Sra. Cullen escrita por Ellen Cullen


Capítulo 6
Jantar


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!
Mais um capitulo, espero que gostem!
Boa leitura...



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POV Bella

 

 

Estava deitada na cama, quando ouvi o som de duas batidas de leve na porta.

A porta foi aberta, e uma mulher de avental branco e roupa preta disse:

— Sra. Cullen, o jantar será servido em instantes.

— Obrigada. – eu disse. – Já estou descendo.

A mulher balançou a cabeça, e fechou a porta.

O jantar.

Eu estava muito nervosa.

Fiquei com medo de ter que encarar novamente Edward, e seus olhos verdes questionadores.

 

Abri o grande guarda-roupas retirando um vestido de dentro.

Olhei-me no enorme espelho do quarto.

Vestia um vestido de seda rosa que pertencera a Tanya.

Ele parecia tão largo agora que eu já não estava mais grávida, suas mangas eram enormes, Tanya era mais alta do que eu.

Meus cabelos castanhos estavam presos em um coque improvisado.

Dei um beijo em Ed, e desci as escadas, sem saber onde exatamente eu deveria ir.

Onde seria a sala de jantar?

A casa era tão grande, cheia de portas, era muito fácil se perder, precisaria de um mapa.

Entrei por uma porta, que levava a outra, e parei em um escritório.

Voltei para trás, tentei uma porta de madeiras duplas, mas era a biblioteca.

Uau, uma biblioteca. – pensei

Quando estava fechando a porta, ouvi uma voz masculina me chamar.

— Sra. Cullen! – Emmett disse. – Todos aguardam por você na sala de jantar.

Todos?

— Todos quem? – eu disse.

— Ah senhora Cullen, Edward e o Padre Clearwater.

Padre?

— Um padre? - disse confusa.

— Sim Sra. Cullen. – ele disse.

Emmett levou-me em direção a sala de jantar, me acompanhando até a porta.

— Obrigada. – eu disse.

Emmett deu um aceno de cabeça.

— Tanya, querida. – Esme cumprimentou-me. – esperávamos por você.

— Desculpem. Eu me perdi. – disse.

O homem estranho na mesa, que deveria ser o padre sorriu.

— Sabe, venho aqui há anos, mas sempre me perco também. – o homem sorriu para mim.

— Tanya, este é o Padre Harry Clearwater. – ela nós apresentou.

— Prazer em conhece-lo. – Eu disse estendendo a mão.

Deveria fazer menção que já ouvira falar sobre ele? Ele falou que sempre vem aqui...

— Alias, Edmund sempre falava do senhor, com muito carinho. – disse dando um sorriso forçado.

O homem pareceu surpreso.

— É mesmo? – ele disse. – Puxa, isso é... muito tocante, principalmente por que não falo ou o vejo desde sua primeira comunhão.

Merda!

Eu havia cometido uma gafe.

Era melhor eu ficar quieta.

Tentei consertar a situação.

— Ah, o senhor com certeza deve ter causado uma boa impressão. – disse dando um sorriso amarelo.

O padre Clearwater, e a Sra. Cullen sorriram de volta para mim.

Edward parecia mais sério do que quando cheguei.

Ele me olhava como se me avaliasse.

Seus olhos verdes penetrantes me analisavam, como um gato de olho na toca do rato.

Eu estava me sentindo desconfortável, abaixei os olhos tentando prestar atenção no que o padre Clearwater dizia.

— Edmund era um bom rapaz. Sentirei falta dele. – ele disse com olhar de compaixão.

— Obrigada. – eu disse. – E obrigada por me acolherem tão generosamente a sua casa. – eu disse agora direcionando meu olhar a Esme e Edward.

— Não precisa agradecer querida. – Esme disse com sua voz doce. Não é mesmo Edward? – Esme disse lançando um olhar a ele.

— Claro. – ele disse indiferente.

Pude sentir a frieza em sua voz.

Ao longo do jantar, tentei manter-me a mais calada possível, a não ser quando o padre ou Esme faziam alguns comentários que eu deviria interagir, ou apenas concordar com um aceno.

(...)

— ... E Edmund e Edward eram pequenos, eles vinham com um caminhão da lavanderia buscar e trazer suas fraudas. – Esme disse rindo com o padre. – Mas agora é tudo descartável.

— Sim, é verdade, eu me lembro! – o padre disse rindo. - Os homens traziam sacos enormes de fraudas!

Comia silenciosamente, quando levantei o braço para pegar mais bolinhos de batatas, e acidentalmente mergulhei a manga do vestido no molho.

Droga.

— Sinto muito. – Disse a Esme. – Olha só isso!

A manga estava toda suja.

— Não tem problema – ela disse gentilmente limpando minha manga com seu guardanapo.

— As roupas ficaram tão grandes! Depois que dei à luz perdi...

— Altura? – Edward disse limpando a boca com um guardanapo de pano, interrompendo-me pela primeira vez.

Fiquei boquiaberta diante seu comentário.

Esme lançou lhe um olhar fuzilado.

Edward limpou a garganta.

— Sabe, acho que fui grosseiro e hostil quando nos apresentamos. – ele falou.

— Não foi grosseiro. – disse tentando não o encarar.

— Então só hostil? - ele disse levantando uma sobrancelha. – Que bom podemos melhorar isso.

Ele estava tentando ser legal agora? Fiquei confusa de sua repentina mudança.

— Sabe, precisa desculpa-lo. – Esme disse olhando para mim. -  Edward ainda não domina a arte da conversação. – ela falou dando um olhar duro ao filho.

Edward levantou a sobrancelha para a mãe, depois lançou seus olhos penetrantes em minha direção.

— Sabe, Edmund nos contava poucas coisas enquanto esteve fora morando na Inglaterra, ele nunca nos contou detalhadamente com se conheceram. – ele disse.

Wow.

Ele estava querendo saber detalhes de uma história que eu tinha ouvido tão pouco.

— Foi em um parque. – falei esperando que ele não questionasse.

— Em um parque? - ele falou. – Sim, acho que ele havia falado mesmo. No Kensington Gardens não é?

Kensington quem?

— S-sim. – gaguejei.

— Edmund disse que você era uma legitima inglesa... - Edward disse, como se me avaliasse. – Mas sabe, para uma inglesa, você soa muito Americana, nem tem sotaque. – ele falou.

Senti-me apavorada. Ele parecia muito desconfiado.

— Sim, é por que... morei muito tempo em New York, acho que acabei me acostumando com o inglês dos Estados Unidos. – tentei dar de ombros.

Edward franziu a testa. Eu não saberia dizer se ele havia acreditado.

— Então, o casamento repentino deve ter sido interessante. – ele falou cortando um pedaço de carne. – como foi? – ele disse enfiando um pedaço na boca.

— Foi... Muito bonito. – eu disse, não entrando em falsos detalhes.

— Só isso? – Edward disse. – Digo, poderia dar mais detalhes, não?

Detalhes?

Ele estava desconfiado. Pensei em dizer coisas que não fossem me comprometer.

— Ah, a Inglaterra é tão... Bela! É o cenário ideal para qualquer casamento. - depois me lembrei que Tanya havia dito que se casaram em uma capela. - ...Mesmo o nosso casamento ter sido em uma capela. – disse tentando soar naturalmente– Foi simples, mas maravilhoso.

Edward ficou calado.

— Eu teria ido se ele tivesse me ligado. – ouvi a voz de Esme do meu lado. Ela parecia triste.

Tentei conforta-la.

—  Foi um impulso... – disse.

— Não, tudo bem. – Esme disse. – Edmund não se preocupou com isso.

— Sabe, sei que ele nem sempre era responsável...- Disse. - Pode até ter parecido uma falta de consideração dele, mas...- Tanya havia dito que ele quis lhe fazer uma surpresa, mas sei que ele não teve a intenção de magoar a mãe. - Sei também que conheci ele pouco tempo em comparação a todos vocês. - disse olhando para cada um na mesa. – Mas para mim, havia uma bondade nele...que era tão doce, por ser irrefletida...- Lembrei-me quando ele fingiu estar com a passagem do trem que eu não tive dinheiro para comprar, mesmo eu sendo uma completa estranha. - Era uma das únicas pessoas que conheci que era generoso sem ter motivo. E não por que queria algo em troca, apenas por generosidade mesmo.

Quando terminei de falar, Esme tinha lágrimas escorrendo em suas bochechas. Ela colocou a mão na minha.

— Você o entendia... – Edward disse com o olhar distante. – Eu jamais o entendi. - disse. – Achei que haveria tempo para isso.

Edward pareceu triste pela primeira vez a menção de Edmund.

— Ele falava muito de você. – disse. - Ele dizia: “Somos idênticos, por isso agimos de modo diferente”

O que eu estava fazendo?

Cale a boca!

— Achei que ele não tivesse contado que éramos idênticos. – Edward assumiu seu olhar desconfiado, apertando os olhos.

Merda, o que eu fui fazer?

— Contou... Claro que contou... – Tentei consertar. – É que quando o vi, esqueci.

— Claro que esqueceu querida, nós entendemos. - Esme disse esfregando as costas da minha mão.

— Então por que mentiu? – Ele falou encarando-me sério.

— Edward! – Esme o censurou, o padre pareceu boquiaberto.

Merda!

Eu tinha estragado tudo, então fiz a única coisa que me restou.

Comecei a chorar, e sai correndo para o quarto.


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Notas finais do capítulo

Comentem! :)