Corações Indomáveis Reylo escrita por Lyse Darcy


Capítulo 21
Capítulo 21 Comprometimento e Expectativa




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/784912/chapter/21

Abriu os olhos, não podia acreditar que o seu casamento aconteceria em poucas horas. A ansiedade se apoderou de seu coração, se afundou ainda mais no colchão apertando forte as suas pálpebras, não queria que o dia começasse, poderia ficar ali por mais tempo se pudesse. Todavia, o tempo era implacável e mostrava que ela não o controlava. Sorveu o ar com força. Nesse momento, uma voz feminina preencheu o espaço.

— Bom dia, maninha trouxe um chá para você relaxar. — Tinha um sorriso enigmático no rosto. — Afinal de contas, hoje é o seu dia.

— Obrigada! — Ergueu o tronco se esticando se encostando na cabeceira. — Pode deixar aí na mesinha.

— Ah! Maninha, assim me deixa magoada. — Caminhou até a irmã, se sentou ao seu lado. — Beba, vai apreciar o que lhe preparei. — Estendeu a xícara na direção da garota.

Rey segurou a porcelana com um rosto abatido, não havia dormido muito bem, a preocupação dominava seus pensamentos. Com a colher revolveu o líquido fumegante, sentiu um cheiro desconhecido, encarou a mais jovem que parecia agitada, continuou a girar o talher fazendo um pequeno redemoinho no copo. Então, pousou ele na mesa ao seu lado. Disfarçou a rejeição do agrado que sua irmã lhe fez. Caminhou em direção do roupão, atou o laço em sua cintura fechando bem a vestimenta. Estava muito distraída. Desirée observava a irmã que parecia muito inquieta.

— Parece muito preocupada. — Caminhou até a nubente. — O que está te incomodando?

— Nada que seja importante. — Desviou o olhar.

Com um olhar ardiloso, meneou a cabeça lentamente dando as costas para a sua irmã foi até o vestido da noiva que estava pendurado aguardando o momento para ser colocado, alisou a seda macia retirou uma poeira imaginária, sorriu.

— Também estaria com medo de me casar com o Ren. — Voltou a caminhar pelo quarto. — Com efeito, ele é um homem muito instável e bruto. Ainda mais com o que um homem e uma mulher fazem na cama. De verdade deveria ter muita apreensão.

— O que você quer dizer com isso? — Rey sentiu um calafrio se espalhar por todo o seu corpo.

— Já vejo, que não lhe contaram nada do que acontece na noite de núpcias. — Soltou uma gargalhada. — Permita que lhe conte com detalhes sobre o que lhe espera como mulher, mas devo lhe adiantar que tudo é muito feio e doloroso.

Desirée passou a narrar tudo num tom sombrio com o intuito de amedrontar a garota. Conseguiu o seu intento, à medida que ouvia com atenção as coisas tenebrosas que sua interlocutora narrava sentia o pavor crescer dentro de sua alma, queria poder fugir daquela situação tão horrenda. Rey pensava com aflição, como as pessoas poderiam se submeter a algo tão vergonhoso e humilhante. Foi até a janela para recuperar o fôlego, queria gritar para que a outra parasse de lhe encher a mente com aquelas palavras despudoradas, arcou as costas se apoiando na mureta da varanda, respirava descompassada, sentia um bolo se formar em seu estômago. Só não conseguia colocar nada para fora, porque não tinha nada nele. A isso Betina entra no aposento como uma tempestade alegre.

— Bom dia! — Seu sorriso morreu ao ver Desirée ali com um ar triunfante, ao passo que Rey estava totalmente arrasada. Passou com rapidez pela mulher altiva, indo em socorro de sua amiga. — Venha se sentar um pouco. Está se sentindo bem?

— Estou só um pouco enjoada. — Sorriu sem humor.

— Tome um pouco do chá que trouxe vai lhe fazer bem. — Desirée se adiantou.

— O seu já está frio. — Betina, a olhou com desconfiança. — Além disso, trouxe um chá mais quente. — Depositou a sua bebida na mão de Rey. — Tome é de camomila, vai lhe acalmar.

Então a noiva bebericou a infusão sentindo mais alívio, por ter sua amiga ali com ela, não queria mais ouvir nada do que sua irmã estava lhe falando. Continuou a beber o chá. A isso a religiosa foi até o cômodo onde estava a porcelana que Desirée havia trazido e apanhou o objeto, o cheirando desconfiada de que poderia ser uma armadilha despejou o conteúdo fora. A mais jovem ficou muito raivosa com a atitude da outra.

— Como ousa fazer isso com o chá que fiz com tanto carinho!

— Não estava bom, — riu sem humor — o cheiro estava rançoso, ademais trouxe outro mais fresco, mas obrigada por ajudar.

— Agradeço às duas por querer me apoiar, contudo, agora quero tomar um banho. Preciso ficar sozinha. — Se levantou abraçando a amiga. — Poderia avisar a criada para preparar a banheira?

— Claro, Rey pedirei sim. — Devolveu o abraço. — Vou, mas sua irmã vem comigo.

A jovem tentou rebater a decisão da freira queria permanecer no local, Lireth poderia trazer mais chá para Rey, porém antes que argumentasse seus pontos, Betina a pegou pelo braço com energia e a arrastou para fora do quarto. Desirée estava inconformada com a petulância da outra. Saíram do aposento.

— Quanto atrevimento, sua gorducha, quem pensa que é? — Estava espumando de raiva.

— Sou apenas amiga e PROTETORA da noiva. — Soletrava as palavras com deboche.

— É apenas uma intrometida. — Saiu de perto da mulher.

— Pode até ser… — Ergueu a voz com ameaça. — … Contudo, não vou deixar você fazer nenhum mal a Rey. — A outra apenas deu de ombros, desaparecendo pelo corredor.

Betina respirou fundo sabendo que até que a noiva entrasse e caminhasse pela nave da igreja precisava se manter alerta, pois sabia que a outra não desistiria de fazer algo ruim e prejudicial à noiva. Não poderia baixar a guarda, até mesmo ficaria em campanha na porta do quarto se preciso fosse. Saiu rápido para avisar sobre o preparo do banho de Rey.

(…)

A casa inteira estava agitada, muitos ajudantes empenhados em suas tarefas, com o intuito que o casório fosse muito bem executado, embora que pela escolha dos noivos o evento seria pequeno e simples. Luke examinava cada pormenor da lista que lhe cabia. Estava muito feliz pela escolha de Rey que aceitasse a festa e que fosse em sua casa.

Leia entrou no saguão radiante de alegria, pois sua afilhada estava se casando. Entrou com a sua dama de companhia.

— Bom dia, meu irmão, como vai?

— Bom dia! — Sorriu para ela. — Estou aqui feliz, minhas duas tuteladas estão casadas. Vão ter a sua própria família. Me sinto realizado.

— Tem razão Luke, elas cresceram, são duas garotas lindas e bem-educadas. — Abraçou o gêmeo. — Tenho certeza que os pais delas sabiam que seria um bom tutor para elas. Onde quer que estejam estão felizes pelas filhas que são mulheres honradas e bondosas.

— Sim os pais deixaram em testamento essa clausula para ser o tutor das meninas. — Caminhou pelo salão com as mãos cruzadas nas costas. — Também que deveria dividir a herança às duas jovens quando se casassem, mas os dois rapazes não aceitaram o dote. — Respirou fundo. — O que farei com o montante que cabe as meninas?

— Acredito que será melhor deixar como herança para os filhos que virão da união delas. — Colocou a mão carinhosamente no ombro do irmão. — Além disso, meu filho e Kylo são homens corretos e dignos, vão cuidar muito bem das garotas.

— É uma ótima ideia. — Sorriu. — Deixarei em testamento os valores as minhas filhas que serão tutoras de seus filhos. Dividirão os valores em igual valor ao número de filhos que Deus lhes mandar. — Se sentou no sofá. — Providenciarei isso o mais breve possível.

— Tenho certeza que será o melhor para todos. — Se juntou ao gêmeo. — Ficaram por um momento lado a lado num silêncio confortável, gostavam de estar assim bem próximos. Então a mulher quebrou a mudez. — Vou procurar a noiva, creio que vai precisar de mim nesse momento. — Ergueu o corpo de modo régio indo até Rey que estava muito recolhida.

A manhã estava ensolarada, no entanto, a mente da nubente estava envolta de sombras. Estava sentada em sua cama olhava para a janela, contudo, não fixava em imagem alguma, apenas revolvia as palavras venenosas que sua irmã havia lhe dito há algumas horas. A batida suave na porta a trouxe de volta a realidade.

— Pode entrar! — Sua voz saiu falha.

Leia se aproximou com muito cuidado, notou que sua afilhada estava abatida, não havia se arrumado para o seu dia, que deveria ser o mais importante, parecia que a jovem estava apreensiva algo realmente não ia bem não demonstrava nenhuma empolgação com o evento que se aproximava. Se sentou na borda da cama.

— Hoje é um dia muito especial para você. — Deu umas batidinhas no dorso pequenino da mão da jovem.

Ela olhou a mais velha como se esforçando para mirar sua face, tudo estava em suspenso em sua volta.

— Não me parece ser um dia singular. — Voltou encarar o vazio.

— Acredito que seja o medo do desconhecido. — Se aproximou mais da jovem. Alisou com carinho o rosto dela. — Também senti muito temor, mas o amor por Han. — Suspirou. — Me motivou a ser corajosa em enfrentar os meus receios.

— Diria Pavor! — Se remexeu no colchão.

A mais velha sorriu maternalmente. — Posso dizer que não precisa ter esse sentimento tão controverso.

— Pode até ser … — Levantou devagar, caminhou até o seu vestido de casamento, depois encarou a mulher com seriedade. — Contudo, me falaram coisas que não sei se teria coragem de me submeter são muito… — Deu as costas a mulher que a ouvia tranquilamente. — Madrinha tenho muita vergonha de repetir… — Fechou os olhos e o abriu como dois pratos. — Como a senhora pode fazer isso?

Leia riu caminhando para a jovem. A garota precisava urgentemente de se informar, antes que cancelasse tudo por puro medo da vida matrimonial. Pegou a mão de Rey a conduzindo para se sentar novamente, ela a seguiu educadamente.

— Vamos conversar, minha querida, precisa saber que o matrimônio não é algo tão vergonhoso. Antes vai saber que é algo natural, vai ser muito bonito, principalmente se houver amor entre vocês. — Suspirou. — Já vejo que vocês têm de sobra.

— Amor? — Encarou a mais velha. — Como pode ter certeza?

— É muito simples, querida, o modo como vocês se tratam e cuidam um do outro.

— Ainda assim não sei se consigo entrar na igreja para fazer os votos matrimoniais.

— Claro que pode, meu amor. Deixe me contar como foi o meu casamento, acredito que vai lhe ajudar. — Assim Leia narrou com alguns limites a sua noite de núpcias. Rey ouvia a tudo com muita atenção, percebeu que não era degradante como sua irmã havia descrito, todavia não tinha ainda uma explicação clara do que devia fazer, mas o temor havia se dissipado. Sua madrinha foi muito bondosa em lhe confidenciar um momento tão pessoal com ela. Então se levantou olhou com determinação para Leia.

— Irei me casar com Kylo Ren, dei minha palavra, não voltarei atrás.

— Ótimo! — A fitou com carinho. Saiu da poltrona, afagou as bochechas da noiva. — Vou chamar sua irmã para te ajudar.

— Por favor não a chame. — Seu rosto estava aflito. — Diga a Betina vir me auxiliar.

— Tudo bem, querida, não se aflija trarei sua amiga para lhe apoiar.

Não demorou muito e a religiosa adentrou o quarto com um sorriso carinhoso nos lábios. Abraçou com muito cuidado a sua amiga que desabou em chorar no ombro da mulher, que a consolou com ternura.

— Não chore, querida estou aqui para te ajudar.

— Obrigada Betina por estar aqui comigo. — A garota fungou, limpou o nariz com um pequeno lenço.

— Seja o que for que Desirée tenha lhe falado, não ligue porque é um ardil para que desista de seu casamento. Jamais dê a ela esse poder sobre você.

— Tem toda a razão. — A abraçou mais uma vez. — Por favor, me ajude com o meu vestido. Não quero deixar o meu noivo esperando. — A religiosa riu.

Rose entrou no quarto, empolgada.

— O seu cabelo também vai ficar lindamente arrumado.

Assim o trio se pôs a trabalhar para que a noiva ficasse belamente adornada. O clima no local foi de alegria e cumplicidade. Rey não estava mais abatida, a companhia de suas amigas lhe injetou ânimo. Brincavam e se descontraíam, ao passo que arrumavam a nubente que realçava cada vez mais a sua beleza. Ao final Rose e Betina admiravam Rey que parecia uma linda fada de contos de fadas estavam orgulhosas do trabalho que fizeram. Leia nesse momento entrou no quarto e se surpreendeu ao ver sua afilhada. Chorou emocionada.

— Está linda, minha doce criança. — Se aproximou da jovem. — Tenho algo para você. Abriu um estojo de camurça azul. — O presente de Luke para a noiva, quer que o use. Vai lhe trazer sorte.

— É lindo! — Tocou o objeto com reverência. — Agradeço de coração! — Assim sua madrinha colocou a joia em seu pescoço, diamantes azuis. Resplendeceu ainda mais, a noiva estava iluminada.

— Estou pronta. — Jogou o ar com força dos pulmões. — Vamos para a Igreja.

 Então todas saíram para o templo religioso, onde Rey e Kylo selariam os seus destinos.

(…)

A capela estava toda adornada com flores belamente organizadas em arranjos arredondados, cada ramalhete era composto de rosas-chá, lisianthus e peônias. Perfumavam todo o edifício, o chão que a noiva caminharia estava esticado um tapete felpudo vermelho. No altar Kylo Ren aguardava a sua futura esposa estava tentando controlar seu nervosismo. O padre Kenobi esperava tudo com muita tranquilidade.

A noiva surgiu como num sonho na entrada da nave da igreja. Ela caminhou com passos lentos, contudo decididos. Os seus cabelos estavam presos na lateral com flores-do-campo adornando os cachos que se apoiavam no seu ombro levemente desnudo, mostrando a suas sardas. No pescoço levava a joia que o seu tutor a presenteou, eram diamantes azuis que brilhavam, porém, não tanto quanto os olhos vibrantes de Rey. O vestido era delicado com muito bom corte que acentuavam as curvas suaves da jovem. O modelo era estilo princesa de seda. Ombros amostra, com a cintura bem definida e a saia que se abria em muitas camadas de tule. O buquê era de orquídeas rosas. Ao seu lado caminhando, vinha o seu tutor. A conduzia com muito orgulho. A amava muito desejava que fosse feliz.

Estava linda encantava a todos que a via no seu figurino nupcial. Admiravam a sua beleza luminosa. Kylo Ren a contemplava com veneração. A garota era forte, corajosa, principalmente era extremamente bela, suave e com um coração puro e leal. Skywalker a entregou ao noivo quando se aproximaram. O rapaz cumprimentou o homem com toda a solenidade que podia demonstrar. Tomou a mão dela delicadamente e selou os lábios com muito carinho, depois a olhou com muita ternura, ela sorriu docemente para o futuro marido, que sentiu o seu coração bater mais rápido. Ambos se viraram na direção de Kenobi. O padre iniciou a celebração da união matrimonial de Kylo Ren e Rey.

O religioso discursava com muito entusiasmo, sentia orgulho da nubente. Sempre foi uma pessoa bondosa e honesta. O pirata se mostrava digno de ser marido dela. Era íntegro com todos que conviviam com ele. Vez por outra, os noivos se olhavam com um semblante enigmático.

“Ela… Será que continua a amar ao meu irmão? Devo esperar que um dia sentirá mais por mim do que por qualquer outro? A lealdade dela para com pessoas é inquebrável, quero merecer tal honestidade para mim. Farei de tudo para ser merecedor de um coração tão reto e casto. Entregarei a minha vida se preciso for!” A mente de Kylo seguia em dar voltas, com o intuito de encontrar formas de fazer a sua esposa se apaixonar por ele, construindo modos para que ela esqueça de uma vez por todas, qualquer vestígio de sentimentos que nutriu por Ben Solo.

Rey no que lhe concerne, também estava mergulhada em suas meditações: “Será que ele ainda ama a Desirée? Conseguirei tirar algum dia ela completamente de seus pensamentos? Ele tem um coração tão belo. Sempre disposto a apoiar quem precisar de seu auxílio. Tenho medo de não ser tão interessante para o meu esposo. Como devo agir? O que falar para ele?” A insegurança dominava o seu coração que estava cada vez mais comprimido em suas costelas. Um nó em sua garganta a impedia de engolir a saliva. Seus temores estavam tão exaltados que nem percebeu que havia chegado a hora dos votos.

Kylo Ren tomou as mãos de sua noiva com muita delicadeza, como se fosse um frágil cristal. Sua voz se pronunciou convicta e solene.

— Prometo a você toda a minha devoção. Sempre estar aqui para lhe ouvir, apoiar, consolar até o fim. Prometo construir nossa fortaleza; espantar o caos, o medo e os receios. Prometo nos proteger, nos poupar, nos reerguer sempre que necessário; estar ao seu lado e nunca lhe abandonar serei uma constante em sua vida. Assim, te proponho buscarmos a felicidade, juntos.

Uma emoção percorreu todo o corpo de Rey ao ouvir aquelas palavras tão firmes e decididas. Sentiu que teria uma companhia enfim que a apoiaria em momentos difíceis. Soltou o ar dos pulmões ao ouvir dele aquela afirmação. Então olhou nas írises de seu noivo que se assemelhavam a dois lagos profundos, pareciam querer convidar ela a mergulhar neles. A isso ajeitou a sua postura elevando a sua voz.

— Te prometo fazer tudo que puder para garantir o nosso bem-estar, juro por tudo que me é sagrado que é ao seu lado que quero ficar para sempre! Para isso irei rezar por nós todas as noites antes de dormir. Serei sempre a tua amiga, lhe darei consolo, apoio e compreensão quando precisar. Se problemas surgirem tentaremos fazer desses momentos insignificantes. Juntos procuraremos todas as formas para sermos felizes. Acima de tudo, prometo fazer de tudo para cumprir esse voto.

Ao findar os votos, todos testemunharam os nubentes trocarem as alianças, selando a união com um beijo casto que Kylo deu nos lábios róseos de Rey. Ambos sentiram uma grande euforia com o carinho partilhado. Os convidados e familiares deram uma salva de palmas aos recém-casados, exceto Desirée que tentava disfarçar a raiva e o despeito, contudo, vez ou outra deixava um suspiro de derrota lhe escapar.

A isso o casal caminhou de braços dados para a saída da igreja, o grupo os aguardava nas escadarias, Rose e Betina começaram a lançar pétalas de flores formando uma chuva colorida e perfumada. Desse modo todos foram à casa de Luke Skywalker para continuarem os festejos da união de Kylo e Rey.

O local estava belamente ornamentado, o jardim estava disposto com várias mesas forradas de linho branco e em cada mesa um arranjo de gérberas coloridas, alegravam o ambiente.

A festa estava animada, os convidados conversavam e se divertiam com muita descontração. Luke se aproximou de sua filha com um sorriso nos lábios, sentia muito orgulho de ter criado a jovem que estava tão alegre partilhando este momento com todos.

— Rey, estou muito feliz de testemunhar o seu casamento. Está muito bonita. — Beijou a bochecha da jovem. Olhou para Ren. — Espero que cuide muito bem de minha filha.

— Tomarei conta dela com a minha vida. — A olhou intensamente. — Tem a minha palavra.

 — Fico satisfeito em saber.

Nesse momento Leia se aproximou do grupo, abraçou com muito carinho a noiva. Era como se estivesse vendo uma filha se casando.

— Desejo a vocês toda a felicidade do mundo!

— Obrigada madrinha, a senhora sempre é muito bondosa. — A mais velha sorriu acariciando o queixo da noiva.

A isso se aproxima Ben e Desirée. O irmão abraçou o outro desejando toda a alegria e satisfação na nova etapa de vida. Kylo aceitou as felicitações. Dando batidinhas amigáveis nas costas um do outro. Quando a esposa do outro tentou o abraçar, o pirata se afastou a cumprimentando friamente, não deu nenhuma oportunidade dela se aproximar, ela ficou extremamente ofendida com a rejeição.

— Maninha espero que sua felicidade dure tanto quanto a minha. — Sorriu sem humor.

Rey não respondeu à felicitação, apenas anuiu com educação. Ren pegou na mão de sua esposa, ouvindo as primeiras notas de uma valsa a levou para longe do grupo, principalmente de Desirée.

— Agradecemos a todos. Agora se nos dão licença iremos dançar.

— Ótima ideia! — Luke foi logo pegando a mão de sua gêmea para se juntar aos noivos. Ben tentou conduzir a sua esposa na animação do momento, contudo ela negou, não queria se juntar na alegria da festa.

— Agradeço, por ter me afastado de Desirée. — Sorriu cúmplice ao esposo pegando a mão dele e apoiando a outra em seu ombro.

— De nada, só estou começando a cumprir os nossos votos: “nos proteger e nos poupar.” — Deu uma piscadela, a puxando pela cintura para mais perto do seu troco. Começando a se movimentar no ritmo da música. Ambos sorriram e bailaram por muito tempo num movimento harmonioso e repleto de carinho.

Assim foi a festa de casamento de Kylo e Rey, todos usufruíram da ocasião festiva, nem se importaram com as malcriações de Desirée. As amigas da noiva trataram de afastar a garota da irmã o máximo que podiam, foram realmente eficazes. Chegou o momento dos noivos se retirarem. Betina não deixou que ninguém incomodassem os recém-casados. Se despediram rumaram para o seu novo lar.

(…)

A casa estava silenciosa, Kylo Ren abriu a porta com cuidado, logo em seguida pegou sua noiva nos braços com todo o cuidado para cruzar a umbreira para simbolizar que a partir daquele momento em diante seguiriam as suas vidas, juntos.

Eles se olharam sem conseguir desviar um do outro. Então Rey desviou o rosto observando tudo à sua volta, os móveis, os objetos de decoração, as cortinas, tudo era muito bonito e de bom gosto, ficou impressionada com o refinamento do pirata.

— Ficou do seu agrado? — A voz masculina a roubou de seus pensamentos.

— Tem uma apresentação muito distinta, — o fitou com surpresa — Quem lhe ajudou com o mobiliário? — Passou os dedos enluvados pela madeira bem encerada.

— Está com ciúmes? — Riu se aproximando mais de sua esposa.

— Não foi isso que quis dizer. — Se afastou um pouco dele. Voltando a caminhar por sua nova casa.

Ren se decepcionou um pouco queria que ela tivesse dito que sim. Que estava enciumada dele, no entanto, não ouviria isso dela, pois sabia que ela amava outro, isso o deixou irritado, mas precisava ser cauteloso se quisesse conquista-la para si, tinha que ter muita paciência e cautela. Caminhou na direção dela.

— Ninguém me auxiliou, foi meu próprio instinto que me guiou. — Sorriu despreocupado. — Também sou bastante observador com relação às casas finas que você frequentou, não queria que sentisse falta de seus confortos.

— Isso foi muito gentil de sua parte. — Tentava ganhar distância do seu marido. Estava em pânico, contudo se esforçava em esconder o temor.

— Estou preocupado com você… me parece tão… — Deu as costas a ela, voltando logo em seguida para a encarar. — Demonstra com a sua postura que está com medo de mim. Me pergunto, porque estaria assim?

— Impressão sua. — Sorriu sem graça, esfregando uma mão na outra. Seu comportamento a denunciava, pois, não sabia o que deveria fazer ou esperar.

— Não tem motivo para se preocupar. Quero que sempre conversemos. Fale sempre comigo o que lhe preocupa ou agita a sua mente, sejamos sempre amigos, antes de tudo. — Encurtou a distância e com cuidado a abraçou. — Confie sempre em mim.

— Acredito em você. — Então se recostou no tórax do seu esposo. Ficaram assim por alguns instantes. — Agora preciso me arrumar, vestir algo mais leve. — Se desvencilhou dele que a beijou ternamente em sua têmpora.

— Sim, vou te levar até o seu quarto de vestir.

— Tenho um cômodo desses para mim? — Estava espantada.

— Claro que tem, santa Rey. Faço tudo para a minha esposa. — Ela ficou com o semblante tristonho. — O que foi que disse, que lhe chateou.

— Não gosto que me chame assim.

— Estamos acertados não a chamarei desse modo. Agora lhe chamarei de Rey.

Ela sorriu docemente isso derreteu algo dentro do pirata, porém antes que pudesse dizer algo ou lhe afagar, a garota havia saído em busca de seu quarto. Ele deu dois passos largos a alcançando e a conduzindo por sua residência. Ao chegarem no cômodo a deixou sozinha com os seus pertences.

— Vou lhe deixar sozinha, agora. Qualquer coisa me chame. — Fechou a porta atrás de si.

Rey ao ficar sozinha em seu quarto de vestir, passeou por ele, ganhando intimidade com o aposento, observou que tinha em anexo uma sala de banho com uma banheira linda, tudo muito bem ornamentado e organizado. Sorriu pensando no homem que parecia tão bruto, no entanto, se mostrava um perfeito cavalheiro, sensível e atencioso. Com isso, foi até os seus baús para separar em seu enxoval uma camisola com um penhoar. Eram muito delicados, com um bordado fino, a transparência do tecido a deixou tímida novamente.

Tentou não pensar em mais nada, se aprontou com afinco. Soltou seus cabelos castanhos que caíram em cascata pelas costas. Caminhou apressadamente para o quarto do casal. O lugar estava todo arrumado com os lençóis de seu enxoval, ainda podia sentir o cheiro de lavanda que exalava dos tecidos bem passados. Passou a mão sentindo a macies da fazenda. Se sobressaltou ao ouvir uma voz grave atrás de si, fechou mais o robe que usava.

— Vejo que já se aprontou. — Adentrou no aposento com passos de um felino. Ela apenas virou na direção do marido anuindo com um leve balanço. — Posso me aproximar? — Novamente apenas meneou com a cabeça. Caminhou calmamente até ela. — Estás tão linda de cabelos soltos! — Alisou os fios suaves dela.

— Obrigada. — Baixou a vista acanhada com a situação.

— Não quero que sinta vergonha de mim, Rey. — Baixou o olhar para o pescoço delicado dela. Beijou ternamente a região. A esposa estremeceu ao sentir o toque quente e vibrante do homem. — Desejo que se sinta à vontade em minha presença. — Retirou com cuidado a mão tensa da jovem que segurava a borda de sua vestimenta. Ao soltar os dedos, roçou os lábios em cada nó esbranquiçado pela tensão. — Aspiro que me permita que faça parte de sua vida, que compartilhe comigo tudo que lhe faz sentir prazer e felicidade. — Então tomou seus lábios róseos num toque tépido e faminto.

O carinho se prolongou por um momento envolvente, Rey estava entregue a atenção afetuosa do pirata, que percorria com lentidão toda a extensão do pescoço descoberto da jovem. Ela era tão reservada, o recato deixava o marido mais motivado a conquistar tudo que escondia dentro de si. Ser o merecedor de toda a alma e amor desta mulher que estava ali se oferecendo como um doce sacrifício.

Kylo a estreitou em seu abraço, ela não resistiu se aninhou mais ao tronco firme e musculoso do homem, segurou os ombros dele como se não desejasse se afastar nunca daquele momento. Ele investia com todo carinho mordidinhas e sussurros entre o ombro e seus ouvidos.

— És tão suave, e perfumada… — Continuava o afago. — Doce, gentil. — O cheiro dela o inebriava. Retirou o penhoar dela, caindo como uma nuvem envolta de suas pernas. Deixando a camisola translucida evidenciar o corpo de curvas suaves da mulher.

Kylo Ren estava muito envolvido naquele momento, se sentia exposto, contudo não estava intimidado por isso, sabia que Rey era uma mulher encantadora e leal, não o trairia sob nenhuma circunstância. Decidiu neste momento entregar o seu coração, a sua esposa, confiar nela em todos os momentos.

— Kylo? — A voz saiu hesitante.

— Sim? O que foi? — Baixou a vista para encarar a sua mulher. Ficou preocupado com ela.

— Não sei nada disso… — Sorveu o ar com força. — Não sei o que fazer…

— Nem eu… — Rey o olhou confusa, aquela afirmação a desconcertou. — … Quero dizer, é a primeira vez que me caso… — Voltou a ciciar próximo a seu rosto, ela sentia o hálito dele com notas de whisky com canela. — Não tenha medo. — Pegou na mão dela novamente mordiscando o dorso suavemente. — Te incomoda que me aproxime?

— Não. — A voz dela saiu entrecortada.

Então ele colou seu corpo ao dela a envolvendo em seus braços iniciando um beijo delicado e terno.

— Gosta disso?

— Sim!

O afago foi se intensificando, a respiração deles começou a descompensar. Os lábios dançavam um ritmo frenético. O sabor doce e inocente dela o extasiava. Quebrou por um momento o carinho, a olhando intensamente. Ela se sentia desnuda diante dele, como se pudesse ler a sua alma.

— Não imagino o quanto sabe… — Roçou o queixo da jovem. — … Ou, o que te disseram… — selou os lábios nos dela. — … Mas isso pode ser tão bonito quanto quiser … És tão formosa, meiga. — Rey suspirou rendida ao pirata. — Queria te propor que esqueçamos todo o passado. Neste momento, construir uma nova vida para nós.

Ele a conduziu até o leito nupcial a deitando com muita suavidade. Recostou-se junto à sua esposa não deixando de acariciar sua derme tépida. Baixou a mão indo desfazer o laço que ficava na frente da camisola de Rey. Desnudou os seios rijos da garota, fazendo um caminho tentador de beijos até os bicos róseos e rijos dela, que por um momento prendeu a respiração ao sentir os lábios úmidos e de movimentos urgentes em sua pele.

As mãos pequeninas e curiosas passaram a percorrer pelos ombros largos do homem, estava hesitante. Contudo, seguiu acariciando a pele que tinha algumas cicatrizes, ficou curiosa em saber as histórias por trás de cada uma delas, mas escolheu seguir naquele momento encantador. Ele não ficava um momento quieto. A deixava toda arrepiada.

Se levantou rapidamente, se livrando do restante das roupas que impediam de sentir mais da pele um do outro, mais do toque que os deixavam mais perto e necessitados. Ao ver a nudez dela, tão perfeita a derme clara como o alabastro o inflamou mais. Beijou seu ventre, ela se contorceu num arrepio mágico que a fez desejar por mais dessa aventura sensual. Ele seguiu lambendo e mordiscando as cochas internas num movimento lento e excitante. Ela sentia uma sensação nova despertar em seu corpo, algo nunca experimentado. Soltou um gemido baixo voluptuoso, este som deu mais entusiasmo em Kylo para prosseguir em suas investidas libidinosas.

Sua língua pousou em sua pele quente e vibrante, a umidade o animou, seu membro enrijecido necessitado de entrar em sua carne e alma. Contudo, precisava ser paciente intencionava lhe proporcionar uma experiência inesquecível a sua linda esposa.

Então continuou a lhe sugar e lamber seu sexo com todo esmero e paixão. Estava enfeitiçado por ela, sentia seu coração descompassar pela emoção do momento, ao sentir o corpo inteiro de Rey vibrar debaixo do seu, sua boca sugava todo o seu doce fluido, com isso sentiu que ela teve um delicioso orgasmo intenso, levando a jovem sussurrar seu nome lindamente.

A isso voltou a beijar Rey com muita vontade e entusiasmo, ela correspondeu ao carinho com o mesmo sentimento. Com todo o tato se posicionou por cima dela. Sussurrando.

— Vou me conter para que não sinta tanta dor, pode ficar desconfortável. Quero que me diga se não estiver bem. — Consequentemente, a penetrou com delicadeza. Rey foi sentindo o desconforto do membro dele a invadindo. Fez uma pequena careta que logo se desvaneceu, pois, sentiu seu corpo relaxando a tensão ao acomodar o falo dele, sentiu a plenitude ao compartilhar esse momento tão íntimo real.

— Devo parar? Está bem? — A mirou sincero.

— Não… — O encarou com um sorriso doce, escovou os cabelos negros do pirata, assim pode visualizar os olhos brilhantes que transpareciam carinho. — … Estou bem.

Com isso, continuaram a partilhar do carinho, em movimentos sôfregos. Sentiam um sentimento de cumplicidade crescendo entre eles. Entre sussurros e promessas Kylo e Rey selaram seus destinos numa entrega total, quando ambos se desmancharam num clímax lânguido e repleto de amor e carinho. Assim, os dois continuaram abraçados por algum tempo sentido o calor que emanava de suas dermes úmidas e rubras. Kylo se retirou dela com muita lentidão, puxou as cobertas cobrindo seus corpos, voltou a abraçar sua esposa adormecendo sentindo o perfume suave floral que vinha dos cabelos dela. Rey ficou ainda alguns momentos, acordada absorvendo toda aquela experiência que acabava de ter vivido, o coração estava preenchido de seu esposo, sorriu para si. “Te amo!” Com esse último pensamento se deixou envolver num sono tranquilo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá !!!
Postando o capítulo e cruzando os dedinhos para que gostem dele ... Kylo e Rey enfim se casaram ... rsrsrs ...
Agora me contem gostaram da união ... adoro ler o que vocês escrevem com tanto carinho...
Bom Desirée tentou atrasar o casamento ... mas não conseguiu ainda bem, né? Todavia ainda temos os inimigos de Ren a tramar um plano contra o nosso pirata ... vamos ver se irão conseguir que seus planos deem certo...

Agradeço de coração todo o apoio e carinho que recebo de vocês por meio de comentários lindos e empolgantes...
Me animam muito e me motivam a continuar...
Beijos de Caramelo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Corações Indomáveis Reylo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.