The Chosen One escrita por nywphadora, Indignado Secreto de Natal, nywphadora, nywphadora


Capítulo 5
5




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Os adultos tentavam evitar falar sobre Harry.

Mesmo assim, Neville pôde escutar Bill murmurar para Charlie “É inacreditável, ele era só um menino”.

Inacreditável uma pessoa sobreviver a uma maldição da morte quando bebê e, quando tinha capacidade para proteger-se, não tinha sido capaz.

Antes mesmo que o jantar se iniciasse, Augusta puxou Neville pelo braço e o levou até a sala de visitas da sombria mansão.

— Professor Dumbledore — ele cumprimentou o mais velho.

— Sente-se, senhor Longbottom — Dumbledore indicou um sofá à frente dele.

— Esconder as coisas não resolveu antes e não resolverá agora — a senhora Longbottom disse ao diretor, como se fosse um lembrete — Eu já contei a Neville sobre a profecia.

— Ah, bom, eu não entendi muita coisa — Neville disse, recebendo um olhar severo da avó.

— Compreensível — o diretor disse — Há coisas que ainda demoro a compreender. Contudo, irei tentar explicá-lo o melhor que puder.

Ele começou contando sobre a Ordem da Fênix, o que ele já sabia.

E então contou sobre a profecia.

Sobre as três vezes em que Alice e Frank Longbottom, e Lily e James Potter enfrentaram Voldemort.

Sobre a proteção que tentaram criar.

Sobre a traição de Pettigrew.

Sobre a escolha de Voldemort.

— Mas Harry foi escolhido — Neville demonstrou sua confusão — Ele recebeu uma cicatriz na testa!

— Mas Harry morreu — Dumbledore disse — E a profecia...

— A profecia diz que um não pode viver enquanto o outro sobreviver, e foi o que aconteceu. Você-sabe-quem matou Harry. Ele venceu!

Augusta pôs a mão no ombro do neto.

Parecia uma conversa de quem estava procurando manter a esperança.

— Na noite em que Lily Potter morreu, houve um motivo para Harry ter sobrevivido — Dumbledore disse — E veja bem: sobrevivido. Harry sobreviveu naquela noite. Tenho pesquisado há três anos o motivo pelo qual ele retornou através de um diário e foi capaz de possuir Ginny Weasley.

— E o que isso tem a ver? — Neville perguntou.

— Tudo — respondeu, simplesmente — Tenho conjecturas do motivo pelo qual Harry morreu naquele dia. Não era para as coisas terem sido assim, mas vários fatores... não foram favoráveis.

Definitivamente estavam tentando manter uma guerra que já estava perdida.

Principalmente se a segunda opção deles era Neville Longbottom.

— Eu notei que usa a varinha de seu pai — Dumbledore comentou.

— A minha avó acha que isso pode me ajudar na escola... — Neville murmurou.

— É uma excelente varinha! — Augusta defendeu-se.

Ela não tinha arredado os pés dali nem um por segundo.

Mesmo que o diretor claramente não gostasse disso, não tinha como comprar aquela briga.

— A varinha escolhe o bruxo, não o contrário — disse Dumbledore, repreendendo-a — De qualquer forma, creio que tenho uma varinha que irá melhor protegê-lo.

— Toda varinha protege, é só você usar os feitiços certos — Neville retrucou.

Não sabia o porquê de estar sentindo-se tão revoltado.

Certo, eles estavam entregando um fardo que ele não era capaz de carregar.

Certo, Harry estava morto porque Dumbledore não tinha sido capaz de protegê-lo e achava que poderia fazer o mesmo com ele.

Certo, ninguém explicava as coisas por inteiro para ele.

Por que deveria se irritar, não é mesmo?

— A fênix que produziu a pena dessa varinha produziu apenas mais uma pena — disse Dumbledore — A outra pena é da varinha de Voldemort. Eu esperava que essa varinha escolhesse Harry, mas não foi o que aconteceu.

— E como ter uma varinha com a mesma pena da varinha de você-sabe-quem vai me proteger? — Neville perguntou.

— São incapazes de matar um ao outro.

A explicação foi muito vaga e não o convenceu muito.

— O que o senhor quer que eu faça? Que eu procure por você-sabe-quem e então aponte a varinha para ele e lance uma maldição imperdoável? — ele perguntou — Por que o senhor não faz isso? O senhor é poderoso, todos esperavam que seja o senhor que o derrote.

— Eu não sou o escolhido da profecia — Dumbledore respondeu.

— O escolhido está morto.

— Neville! — Augusta o repreendeu.

— Eu não sou essa pessoa. Eu não sou o menino que sobreviveu. Eu não sou Harry Potter.

— Não — Dumbledore concordou — Você é o garoto que enfrentou os amigos para que a Grifinória não perdesse mais pontos...

— Não é a mesma coisa — Neville retrucou.

— Não é, porém demonstra um valor que não reconhece. Pensa muito pouco de si mesmo, senhor Longbottom.

— Perdão, mas não respondeu a minha pergunta.

O diretor concordou com a cabeça, pensativo.

— Se as minhas conjecturas estão corretas, buscaremos cinco objetos que nos ajudarão a derrotá-lo. Depois disso, será fácil de derrotá-lo.

— Ótimo — Neville assentiu — Eu o ajudo a encontrar esses objetos e então o senhor faz o resto do trabalho. Não irei matar outra pessoa, mesmo que essa pessoa seja Voldemort.

Sentiu um arrepio subir a sua espinha quando se atreveu a falar o nome do bruxo, mas manteve-se firme para demonstrar o quão sério estava sendo.

Levantou-se do sofá em que estava sentado e saiu da ante sala antes que alguém pudesse dizer algo.

— O que tem para comer? — ele perguntou, sentando-se ao lado de Ginny na mesa de jantar do porão-cozinha.

— Está tudo bem? — ela ficou observando as suas feições.

Aquela era uma pergunta que era difícil de responder.

Quase respondeu “está” por costume, poderia dizer “não está” por sinceridade, mas a realidade era que...

— Vai ficar.

E era a verdade.

Mesmo com tudo o que tivessem que passar.

Mesmo com aquela guerra estourando do lado de fora.

Mesmo com Harry morto.

Tudo ficaria bem.


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