Sempre foi Você escrita por dannyoq


Capítulo 7
Por ela


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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“Quando acordei hoje de manhã, eu sabia quem eu era

 Mas acho que já mudei muitas vezes desde então.”

Alice no País das maravilhas – Lewis Carroll

 

Fazia pouco mais de vinte e quatro horas que o vi pela última vez, mas a vontade de vê-lo novamente chegava a ser absurda, tendo em vista que conhecemos-nos há pouco menos que... Uma semana? Quando foi que adquiri essa dependência de estar com ele todos os dias? Definitivamente eu não sei o que se passava em minha cabeça. Era tudo tão confuso que beirava a loucura, um tal que eu estava adorando fazer parte, porque todas às vezes que estava na presença de Robin, era como se isso fosse a coisa mais certa que existira em todo o universo.

E aqui estou outra vez, em companhia a uma taça de vinho, enquanto olho a imensidão das estrelas. Vinho, pensamentos confusos e estrelas estavam tornando-se uma situação quase corriqueira durante essa semana. Meus olhos permaneciam admirando seu brilho e magnitude daqueles corpos celestes, posso dizer até misteriosas. Como se elas fossem dar-me respostas para todas essas perguntas que, volta e meia, preenchiam meus pensamentos e consequentemente, confundia o que eu sentia.

Tomei todo o liquido de minha taça, a fim de que colocar em ordem tudo que acontecia dentro de mim. Servi-me de mais um pouco de vinho, peguei a garrafa e fui em direção de onde estava há pouco. Abri a porta que dividia a varanda da minha sala principal e sentei-me em uma espreguiçadeira que ficava no lado de fora. O vento gélido batia contra minha pele e eu não poderia me importar menos com isso. Olhar para o céu de alguma forma tranquilizava-me e isso era tudo o que estava querendo agora, tranquilidade.

Em toda essa minha curta vida de relacionamentos, nunca senti isso por nenhuma pessoa, não de uma maneira tão intensa, nem mesmo com o Jeff, que não vem ao caso agora. A verdade é que com o Robin é tudo tão novo, intenso e até mesmo assustador. Pareço meio repetitiva, não é? Mas realmente tudo ainda é muito confuso.

Não consigo tirâ-lo de meus pensamentos um minuto se quer. Aqueles olhos de um azul tão profundo, aquele sorriso e aquelas covinhas. Oh, céus! Eu ainda não tinha certeza se estava nesse barco da loucura sozinha ou se era recíproco. Ainda não tínhamos falado nada sobre sentimentos, só quando ele perguntou-me quais eram meus medos e tudo o que consegui responder era que eu tinha medo de tudo o que acontece no meu âmago... Tinha não, tenho. E quando ele também me confessou que sentira o mesmo, cheguei até a pensar que ele também estava submerso nessa confusão toda. Talvez ele esteja, não é? E assim, talvez, apenas talvez... Eu não esteja nessa sozinha.

Mais um copo vazio, a garrafa já se encontrava na metade e meus questionamentos pareciam aumentar a cada gole ingerido. Talvez eu só precise de um tempo para processar tudo. Isso! Tempo. Tudo se encaixa com o tempo. Deveria ouvir mais o que Zelena me fala. Meus pensamentos levam-me até nosso último almoço, como algo para confortar-me dessa solidão sôfrega em que estava submersa.

Flashback On

— Certo! Você ainda não me contou sobre esse “Nada, apenas permitindo-me”. – ela encarou-me fazendo aspas com os dedos, dando ênfase ao que eu tinha dito no café. Sabia que ela não iria deixar meu comentário tão barato assim. Meneei minha cabeça em negação, sorrindo com suas palavras.

— Meu deus, Zelena! A curiosidade matou o gato, sabia? – ela mostrou a língua em minha direção. - A gente acabou de sentar, vamos comer, porque estou morta de fome.

— Que pena do gatinho, mas pode ter certeza que a mim ela não mata. Não testa minha curiosidade, Mills. E você pode contar-me enquanto come, sem problemas. – quando suas palavras adentraram meus ouvidos, fora inevitável não dar uma gargalhada.

— Você não tem jeito mesmo. – sorri.

O garçom aproximou-se de nossa mesa para anotar os pedidos e assim que escreveu tudo em um bloquinho, saiu, nos deixando sozinhas novamente.

Zelena olhava-me com aqueles olhos verdes pidões e eu achava que se demorasse mais um pouco para falar, ela iria explodir de tanta curiosidade ou matar-me esganada. É, provavelmente ela mataria-me.

— Ele foi até o café. – enfim falei, tentando manter a naturalidade, mas o simples fato de imaginá-lo já fazia meu coração dar leves sobressaltos.

— Ele quem? – ela tinha uma interrogação bem gigante no meio da testa.

— O cara que te falei. – ela ainda olhava-me como se estive com três cabeças coladas em meu pescoço. – Ai meu deus, Zel! O do parque. Ele foi ao café hoje. – cruzei as pernas para amenizar minha inquietude.

— Ah! Por que não disse logo? Como assim ele apareceu no café? Você disse onde trabalhava? Pensei que você não sabia nada dele.

— Eu não sabia e não disse onde ele poderia encontrar-me, só tínhamos o parque como referência. – ela escutava-me atentamente. – Mas hoje ele apareceu lá do nada.

— Meu deus, que loucura tudo isso. Digo, é pura loucura do destino. – ela abriu-me um sorriso.

— Você acha que o destino ia se dar ao trabalho de planejar uma coisa dessa? – perguntei-a, talvez fosse apenas coincidência.

— Eu acho não, tenho certeza. Não existe outra explicação, primeiro vocês se conhecem em um parque, voltam no dia seguinte e encontram-se novamente, depois se reencontram em um ambiente totalmente fora da expectativa. – ela falava como se tivesse encontrado a cura para chatice matinal. Ah! Se isso realmente acontecesse queria ser a primeira a provar. –É claro que tem um dedo dele aí.

— Pensando por esse lado, você tem razão.

— Claro que eu tenho. – revirei os olhos em resposta.

— O mais engraçado é que eu não parava de pensar em nossa conversa lá em casa e estava decidida a voltar no parque hoje. Mas Ruby ligou-me quando estava de saída e tive que mudar meus planos. – suspirei.

— E isso te deixou puta da vida. – é, minha ruivinha conhece-me como ninguém.

— Você me conhece bem mesmo, não é? – nossa gargalhada preencheu o restaurante. Ela fez que sim com a cabeça, e ela realmente conhecia. –Eu senti-me frustrada, sabe? Porque eu queria muito vê-lo de novo, é loucura, eu sei, mas ahhh... – coloco minhas duas mãos sobre o rosto, esfregando-o.

— O que seria desse mundo sem um pouco de loucura? Ele ficaria totalmente sem graça. – ela deu-me um sorriso de encorajamento.

— E quando eu achava que não tinha como encontrá-lo de novo, ele aparece no café e fica olhando-me. – continuei contando.

— Esse cara tem alguma coisa em ficar de observando, hein? Eu sei que você é gata pra cacete, mas tô começando a achar que ele não bate bem. – ela olhou-me e não pude evitar de rir com o comentário.

— Claro que ele bate bem, sua louca. – e lá estávamos nós com mais algumas gargalhadas. – Eu estava em uma reunião com um fornecedor, então ele ficou esperando. – pontuei.

— Ah, sim! Então vou devolver o ponto pra ele. – minha amiga disse.

— Que ponto, sua louca? - a cada dia que passava entendia menos os pensamentos de Zelena.

— Por estar rodando os pensamentos de Regina Mills, não é fácil essa proeza. – ela sorriu para mim com uma cara sapeca.

— Você acredita que ele voltou no parque?

— Não é possível! – colocou a mão na frente da boca. Espero que ela não surte no meio desse restaurante. Fiz que sim com a cabeça.

O garçom chegou com nossos pedidos, e após agradecermos, ele retirou-se.

— Eu tive essa mesma reação. Claro que não ia demonstrar tanto, né? Ele ficou todo envergonhado, achando que eu não iria gostar. – é claro que eu gostei.

— Nossa, estou realmente impressionada por ele ter voltado lá, porque isso quer dizer que ele também queria te ver. – outro sorriso.

— Não sei. – abaixei meu olhar para a comida.

— Como assim não sabe? O cara foi atrás de você, se isso não é prova maior que ele esta interessado, eu não sei o que seria. – pensando por esse lado até que fazia sentido.

— Eu só não quero criar expectativas e depois acabar percebendo que não é recíproco, entende? – deixei um suspiro escapar. - Porque eu não paro de pensar naquele maldito sorriso dele, e isso esta deixando-me confusa de um jeito que não pode ser compreendido. – confessei.

— Tai aí a chave. Não pode ser compreendido, mas pode ser sentido. Eu posso imaginar como está sendo confuso pra você, porque você realmente não é fácil de se tirar da caixa. Mas, pensa comigo, ele foi atrás de você sem saber se ia te ver de novo, então ele pelo menos deve sentir alguma coisa, nem que seja um interesse. – era impressionante como Zelena tinha as palavras certas para mim.

As palavras dela fizeram-me sentir um turbilhão de emoções, não saberia dizer se queria que tudo isso fosse apenas um interesse corriqueiro.

— Eu sinto-me bem na presença dele, como não sentia há muito tempo. Ele é engraçado, gentil, está sempre fazendo-me dar risada. Acho que você iria gostar dele. – falo tudo que estava em meu coração ao lembrar-me dele.

— Você tá caidinha por ele Regininha. – ela deu-me um sorriso sugestivo.

— Não estou, não. – ela olhou-me com aquela cara de “Sério, Regina? Eu te conheço, sua tonta”.

— Está tudo bem se você estiver. Tudo bem estar confusa, tudo bem se você não sabe o que esperar. – ela depositou sua mão sobre a minha, apertando-a com carinho. - Você sente-se bem ao lado dele e é isso que importa. Não tente apressar as coisas dentro da sua cabecinha. Como eu te disse antes, só permita-se. Dê tempo ao tempo e tudo se encaixa. E só pra te dizer, eu gosto desse cara. – soltou uma piscadela para mim. Com toda certeza, conversar com Zel deixava tudo tão mais fácil.

— Quando foi que você tornou-se esse poço de conselhos? E por que gosta dele? Vocês ainda nem se conhecem. – não falei nada sobre suas palavras, mas ela sabia que eu tinha entendido tudo que ela falara-me, e eu seguiria tudo a risca, como quem segue a um bloquinho amarelado cheios de regras. Eu deveria deixar o tempo trabalhar.

— Acho que andei fazendo um curso online com Buda. – eu não consegui segurar a gargalhada com essa. – Se ele te deixa feliz assim com apenas três encontros, imagina com mais alguns. Eu realmente gosto desse cara.

— Você não existe Zelena. – balancei minha cabeça em negação.

Ele deixava-me feliz.

Flashback Off

Era como se estivéssemos tendo essa conversa agora mesmo. Os flashs vieram como se fosse um DVD gravado. Era incrível como uma conversa de dois dias atrás pudera acalmar-me ou pelo menos aquietar um pouco. Talvez seja muito cedo para entender tudo, ou apenas, não tenha que entender nada. E como disse minha ruiva, apenas tenho que sentir.

Se o destino quisesse ser o escritor da vez, não iria opor-me a isso. Ele está nessa há mais tempo que eu, não é? Com certeza deve ser mais sábio.

Talvez, só talvez, não seja loucura eu sentir tudo o que sinto, não é? Talvez seja mais comum do que imagino conhecer uma pessoa e em menos de uma semana não conseguir parar de pensar. Foi ironia, okay?

Tomo mais um gole de vinho, com os olhos voltados para o mesmo lugar. As estrelas. Acho que elas realmente respondem aos nossos clamores. Uma rajada de vento desperta-me da bolha em que estava, acho que já estava na hora de levantar e voltar para dentro. Afinal, não queria pegar uma gripe.

Peguei a garrafa já quase vazia e meus pés caminhavam em direção à sala. Minha cabeça estava um tanto mais leve por conta do álcool e meu coração nem um pouco domado, mas com uma pequena certeza: deixaria que o tempo e o destino se encarregassem desse livro. Haveria muitos momentos de questionamentos? Sim, haveria. Mas por hora, terminar a garrafa de vinho bastava-me.

Já estava na sala quando escutei o barulho do meu celular. As batidas do meu coração por alguns segundos oscilaram, seria sempre assim? Já estava achando-me ridícula. Pego o aparelho e sorrio ao ver quem era.

Deposito a garrafa e a taça em cima da mesa de centro da sala e sento no sofá, atendendo a chamada de vídeo.

Killian era quem ligava-me e eu já tinha ideia do porquê, estava morrendo de saudades do meu pequeno. Já fazia quase uma semana que não o via.

Chamada de vídeo on

— Oi, killi! – sorri ao vê-lo.

— Oi, tampinha. – revirei os olhos ao ouvi-lo chamar-me por um apelido que só ele achava graça. – Atrapalho?

— Claro que não. Aconteceu alguma coisa?

— Não, não. Só liguei porque sabe como é seu sobrinho... – ele nem terminou de falar e uma voz infantil fora ouvida.

— Me deixa falar com a titia, papa. – só dava pra ver suas mãozinhas no ar. Ri com aquilo.

— Calma garotão.

— Oi, titia! – abriu-me um sorriso gigantesco assim que me viu, fazendo meu coração iluminar-se no mesmo minuto.

— Oi, meu amor! Como você tá?

— Tô bem. Com saudades de você. – falou com uma voz tristinha.

— A titia também tá morrendo de saudades suas, meu amor. Logo, logo a gente se vê, tá legal?

— Amanhã titia? – ele já pulava no sofá, meu menino era a coisa mais fofa do mundo.

Ia confirmar que nosso passeio poderia ser amanhã, mas lembrei-me de que sairia com Robin.

— Amanhã não tem como, mas que tal domingo? Podemos dar um passeio no parque, tomar sorvete, o que acha?

— Ebaaa! Eu posso tomar sorvete de chocolate? – ele olhava-me com aqueles olhinhos pidões e eu só queria apertá-lo.

— Claro que sim, você pode escolher o sabor que quiser. –pisquei para ele.

— Eu fiz um desenho, você quer ver?

— Claro que quero, cadê? – agora o celular já estava nas mãos de meu irmão.

— Você tinha que ver, ele não parou de falar em você um minuto, ou eu ligava ou ele não deixaria a mim nem a Emma em paz.

— Eu realmente estou morrendo de saudades dele. Parece até uma eternidade. – ele deu-me um sorriso em resposta. – cadê Emma?

— Está no banho, ela mandou um beijo para você.

— Mande outro pra ela.

— Me devolve o celular, papai. Já peguei o desenho.

— Olha aqui titia. – direcionou a câmera para o desenho. – você gostou?

— Que lindo príncipe. A tia amou, me conta quem são.

— Esse é o papai, a mamãe, eu, você aqui; te fiz bem bonita, e esses são o vovô e a vovó.

— Eu amei o desenho, por que não guarda para dar de presente para o vovô e a vovó? Eles vão adorar.

Conversamos por mais alguns bons minutos e logo a pilha do meu anjo já estava fraquinha. Henry começou a bocejar e eu sabia que logo ele dormiria.

— Acho que tem alguém com sono aí.

— É, já esta na hora de dormir, certo campeão? – ele apenas confirmou com a cabeça.

— Vou colocá-lo na cama, Gina. Depois falamos-nos, se cuida e cuidado com o vinho.

— Está tudo bem com o vinho, pode deixar.

— Só preocupo-me com você, tampinha. Te amo, boa noite.

— Eu sei que sim. Amo vocês, dê o beijo nele por mim.

Ele fez que sim com a cabeça, mandando beijos no ar e logo a chamada fora encerrada.

Chamada de vídeo off

Estava morrendo de saudades do meu pequeno, Henry era o nosso primogênito. Então, tanto eu, quanto meus pais mimávamos ele demais. Claro que da maneira mais saudável possível. Só era impossível não amá-lo. Ele só tinha cinco anos, mas trazia-nos tanta felicidade que meu coração trasbordava de amor só em vê-lo por uma chamada de vídeo.

Estava deitada no sofá e quando dei por mim minha mão esbarrou na aba da conversa que tive com Robin outro dia, ao ver sua foto um sorriso brotou de imediato em meus lábios. Passei os dedos sobre sua foto, admirando seu sorriso na imagem refletida na tela do celular. Ele era realmente lindo, não era?

Eu já estava naquela posição há alguns minutos, na dúvida se manda mensagem ou não. Não queria ser invasiva demais, mas que mal faria uma mensagem, não é? Poderia perguntar o que ele estava achando do livro.

Coragem, Regina, coragem. É apenas uma mensagem. A última coisa que pode acontecer é ele visualizar e não responder. Com esses pensamentos, criei coragem e enviei a mensagem.

Mensagem on

Regina Mills (21:22): Oi, Robin!

“Mandei a mensagem e minhas mãos suavam aguardando a resposta, que não demorou muito.”

Robin Locksley (21:24): Oi,Regina! Como passou o dia?

Regina Mills (21:24): Lotada de trabalho, e você?

Robin Locksley (21:25): Igualmente. Hoje foi bem puxado lá na empresa.

Regina Mills (21:25): Você deve estar cansado, não queria ter atrapalhado. Só mandei mensagem para saber o que estava achando do livro.

“Que desculpa mais estúpida. Oh céus! Mas, não era de tudo mentira, não é? Realmente gostaria de saber o que ele estava achando.”

Robin Locksley (21:25): Você não atrapalha, já disse. E eu estava lendo-o agora mesmo. Fora uma das coisas que me trouxe paz agora.

Regina Mills (21:26): Tá tudo bem com você? Fico feliz que esteja gostando do livro.

“Por um momento senti uma coisa estranha, será que ele estava bem?”

Robin Locksley (21:26): Sim! Não poderia ser diferente com o livro sendo seu preferido.

“Foi impossível não sorrir com aquilo. Ele era sempre tão encantador.”

Regina Mills (21:27): Fico feliz que esteja tudo bem com você, mas, qualquer coisa se você quiser conversar saiba que estou aqui, certo? Aliás, somos amigos, não somos?

Robin Locksley (21:27): Obrigado, por isso Regina. Mesmo! Não precisa se preocupar, está tudo bem. Claro que somos amigos, é reciproco.

Eu queria perguntar o que se enquadraria nesse recíproco, mas é melhor deixar como está. Tô parecendo uma boba.

Regina Mills (21:28): Certo. Para onde você vai levar-me amanhã?

Robin Locksley (21:28): Surpresa.

Regina Mills (21:30): Ah sério, Robin? Eu vou morrer de curiosidade. E nem sei qual roupa vestir.

Robin Locksley (21:31): Não seja tão curiosa. E você fica linda de qualquer jeito.

Regina Mills (21:31): Okay! Vai me deixar curiosa e também roxa de vergonha.

Robin Locksley (21:32): Não foi minha intenção, só falei a verdade.

Regina Mills (21:32): Você é sempre galanteador assim?

Robin Locksley (21:33): Só quando me interessa.

“Será que bati a cabeça em algum móvel ou tomei tanto vinho que estou vendo coisas? Talvez eu tenha passado tempo demais olhando aquelas letras, e só dei-me conta de que não tinha respondido quando outra mensagem adentrou meu campo de visão, trazendo-me de volta à realidade.”

Robin Locksley (21:41): Regina? Você ainda tá aí?

Regina Mills (21:42): Estou sim, só fui resolver uma coisa.

Conversamos por bastante tempo, nem parece que há algum tempo atrás estava totalmente perdida. Robin tinha esse poder de deixar-me leve, mesmo com tão pouco tempo de amizade. Talvez o tempo não importe muito, não é? E sim a intensidade com que tudo é sentido.

Regina Mills (23:32): Até amanhã, Robin! Foi ótimo falar com você, como sempre. Nos falamos amanhã para combinar tudo?

Robin Locksley (23:33):  Nos falamos sim. Até amanhã! É sempre bom conversar com você. Obrigado pela conversa, não imagina o quanto ajudou-me.

Dorme bem.

 

Regina Mills (23:33): Imagina, não foi nada. Durma bem.

Mensagem off

 

Travei o celular e fiquei deitada no sofá. Um sorriso brincando entre meus lábios, a mente tranquila e o coração aquecido.

Uma simples troca de mensagem com ele já mudara totalmente meus pensamentos. Estava feliz por tê-lo ajudado de alguma forma. Estava mais feliz ainda por aquilo estar tornando-se recíproco.

Estava ansiosa para saber o que o sábado reservara-nos.

Tempo.

Era dele que eu precisava.


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