Sra. Cullen escrita por Ellen Cullen


Capítulo 11
Carta


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Penúltimo capitulo do ano!
Espero muito que gostem e comentem :)
Boa leitura!!!



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POV Edward

 

 

Eu estava eufórico.

O que eu havia feito? Beijado a viúva do meu irmão? – Possivelmente... – Lembrei-me da carta.

Eu ainda estava dançando pelo corredor, minha mãe saia do escritório, se despedindo de Riley, nossa empregada Leah o conduziu até a saída.

Ela veio até o meu encontro.

— Você parece muito espirituoso. – ela comentou, sorrindo.

Ah Esme, você não faz ideia.

— O que acha da Tanya? – perguntei.

— Acho ela maravilhosa. – ela respondeu sorrindo. – Por que? – ela disse franzindo a testa.

Por que acho que estou gostando dela?

Por que eu a beijei?

— Acho que posso concordar. – eu disse. – Eu gosto dela.

Esme abriu um imenso sorriso.

— Quero dizer, sei que é a viúva de meu irmão... – Talvez sim, talvez não... – Vamos deixar assim por enquanto.

— Isso é ótimo querido! – Ela disse alegre.

— Mas estou muito confuso. – eu disse.

Esme inclinou a cabeça de lado pensativa.

— O que sente?

Suspirei.

— Não sei ainda. – disse. – Eu me sinto...

— Feliz?

Eu me sentia mais do que feliz.

— Pode ser. – disse dando de ombros. – ou pode ser um aneurisma. - disse brincando.

— Claro. – ela riu.

Esme me olhava com ternura.

— Isso é errado? - disse preocupado.

— Está preocupado com o que seu irmão pensaria? – ela disse.

Apenas balancei a cabeça. Ela se aproximou de mim.

— Seja o que houve entre vocês, sei que Edmund gostaria de vê-lo feliz. – ela disse colocando a mão em meu rosto. – de verdade.

— Obrigado mãe. – eu disse a abraçando.

 

 

POV Bella

 

 

Já fazia mais de um mês que eu estava morando na casa dos Cullen, e a minha vida não poderia ir melhor.

Edward e eu estávamos cada dia mais inseparáveis, e eu colava fotos de Edmund no álbum que Esme havia me dado. Escrevi uma legenda embaixo de uma foto dele.

Edmund provou caviar pela primeira vez - e cuspiu.

Tudo ia bem.

Até eu receber uma carta.

Já era fim de noite quando entrei no escritório de Esme, ela tinha um jornal nas mãos, e senti cheiro de cigarro.

— Olá Tanya. – ela disse escondendo o cigarro.

— Oi. Me dê isso. – eu disse estendendo a mão. Ela entregou seu cigarro fazendo uma careta. -  Sabe que não pode fumar. – eu disse balançando a cabeça. - O que está fazendo? – perguntei.

— Estava aqui vendo a nossa foto no jornal do batizado de Edmund. - Ela disse sorrindo e estendendo o jornal para mim.

Olhei a foto do jornal. Eu segurava Edmund, Esme estava do meu lado na foto. O título dizia: “Família Cullen comemora o batizado do pequeno herdeiro”. Embaixo havia uma legenda.

“Do lado esquerdo, a viúva Tanya Denali Cullen, e a direita sua sogra Esme Cullen.”

Wow.

Eu havia saído no jornal.

Então Esme olhou para mim.

— Então, o que está havendo entre você e Edward? – ela disse sorrindo.

Senti-me vermelha.

— Nada de especial. – eu disse dando de ombros.

Ela olhou-me.

— Sei. – ela riu. – De qualquer forma, fico feliz por vocês. – ela disse piscando. – Ah Tanya, agora que me lembrei. – ela disse levantando-se da poltrona e indo em direção a uma mesinha de canto.

Ela pegou um envelope comprido e estendeu para mim.

— Parece que finalmente recebeu uma carta. Seus amigos devem estar te procurando. -Ela disse.

A carta estava endereçada a Tanya.

Isso não poderia ser bom.

Virei a carta, não havia remetente.

Abri o envelope.

Haviam duas linhas escritas.

QUEM É VOCÊ?

E DE QUEM É ESTE BEBÊ?

Senti um frio na espinha.

— O que foi querida, são más notícias? – Esme perguntou preocupada.

Eu estava tremendo, tentei parecer normal.

— Não é nada, é bobagem. – disse dando um sorriso nervoso. – A senhora me dá licença? – eu disse.

— Claro. – ela sorriu, voltando seus olhos ao jornal.

Sai de seu escritório sentindo-me tremula.

Não podia ser.

Alguém sabia sobre a minha farsa!

Eu tinha que ir embora, antes que as coisas ficassem piores.

Subi as escadas correndo indo em direção ao quarto de Edmund.

Ele estava em seu berço, peguei-o com cuidado.

— Ed, a mamãe fez uma grande besteira, precisamos ir.

Ed sorriu para mim.

— Não ria, eu estou me iludindo. É tudo o que posso fazer. Foi bom enquanto durou, não foi? - Disse deixando as lagrimas escaparem.

Levei-o para o para o meu quarto.

Eu precisava arrumar as coisas, mas apenas o que era meu. – se é que eu tinha alguma coisa.

Eu não era tola de pensar que isso seria eterno, mas agora que as coisas iam bem...

Quando cheguei nesta casa, vestia o vestido azul de Tanya, então rapidamente fui arrumando as coisas do quarto.

— Bem era tudo o que eu tinha quando cheguei. – disse a Ed como se ele fosse me entender. Tirei sua frauda, e sua roupa, pegando outra mais simples.

Alguém bateu a porta.

Ah não.

Era Edward.

Ele tinha um buque de rosas vermelhas em suas mãos.

— Vai a algum lugar? – ele disse com um vinco entre as sobrancelhas.

— Sim. – eu disse. – Eu preciso ir embora, abusei demais da hospitalidade.

Ele pareceu confuso.

— É claro que não! – ele disse se aproximando de mim. – Você é muito bem-vinda! - Ele inclinou a cabeça de lado. - É por minha causa? – ele disse triste. – É por que acha que estamos indo rápido demais?

Não.

É por que eu não sou quem realmente pensa.

Por que eu nunca deveria ter ido em frente com essa farsa

Por que acho que estou me apaixonando por você.

Ao invés disso eu apenas balancei a cabeça, olhando para as flores.

Ele olhou para baixo.

— Ah, as flores? – ele disse com um sorriso nervoso. - Err, não são para você, são para... minha mãe. - ele disse jogando o buque de lado. - Viu?

— Não posso Edward. - Virei-me para terminar de arrumar as minhas coisas.

— Você não pode ir embora! – ele disse transtornado.

— Eu preciso. – disse suspirando. – tenho que resolver algumas coisas.

Coloquei o restante das roupas que vieram comigo dentro da mala.

— Coisas de família? – ele perguntou. – Disse que não tinha família!

Balancei a cabeça.

— Não tenho. – disse.

— Tem um emprego?

Balancei a cabeça.

— Uma casa?

— Não.

Eu ainda não sabia o que iria fazer a respeito disso.

Ele pareceu pensativo.

— Está bem. – ele disse. – Você tomou uma decisão, e eu respeito isso. – ele olhou-me sério. – como empresário, eu também tenho que estar sempre tomando decisões. – Ele disse agora com uma expressão mais decidida. – Mas sabe, antes de qualquer decisão, precisa-se fazer uma lista de prós e contras. – ele falou indo em direção a escrivaninha. – Vamos fazer isso? Vou fazer uma para você agora.

Eu terminava de arrumar as últimas peças da mala.

— Vamos colocar assim: Coluna A e coluna B.

Coluna A: Partir.

Coluna B: Ficar.

Fiquei parada olhando para ele.

— Coluna A: Se partir, não terá: família, dinheiro e casa. Então acho que nesta coluna escreverei: NADA.

Coluna B: Se ficar terá: Uma casa confortável para criar seu filho... Vou anotar isso. – ele disse. – Terá minha mãe, que a ama... – senti meu coração afundar. – Um motorista Espanhol maluco que gosta de Tango... Quantos podem ter essa sorte? – ele disse sorrindo. – E eu, que a amo...

— O quê?! – eu disse abismada.

Não.

Isso não poderia acontecer!

— Não me interrompa. – ele disse. – onde eu estava? Ah, sim, eu a pedindo em casamento... Vou colocar isso no topo da lista...

Casamento?

Meu deus.

Sentei na cama.

Edward olhou para mim.

— Posso tirar isso. – ele disse rasgando um pedaço da lista. – Viu? Foi fácil... Aqui, vamos recapitular a lista: Coluna A: Nada. Coluna B: Segurança, lar, amor... Que decisão difícil! – ele disse amassando a lista. – Eu não gostaria de estar no seu lugar...

Senti as lagrimas rolarem pelas minhas bochechas.

— Você me pediu em casamento? – eu disse.

— Mais ou menos. – ele deu um sorriso torto se aproximando de mim.

— Merda! – deixei escapar.

— Sabe, acho que sempre imaginei esse momento assim! – ele disse rindo, e depois me beijando. Quando se afastou, ele me encarava com seus olhos verdes profundos.

— Não precisa me responder agora. – ele disse. -  Pode me dizer “sim” amanhã.

Edward me deu mais um beijo e saiu do quarto. Então ele voltou.

— Aliás... – ele disse pegando as rosas. – as flores eram para você sim. – ele disse me entregando, e depois se aproximando de Ed que estava na minha cama.

— Faça um favor, fale com ela. – ele disse segurando sua mãozinha. – ela ouve você. Diga que nos divertiremos muito, e que eu a farei muito feliz...

As lágrimas ainda rolavam pelo meu rosto.

Então Ed começou a fazer xixi para cima, o molhando.

Ele riu.

— Bem, agora acho que você tem que se casar comigo! – ele disse piscando e saindo do quarto.

Eu estava novamente sozinha com Ed.

— Ah Ed, por mais que se esforce...você jamais conseguirá estragar a sua vida como eu.

Eu não podia ficar.

Por mais que eu quisesse, eu sei o quanto isso ficaria pior no final.

Peguei a mala e Ed e fui em direção as escadas.


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Notas finais do capítulo

Comentem :)