A estrela mais brilhante escrita por LC_Pena, Indignado Secreto de Natal


Capítulo 6
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Eis o fim. Gabi, espero que tenha curtido o seu presente. E para todas as outras pessoas que acompanharam a fic até aqui, também espero que tenham gostado! Obrigado pela paciência de ler esses tijolos de capítulo que eu escrevi aqui.



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Teoricamente tinha combinado com Rita que não iria encontrar com Rigel na estação esse ano. No ano anterior, o primeiro do garoto em Hogwarts, a mulher tinha se despedido com antecedência em casa, deixando para Sirius toda a responsabilidade de passar as devidas orientações para o filho antes do trem partir.

Nas contas de Rita Skeeter, não teve uma orientação sequer que se salvasse na lista.

O maroto não cumpriria a promessa de ficar em casa dessa vez, porque não era só Rigel que iria embarcar no Expresso em direção à Hogwarts, não, aquela, na verdade, seria a primeira viagem do seu afilhado, Harry. E a despedida de Harry era uma desculpa perfeita para arrumar uma nova aventura para o ano escolar dos dois meninos.

Seu uniforme roxo de auror, junto com os óculos escuros trouxas, nunca falhavam em fazer as crianças o olharem como se Sirius fosse uma espécie de rock star, então caminhou pela estação King’s Cross cheio de confiança.

Fora do quartel, o homem mantinha a farda só um pouco bagunçada, para lhe dar um toque mais casual e acessível e entre os trouxas, mudava completamente a cor do visual, porque roxo dos pés à cabeça era muito chamativo fora do mundo bruxo.

Ao chegar na plataforma 9 e ¾, ficou feliz ao constatar que Prongs também teria um turno ainda pela manhã, porque conseguiu localizar o amigo no meio de sua pequena família, com o seu típico uniforme roxo dedão inflamado, muito diferente do seu estiloso. Lily estava conversando com um Harry impaciente e o maroto de óculos redondos estava falando alguma coisa estúpida no ouvido de Rigel.

Rita, por outro lado, não estava em nenhum lugar visível, o que significava dizer que ela não ficou para ver o trem partir, logo não poderia lhe acusar novamente de ser um pai carente e super protetor. Sirius apenas se orgulhava de não ser um doido desvairado, que confiava no bom senso de um garoto de 12 anos!

Rigel não podia ser considerado um garoto razoável nem entre os meninos de sua idade, quanto mais ser considerado confiável para cuidar de si mesmo sozinho! Falando nele, sua versão jovem, loira e infelizmente – nunca se conformaria com a escolha daquele Chapéu Seletor esclerosado – sonserina, fez uma careta ao perceber sua aproximação do grupo.

― Não vim para me despedir de você, garoto, pode segurar sua calcinha no lugar!

― Sirius! ― Lily reclamou horrorizada, mas depois se juntou aos risos dos meninos, que adoravam as idiotices que o maroto sempre falava. ― Achei que não viria à estação esse ano. Ao menos foi o que Rigel nos disse.

―  É que meu pai adora me fazer passar por mentiroso. ― O garoto respondeu com um leve menear de cabeça, que não convenceu ninguém da injustiça que sofrera.

― E perder a primeira viagem de Harry e ainda por cima fazer o meu único rebento passar por mentiroso? Eu não perderia isso por nada, realmente! ―  O maroto falou enquanto abraçava o afilhado com um dos braços e tocava o nariz do filho com o dedo indicador do outro. ― E então, Lils? Como estão minhas duas garotas favoritas? Já passou o sermão nesses dois trombadinhas?

― Sermão? Não devia ser algo como conselhos maternos? ― Harry perguntou enquanto consertava os óculos iguais aos do pai, que haviam entortado no rosto com o abraço desajeitado do padrinho.

― São sermões, porque todos sabemos que vocês dois vão aprontar, então... Bem, independente do que Lils disse, eu tenho uma coisa a dizer para os dois, mais especificamente para Rigel. ― Sirius fez suspense, um suspense tão bom que até o seu filho, sempre cético, lhe dedicou um olhar atento. ― Cuidem um do outro, principalmente você, Rigel! Cuide do seu primo.

― Credo, pai! Achei que você ia falar algo sério. ― O adolescente resmungou enojado com a mera possibilidade de ter que ser babá de alguém.

― Poxa, Pads, eu não preciso de ninguém cuidando de mim, eu não sou um bebezinho! ― Harry também reclamou indignado e Lily o olhou com um biquinho emocionado, passando a mão na barriga avantajada de sete meses, porque sim, para sempre ele seria o seu bebezinho.

Bem, o recado estava dado, Sirius pensou com uma sensação de dever cumprido.

― Não tem nada mais que você queira dizer aos dois, Pads? Uma coisa meio que... Marota? ― A última palavra fora sussurrada com tanto mistério, que por um segundo a aparência intimidadora de James causou um certo efeito no amigo.

Há alguns anos, quando os meninos ainda usavam vassouras com limite de altura, James havia sido pego em uma emboscada em uma de suas missões. Os criminosos que o capturaram não foram exatamente cuidadosos e fizeram questão de lhe deixar uma bela cicatriz como lembrança do seu tempo juntos.

O grande risco que atravessava hoje a testa do maroto até o meio da bochecha esquerda, dava ao homem um aspecto agressivo, mas era só Prongs sorrir, que qualquer um se convencia de que ele era, na verdade, um cara extremamente divertido e até meio besta, na opinião dos meninos.

Mas agora ele encarava Sirius com pouca amabilidade, porque haviam combinado que seria ele o responsável por passar os dados da missão para a recuperação do legado dos marotos e,  visivelmente, Pads havia esquecido!

Demorou alguns segundos mais dessa conversa silenciosa entre os dois, antes do animago canino lembrar do seu trabalho.

― Ah sim, essa coisa importante! Eu já tinha me esquecido. ― Ele explicou o óbvio para todos que esperavam que ele dissesse alguma coisa importante.  Rigel encarou o pai com cinismo e foi sumariamente ignorado pelo homem, que não lhe devia explicações pelo seu lapso de memória. ― Venham cá, meninos, tenho algo importante para falar!

― E  por que só eu não posso ouvir? ― Lily perguntou ofendida, sendo segurada pelos ombros por seu marido. Os meninos deram a ela um olhar extremamente condescendente, que divertiu a todos os adultos, menos a mulher ruiva.

― Porque é uma conversa para maiores de um ano, mãe, Mia não pode ouvir e infelizmente você ainda está atada à ela. Sinto muito. ― Harry respondeu com a cara mais desavergonhada do mundo, apontando para a barriga da mãe, onde sua irmã, Mia Potter, em homenagem a sua avó Euphemia, estava. Enquanto Rigel ria do comentário do primo, Lily apontava o dedo para o nariz de Sirius.

― Isso é arte sua!

― Minha não, todos os créditos ao seu rebento, Lils! Agora não percamos mais tempo, meninos, vamos, que eu tenho muito a dizer! ― Sirius respondeu animado e orgulhoso de verdade da tirada do afilhado, mas, de fato, os créditos não eram dele, no máximo do próprio Prongs, que também era uma péssima influência para o garoto.

Haviam muitas influências duvidosas na vida de Harry, para ser sincero.

― E então, Pads, qual é a informação secreta? ― O garoto de onze anos perguntou ansioso e seu companheiro de confusão permaneceu dois passos atrás, fisicamente e metaforicamente. Rigel sempre era muito cauteloso com as coisas “importantes" que o pai tinha a dizer.

Aquilo tudo cheirava a problema e dos grandes!

― Ok, meninos, prestem atenção: há muito tempo, quando eu e os marotos não éramos muito mais velhos do que vocês, construímos um tesouro, que nos proporcionou várias aventuras. Moony gosta de dizer que o tal objeto faz parte do nosso legado! ― Sirius começou pomposo, ganhando um olhar encantado de Harry e um cenho franzido de Rigel.

― Que tipo de objeto? ― O garoto loiro perguntou de braços cruzados, disfarçando o seu interesse.

― Um mapa! Mas não qualquer mapa, crianças: o Mapa do maroto! ― Sirius gesticulou com as mãos para dar ênfase e Harry continuou impressionado, mas Rigel, sempre Rigel, claro, o olhou com suspeita.

― Não devia ser o contrário? A gente não tinha que ter um mapa para chegar ao tesouro e não um mapa que é o tesouro? ― O garoto sonserino perguntou com ironia, então Harry se virou para respondê-lo.

― Talvez seja aquele tipo de jornada de pirata onde você primeiro tem que achar o mapa e só então acha o tesouro, sabe? ― O garoto de óculos redondos e cabelos bagunçados falou animado, arrancando algum interesse do primo mais velho.

― A que tipo de tesouro esse mapa leva, pai? ― Rigel perguntou agora igualmente convencido, com um brilhinho esquisito em seus olhos cinzas de sonserino ambicioso.

― Vocês dois relaxem um pouco, comentários no final, ok? Ótimo! Continuando a minha história: o mapa é o tesouro, porque é uma das joias de primeira qualidade nas mãos de qualquer menino ou menina em busca de aventura! ― Ele falou com um sorrisinho maroto, espelhado pelos dois meninos, porque ambos preenchiam os requisitos para ter o tal tesouro. ― O Mapa do maroto, como o chamamos, mostra cada cantinho escondido de Hogwarts, todas as passagens secretas e o melhor: mostra cada uma das pessoas que estão no castelo!

― Não. Brinca. ― Rigel falou com uma expressão engraçada de choque, provavelmente já criando duzentos esquemas diferentes para aprontar na escola esse ano. ― Quer dizer que a gente pode saber onde cada um dos professores e monitores e zeladores e...

― É, mas não faça soar como se você estivesse planejando colocar fogo no dormitório deles simultaneamente, não estou dando o mapa à vocês para que virem mini terroristas! ― Sirius alertou, embora devesse ter pensado nisso antes. Nenhuma criança atendia mais os requisitos do legado maroto que aqueles dois pestinhas, a não ser... ― Se vocês dois não andarem na linha, vou passar o mapa para os gêmeos Weasley, estão me ouvindo?

― Ah não, Pads!

― Qual é, pai! A gente nem fez nada ainda! ― Rigel resmungou fazendo biquinho, logo após Harry encarar o padrinho com seu melhor olhar decepcionado. ― Fred e George são meus arqui-inimigos! Não pode dar um legado de família para meus arqui-inimigos!

― Você quer dizer seus arqui-amigos, não é? Porque não há nenhum motivo plausível para você não se dar bem com os meninos Weasley! ― Sirius apontou para o rosto do filho, que o olhou chateado.

― Não acho que arqui-amigos seja uma palavra real, Pads. ― Harry comentou desdenhoso e Rigel olhou para o primo com igual falta de paciência para as maluquices do pai.

― E não é, Harry, então é por isso mesmo que não tem como eu ser isso com os gêmeos, afinal de contas, os dois vivem aprontando e deixando a culpa de todas as confusões deles recair em mim! ― O garoto explicou, sonso, fazendo o pai levantar uma sobrancelha cética para ele.

― Sério, Rigel?

― Seríssimo, pai! Eles e o professor Snape estão juntos em um complô para me difamar e olha que Snape é o diretor da minha casa e devia querer preservar a nossa reputação, mas não... Só quer me caluniar! ― O garoto continuou com seu conto amalucado e Sirius só pôde pedir a Merlin que a fase das mentiras durasse pouco e não a vida inteira, como era o caso de Rita, a mãe do menino.

― Não quero você irritando o professor Snape, você está me ouvindo? Já te disse que o cara salvou a sua vida, você deve respeito à ele! ― Sirius falou sério, porque Severus Snape havia virado o novo duende na vida de Rigel até ele completar 11 anos: a única criatura que ele temia e cujas ameaças de chamá-lo ele ouvia. Isso durou até o menino conhecer o homem pessoalmente.

― Até quando eu devo respeito? Ele parece bem arrependido de ter me salvado... ― O garoto do segundo ano falou desanimado e o pai respirou fundo ante aquele mal comportamento.

― Até você conseguir retribuir o favor! ― Sirius disse entredentes, mesmo que a verdade fosse algo como PARA SEMPRE, porque você sempre ficava devendo ao menos respeito para qualquer ser humano que fosse, tendo salvo sua vida ou não.

― Mas aí sou eu quem vai viver arrependido e amargurado pelo resto da vida! ― O garoto falou verdadeiramente horrorizado, fazendo o auror experiente olhar para o céu, pedindo por orientações aos bruxos e bruxas ancestrais.

― Esquece isso, Pads, volta para o mapa! Onde o achamos? ― Harry perguntou empolgado, então Sirius deu graças à Merlin pelas crianças que ainda eram puras.

Ou quase puras, era do filho de Prongs que estava falando.

― Infelizmente, no nosso último ano o mapa foi apreendido por ninguém mais, ninguém menos do que o terrível zelador Argo Filch e sua igualmente odiosa gatinha fofoqueira, Madame Norra! ― Sirius falou de modo dramático, porque sabia que Harry ainda não conhecia os dois personagens vilanescos de Hogwarts e Rigel já tinha algumas histórias próprias com ambos.

― Madame Norra já existia quando você era criança? ― O garoto sonserino perguntou impressionado, então o maroto apenas estalou a língua nos dentes, com desdém.

― Madame Norra é mais do que uma gata, Rigel, ela é um conceito maldoso. ― Ele falou com tanto desprezo, que o filho teve que concordar. Aquela gata tinha alguma coisa ruim nela, nenhum animal poderia ser naturalmente tão maligno e dedo-duro!

― E como a gente vai conseguir pegar o mapa sem... Ah! ― Harry começou sua pergunta verdadeiramente preocupado com toda a situação, mas depois se lembrou do presente que seu pai havia lhe mostrado em segredo e posto no seu malão sem que sua mãe visse. ― Rigel, já sei como vamos recuperar o Mapa dos marotos!

― Vocês têm uma semana. ― Sirius avisou, sabendo bem o pensamento que havia iluminado o rosto do seu afilhado: a capa da invisibilidade dos Potter! Então ele estava pronto para dar o restante das instruções, quando foi interrompido por seu filho malcriado.

― Senão?

― Senão eu vou entregar a missão para os gêmeos Weasley! E não, sem resmungos, porque vocês dois vão ter que suar pelo seu legado! As coisas não podem ser dadas no mole assim não! Onde já se viu? ― O maroto falou afetado, fazendo os meninos o encararem emburrados.

― Qual é, pai! Pelo menos nos dê duas semanas! ― Rigel começou a negociar, como Sirius sabia que faria.

― Dez dias. ― Deu seu lance mais generoso e antes que sua versão mirim e loira contra-atacasse, soando muito como seu padrinho Regulus, Harry interrompeu a disputa.

― Feito! Em dez dias recuperamos o mapa e você não conta nada para Fred e George. ― Harry estendeu a mão para o padrinho, que sorriu para ele com malícia.

― Dez dias para vocês recuperarem o Mapa e eu contar o segredo para os garotos, então tratem de encontrar um bom esconderijo para esconder o tesouro de vocês! ― O animago falou divertido, então observou Prongs fazer sinais para ele com uma postura rígida. Olhou de volta para os meninos, porque alguma coisa tinha acontecido e ele teria que antecipar sua despedida.

Não tinham mais tempo.

Abraçou os dois contra o peito com bastante força, os fazendo se debater de uma maneira engraçada. Riu disso, porque estava pretendendo transformar esse abraço em uma tradição anual, até o último ano de Harry!

― Você está me sufocando, Pads!

― Pai, isso não tem a menor graça!

― Meninos, eu vou sentir tanta saudade de vocês! ― Os manteve assim, apertados, por mais alguns segundos antes de soltar os dois garotos bravos e meio amarrotados. ― Amo vocês dois!

Os dois reviraram os olhos e resmungaram mais alguma coisa entre si, que Sirius não conseguiu ouvir direito, pois já estavam muito distantes. Quando eles se afastaram o suficiente, gritou para suas costas, com diversão. Queria que os dois ficassem constrangidos.

― E lembrem-se, crianças: essa conversa nunca existiu! ― Sirius riu do revirar de olhos de Rigel já subindo no trem e do retorno de Harry para dar um último abraço na mãe.

Sim, sentiria muita falta dos pirralhos.

James se aproximou com a mesma expressão séria de minutos atrás e, infelizmente, antes mesmo do trem partir da estação, Sirius foi obrigado a colocar sua postura profissional de auror. Aparentemente o amigo tinha conseguido ainda mais informações desde que havia feito os primeiros sinais de problema.

― Qual a missão, Prongs e quando partimos? ― Perguntou prático, porque só uma missão longa tão perto da data de parto de Lily para deixar o amigo de mau humor.

― Houve uma fuga de Azkaban, Pads. Os chefões estão furiosos e os dementadores fora de controle. Alice e Frank já começaram a rastrear os fugitivos. ― James informou sem expressão, porque aquilo era um caso extremamente grave e sem precedentes.

― Quantos?

― Quatro. ― O auror de óculos respondeu de pronto, passando a mão levemente pela sua cicatriz do lado esquerdo. Em momentos assim ela pinicava, como pequenas agulhas de alerta e, embora os curandeiros dissessem que era algo emocional, James sabia que aquilo era uma espécie de mau presságio.

― Algum dos nossos antigos “amigos"? ― Sirius perguntou irônico, porque aquilo era uma verdadeira bagunça! O amigo fez que não com a cabeça. Ainda bem, não queria nem ter que pensar em recuperar algumas de suas antigas capturas. ― Como fugiram? Era suposto que Azkaban fosse impossível de escapar!

― Parece que só era impossível até que fosse possível. ― James falou como se não fosse óbvio, então antes que Sirius se afastasse para aparatar de volta a sede e receber as instruções de sua posição no campo – Merlin, que não o mandassem tentar acalmar dementadores – ele o parou. ― Pads, antes de ir, tem mais uma coisa que você precisa saber sobre os fugitivos.

― Não, não me diga: são da ala de segurança máxima, não são? ― Sirius falou pessimista, passando a mão pelos cabelos compridos. ― Ainda bem que os meninos e Moony estarão em segurança em Hogwarts, Prongs, porque senão...

― Os fugitivos são Bartô Crouch Júnior... E os Lestranges. ― James falou sem rodeios, vendo a expressão de seu amigo escurecer com a notícia.

― Quais Lestranges?

― Todos eles, ou seja, os dois irmãos e sua prima Bellatrix, Pads. ― O auror de óculos falou sem tentar demonstrar o quanto aquilo também o assustava. ― Jones já está em contato com a equipe de Crouch, Baldwyin irá avisar a Dumbledore pessoalmente em Hogwarts e Lene irá passar um olho em Andrômeda e nos Malfoy, nunca se sabe onde eles podem aparecer. Você sabe onde Regulus está agora?

― Acho que ele está em algum lugar na Espanha ou na Alemanha... Conheceu essa garota magizoologista e não para quieto no lugar, você sabe. ― Sirius disse displicente, depois compreendeu a implicação da pergunta do amigo. ― Acha que Bellatrix poderia ir atrás dele?

― Não faço ideia do que alguém que passou mais de dez anos preso em Azkaban poderia fazer, cara, mas o melhor é que não deixemos margem para erros. Chame Kreacher, ordene que ele traga Regulus de volta para casa e o mantenha seguro. ― James falou, agora sim pronto para deixar o amigo aparatar.

― E quanto a Lily? ― O homem de cabelos compridos olhou para a amiga à distância, que parecia muito vulnerável de pé, com seu barrigão de grávida, assitindo aos dois homens discutindo seriamente a alguns metros dela.

― Não se preocupe com Lily, temos o nosso protocolo de segurança. Ela já sabe o que fazer em caso de crise. ― James falou com uma expressão indecifrável, mas Sirius sabia que isso ia além de simplesmente ter um lugar seguro para passar um tempo afastada.

Lily Potter sabia o que fazer caso o marido nunca mais voltasse para casa.

E aí estava, Sirius entendia agora, a diferença vital entre um menino e um homem que vai para um campo de batalha: um homem sabe exatamente o que tem a perder, enquanto que um menino quer apenas a glória e os louros da vitória.

Um homem sabe, inclusive, que a própria vida é valiosa e que não há honra em uma morte só pela menção nos livros de história, porque sempre precisar pensar naqueles que dependem dele.

E por todos os deuses que existem, Sirius não iria desperdiçar sua vida, nem deixar que James fizesse o mesmo. Iriam atrás dos comensais da morte para jogá-los de volta em Azkaban, mas para, acima de tudo, garantir que ninguém mais morresse nas mãos daqueles monstros. Não no seu turno.

― Então vamos lá, Prongs! Não vamos deixar toda a diversão para os Longbottons, não é mesmo?


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Notas finais do capítulo

Eu sei q fica parecendo uma chamada para outra fic, mas na verdade eu queria só mostrar como Rigel tinha ficado, como era Harry sem todas as merdas em sua vida e como é, mais ou menos, a rotina profissional de Sirius e James, afinal, a vida não é moleza não, mermão!

Alguém sentiu um friozinho na espinha ao ver que os Longbotton foram atrás dos Lestrange sozinhos? Que maldade, mas a boa notícia é que Alice e Frank são muito mais experientes e os comensais estão um pouco enferrujados, então quem sabe esse confronto não tem um final diferente?

Deixo para a imaginação de vocês.

Bjuxxx



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