Oikawa, 40 graus escrita por machadorisos


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

a história foi inspirada na art da Karol Karambola (a mesma da capa) e no meu descontrole yay



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Tooru Oikawa era morador da Baixada Fluminense, mais precisamente de Nova Iguaçu. Dividia apartamento com Yuu Nishinoya e Koushi Sugawara, seus melhores amigos de infância. Os três trabalhavam no Top Shopping, localizado no centro da cidade.

Era funcionário de uma ótica e isso lhe garantia bons descontos - o que lhe agradava demais. Como estava em seu horário de almoço resolveu bater uma perna para relaxar, afinal quem trabalha com o público tem mais estresse do que tem dinheiro. Puxando a barra de notificação de seu celular, o jovem viu uma mensagem de Miya. Achou melhor ignorar, aquele maldito não merecia sua atenção. Decidiu passar no primeiro piso e conferir as promoções na Renner que, segundo Suga, estavam imperdíveis. 

A placa em frente a loja dizia: “Promoção de blusas por R$29,90!”. Ele teria que aproveitar, isso era um fato. Desfilou pelas araras, escolhendo o que iria levar. Uma camisa branca com a palavra “ranço” chamou sua atenção. Logo a pegou a jogando no antebraço. Sabia que era questão de tempo até algum abutre em forma de vendedor aparecer. Talvez devesse levar mais uma camisa xadrez, ou um par de meias. O ar condicionado lhe deixava com uma sensação agradável, aplacando o calor surreal que fazia na cidade. Quando ouviu uma voz atrás de si questionando se precisava de ajuda, revirou os olhos pronto para dizer que não até que estancou no lugar encarando o homem que também o fitava.

Ele era lindo. Oikawa tentava lembrar quando viu um homem tão delicioso em sua vida. Talvez ele não poderia competir com o próprio Tooru, mas valia a pena tentar. O homem tinha os cabelos curtos, escuros e espetados. Os olhos em um tom verde oliva o avaliavam com um sorriso um tanto falso, aquele que todo vendedor usa quando precisa garantir sua comissão. A pele levemente bronzeada, braços fortes, uma estatura um pouco mais baixa que a sua.

Maravilhoso.

Gostoso.

— Oi. — Sorriu ladino. — ‘Tô só dando uma olhadinha em algumas blusinhas. — Usou o tom galanteador.

— Tudo bem, você tem algo em mente? — O vendedor questionou simpático.

— Seu nome, talvez? — Oikawa era tão cara de pau que a empresa Óleo de Peroba poderia patrociná-lo.

— Hm? É Hajime. — O vendedor ficou um tanto desconcertado. — Nossa loja está com muitas promoções, que tal eu te mostrar algumas?

— Não posso demorar, mas quero olhar sim. — Oikawa entrou na loja com intenção de levar uma ou duas blusinhas, agora queria levar o vendedor também.

Hajime o mostrou mais blusas e o Oikawa puxou para o seu braço mais duas blusas e uma bermuda jeans e andou até o provador, tudo isso com o vendedor ao seu encalço. Experimentou todas as roupas jogando um beijo para o espelho com o a sua boa e velha autoestima: “Eu sou tão lindo que deveria ser crime!”. Ele não era convencido, realista apenas.

Saindo do provedor entregou as roupas ao vendedor, dizendo que iria levá-las. Os dois foram até o caixa e, antes do vendedor se despedir, virou-se para Oikawa sorrindo simpático.

— Não gostaria de fazer um cartão da loja?

— Eu gostaria de fazer uma família com você... — Oikawa sussurrou, percebendo que exprimiu seus pensamentos em palavras, gargalhou. — Hoje não. Posso passar aqui em algum outro momento?

— Claro. — Hajime já se afastava quando Tooru o chamou novamente.

— Posso procurar por você direto da próxima vez? Na hora de fazer o cartão? — É necessário garantir uma próxima vez, pensou malicioso.

— Pode sim, tenha um bom dia. — Despediu-se o vendedor.

Oikawa saiu da loja com reais a mais em sua fatura e uma mensagem para Suga e Noya no grupinho dos três:

Eu encontrei o amor da minha vida. 


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