conde aproveitou a oportunidade e enfiou a espada na barriga de Henrico, tão fundo que a lâmina atravessou e saiu nas suas costas.

— Ops — disse o conde sarcástico — Desculpinhas por isso.

Houviram um arroto que espremeu o chão inteiro. Todo mundo – Hagrik, os guardas, Rony e Hermione, o conde e até Henrico – olharam para a mesa da máquina e o que eles viram foi o dragão. Só que ao invés do tamanho do rato, Norebas agora tinha o tamanho de um leitão. Ele ainda bebia do líquido que derramara da garrafa e continuava crescendo, bem diante deles.

— O que raios é isso? — Hermione perguntou. — Poção de inchamento? 

— Acho que é a minha vida — Rony disse. — A que o conde tirou de mim. Estava toda naquela garrafa.

— Mas O QUE DIAB– exclamou o conde ao perceber que agora o dragão estava agora do tamanho de uma vaca. — ALGUÉM FAÇA–

Mas ele não pôde terminar porque Henrico tinha reagido, e com suas últimas forças, enfiado a sua própria espada no peito exposto do conde Riddle.

Ele caiu mortinho logo em seguida.

Os guardas avançaram. Houve uma confusão na qual Hagrik e Rony se prepararam para lutar, se colocando na frente de Hermione e Henrico, e todo mundo estava tentando fazer alguma coisa, mas ao menos tempo não chegar muito perto de Norebas, que agora tinha o tamanho de uma pequena cabana de pesca.

— Quantos anos você disse que o conde tirou de você? — Hermione perguntou.

— Uns cinquenta.

— É melhor sairmos daqui. Acho que, com o tamanho que ele está agora, só tem uns dez anos, mas se continuar bebendo, vai continuar crescendo.

Só que quando os guardas chegaram à Hagrik, Norebas percebeu e não gostou. Ele parou de beber, deu outro arroto – o chão sob os pés deles vibrou de novo – e foi livrar Hagrik dos guardas com um pouco de fogo. Quando os dez ou doze guardas estavam crocantes, Norebas os engoliu com prazer. Crescer tanto num espaço de tempo tão curto tinha lhe deixado faminto.

Os quarenta e oito guardas restantes acharam melhor bater em retirada. Norebas transformou a porta bloqueada em pó depois que Hagrik pediu com jeitinho, e eles enfim conseguiram sair para o frescor da noite, deixando para trás o cheiro de churrasco humano e as masmorras.

Rony ajudou Henrico a se sentar em uma pedra. Eles ficaram um pouco preocupados que Norebas não seria capaz de seguí-los, mas acontece que o telhado sobre as masmorras não era assim tão resistente e com alguns coices o dragão conseguiu abrir um buraco grande o bastante para passar. Saiu do lado de fora bem feliz e de barriga cheia.

Desnecessário dizer que Hagrik estava morrendo de orgulho do seu bebezinho.

Hermione achava que, na história original a fuga do castelo envolvia cavalos brancos, mas calhou de Hagrik e Norebas terem uma ótima comunicação e o meio-gigante conseguiu convencer o agora massivo dragão a lhes dar uma carona para longe.

Hermione — que ainda não era maior fã de voo e muito menos de altura — aguentou firma agarrada à cintura de Rony, o coração batendo feito louco no peito, porque eles tinham mudado completamente o final do livro e ela sentia que qualquer coisa podia acontecer. Qualquer coisa.

— Conseguimos, Mione! Conseguimos! — Rony não parava de exclamar em seu ouvido, fora de si de alegria. — E, quando na vida você imaginou que iríamos escapar usando um dragão pela segunda vez numa mesma vida? Irado! Tão irado!

Eles pousaram longe do castelo, para dar uma respirada. Henrico não estava nada bem, sangue escorrendo do seu ferimento aos borbotões.

— Acho que devíamos levá-los para Dumb Milagroso — disse Hagrik, preocupado. — Ele vai saber o que fazer. Mas não tenho mais nenhum doce comigo…

— Doce? — Hermione não estava acompanhando.

— Longa história. Tem um cara na floresta que faz milagres. Ele recebe o pagamento em doces — explicou Rony, ajudando-a a descer das costas do dragão, que tinha gentilmente se deitado para facilitar a tarefa.

— Ah! Eu ainda tenho umas pastilhas de cereja, são para tosse, mas se servir... — ela deu as pastilhas para Hagrik.

Hagrik agradeceu e montou no dragão de novo, ajudando Henrico a se equilibrar. Houve uma despedida longa e sentimental que se prolongou mais ainda quando Rony explicou que não pretendia seguir adiante com eles.

— Foi um prazer ser vencido por você, amigo — disse Henrico, quase no fim das suas forças. — Espero revê-lo novamente, no futuro.

— Se eu tiver sorte — disse Rony.

E eles se foram, o que significava que Rony e Hermione estavam sozinhos no meio do nada e não havia mais nada que pudessem fazer – o vilão estava vencido, o inimigo vingado, e ainda assim, ali eles estavam.

Hermione deu um sorriso de compreensão.

— Era você o tempo todo.

— Eu era o quê? — Rony perguntou. Estivera olhando para a combinação dele com a paisagem, e como formavam uma boa imagem para o final de um livro. O vestido branco e o mar escuro, a lua branca e os olhos escuros de Hermione.

— O protagonista. Eu achei que cabia a mim resolver tudo, mas foi você. Você resolveu. Você salvou o dia. Você foi o herói da história, Rony.

— Sempre o tom de surpresa — ele criticou mas depois sorriu, um pouco mais convencido do que deveria. Ou, tão convencido como deveria. — Acho que você aprendeu a lição, Mione. Às vezes é preciso abaixar a guarda e deixar que alguém te ajude a salvar o dia.

— Há, engraçado. Se essa era a lição, por que ainda estamos aqui? 

— Acho que é porque eu ainda não aprendi a minha.

Rony deu os três passos para cobrir a distância que os separavam, se aproximando até que ela fosse a única coisa no seu campo de visão. Hermione sentiu o coração começar a disparar de novo com toda aquela proximidade.

— Mione, lembra no começo deste ano, quando eu disse que era melhor continuarmos amigos, para não complicar as coisas? 

— Lógico que que eu me lembro — E mentalmente ela completou, foi quando você partiu meu coração, idiota.

— Eu fiz isso porque não queria ficar em seu caminho. Achei que você podia achar coisa melhor do que eu.

— “Coisa melhor”? Sério mesmo, Ron? 

— Você é Hermione Granger. Eu sei que a guerra pode ter deixado alguns sentimentos à flor da pele, e nós sempre tivemos uma química, mas, a longo prazo, o que você poderia querer com alguém como eu? O que eu teria a lhe oferecer? Se Harry é o herói da história, eu sou no máximo o quê, o alívio cômico? Nem de longe à sua altura.

— Rony — ela arfou, indignada. — Você sabe muito bem que não é assim que eu vejo você!

— Talvez. Mas era importante que eu também não me visse desse jeito, entende? Acho que era isso que o livro estava tentando me ensinar, esse tempo todo. Que eu posso… eu posso ser o seu herói. Se você me deixar, é claro.

Rony! — Ela exclamou, sem poder fazer melhor que aquilo. Estava emocionada. Mas Rony estava sério e esperava uma resposta. Hermione balançou a cabeça, sem acreditar que estavam mesmo protagonizando uma cena como aquelas. — É claro. É claro que eu quero– eu vou deixar. Sim. Sim!

— Sim? — ele abriu um sorriso enorme, do tamanho do mundo. — Bem, isso é ótimo. Ótimo mesmo. Você sabe o que vem agora, não sabe? Afinal de contas, isso aqui ainda é um conto de fadas.

— Uh-hu — ela assentiu. — Se não tem jeito, então. Vá em frente.

Ele riu.

— O seu desejo é uma ordem, Mione.

* * *

Hermione parou de ler. Os protestos de Rose se seguiram sem demora:

— O quê? O que foi que aconteceu depois? 

— Eles se beijaram apaixonadamente. Mas, você não quer ouvir isso, não é? Beijos são nojentos e aquela coisa toda.

Rose cruzou os bracinhos, vencida em seu próprio jogo. Se tinha uma coisa que ela tinha herdado do pacote genético de Hermione era o orgulho próprio exacerbado.

— Eu não me importo tanto assim. Pode ler se quiser.

— Está certo, então.

* * *

Rony se inclinou e beijou Hermione, tão pura e apaixonadamente como se devia numa história como aquelas. Desde a invenção do beijo, haviam existido seis beijos avaliados como os mais puros e apaixonados – o beijo final de Buttercup e Weasley bem no topo daquela lista – mas aquele beijo entre Rony e Hermione deixou todos os outros para trás, se escondendo de vergonha.

Satisfeito com o desfecho, o livro enfim os deixou ir. Eles foram cuspidos de volta à biblioteca de Hogwarts e separaram seus lábios, muito corados e atordoados, de volta às suas devidas idades e corpos. A varinha de Hermione esperava ao lado do livro. Perceberam que já era dia, do lado de fora do castelo.

Foi difícil explicar à madame Pince porque Rony estava vestido de preto da cabeça aos pés, com uma espada à tiracolo. Felizmente, seu cabelo tinha voltado a ser ruivo e o bigodinho tinha ido embora. Hermione também se confundiu para explicar porque vestia um vestido de casamento de quinze quilos e uma tiara de diamantes.

Desnecessário dizer que os dois tiraram nota máxima em seu relatório para Estudos dos Trouxas.

Rony guardou a sua máscara e Hermione guardou a tiara. Eles nunca falaram daquela aventura com ninguém – nem mesmo com Harry. Aquela era a sua história, afinal de contas. O seu conto de fadas.

Pelo menos, até aquele dia em que Hermione o dividira com Rose.


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