Os sentidos de Emily começaram a voltar lentamente. A última coisa que ela se lembrava era a voz de Hotch e ela queria saber o que estava acontecendo.

Seu braço doía e ela notou que tinha um tipo de máscara de oxigênio em sua garganta. Abrindo os olhos, Emily ouviu o som das máquinas de um hospital.

— Ei. – A voz de Hotch parecia a voz de Deus. – Você finalmente acordou.

Emily fez sinal para uma prancheta e escreveu com a mão o que ela queria.

"quanto tempo"?

— Fazem três meses. – Hotch foi direto. – Você ficou três meses em coma, querida.

Emily escreveu o nome de Penelope em seguida e viu Hotch hesitar um pouco. Parecia que ele lhe daria uma notícia ruim ou coisa assim.

— Ela ainda está em coma. – Hotch deu um olhar decepcionado. – Luke está enfraquecendo a cada dia que ela não acorda.

No quarto ao lado, Penelope sentiu seu mundo entrar em foco novamente. Ela não sabia onde estava nos últimos três meses, mas ela passava algum tempo vendo suas filhas crescendo enquanto elas dormiam, mas por um motivo que ela não sabia qual era, todo mundo que ela tentava chamar não a ouviam.

Acordando do coma, Penelope sentiu o nervosismo ao mesmo tempo que podia sentir o gosto do respirador em sua boca.

— Penelope! – Luke literalmente gritou e correu para fora. – Alguém me ajude! Ela está engasgando!

Quatro enfermeiras e o médico de plantão estavam no quarto dela em tempo recorde e Luke foi empurrado para longe assim como Hotch foi do quarto de Emily.

— Eu preciso que respire profundamente. – O médico viu Penelope ficar com um olhar de dor. – 1,2,3.

A técnica sentiu que o ar era retirado de seu corpo e quando havia ficado completamente sem nada no organismo. Mas uma máscara foi literalmente pressionada em seu rosto e lentamente o ar começou a voltar.

Ela percorreu os olhos pelo quarto e tentou entender como chegou lá e o que aconteceu...

Três meses atrás...

Tanto Luke quando Hotchner não esperaram pelo apoio legal do FBI. Eles precisaram encontrar um analista de última hora e ele mal conseguiu restringir o último sinal de celular de Penelope antes de ele ser jogado fora em qualquer canto na estrada, quebrado, esmagado ou qualquer merda.

Entrando em um carro, tanto Luke e Hotchner seguiram o seleto grupo de heróis em direção a um lugar onde um agente da Shield rastreou.

Tony, Thor, Hulk, Natasha, o Gavião entraram com Luke e Hotchner no lugar. Eles ouviram um grito de gelar a alma no segundo em que passaram pela porta.

— LOKI! – Thor entrou, quase com tanta fúria quanto os outros. – O que diabos você fez?

— Dei a elas um gostinho de como é ser machucado por alguém. – O homem olhava para os vingadores e agentes. – Como me acharam?

— Você não sabe desativar seu próprio gps. – Tony tentou brincar, mas viu que Penelope e Emily estavam caídas. No chão, com sangue pelo rosto. – SEU ANIMAL!!!

Tony preparou uma carga de energia e atirou no homem sem mais nem menos. Loki foi jogado na parede enquanto Thor pegou Emily e a passou para Hotch.

Loki se recuperou e usou sua magia para levantar Tony Stark do chão, o jogando na parede oposta.

Pegando Penelope, Luke teve a ajuda de Natasha, que estava à beira de começar a chorar. Ela levou Penelope onde duas ambulâncias estavam paradas no momento. Em que as duas mulheres foram resgatadas.

O resto da equipe chegou na hora em que Penelope e Emily foram carregadas para as macas e postas nas duas ambulâncias.

Thor pegou o meio irmão e de alguma forma conseguiu prender o meio irmão. Hotchner pegou o homem e o levou para Nick Fury, que o colocou na cela especial.

Todos seguiram diretamente para o hospital onde Penelope e Emily foram submetidas a uma cirurgia de emergência.

Thor deixou Elisa na sala de espera e seguiu para o quarto de Penelope. Ganhando um olhar perverso de Tony, ele empurrou a porta de correr e entrou.

— O que faz aqui? – Stark se colocou na frente dele. – Por que está aqui?

— Eu precisava ver como elas estão. – Thor viu Tony deixar ele ver Penelope. – Sabe que não é minha culpa, não é?

— Eu sei. Desculpe. – Stark deu um suspiro forte e se sentou. – Eles acham que as duas estão com hematomas subdurais. Mas ainda precisamos de mais tempo, certo?

Naquele mesmo momento, Luke entrou na sala. Ele tinha um semblante terrível. E um pulso enfaixado.

Loki foi deixado em sua cela e dessa vez com segurança reforçada. Ele iria ser julgado por todos os vingadores em um momento próximo.

Agora...

Penelope olhou para o belo homem latino na porta de seu quarto de hospital. Ela sentia algo por ele, mas não conseguiu descobrir quem era ele.

— Senhora Alvez, podemos fazer algumas perguntas? – O médico a viu batalhar com o novo sobrenome.

— Meu sobrenome é Garcia. – Penelope viu a confusão em Luke. – Eu não sei de onde tirou esse nome, mas eu sou solteira e meu sobrenome é Garcia.

— Temos um problema. – O médico viu Luke assentir e sair do quarto. – Certo, qual seu nome completo?

— Penelope Grace Garcia. – Pen respondeu. – Sou analista técnica do FBI.

— Qual a data de hoje? – O médico suspirou.

— Não tenho certeza. – Penelope admitiu em um suspiro. – O que há de errado comigo?

O médico apenas olhou de Penelope para Luke e depois deixou a sala.

— Spencer, eu pareço uma casa. – Karina se sentou na cadeira da sala de espera. – Quase seis Meses de gravidez e seus filhos nem me deixam dormir com calma.

— Você nunca pareceu melhor, querida. – Spencer deu a ela seu kit de maternidade. – Elisa, o que faz aqui também?

— Bem, aparentemente eu preciso ficar internada pelo próximo mês. – Elisa disse. – E vocês?

— Ela também precisa ficar internada. – Reid respondeu. – Como Penelope está?

— Bem, ela acordou assim como Emily. – Elisa olhou para os dois. – Mas diferente de Emily, Penelope tem perda de memória.

— Isso não deve ter sido fácil para Luke. – Karina deu um bocejo. – Spencer. Pode me levar para o quarto?

— Você vai ficar no meu quarto. – Elisa pegou a mão da amiga e elas foram para o quarto onde as duas deveriam ficar até o final da gravidez.

Penelope estava na sua poltrona em um quarto novo. Ela pediu para ficar sozinha por alguns minutos até ter certeza que queria ver Luke. Mas ela não teve a certeza que poderia lidar com tudo aquilo de novo. Para piorar ela tinha trigêmeas, um pai que ela meio que desconfiava e que provavelmente havia sido descoberto durante algum tempo.

Tudo aquilo fez Penelope hesitar e ela resolveu que estava bem o suficiente para sair do hospital. Ela vestiu um de seus vestidos e arrancou o IV do braço, pressionando o buraco com uma das mantas que estavam na sacola.

Não havia ninguém por perto e ela deixou o hospital não sabendo para onde ir, mas ela não queria mais ficar por lá.