Onimusha: The Journey by the Five Warriors escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 11
Inimigos Incomuns e o Despertar


Notas iniciais do capítulo

Bom dia amigo e amigas! Estamos de volta com mais um capito de Onimusha! Neste capitulo veremos que Anna ainda não está segura, já que ela e sua irmã foram cercadas por um grupo de... cachorros?

Quem serão eles? E quais seus planos para a princesa ruiva?
Leiam e descubram! Desde já uma boa semana para todos!



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Nas ruas do reino o destemido boneco de neve corria. Suas perninhas afundavam no gelo solido criando pequenas crateras pelo peso de seu corpinho. Seus olhos reluziam a fome e sede por justiça, sua faixa improvisada amarrada a sua cabeça tremulava com o vento e de seus pulmões de gelo entoava com força seu imponente e honrado cântico!

Não se preocupem belas donzelas! Seu fiel e valente cavaleiro feito da mais pura e bela neve está chegando para o resgate!

— AU!

Isso se esse cachorro assassino não me pegar antes! – Brada já com sua vozinha esganiçada de sempre, interrompendo assim sua marcha honrosa e heroica para uma corrida desesperada pela vida enquanto agitava os bracinhos de madeira.  – Você não se cansa não?!

— AU!

Vou entende isso como um não.... UUUUUAAAAHHHH!!!

E assim o resgate (ou não) das donzela sofreu um pequeno atraso...

Já no porto...

— E-E-Elsa... você tá vendo e ouvindo o mesmo que eu?! – Questiona a princesa gaguejando 

— T-T-T-Tô Anna! – Responde a mais velha com a voz tremula. – Eu pensei que ouvir aquele pássaro monstruoso falando ia me preparar para qualquer coisa, mas um cachorro falante!

— Pois é! Pera aí... aquele bicho também falava?! – Questiona a princesa incrédula.

Com toda a certeza! O difícil é fazer ele calar a boca depois!

As irmãs arregalam os olhos novamente ao ouvirem aquela resposta... que não veio do cachorro a frente delas.

— Por favor, não me diga que...

Sim! Todos nós falamos! – Responde o cachorro de pelos rosados com voz mais fina para a princesa, mostrando ser fêmea. – Desculpem nos pelo susto, esquecemos que por essas bandas as pessoas não estão acostumadas a ouvir bichos falantes! – Completa a cadelinha piscando.

— Essas bandas são estranhas demais. – Fala o cachorro de pelos marrom e de manto azul claro. – Onde já se viu um lugar onde você não poder ter uma boa conversar com seu irmão de quatro patas! É o cumulo do absurdo!

— Verdade, a comunicação fica muito mais fácil e tranquila de resolver! – Agora quem respondeu foi o cão de pelos verde ralo com capa amarela. – Pena que não viemos bater um papo, seria muito bom conhece outras culturas.

— Pois é... o dever chama! – Responde a cadela de pelos rosados se aproximando das irmãs junto com os outros cães.

Tal atitude fez com que os corações das irmãs batessem mais rápido.

— Elsa... não tô com um bom pressentimento.

— Nem eu! – Responde a mais velha se apoiando em sua irmã ficando de pé e já abrindo ambas as mãos emitindo fagulhas de luz azul ciano. – Se afastem! Ou vão acabar igual ao seu amigo demônio!

Os cachorros pararam ao ouvir a ameaça da rainha que os encarava com seus olhos faiscando. Mexia os dedos freneticamente concentrando sua magia pronta para disparar ao menor sinal de ataque dos animais. Anna por sua vez se levantou ficando ao lado a irmã serrando os punhos e fazendo careta.

— É isso aí mana! Mostra quem manda! Não é porque eles são um bando de bichos fofos e falantes que vão nos por medo, a gente já passou por coisa pior!

Acredite fofinha... vocês nunca encararam nada pior do que a gente! – Enaltece a cadelinha sorrindo fazendo a princesa arquear uma sobrancelha confusa, logo os outros três cachorros machos desaparecerem como que por um passe de mágica diante dela e de sua irmã deixando nuvens de poeiras pelo ar.

— Ué, cadê eles?

— AÍ!

— Ah? – Antes de entender o que aconteceu a Anna vê um azul passar a sua frente, vulto esse que era sua irmã que foi jogada pela simples investida do cachorro pequenino de capa roxa.  

Você, no chão, loirinha! – Exclama o pequenino balançando o rabo.

— MANA! – A princesa ao ver sua irmã em apuros corre para ajudá-la, porém seu caminho e barrado pelo cão de pelos verde ralo e o de pelos marrom que surgiram bem diante dela. – Mais o que?!

Você é nossa ruivinha! – Late o canino marrom que recebe um aceno de cabeça de seu companheiro, em segundos ambos pulam em sua direção. Por instinto a princesa ergue os braços em posição de defesa, porém a dupla nem a tocou, só passaram por seus lados.

— Mais, hein?

A princesa fica sem entender, foi quando tentou se mexer e não conseguiu.

— Ah?

Seu corpo estava travado no lugar, suas mãos, braços e pernas não se mexiam, era como se ela tivesse se tornando uma estátua viva!

— O-O que tá acontecendo?!

Técnica canina n°10... Restrição Canina! – ­Bradam a dupla de cães com seus olhos brilhando e fazendo pose se sentindo os maiores por terem executado a técnica com perfeição.

Só que...

Meninos! Vocês sabem que ela está impossibilitada de se mover ou até mesmo olhar para trás, né? – Explica a cadelinha para espanto da dupla que piscam descontroladamente, se entreolham para depois caírem de lado de patas para o alto.

Esquecemos!!!

— Machos! – Exclama a cadelinha meneando a cabeça. – Tá bom que seja... agora somos você e eu fofinha.

A cachorrinha se aproxima Anna que a olhava assustada, tentou se mexer novamente, mas nada acontecia, era como se seu corpo estivesse envolvido por fortes e pesados grilhões de aço. De longe podia ver sua amada irmã lutando contra o canino de capa roxa... ou tentando. A jovem monarca tentava atingir o pequenino que esquivava de todas a suas rajadas, parecia até estar brincando com ela.

— Errou!

Outra rajada.

Errou de novo!

Duas rajadas.

Errou duas vezes!

Três rajadas!

Errou vergonhosamente!

Quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez rajadas!

— Minha filha você é muito ruim de mira!

Uma veia se solta na testa pálida da rainha que rosna em fúria.

— FICA... PARADO!

Em resposta à ordem da rainha:

Não!

E o pequenino se agachou ficando rente ao solo, esquivando de outra rajada, avançando logo em seguida contra Elsa acertando seu estomago com uma cabeçada.

— URG!

Técnica canina n°01...Cabeçada Canina!

Brada o pequenino encarando a rainha que arfava sem ar. Estava fraca devido a perseguição e seus ferimentos também não a estavam ajudando.

“Droga! Se eu estivessem em boas condições eu já teria dado um fim nesse pulguento!”

Pensa a rainha trincando os dentes, enquanto o pequenino a sua frente mostrava sua língua para fora. Estava na cara que ele estava se divertindo com ela!

“Preciso passar por ele, se não a Anna...”

A rainha volta seu olhar para onde sua irmã está e na mesma hora sentiu seu sangue gelar. Sua irmãzinha estava parada como uma estátua com dois dos cachorros a suas costas e a cadela a sua frente que mexia a mandíbula sem parar. Não conseguia entender nada por estar longe, mas a expressão de medo na face de sua irmã já foi sua resposta.

— ANNA! – Elsa grita por sua irmã, não sabia o que aqueles cachorros estava fazendo com ela, mas com certeza não seria bom! Então, superando toda a dor e o cansaço que se apossava dela, levantou-se e começou a andar na direção de onde sua irmã está.

Porém seu caminho e interceptado pelo canino de capa roxa.

Opa, pode para por aí loirinha! Por aqui você não passa!

— Sai do meu caminho! – Rosna a rainha erguendo suas mãos carregadas de ar congelado.

Há! Você não me bota medo loirinha! Eu sou rápido demais par você! Pode me atacar por cima, pelo lados, pela frente e por trás que eu sempre irei me desviar! – Debocha o pequenino todo convencido.

E seu eu te atacar por baixo?

Me põe num dilema... – Confessa o pequenino com toda a sinceridade que após perceber o que fez engole seco. – Oh, droga!

Com um sorriso frio a rainha vira o punho esquerdo para cima, ao mesmo tempo que o chão bem abaixo do canino de capa roxa congela e com o levantar de um dedo uma pilastra de gelo brota lançando o pequenino para o céu!

UAAAAAAAAAAAAHHHHHHH!!!!

— KO!

A dupla de caninos que estavam atrás de Anna gritam por seu companheiro que voava no alto céu rodopiando até sumir em um brilho da cor de sua capa.

Ko... ele...

— Fique calmo Chu, ele já sobreviveu a coisas muito piores! – Responde o cão de pelos ralos verde para seu amigo de quatro patas.

Serio? – Questiona o cão de pelos marrons de nome Chu.

— Seríssimo! – Tranquiliza o cão de capa amarela. – Só que agora temos problemas maiores! – Exclama o canino encarando a rainha que abaixava o pulso, fulminado a ele e seus irmãos com fogo nos olhos.

— Acho que você tem razão irmão... temos problemas!

— Oh, si vocês tem! – Exclama a princesa paralisada sorrindo. – Vocês vão se arrepender por terem mexido com a gente! Minha irmãzinha vai chutar seus traseiros fofos! BOTA PRA QUEBRAR MANA!

A dupla de cachorros machos se encarram, depois olham para sua companheira que continuava a murmurar palavras cada vez mais rápido. Puderam notar que ela suava e estava gastando muito de sua Aura, se ela fosse interrompida agora a técnica poderia dar errado e tudo poderia piorar.

Então só havia uma coisa a fazer.

Parece que só restringir os movimentos dela não será o bastante. – Diz o canino de capa amarela saindo de trás da princesa e caminhando na direção da rainha. Tal atitude surpreendeu seu companheiro de capa azul clara.

Rei... o que vai fazer?

— Simples... o reino dela nos vê como inimigos, certo? – Questiona o cão de nome Rei.

Certo. – Afirma o cão de pelos marrons.

— Então vamos fazer o que inimigos fazem.

Ao dizer isso uma luz amarelada começa a emanar do copo do canino fazendo com Elsa e Anna arregalassem os olhos.

— O-O que é isso?

— Esse brilho?

Vocês conseguem ver minha Aura... interessante. – Murmura o cão se aproximando de Elsa. – Só pessoas que já enfrentaram muitas adversidades e superaram seus próprios limites conseguem ver este brilho e usá-lo.

As irmãs olham confusas para o canino.

Confusas? Não as culpo. – Declara o canino. – Em um continente onde a magia é vista e condenada como arte das trevas e fervorosamente caçada por pessoas que se dizem santos, nunca poderiam entender seus segredos, benefícios e funções... é triste... mais isso não vem ao caso agora.

O canino se põe diante da rainha que sente o brilho do animal a empurrando. Seu corpo começou a tremer sem nenhum sentido, sua mente a pesar e ficar difícil de respirar.

Está pesado... rainha?

Elsa engole seco, ele sabia o que ela estava sentindo.

— C-Como?

Como acha que fizemos todos os soldados e cidadãos do reino caírem inconscientes?

Os olhos de Elsa se arregalaram em espanto e medo.

— O-O que... vo-você está di-dizendo?

Uma curva brota no lado direito da boca do cão.

É simples... aqueles que usam e dominam a Aura podem espalha-la ao seu redor, fazendo com que pessoas comuns ou destreinadas, sintam-se fracas, cansadas, com sono e por sim... tombam inertes no chão.

As palavras do canino fizeram a jovem rainha tremer por dentro, mas também a ascender uma luz em sua mente.

— E-Então... os soldados que estavam comigo... eles... eles...

Estão todos dormindo tranquilamente dentro daquela enorme torre e nas casas em volta! – Responde o cão de nome Rei. – Nossa missão consistia em auxiliar Grifon enquanto ele levava a menina.

— Você quer dizer sequestra-la! – Brada a rainha tentando se manter de pé. – Vocês tentaram raptaram a minha irmã e acharam mesmo que eu não faria nada para detê-los!

De fato, esperávamos por isso... menos uma dobradora... e do gelo!

— Do-dobradora? – Questiona a rainha sentindo seu corpo pesar cada vez mais. – O-O que si-significa i-isso?

Não é da sua conta! – Rebate o canino em fúria. – Não estou aqui para ensinar uma inimiga e sim...

Da mais um passo e o gelo que se alastrava pela rua recua pela pressão de sua força.

— ... te tirar do caminho!

O canino rosnou mostrando os dentes, sua Aura se elevou, curvou o corpo e de seu interior liberou um uivo que se propagou na direção a rainha que cobriu os ouvidos pelo barulho. Mas não foi só isso que aquele uivo fez, além de ter desestabilizado a monarca, o uivo abriu fissuras no asfalto de tijolos, nas paredes das casas, quebrou janelas, entortou postes e derrubou a rainha que caiu de costas.

— MANA! – Anna gritou por sua irmã que nem pode ouvi-la, seus ouvidos estavam zunido e sua vista turva, por isso não percebeu o canino já a sua frete erguer sua pata dianteira direita e acertando sua face esquerda.

O resultado... seu corpo foi arremessado chocando-se contra a parede de uma casa. Sangue escapou por sua boca em uma tosse, seu corpo vai escorregando, porém não chegou a ir ao chão, já que o canino correu com seu corpo todo envolvido por sua Aura se colidindo contra a rainha a levando para dentro da casa.

— KKKAAAAAAHHHH!!!

— ELSA!!! – A princesa gritou novamente por sua irmã ao vê-la sendo atacada e sofrendo. Tentou se mexer, mas novamente seu corpo não obedecia. Olhou para baixo e pode ver que algo grosso e brilhoso a envolvia.

Uma corda feita de contas.

— O que é isso?!

— Agora você consegue ver? – Questiona o cão de pelos marrons. – É o rosário de restrição! Uma técnica do nosso clã que impossibilita qualquer um de se mexer... por que você acha que tava ai parada sem se mover, hein?    

Anna não entendeu o que o cão havia dito e nem queria, só queria saber de sua irmã que é arremessada novamente para a rua. Seus olhos lacrimejaram ao ver mais machucados cobrindo o corpo de sua irmãzinha e seu coração quase saiu pela boca quando o cão de pelos ralos pulou sobre ela tentando abocanha-la, entretanto encontrou seus braços cobertos pelo que pareciam ser luvas de gelo bem grosas.

— Mana...

Alheia as palavras de sua irmã, Elsa se protegia do jeito que podia contra o adversário que era visivelmente mais forte do que ela. Seu grosso gelo começava a ser destruído pelas fortes mandíbulas do canino, seu ombros estava sangrando pelo contato das garras do animal e o peso da misteriosa Aura ainda a deixava zonza. Tudo estava indo contra ela naquele confronto e não sabia como reverter aquela situação.

“Preciso fazer alguma coisa... qualquer coisa!”

Olhou de relance para sua irmã que chorava... por ela.

“Anna...”

Elsa odiava ver sua irmã chorando, fosse por qualquer coisa. Jurou que depois que saiu do isolamento faria tudo para ver sua irmãzinha feliz. Tudo! Aceitou seu romance com alguém sem coroa, suas brincadeiras, sua gulodice por chocolate e seu imenso e exagerado amor. Uma lágrima de fúria desceu pelos olhos da rainha que sentiu seu peito esquentar, o peso e a tonteira a diminuir e seu gelo a ficar mais forte.

— Vocês...

O canino sentiu seu pelo arrepiar.

— Não vão...

Um brilho branco começou a emanar do corpo da rainha.

— Levar...

A temperatura envolta caia vertiginosamente fazendo até mesmo o canino protegido por sua Aura e Orbe sentir frio.

“Essa garota!”

Suas presas não conseguiam mais perfurar o gelo e ao poucos começou a sentir sendo empurrado e para um guerreiro experiente como ele, aquilo só podia significava uma coisa...

“Ela despertou a...”

— ... A MINHA IRMÃ!!!

E pelo clamor de sua voz, de seu coração e de sua alma, ela despertou a força que move humanos, o mundo e os guia para novos horizontes. A rainha de Arendelle havia despertado a sua...

AURA!— Brada o canino sendo arremessada para trás devido a liberação de energia e gelo da rainha e não foi o único. A explosão fez com que a cadelinha e o cão de pelos marrons fossem lançados pela rua se distanciando assim de Anna que também caiu pela força de sua irmã.

— Mana?!

Deitada ela observa de olhos arregalados sua irmã se levantar. Seu corpo ainda estava muito machucado, mas ela nem parecia se importar com eles. Seus ombros subiam e desciam, uma poeira branca e luminosa escapava de seu corpo lembrando a neve, só que mais brilhante e o cabelo antes loiro platinado de sua irmã agora estava completamente branco!

— O que aconteceu com ela? – Se pergunta a princesa que percebe que sua irmã apontou sua mão esquerda em sua direção, em instantes o chão a sua volta e coberto por um véu de flores de neve que se estendem por seu copo, cobrindo o estranho rosário o congelando e com um fechar de mãos da rainha se despedaça. Na mesma hora a jovem princesa sente seu corpo leve e mais importante... livre! – Eu... eu tô livre!

— ANNA!!!

— Ah? – A princesa se assusta ao ouvir a voz de sua irmã, muito mais forte e seria do que de costume. – Mana?

— Você está bem? Consegue andar? – Pergunta a rainha sem se virar.

— A-Acho que sim. – Ela se põe de pé.

— Então saia daqui!

— O quê?! – A princesa fica incrédula ao ouvir aquilo.

— Eu vou segurar esses cachorros, corre pro castelo e fique lá! – Ordena a mais velha.

— Nem pensar eu também vou...

— VOCÊ NÃO VAI NADA!!! – Brada a monarca emanado mais uma rajada de energia afastando a caçula.

— Ahhh! – A mais nova cai para trás. – Elsa!!!

— Não posso enfrentar esses cães preocupada com você, vai logo embora daqui!

— Como é quê?! – A princesa se levanta revoltada. – Eu posso não saber usar magia, mais também sei lutar... eu posso te...

— ANNA!!!

A rainha volta seu olhos para a princesa que sentiu seu interior tremer. Os olhos de sua irmã antes cálidos e bondosos agora ardiam a ódio puro. Um brilho branco escapava deles criando pequenas linhas que dançam por sua face.

Seria lindo... se não fosse tão assustador.

— Não estou pedido como irmã... – Entoa a soberana. – ... estou ordenando como sua RAINHA!!! – Ergue novamente sua mão esquerda que brilha. – E como princesa e cidadã de Arendelle... você me deve obediência!

— M-Mas... – Anna tenta gesticular, não podia aceitar aquela ordem, simplesmente não podia! Era sua irmã ali diante de um perigo iminente, não iria simplesmente abaixar a cabeça, dar as costas e fugir a deixando sozinha. – Não posso... – Nega com a cabeça deixando lágrimas escaparem – Não posso te deixar sozinha... de novo não!

Os olhos de Elsa tremem e seu coração doeu ao som das palavras de Anna. Só ela sabia o quanto estava lhe machucando falar aquilo para sua irmã a quem havia prometido enfrentarem todos os problemas e adversidades... juntas. Mas naquele momento ela não podia se comportar como irmã querida e compassiva e sim como sua guardiã e protetora, então erguendo sua mão esquerda que pesava muito mais do que antes, apontou o dedo indicador e dele disparou um fino raio de luz azul que cruzou a distância entre as duas em questão e segundos, passando de leve pela face direita da princesa causando um pequeno corte. Corte esse por onde um filete quente de cor vermelha começa a escorrer.

A princesa estava de olhos arregalados, eles haviam registrado todo o momento em cada detalhe e agora repetiam-se em câmera lenta em sua mente. O sangue escorria juntando se a suas lágrimas sujando seu rosto salpicado. Sua trança direita havia sido atingida também, desfazendo assim seu peteado deixado parte de seu cabelo ruivo solto e tremulando com o vento.

— Elsa... – A princesa murmura o nome de sua irmã que a olhava com seus olhos cintilando. Não havia dúvida neles, muito menos remorso. – O que você...

Outro raio cruzou passando por dentro de sua saia, causando um corte em sua perna esquerda

— AÍ! – Dessa vez Anna sentiu o golpe e gemeu de dor.

— VÁ EMBORA! – Brada a rainha disparando mais três fachos de luz contra a irmã, causando-lhe mais cortes à fazendo gritar.

— PARA COM ISSO, POR FAVOR!!! – Implora a princesa aos prantos.

— SÓ QUANDO VOCÊ FOR EMBORA!!! – Exclama a rainha com ainda mais força liberando sua Aura fazendo a mais nova cair de joelhos. – EU NÃO PRECISO DE UM PESO MORTO AQUI!

— Peso... morto?

— Sim... é o que você é.... Anna. – Diz a rainha com toda a frieza que nem mesmo ela sabia que possuía. – Eu vou proteger Arendelle sozinha não preciso de você! – Se volta totalmente para a mais nova erguendo ambos os braços e deles evoca uma forte nevasca sobre a caçula que começa a ser empurrada para trás.

— NÃO! Eu posso ajudar, eu posso, eu posso!!! – Grita enquanto lutava inutilmente contra a força de sua irmã que apenas responde.

— Não... você não pode.

Aquele foi o último golpe no coração da jovem princesa que é carregada para longe do porto, gritando, chorando, implorando por aquela que não precisava mais dela. E para ter certeza de que ela não voltaria, direcionou os braços para o alto lançando uma enorme torrente de gelo que que cai como cascata por todo o porto, criando uma cortina de gelo solido, isolando assim toda a área.

— Perdão mana... espero que um dia você me perdoe... – Sussurra a rainha para si mesmo, antes de sua atenção se votar para algo emergindo dos escombros da casa que havia sido jogada até pouco tempo. E esse algo era...

Impressionante. – Diz o cão de pelos verde ralo saindo da construção e olhando para o céu e ao redor. – Realmente impressionante. Você acabou de desperta sua Aura, com isso seu poder natural ficou ainda mais forte... como se sente?

— Ótima! – Responde a rainha serrando os punhos que são cobertos de gelo. – Sinto que posso fazer o impossível agora!

O cachorro dá uma risada nasal.

Eu sei bem como é, mas ai vai um conselho de um veterano... menina!

Elsa faz uma careta ao ser chamada de menina.

Cuidado para não voar demais para perto do sol e queimar suas asas... o tombo pode ser maior.

— Há! Não me compare a Ícaro seu pulguento! – Declara a rainha rindo.

Ohhh, você conhece a lenda, vejo que não é tão tola quanto pensei. — Responde canino fazendo os sorriso de Elsa desaparecer. – Então deixe-me mudar o minha metáfora menina... existe uma grande diferença entre aquele que descobriu um grande dom e aquele que já o domina!

Foi só dizer isso que o corpo do canino voltou brilhar, com muita mais intensidade. Seus olhos emanavam energia que corriam como faixos de luz como os da rainha, uma poeira dourada e luminosa escapava de seus pelos e Elsa pode perceber abismada que ele havia... crescido!

— Mais o que...?!

Esse é meu tamanho real. – Declara o canino agora do tamanho de um tigre adulto. – Graças aos meus anos de estudo da Aura, eu consigo comprimir minha forma, assim não assusto e nem firo ninguém ao meu redor. Gostou?

Elsa nem sabia o que pensar, acabou e despertar a tal Aura e já achava fascinante. Se ela soubesse seu manuseio.

— Posso controlar meus poderes com muito mais precisão! E isso que está pensando não é?

 A rainha engole seco.

Lamento, mas não terá essa oportunidade, pois você não passa de hoje! – Rosna o canino elevando sua Aura, destruindo o gelo ao seu redor. Já Elsa ergue ambas as mãos liberando seu ar congelado, não se acovardou com a demostrarão de poder do inimigo e nem podia, muito dependiam dela. Sua irmã, seu reino, não iria falhar ali... não poderia!

Então tomada de toda a coragem que possuía brada contra seu oponente:

— VENHA!!!

Não precisou dizer duas vezes, o canino correu contra a rainha que se lançou impulsionada por rajadas de gelo disparadas de seus pés e assim colidindo-se contra o canino.

Começava a ali primeira batalha de Elsa usando sua Aura.

Fora da redoma de gelo a princesa mais nova jazia caída de bruços. Seus ombros tremiam enquanto se apoiava nos cotovelos. As dores dos cortes causados pelos feixes de luz de sua irmã eram sentidos, mas eram fúteis comprados a dor que perfurava seu coração.

— Snif... mana...

A voz da princesa sai embargada de tristeza, levantou a cabeça encarando a enorme cortina de gelo, grosso, solido e impenetrável... como a porta de um velho quarto que ela odiava se lembrar.

— Porque...?

Sua voz sai rouca enquanto se sentava.

— Por que?

Se abraçou sentindo frio.

— Você prometeu!

Aperta com força seus braços sentindo o frio aumentar.

— Prometeu que faríamos tudo juntas... JUNTAS!

Aquele tenebroso...

— Eu não quero...

...silencio...

— Eu não quero...

... e solitário...

— Eu não quero ser deixada de lado de novo!

...frio do abandono...

— Elsa...

E por fim ela chorou com mais força, deixando sua dor ser posta para fora, seu pranto infelizmente não era ouvido por ninguém conhecido ou querido, apenas por um cão de pelos cinza e branco bem atrás dela usando uma capa azul escura sobre suas costas e uma robe violeta no lugar da coleira. O perigo ainda não havia se afastado da princesa.

 


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Notas finais do capítulo

E assim enceramos mais um capitulo. Será que Elsa conseguira vencer o o canino de nome Rei? E os outros dois que voaram pelo poder recém despertado da rainha e pequenino, para onde ele voou? E mais importante... o que acontecera com Anna?
Essas e outras respostas você só encontra aqui, em Onimusha! Desejo a todos uma boa semana e se cuidem! Até a próxima amigos!



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