Corações Indomáveis Reylo escrita por Lyse Darcy


Capítulo 29
Capítulo 29




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A noite era sem luar, o breu cobria como manto tudo a volta, era uma vantagem para quem quisesse se esconder ou fugir. O som dos animais noturnos preenchiam os espaços. O coaxar, cricrilar eram audíveis a grandes distâncias. O imediato observava com seus olhos apurados o ambiente se certificando se havia qualquer perigo em volta da casa do pirata. Secou a testa que estava úmida, a tensão era muito palpável naquele momento. Nada poderia dar errado precisava ser meticuloso em seus movimentos. O seu capitão não poderia cair nessa armadilha. Voltou a percorrer a vista por toda a área.

 

A residência parecia estar tranquila notou que não havia nenhum soldado de Héctor James montando guarda perto da casa. Esfregou o queixo com preocupação tudo estava muito estranho, sabia que o homem tinha uma ordem de prisão contra Kylo Ren, no entanto, estava muito passivo. Desconfiava que o delegado tinha algo elaborado para capturar o seu patrão. Ouviu um ruído abafado atrás dos arbustos. Esticou o pescoço e viu um homem fardado se movimentar na direção da porta.

 

Tomie se deu conta que não havia mais tempo para o amigo, teriam que sair logo dali, porque do contrário, ele seria capturado sem direito a defesa. Meneou a cabeça soprando uma palavra de baixo calão. Se esgueirou pelo muro indo no sentido contrário do soldado, pisava no solo ressequido com cautela com a finalidade de não chamar atenção indevida para si. O cheiro acre de fumo do soldado sendo queimado chegou as suas narinas. Estreitou à vista e notou que mais dois homens também circundavam o terreno. Tentou visualizar o delegado naquela emboscada. Praguejou mais uma vez. O sujeito era mesmo muito escorregadio. Estava escondido como um covarde.

 

Olhou para todas as direções, soltou o ar dos pulmões em alívio ao notar que o chefe dos cozinheiros havia chegado e estava à espreita aguardando instruções. Fez um som característico com os lábios, o outro devolveu o sinal. Com isso ele avançou até a porta traseira com agilidade. Joaquim abriu um pequeno vão, a isso o homem adentrou sorrateiramente pela cozinha. O ambiente estava na penumbra. Tudo estava limpo e arrumado o odor do carvão era forte o fogão ainda estava morno. Tomie contornou o balcão. Falou baixo.

 

— Onde está Ren?

 

O rapaz apontou o corredor que dava acesso aos quartos. — Está com a sua esposa no quarto.

 

Nesse momento ouviram o sino da frente soar.

 

— Anda garoto me leve até ele, não temos muito tempo. — Encarou o jovem com seriedade. — Depois atenda a porta e não diga nada sobre o seu patrão. Está me ouvindo? — Apontou o dedo em ameaça.

 

— Sim senhor não direi uma única palavra para eles. — Joaquim engoliu em seco. Seu remorso o estava sufocando. Todavia não poderia contar o que tinha feito, pois, saberia que teria uma rápida execução. Então deixou Tomie na porta do aposento. Logo em seguida caminhou até a porta principal.

 

O imediato bateu na madeira exasperado. Kylo abriu imediatamente deixando o amigo entrar.

 

— Há quantos homens lá fora? — O quarto estava no escuro. Esgueirou pela cortina para visualizar o cenário que se desenrolava no entorno de sua casa. Tomie hesitou em responder os questionamentos olhando com cautela para Rey que parecia estar com o rosto aflito. Não podia ter certeza, pois o local estava caliginoso. — Vamos responda logo, homem! Minha esposa sabe o que está acontecendo.

 

— Deve haver uns dez homens lá fora de guarda. — Esfregou a testa com preocupação.

 

— Héctor James está com o destacamento?

 

— Não o vi. — Silenciou por um momento. — Acredito que esteja agora em sua sala tentando chegar aqui.

 

— Joaquim foi abrir a porta?

 

— Sim!

 

— Rápido não temos tempo a perder sairemos pela janela do escritório. — Segurou o rosto da esposa com delicadeza selando os lábios com ternura. — Fique aqui como combinamos, depois mandarei lhe buscar.

 

Tomie já estava adiantado rumo a saída da casa.

 

Rey com lágrimas copiosas sussurrou. — Me leve com você, não me deixe aqui sozinha. Não aguentarei a angústia de não saber o que acontece contigo, por favor. — O abraçou com mais força.

 

— Meu amor, sei o que estás sentindo, — a estreitou em seu corpo. — mas entenda será muito perigoso poderão abrir fogo contra nós, não me sentirei tranquilo se algo de ruim lhe acontecesse eu mataria e morreria por você, mas preciso que você fique aqui! — Então a beijou com paixão. — Me espere que voltarei para te buscar. — Assim desapareceu na escuridão.

 

Naquele pequeno momento eles partilharam a certeza que ambos se amavam. Kylo e Rey tiveram a certeza que não importava o que acontecesse, ou que pessoas tentassem os separar nada poderia impedir deles se encontrarem novamente. O sentimento entre eles eram vivo e intenso. Um amor inexorável que nem mesmo a morte os separariam. Todavia, neste momento era o perigo que os manteria separados, porém não deixavam de ser um casal. Uma união forjada no amor e, na verdade.

 

Contudo, Rey se largou no colchão em pura aflição, ao ver seu amor sumir pela porta, seu coração estava pesado bombeava seu sangue que gelava a sua alma, sabia que podia confiar no pirata, ele era um homem forte e habilidoso. No entanto, um pressentimento ruim assombrava a sua mente. A isso controlou o choro sabia que o senhor James iria lhe interrogar, precisava mostrar equilíbrio, ganhar tempo para que seu marido pudesse escapar em segurança. O sofrimento de ser deixada para trás a martirizava, contudo, precisava ser objetiva nesse momento, pois Kylo não a estava deixando. Precisava reunir todas as suas forças e salvar o seu marido. Lavou o rosto numa porcelana que estava na mesa. Enxugou levemente as bochechas e têmporas. Acendeu as velas do recinto. O local parecia triste sem a presença do seu esposo. Rodeou a cama e pegou seu terço que estava no criado-mudo.

 

Nesse ínterim a porta se abre com rispidez. O barulho do choque da madeira na parede a fez levar um pequeno susto.

 

— Onde está Kylo Ren? — Esbravejou Héctor James.

 

Rey pisca um par de vezes para o sujeito com um semblante rubro e irritado.

 

— Não esconda ele, madame, poderá ser muito pior para todos! — Cuspia as palavras de modo raivoso.

 

— Não é decente um homem entrar no quarto de uma dama sem aviso, ou autorização. — Falava de modo calmo e firme.

 

— Errr … — James titubeou, coçando a nuca com desconforto. — Desculpe senhora, não tinha a intenção de ser invasivo.

 

Rey contornou o homem numa postura régia estava controlada, tinha total domínio da situação. Soltou o ar dos pulmões como se a presença do delegado a deixasse fatigada.

 

— O que querem com o meu esposo?

 

Novamente o delegado tentou ser cavalheiro com a mulher.

 

— Ele foi acusado de contrabando, falsificação e assassinato em primeiro grau. — Soltou o ar numa respiração pesada. — Tenho um mandado de prisão contra o seu marido.

 

A jovem disfarçou o espanto daquela acusação tão pavorosa. Joaquim ao ouvir as palavras do homem raivoso a sua frente sentiu um calafrio percorrer a sua espinha sabia que havia algo muito errado naquilo tudo. Ele havia entregado apenas papéis do escritório de Kylo Ren não havia no acordo nenhum cadáver. Sufocou um grito em sua garganta, aquele sujeito estava indo longe demais.

 

O garoto rodeou Héctor ficando em frente ao delegado. Uma lágrima raivosa se precipitou por sua bochecha, então ele a secou com rispidez seu rosto estava avermelhado. A isso sua voz saiu rouca. Uma sensação sombria percorreu por sua espinha. Tinha uma desconfiança de quem era a vítima da trama macabra de Héctor James.

 

— Quem morreu! — Encarou o homem com ojeriza. — Por um acaso foi Marcus?

 

— Quem é este homem? — Rey estava tentando acompanhar a conversa do garoto. Percebeu que o menino sabia muito mais do que demonstrava. — É seu parente, Joaquim?

 

— Madame não tente me enganar ganhando tempo com o seu subordinado. — Héctor James contornou a conversa. — Saia da frente e me deixe passar por esta porta!

 

— Olha como fala seu insolente! — Bea se empertigou. — Ela é uma dama, seu grosseiro!

 

— Saia da minha frente, sua pirralha, antes que lhe bata!

 

Nesse momento Rey se lança na frente dos garotos indo em defesa dos jovens. Estava indômita, sua face mostrava o quanto estava raivosa. Defenderia seu esposo e aquelas crianças a qualquer custo.

 

— Veja como fala capitão James, o senhor é delegado, mas está em minha casa. — Esticou a coluna. — Espero que não se esqueça deste por menor.

 

— Claro madame, não me esquecerei deste detalhe. — Sorriu sem humor. — Agora, por gentileza dê passagem para mim que sou uma autoridade. — Com isso o homem contornou o grupo avançando até a porta que dá acesso ao escritório de Kylo.

 

O local estava vazio não havia a presença de nenhum ser vivo. O recinto era o lugar mais silencioso de toda a casa. Héctor James levantou o lampião para visualizar o que tinha lá dentro o brilho bruxuleante banhou todos os móveis. Ren não estava ali. O delegado soprou um palavrão.

 

Rey e os seus auxiliares vieram mais atrás como que para se certificar que tudo estava dentro da normalidade, a senhora da casa respirou aliviada de testemunhar que seu marido havia saído da casa. Orava silenciosamente para que Kylo Ren escapasse o mais rápido possível e pudesse ter uma oportunidade de provar a sua inocência.

 

— Revistem a casa toda! — Esbravejou Héctor. Fixou seu rosto furioso na direção de Rey. — Ele não irá escapar, mesmo tentando ganhar tempo para ele.

 

Se afastou um pouco adentrando mais no escritório e notou que a cortina balançava ao ritmo da brisa. Caminhou até a janela com cautela e se debruçou na vidraça para enxergar através da escuridão. Então um sorriso maligno surgiu em sua face. Aprumou a postura caminhando tranquilamente até um oficial, que ouviu atentamente as instruções de seu superior. O homem saiu rapidamente do recinto. O delegado soltou um sorriso sardônico, fitou a jovem com muito desdém.

 

— Ele será capturado, madame, cedo ou tarde. — Fez uma leve reverência na direção da esposa, a contornou ficando de costas para ela. — Não importa o que você ou aquele macaco gigante tente para livrar Kylo Ren. Nada o livrará de apodrecer na cadeia. — Então saiu do local.

 

Rey soltou o ar que continha nos pulmões com grande dor e angustia. Sabia que o delegado tinha muito rancor e ódio de seu marido. Um frio percorreu a sua pele a fazendo sentir um arrepio de pavor. Se preocupou imensamente com o destino que estavam tentando traçar para Kylo. Se sentou na cadeira do pirata, desconsolada. Nesse momento ouviu Bea a chamar.

 

— Senhora não se preocupe, meu pai e o patrão já estão bem longe. Héctor James não colocará suas mãos nojentas neles.

 

— Assim espero, minha querida. — Afagou as bochechas rosadas da menina. — Por favor, pegue meu casaco, vou sair.

 

— Senhora, é muito tarde. — Interviu Joaquim.

 

— Não poderei ficar aqui sem fazer nada por meu marido. Vamos Bea, traga meu agasalho. — Os encarou com autoridade. — Os dois irão comigo.

 

A garota correu para o quarto para atender à solicitação de sua senhora, imaginava que a mulher já tinha algum plano em mente, por isso estava decidida a fazer o que fosse necessário para ajudar o capitão. Abriu a porta do guarda-roupa retirando o sobretudo mais quente que encontrou. Ao voltar ao escritório viu Rey muito agitada. Esticou a mão entregando o que segurava com muito cuidado. A mulher o vestiu com determinação.

 

Nesse momento ouve vozes agitadas do lado de fora da propriedade. O trio corre até a janela para ver o que estava acontecendo. Rey sufocou um grito ao ver seu marido voltando para a propriedade.

 

— Kylo! — Ela correu sem pensar em mais nada. Tudo que desejava era livrar seu marido daquela situação penosa, totalmente injusta. Os garotos correram junto com a mulher que parecia ter asas nos pés. Queriam proteger a senhora de qualquer modo. O coração dela rugia dentro do seu corpo que vibrava por inteiro, o medo tomava toda a sua alma.

 

Alcançou a área externa da propriedade tentando controlar o tremor que deixava seus passos incertos. Avistou seu marido voltando para a sua direção. Ela colocou às duas mãos a boca para abafar um grito de desespero. Ele não podia voltar, pois, sabia que seria capturado facilmente. O seu marido estava se expondo de modo muito perigoso.

 

Chamar ele neste momento seria muito pior. Percebeu que Héctor James a usou como isca para prender o pirata tentou recuar, porém, já era tarde demais. Ela tentou contornar para voltar à sua casa, mas sentiu uma mão apertar o seu cotovelo. Tentou se desvencilhar da compressão, mas o sujeito fechou mais os dedos em sua carne. Rey engoliu o gemido de dor.

 

— Ora … Ora o que temos aqui? — James sussurrou no ouvido da mulher aflita. Tentava controlar a sua respiração, mas o desespero era muito maior. — Se não é a esposa dedicada de Kylo Ren! Vamos, não seja tímida deixe que seu marido a veja. — A arrastou rispidamente para o caminho principal da casa para que ela ficasse mais visível.

 

A jovem suspirou lamentando ter caído na cilada de Héctor James. O sujeito foi ardiloso. O homem ria funestamente, a esposa do pirata sentiu um arrepio mortal percorrer novamente a sua espinha, tentou se soltar mais uma vez do aperto do homem, porém os dedos compridos se apertaram mais no antebraço dela, puxou o ar para os pulmões para conter a dor da compressão.

 

Kylo voltava com passos rápido e duros, seu semblante mostrava toda a sua fúria. O sangue fluía quente por suas veias estavam surdo aos clamores dos amigos para fugir dali, em outro momento mais oportuno voltariam para se vingarem do delegado e de todos os envolvidos nesta trama sinistra. Rey era uma mulher forte e saberia lidar com esta situação ela ganharia o tempo necessário para que pudessem sair dali sem maiores complicações. Contudo, o pirata não estava aberto a diálogos ou discussões, tudo que ele desejava era destruir aquele homem que aprisionava a sua esposa.

 

Se aproximou do homem atado a sua esposa de modo violento. Kylo Ren fechou suas mãos num punho com tanta raiva que fez seus dedos ficarem brancos e suas unhas cortaram a sua pele, gotas de sangue pingaram no chão. Tomie se aproximou do seu capitão na tentativa de o impedir, o chefe dos cozinheiros segurou o braço do amigo, com a intenção de lhe transmitir apoio e um sinal de cautela.

 

— Solte a minha mulher! — Esbravejou colérico.

 

— Não preciso mais dela. — A soltou rispidamente na direção do trio. — Ela já me serviu bastante. — Falou com desdém.

 

Rey se desequilibrou quando Ren a segurou com firmeza. O rosto dela estava encharcado e inchado. O coração do marido se partiu em mil pedaços ao ver ela tão destruída. Secou o pranto copioso dela de modo carinhoso. Ela murmurou no ouvido dele.

 

— Me perdoe meu amor!

 

O pirata beijou a testa da jovem em seus braços a estreitando junto de si, estava lhe infundindo toda a força que podia reunir naquele momento para que ela tivesse a certeza que não estava magoado ou culpando ela de nada.

 

— Não tenho nada para lhe perdoar. Você não fez nada!

 

— Que cena mais comovente estou emocionado. — Ironizou Héctor James. — No entanto, devo lembrar aos pombinhos que terei que levar o acusado sob a minha custódia.

 

Neste momento Bea e Joaquim saem correndo até a casa do advogado para ajudar a todos que estavam muito encrencados a captura de Kylo Ren deixava a todos muito expostos. O medo momentâneo os paralisou por um instante, mas a garota logo se recuperou do choque e de modo proativo foi em busca de socorro. Joaquim a acompanhou nesta empreitada. Conseguiram sair dali rapidamente, pois eram irrelevantes aos olhos dos guardas que fecharam o cerco em volta do acusado, de sua esposa e seus cúmplices.

 

O delegado voltou a se pronunciar num tom mais agressivo.

 

— Você não tem alternativa, se entregue as autoridades ou tudo ficará muito pior para todos do grupo. — Deu um passo na direção do casal. — Quer que prenda a sua bela esposa também sob a acusação de coautoria de seus crimes?

 

Kylo Ren tentou atacar o homem covarde e sua frente, mas Rey o segurou com delicadeza fazendo um gesto negativo com cabeça, o marido a olhou rapidamente percebendo o que ela queria dizer apenas com pequenos gestos. Resista Ren, para lutar em outras batalhas.

 

Com isso de modo repentino Héctor James puxou Rey dos braços do marido. Ele agindo por reflexo sem pensar em nada apenas defender a sua mulher, num momento de ira cega atacou Héctor violentamente num soco que ouviu o osso trincar na mandíbula do delegado que com o impacto do golpe o sujeito cambaleou se desequilibrando momentaneamente, a isso a jovem conseguiu sair de perto do homem que cuspia sangue no solo ressecado, sorriu de modo sombrio.

 

Rey então olhou na direção do seu marido quando ouviu um estampido na direção deles, se desesperou ao ver que Kylo estava caindo lentamente no chão seu rosto estava coberto do fluido vermelho e pegajoso que o marcava de modo funesto. O soldado que efetuou o disparo ainda estava em choque outro homem que tirou o revólver da mão do companheiro. A esposa correu para junto dele que estava sendo amparado por Tomie que tinha lágrimas nos olhos.

 

Ela tentou estancar o sangramento que não parava de jorrar de sua testa, estava desesperada tentando acordar o marido que estava desacordado. O cozinheiro se abaixou para ver o ferimento do amigo, saber se a bala havia lhe perfurado o crânio. Examinou rapidamente notando que o projetil passou de raspão, mas uma ferida assim podia infeccionar e causar muitos danos, no entanto, falou de modo calmo.

 

— Senhora, Kylo é um homem forte ele vai sobreviver!

 

Ela estava surda a tudo à sua volta só pensava em tirar seu marido dali e o proteger, chorava com muito desespero junto ao seu amor o afagava enquanto fazia uma oração silenciosa para que Deus o salvasse, mas Héctor não iria lhes dar tal indulgencia. Então prendeu os dois amigos do capitão, com muito esforço afastou a esposa do corpo imóvel de Ren, alguns soldados levantaram o corpo inerte do homem do chão recolheu todos eles os levando para a delegacia.

 

Deixando para trás apenas a mulher que se encolheu no chão chamando pelo marido, o frio da madrugada congelava a sua pele dolorida pelo cansaço e o desespero de ver o homem que ama sendo levado como um animal abatido, recostou a sua cabeça nos joelhos estava sem forças sua energia havia lhe abandonado sentia todo o peso do mundo em suas costas. O sal das lágrimas lhe amargavam a língua. Aquilo tudo era um pesadelo horrível, no qual ela queria acordar, mas não tinha forças para se libertar. Com isso ouviu uma voz suave.

 

— Senhora, por favor se levante, aqui fora está muito frio.

 

Rey levantou o rosto inchado na direção de uma garota de tranças se apoiando nela se levantou da terra em que estava, não conseguia mensurar quanto tempo ficou ali naquela posição, tudo que sabia era que Kylo Ren havia sido preso injustamente e estava ferido. Joaquim ajudou também as mulheres entrarem na casa. Mais atrás caminhava silenciosamente Godfrey Chewbacca.

 

O advogado só esperou a garota ajeitar a esposa de Kylo em seu quarto. Bea deu-lhe um chá para que pudesse dormir ela ainda estava em choque de tudo que havia presenciado o levaram de modo violento. Mesmo dormindo ainda sim chorava chamando por Kylo Ren.

 

— Por favor, cuidem de Rey, não deixe que ninguém entre apenas Luke Skywalker. — Temperou a garganta. — Principalmente Desirée. Agora irei à delegacia soltar a todos eles. Tentarei atenuar os efeitos desta fuga descabida de Kylo e seu pai. — A menina meneou a cabeça.

 

Assim o advogado saiu rapidamente em direção onde os prisioneiros se encontravam, só não sabia que Kylo Ren havia sido ferido, pois, Rey não conseguia falar de tão abatida que se encontrava. Então o homem precisava agir de modo rápido para conseguir salvar seus amigos desta armadilha terrível que Snoke e seus asseclas armaram para o pirata.

 

Joaquim estava aflito com tudo que estava acontecendo a Kylo e a Rey, sabia que parte deste sofrimento era sua responsabilidade, enxugou o rosto vermelho e fixou o olhar na garota que arrumava mais chá para a patroa.

 

— Bea, tenho algo muito importante para falar. Preciso muito de sua ajuda!

 

A menina piscou curiosa na direção do rapaz. — Então diga logo o que é tão urgente!

 

A jovenzinha ficou em posição de alerta ao ouvir o garoto. Ela sabia que o que ele tinha a dizer seria algo muito terrível. Com isso passou a prestar atenção a todos os detalhes relatados por Joaquim. Por fim ela colocou a mão nos ombros dele. Suspirou.

 

— Realmente você precisará de muita ajuda!


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