Nosso Último Ano escrita por Sirena


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Cap delicinha saindo do forno ♥



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Harry estava com a testa franzida, olhando para o teto enquanto coçava o pescoço com o gancho. Gil sempre ficava com medo de ele acabar rasgando o próprio pescoço quando fazia aquilo, mas nunca falava nada.

Se o cara tinha um gancho, devia saber como usa-lo!

— Ele pensa que ainda estamos juntos? Mas... Eu to com a Uma.

— Você ainda não tá namorando a Uma. – Gil bufou se jogando na cama e afundando a cabeça no travesseiro.

— Ainda, senhor LeGume, ainda! Mas, o dia chega!

— Enfim... - ele decidiu ignorar a esperança absurda de Harry e voltar ao assunto. — Eu ia dizer que não estávamos mais juntos e que eu estava livre, mas, tava tão chocado!

— É preciso ser lunático para achar que ainda estamos juntos... – Harry resmungou. — Enfim, agora você só tem que falar pra ele que não namoramos mais. Ele claramente ficou com ciúme, o que quer dizer que ele deve estar a fim de você, então pode dizer que é afim dele quando contar.

Gil soltou um muxoxo e se levantou.

— Não, não, não! Em que mundo eu posso simplesmente fazer isso? Não é como se o assunto fosse surgir do nada e se eu jogar no colo dele de repente vai aparecer que to me atirando ou só atrás de algo pra suprir alguma carência. – explicou enquanto colocava o casaco.

— Demônios do mar, Gil! É só falar que é a fim dele desde sei lá quando. E... Aonde diabos você vai?

— Treinar. Não me exercito a dias! Meu pai me mata se descobrir!

— Você não o vê desde que viemos para cá! – ele bufou, exasperado, gesticulando exageradamente com a mão que segurava o gancho. — Não tem como ele descobrir e mesmo se descobrir, dane-se!

Gil não respondeu, apenas saiu batendo a porta. Harry não entenderia.

Gaston e o filho não eram exatamente próximos, mas, Gil adorava o pai. Mesmo depois daquela fase difícil quando a mãe morreu, quando Gaston não passava de um bêbado agressivo; mesmo Gaston não gostando que ele fosse o subalterno de uma garota... Eles se davam bem para os padrões da Ilha. Bem o bastante para que Gil ainda tentasse fazer algumas poucas coisas ao estilo do pai.

Ser bom de briga e manter os músculos era o bastante para orgulhar Gaston. Ele se desagradava de algumas coisas, como o filho ter escolhido seguir o ramo da pirataria invés da caça e com certeza não iria gostar que ele se esforçasse tanto para ler e passar de ano, mas... Se seus treinos estivessem em dia... O cara podia tentar relevar. 

Gil desceu rapidamente para o anfiteatro e depois de um breve alongamento pegou uma das espadas de treino. Ele procurou um pouco e encontrou bonecos de treino feitos de palha. Posicionou alguns em um semicírculo.

Não era tão legal treinar com bonecos, obviamente era mil vezes melhor treinar com uma pessoa de verdade. Ele adorava combater vários dos marujos de Uma ao mesmo tempo e se divertida quando Harry e ele disputavam na prancha, onde o perdedor era o primeiro a cair ao mar. Mas, tudo bem não ter alguém de verdade naquele momento, afinal, só o que queria era se alongar um pouco.

Logo que fosse possível teria de encontrar uma academia. Seu pai tinha uma na Ilha, mas duvidava que algo como aquilo fosse fazer sucesso em Auradon. O treinamento de Gaston, era, por falta de palavra melhor, brutal.

Apesar disso, Gil não tinha certeza se poderia se adaptar a qualquer academia de Auradon. Estava habituado ao modelo agressivo de Gaston.

E os bonecos de palha sem cabeça eram uma boa prova disso. Os que tinham espadas de treino atravessando seus corpos também. E os que foram cortados ao meio ou perderam braços e pernas. E os que... Enfim... O importante era que ele tratou aqueles bonecos com um pouco mais de agressividade do que era necessário.

Gil se deitou no chão, arfando, assim que decapitou o último boneco. 

Se fechasse os olhos, conseguia fingir que estava deitado no navio da Uma, conseguia imaginar o vai e vem do barco acalentando o sono que se apossava mais e mais dele.

Ele bocejou enquanto se obrigava a levantar e voltou para o quarto. Seus braços estavam tão doloridos que achou que fossem cair.

E, assim, ele caiu rapidamente na cama e logo sono.

 

Quando acordou de manhã, Harry estava de pé no meio do quarto, conversando com Uma.

— Mau dia. – Gil cumprimentou, enquanto se levantava, se espreguiçando.

— Mau dia. – Harry e Uma falaram ao mesmo tempo.

— Você demorou a acordar. Vamos descer pra tomar café, vem. – a garota falou, jogando uma muda de roupas para o loiro.

— Daqui a pouco. - ele murmurou voltando a se deitar.

— Na verdade, não foi uma pergunta. — Uma sorriu de lado, com certa maldade. — Harry e eu temos uma ideia para você falar pro Jay que não está namorando. Já combinamos tudo com Evie e Mal.

— O que vocês vão fazer?  perguntou ainda sonolento.

— Quebra-clima. – Harry deu de ombros.

Gil deu risada, rapidamente se levantando.

Era uma péssima ideia, mas ele gostava de jogar o quebra-clima. Foi através de um jogo desses que ele e Jay começaram a se aproximar, ainda no meio de toda aquela loucura com a Audrey. Seria legal jogar isso de novo.

— Vai ser assim. – Uma explicou, se virando de costas para os meninos, de modo que Gil pudesse trocar de roupa. — Mal e eu vamos fingir brigar, Evie vai sugerir o quebra-clima, vai elogiar a Mal, que vai me elogiar, então eu vou elogiar o Harry, e ele vai te elogiar comentando por cima que vocês terminaram, então você elogia o Jay e chama ele para sair.

— Então, tá tudo planejado? – Gil fez bico, já um pouco desanimado. Na sua opinião, era mais divertido fazer o quebra-clima quando ninguém esperava.

— Só até você, depois Jay elogia quem quiser. Vamos descer agora, tenho que encontrar Mal descendo as escadas para fingir que estamos brigando desde o começo do dia.

— Tá bom. – suspirou, se dando por rendido. — To pronto.

— Gil, você está tentando flertar. - Uma o lembrou. — Vá escovar os dentes.

Ele concordou com a cabeça indo rapidamente pro banheiro.

— Esqueceu uma coisa. — Harry observou quando o loiro voltou e usou seu gancho para pegar um colar que estava na cabeceira da cama de Gil.

O loiro sorriu colocando o cordão com pingente de búfalo.

Eles desceram as escadas e foram para o refeitório, encontraram Mal e Evie no meio do caminho. Uma abraçou a antiga rival antes delas começarem uma troca de farpas infinita, com os mesmos antigos xingamentos, de polvo frito e camarão, a traidora e princesinha cor-de-rosa.

Eram tão boas nisso, que Harry teve que lembrar a Gil e Evie que era só brincadeira.

— Onde está o Carlos? – Gil perguntou.

— Ele desceu antes com o Jay.

Assentiu, feliz por Evie ter captado que não era exatamente sobre Carlos que estava perguntando.

Eles foram para o lugar de sempre. Duas mesas unidas bem no centro do refeitório. Ben, Lonnie, Jay e Carlos já estavam sentados, só esperando por eles enquanto devoravam suas refeições. Mal e Uma se sentaram uma em frente a outra, ainda fingindo discutir.

— O que aconteceu? – Ben perguntou.

— Não sei, acordaram assim. — Harry deu de ombros.

Gil tinha plena certeza de que não estavam sendo naturais com aquilo. Mas, tudo bem, ninguém estava ligando mesmo, então resolveu fazer como eles e também fingir que aquela briga não era mais falsa que um "eu te amo" vindo da Mamãe Gothel.

— Okay, a grande pergunta. – Jay falou por cima das vozes de Mal e Uma. — Quem foi no anfiteatro ontem e arruinou aqueles bonecos de treino?

— Jay. – Carlos chamou sua atenção.

— Não, é sério! O treinador me obrigou a fazer aquelas coisas idiotas quando cheguei atrasado num jogo e ninguém nem teve a chance de usar ainda, mas já estão destroçados! E eu vou perguntar pra todos os alunos desse colégio, um por um se for necessário!

Gil sentiu seu rosto queimar sob o olhar firme de Harry. Os olhos do Gancho estavam arregalados e fixos nele.

 — Você tem algo para dizer sobre? - Harry questionou, arqueando a sobrancelha enquanto usava o gancho para pegar pedaços de maçã no prato do amigo.

— Hã... Fui eu, Jay. – suspirou por fim, a voz baixa pela vergonha. — Eu fui treinar antes de dormir e encontrei eles. Desculpa... Mas, tavam bem bonitinhos.

— Ah, que bom que achou isso enquanto decepava eles! – Jay bufou, irritado. Mas, em seguida deu risada. — Ah, não faça essa cara! Já que foi você, eu perdoo. – e deu seu meio sorriso mais sedutor.

Gil sentiu seu rosto ficar ainda mais quente. Ele teria gaguejado algo, se Evie não tivesse falado alto para todos da mesa ouvirem.

— Chega vocês duas! Quer saber? Vamos fazer o quebra-clima! – a garota de cabelo azul respirou fundo, pensando. – Mal, eu amo como você não desiste de uma briga, mesmo antes do café-da-manhã. Embora, eu adoraria que dessa vez desistisse. Sua vez.

Mal revirou os olhos e franziu os lábios, olhando pra cada um da mesa um por um.

Normalmente, no quebra-clima, uma pessoa elogiava e a outra devolvia o elogio, em vez de elogiar um terceiro. Mas, entre eles não era assim. Preferiam elogiar em ciclo, como havia acidentalmente acontecido da primeira vez que Evie apresentou o jogo para eles, tanto tempo antes. Era quase como uma piada interna.

— Uma... Você tem um cabelo bonito!

Uma piscou surpresa. Gil percebeu que eles não haviam combinado qual seriam os elogios e isso o alegrou, já era ruim demais que eles tivessem combinado a ordem, algo ali tinha que ser espontâneo, ou, realmente não teria a menor graça.

— Você também. – ela comentou, ainda em estado de surpresa, então piscou de novo e soltou um riso irônico. — Harry... Você beija muito bem!

Duas reações icônicas aconteceram ao mesmo tempo:

Jay se engasgou com a torrada que comia.

Harry ficou vermelho e quase acertou o próprio olho com o gancho quando foi passá-lo pelo cabelo, tentando parecer atraente.

Em seu lugar, Gil tentava não rir, ele sabia bem que era verdade, mas, o jeito direto que Uma havia falado era engraçado, qualquer outra pessoa seria mais discreta, mas isso não era do feitio de sua capitã, e ele adorava isso nela.

— Harry, sua vez. – Evie lembrou-o, diante da demora do garoto.

— Ah, tá... Valeu, Uma. É... – Harry estava gaguejando e isso era fofo. — Gil... Hã, Gil, eu... – ele semicerrou os olhos.

Gil arqueou a sobrancelha, observando a repentina dificuldade do amigo em formar frases.

— Gil, você é... Sabe... Sendo filho de... E... É... – ele se virou.  — De verdade, valeu, Uma. – voltou sua atenção para o loiro novamente e teve que fechar os olhos para conseguir se concentrar. — Não importa o quanto eu esteja chateado ou irritado, você sempre me faz rir, Gil. E... Fico feliz que continue assim mesmo que tenhamos terminado.

— Vocês terminaram? –  Jay gritou se levantando, ele tinha um sorriso enorme no rosto, felicidade transbordava dele. Então pigarreou e se ajeitou no lugar de novo, tentando ficar sério e se recompor. — Há quanto tempo?

— Tem alguns meses. – Gil deu de ombros, olhando seu prato quase intocado de ovos, panquecas, maçãs e suco de laranja. Tentou tomar um gole de suco, mas sua garganta estava fechada. — Bom, valeu Harry. Você levou uma eternidade pra pensar em algo, mas... Foi legal.

— Eu sou um cara legal! Enfim, é sua vez agora. Quem você vai elogiar?

Gil ficou em silêncio, encarando um ponto fixo atrás de Jay.

— Hã... Tá, minha vez... Jay... – pensou em falar de novo sobre como os pulos dele, mas, já tinha dito isso antes e não queria soar repetitivo. — Eu... Gostei dos bonecos de palha que você fez.

Jay riu nasalado, era difícil dizer se ele estava sem graça ou se simplesmente não tinha achado graça do elogio. — Legal. Hã... Carlos, você...

Harry bateu com a mão na testa.

Então, Gil percebeu seu erro. Era para ele ter aproveitado para chamá-lo para sair, mas, não o fez. Ficou tão nervoso pensando em algo para elogiar no garoto, que se esqueceu por completo o que Uma e Harry o tinham instruído a fazer.

Como ele era idiota!

— Carlos, você é muito inteligente. – Jay voltou sua atenção para o loiro. — Gil, quer sair comigo depois da aula?

— Que?

— É, eu não tenho treino hoje. Então, pensei que, talvez a gente pudesse ir na... Loja de waffles, ou no cinema, ou só bater perna no shopping. Não sei... Só sair... Comigo.

— Deixa eu esclarecer. – Uma pôs o cotovelo na mesa e apontou para Jay. — Tá chamando ele pra um encontro?

Jay parecia levemente assustado com a seriedade nos olhos dela.

— Hã, eu meio que to... Se ele aceitar.

Uma ergueu as mãos, dando um sorriso orgulhoso. — Tá bom. Gil, o que você diz? ...Gil?

Gil continuava quieto desde que ouviu o pedido de Jay, estava vermelho e não conseguia falar. Estava tão nervoso que não conseguia falar!

— Cara, se você não quiser tudo bem. – o sorriso dele diminuiu enquanto se explicava. — É só que...

— Ah, não, não! Ele quer! – Harry garantiu. — Não quer, Gil? Gil? Acorda! – o cutucou com a ponta do gancho.

Gil empurrou a bandeja e deitou o rosto na mesa, sentindo a cara queimando em vinte e cinco tons diferentes de vergonha. Ele não confiava em si mesmo para tentar falar, porque sabia que se tentasse ia acabar gritando “sim” e se gritasse teria ainda mais vergonha.

— Ah, okay. Gil, eu sei que você considera esse ato de embaraço supremo como um sim, mas, se você fizer um gesto, qualquer gesto que confirme, ia ser legal. — Uma falou como uma sugestão, mas em tom de ordem, enquanto Harry ainda o cutucava com seu gancho.

Juntando todas as forças que tinha, Gil levantou o rosto, olhou bem nos olhos ansiosos de Jay, abriu a boca... E a fechou em seguida. Mas, fez um gesto positivo com o polegar.

Jay sorriu.

Gil se derreteu mais ainda.

***

— Tenho uma novidade. – Harry disse de repente, enquanto acompanhava os amigos até a sala de "Bondade Curativa". — Conversei com o Smee. Ele disse que se limparmos a Jolly Roger, nos ensina a navegar. Bom, ensina vocês dois, né? Porque assim, eu sei navegar desde pequeno. Nasci com mar no sangue!

— Eu acho que a Uma que nasceu com mar no sangue. – Gil murmurou, confuso.

Uma deu risada enquanto Harry deu um tapinha na testa do amigo, zombando dele.

— É modo de falar que venho de uma família de marinheiros. – Harry explicou, dando risada.

— Ah... Espera, ele quer que a gente limpe a Jolly Roger? – o loiro fez careta, voltando a dar atenção ao que realmente importava. — Aquele navio não é limpo tem anos! Vai demorar um ano só pra tirar as cracas do casco.

— Uma pode fazer magia para facilitar, falamos com os outros piratas também... – Gancho não estava com paciência para discutir sobre as complicações, queria falar sobre a parte boa, a parte alegre e feliz.

— É, eu posso. – Uma suspirou, apreciando a ideia. — Aí não vou mais depender de você pra me explicar porque não podemos sempre navegar usando todas as velas, Harry. – ela sorriu. — Mal posso esperar para voltar a usar meu chapéu de capitã!

— Eu queria ter um chapéu. – Gil murmurou.

— Eu te dei um chapéu quando éramos crianças, mas você cuidou? Não, você perdeu! Então agora fica sem e para de reclamar! – Harry resmungou, irritado dando um peteleco no garoto. — Enfim, o importante, é que vamos aprender a navegar! E... A Jolly Roger consegue viajar entre todos os mundos. Sabe o que isso quer dizer?

Gil não queria dizer. Só lhe vinha uma coisa a mente, mas tinha medo demais de falar e estar errado. Tinha medo de que não fosse sobre isso que Harry falava. Uma parecia dar pulinhos, como um helicóptero prestes a decolar.

Impaciente com a demora dos colegas para responder, Harry tomou a frente e fez voz solene.

— Vamos para... A Terra do Nunca! – e em seguida deu um giro com os braços abertos, animado.

Gil deu risada e Uma bateu palmas. Ficaram os três por um minuto, comemorando como crianças animadas.

— Vamos falar todos juntos, agora...

— Falar o que? – Gil piscou o olhando confuso. — Que vamos para a Terra do Nunca?

— Não, seu animal. – Uma bufou, bagunçando o cabelo dele. — Harry quer dizer o que falamos sempre que estamos prestes a ir navegar.

— Ah, tá. – ele riu. — Então tá, nós...

— Juntos, Gil, juntos. – Harry bufou e ergueu três dedos, fazendo uma contagem regressiva silenciosa.

— Nós navegamos com o vento! – os três falaram ao mesmo tempo e em seguida deram risada, entrando na sala. Mal e os amigos tinham aquela aula em outro  horário, então eles a faziam apenas com Celia e Dizzy.

— Você vai ir encontrar o Jay mais tarde, garotão? - Celia questionou com os olhos fixos em Gil, arqueando a sobrancelha e mexendo em seu baralho de tarô.

— Quem te contou? - ele questionou sentando ao lado dela, enquanto Harry e Uma dividiam uma mesa.

Celia deu de ombros pescando a carta dos amantes no meio do baralho, antes de piscar para o loiro e voltar a mistura-las. — Então, você vai?

— Se eu falar que sim você vai me transformar num sapo que nem seu pai faz? - ele não teve intenção de fazer essa pergunta, mas, não pode evitar. Sempre teve certo medo do pai de Celia e dela por extensão.

Antes de abrir o Arcade, o Doutor Facilier era o diretor de Dragon Hall, a escola da Ilha, dedicada unicamente aos ensinos do mal e embora muitos alunos zombassem dele, Gil ficava um pouco assustado. Mesmo numa ilha sem magia, havia algo de apavorante na forma como as sombras se mexiam ao redor do homem.

— Hã... Não. - Celia rolou os olhos, o encarando como se fosse um idiota. Gil não se importou, Uma sempre olhava assim para ele. A garota fez careta enquanto começava a mexer no cabelo dele. — Mas... Eu e Dizzy vamos ter que dar um jeito nesse... Nisso. - ela fez careta tentando desmanchar os nós nas mechas loiras de Gil.


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Notas finais do capítulo

Quem já viu fotos do Dylan sem o figurino sabe que ele tem um cabelo lindissimo que ficou "disfarçado" por aquela touca e penteado no filme, pq Ilha dos Perdidos, né? Gil não podia ter aquele cabelo loiro lindo, mas, agora ele tá em Auradon e Dizzy vai dar um jeito nisso ♥



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