For Grissom escrita por Dama das Estrelas


Capítulo 14
Dê-nos algo novo


Notas iniciais do capítulo

ALGUÉM SOBREVIVEU AO CAPÍTULO ANTERIOR????????

Sei lá, acho que exagerei um pouco, mas tá tudo bem né galeraaaa kkkkkkk

Se você chegou aqui foi porque você não está revoltada(o) comigo (ou está) e quer saber como essa bagaça vai acabar. Então... tá acabando, só isso que eu tenho a dizer,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

Obrigada a todos que estão lendo essa fic porque haja paciência, né, eu se tivesse lendo ia me remoer de ansiedade, louca por uma atualização logo.

BORA PRO CAP?



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— Sara, você tem que vir ao Memorial agora! O médico tem notícias do Gil! 

A ligação urgente de Catherine despertou Sara de suas divagações. Em casa, lugar onde ficava na maior parte do tempo, ela atendeu à chamada no segundo o toque ao ver o contato na tela. Atendeu imaginando que fosse ouvir perguntas sobre como ela estava ou sobre Grissom. Acertou em cheio na segunda opção. 

Sara se trocou rapidamente, optando por usar uma calça jeans largada no sofá. A camiseta azul lisa, já no corpo, era o bastante e lhe servia. Ela chamou por um táxi e pediu que o motorista se apressasse até o hospital. Sentir com todas as suas forças e com toda a certeza que a notícia a ser ouvida mudaria sua vida. Seria aquele o dia, Sara não tinha dúvidas.  

Só de cogitar o que ouviria no Memorial seu corpo não reagia bem. Sentia borboletas no estômago, um frio na barriga. O peito dava a impressão de que fosse explodir a qualquer hora. Se não tomasse cuidado poderia ter uma rara crise de ansiedade.  

Ela não estava preparada para o pior, para uma despedida. Não do homem por quem foi apaixonada por toda a sua vida; seu ex supervisor, colega de trabalho e melhor amigo. Tudo o que mais queria era chegar em seu quarto e vê-lo de olhos abertos, imaginando que esperava por ela ou que ao menos pensasse nela.  

Todavia, após tantos episódios difíceis que já enfrentou, Sara já se reservava no direito de chorar por sua morte. 

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Sara chegou ao Memorial em menos de dez minutos apresando-se para se encontrar com Catherine. Ao vê-la na recepção não imaginava que os outros também estariam por perto. Tão focada num círculo fechado que não pensou no óbvio. Sem graça no começo, a morena cumprimentou seus amigos, sendo Catherine a última pessoa com quem falou, permanecendo ao seu lado.  

— Liguei para cá por notícias do Gil e o médico falou que havia algo importante para dizer. Por isso pediu a presença dos mais próximos — comentou a supervisora. — Resolvi chamar todo mundo. 

Sara observou seus amigos por pouco tempo, mas o suficiente para refletir sobre aquela expressão, “mais próximos”; Aquela gente, seus amigos, era a família de Grissom. Seu comportamento e modo de vida solitários não impediu o entomologista de criar laços com outras pessoas. Até se envolver num relacionamento ele o fez. 

— Melhor assim. — Sara concordou. 

Catherine pediu para que chamassem o doutor Reed e os seis minutos de espera foram os mais demorados de suas vidas. Havia muita apreensão em seus rostos e cada mente pensava um jeito diferente de receber a notícia ou na própria notícia. Mais de um mês já havia se passado desde que Grissom foi internado no Memorial. Um período turbulento, de incertezas e receios, de vozes enganosas que mexiam com as estruturas de cada um. Perguntas sobre um futuro incerto que ninguém gostaria de pensar, mas que povoavam suas mentes. 

— Boa tarde. Todos os parentes estão aqui? — perguntou o médico direcionando seu olhar a Sara e Catherine. 

— Apenas eu. A mãe dele precisou se ausentar — respondeu a ex-CSI, tomando um pequeno passo a frente. — Mas eles também são próximos do Gilbert. — Ela fez questão de referir aos outros como parte da família. 

Era verdade que Sara estava uma pilha de nervos, não muito diferente de seus amigos. Ela tentou esconder o leve desconforto emocional ao máximo, mas por dentro se remoía de ansiedade. 

— Certo. Não vou me estender muito. — O homem assentiu. — Recentemente nós realizamos exames no senhor Grissom e, com base nos resultados, vimos que ele poderá sair do coma em breve. 

Houve menos de um segundo de silêncio até que a notícia impactasse por completo o grupo. Parecia ser algo de outro mundo, coisa para não se acreditar. Do tipo que se ouvia em sonhos ou em conversas de momento. Aquilo? Aquilo era irreal, mais incrível que qualquer outra coisa. Era o tipo de notícia que todos ansiavam ouvir, mas impossível de crer. 

Os amigos trocaram olhares maravilhados, as palavras lhe faltaram no começo. Os corações dispararam como em um gatilho, quase a mesma sensação de se ver em "queda livre" no ponto mais alto de uma montanha-russa. Tiveram que se segurar para não gritarem ou começarem uma bagunça generalizada no hospital. Mas nada impediu as comemorações de imediato. Algumas vozes alteradas, gritos abafados, braços e mãos erguidas. 

— O senhor Grissom reagiu bem aos medicamentos e seu corpo está se recuperando melhor que o previsto. — Reed continuou após assistir suas primeiras reações. — O processo de retirada do coma induzido vai começar, assim como desmame da respiração mecânica. Os exames que nós realizamos recentemente constaram que não há sequelas graves. 

— Ah, graças a Deus! — Emocionada, Catherine foi a primeira a se manifestar antes dos outros se exaltarem.   

Ela viu Nick comemorando a notícia como se fosse a final de um campeonato. Viu Greg erguer os punhos para o alto e Warrick comemorar e agradecer discretamente. Também viu Sara fazer quase o mesmo; emocionada, cobriu a boca com a mão e seus olhos de repente começaram a lacrimejar. A reação dela foi espontânea, sem falar, gritar ou fazer quaisquer movimentos bruscos. Parecia ser a que menos sentiu a notícia, mas ao contrário dos outros, sentiu como se seu próprio corpo fosse entrar em colapso. 

— Ele conseguiu, Sara! — A mulher disse a ela com um sorriso ímpar ao se virar para a amiga. Fez isso, também, no intuito de saber se Sara realmente estava ok. — Deus! Ele conseguiu! 

Ao respondê-la com um gesto positivo, Sara até que tentou segurar as lágrimas de felicidade e se recompor para comemorar a notícia ao lado de seus amigos com sobriedade. Tentou. Ela recuou um passo e, ainda com a mão sobre o rosto, não se conteve; caiu em prantos. Só podia estar sonhando. Era algo forte demais para se administrar 

— Ei... — Greg, vindo a se aproximar dela, abraçou a amiga para consolá-la e lhe dar suporte. — Tá tudo bem. 

Catherine, próxima a ela e Greg, tocou em seu ombro gentilmente e, sem graça, logo se juntou ao abraço dos dois. Ainda em choque pela notícia, Nick e Warrick perceberam a reação de Sara alguns segundos depois. Empolgado com o gesto, Nick se uniu aos outros no abraço coletivo. Por último, o CSI Brown observou a cena achando engraçado de início, mas ainda assim levou poucos para se juntar ao grupo.  

Depois daquele abraço, Sara não teria mais dúvidas de que era uma pessoa querida demais para ser esquecida. O tipo de família que não pensou em achar. Se no começo não havia ninguém por perto para consolá-la após receber a notícia do atendado, agora ela estava literalmente cercada por gente que a queria bem. 

Eles conseguiram. Após dias e dias angustiosos, previsões e expectativas desanimadoras e desabafos pesarosos, saber que Grissom poderia sair do coma era uma vitória mais que merecida. 

— Pode chorar, Sara — disse Catherine ao não segurar as lágrimas também. — Pode chorar. O Gil vai ficar bem. 

As expectativas não eram boas pra o supervisor. Alguns já desacreditavam em uma melhora, outros até pensavam que ele não sairia daquela mesa de cirurgia. Todavia, eles superaram tudo. Lágrimas foram derramadas, muitas delas. Mas agora faltava pouco para que ele deixasse de ser sustentado por um aparato de máquinas e, muito em breve, pudesse ver seus rostos. Não era todo mundo que conseguia resistir a uma circunstância daquelas e sobreviver. 

As lágrimas que caíam de seus rostos já não eram mais de tristeza ou desânimo, mas sim de alívio. Felicidade ao saber que ele havia conseguido superar um atentado mortal. Eles já viram casos semelhantes ou de menor gravidade que terminavam num enterro e temiam que acontecesse também. Mas não podiam aceitar que Grissom tivesse o mesmo desfecho. 

Cada um reagiu de um jeito ao incidente, porém a notícia recente uniu o grupo de uma forma única. Até mesmo Warrick, quem raramente manifestava suas emoções quando se sentia tocado, encheu seu rosto com a vermelhidão provocada pelo choro. Ninguém ensaiou um abraço coletivo, tampouco o jeito pelo qual iriam comemorar a boa notícia.  

Eles eram uma família. Não convencional, mas eles eram. 

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Saber que Grissom, enfim, deixaria o coma foi o tipo de coisa que anestesiou suas mentes transtornadas. Para eles que conviviam com a morte quase todos os dias, comemorar a vida era um presente; ainda mais quando se tratava de alguém da família. Foi do mesmo jeito com Nick, Greg e Sara. Muita apreensão em volta, preocupação e um medo terrível de ter acontecido o pior. 

— Não precisava fazer isso — agradeceu a morena logo após fechar o cinto de segurança. 

— Não, eu faço questão de te levar pra casa. — O texano reafirmou.  

Quando chegou o momento de o grupo ir embora, Nick chamou a amiga para perto e lhe ofereceu uma carona. Na verdade, foi ele quem pediu para que ela não recusasse. O restante se despediu e cada um seguiu o seu caminho. Os dois seguiram no carro do perito. 

— Parece que é um sonho. — Passados uns dois minutos de trajeto, Sara comentou com ele. 

— Parece, não é? — Ele repetiu trazendo consigo um sorriso orgulhoso. — Sempre achei que o Griss foi uma rocha, mas depois do que houve... eu vejo que ele é mesmo. 

Sara acabou rindo após ouvir o comentário inesperado, imaginando que fosse dizer algo mais sério. O plano de Nick deu certo. O CSI fez um gesto positivo com a cabeça e permaneceu calado por algum tempo. Queria muito dizer a ela algo que manteve para si e que para outros seria uma coisa banal.  

— Como está a vida como supervisor assistente? — Ela puxou assunto após se incomodar com o silêncio. 

— Hã? Ah... — O texano disfarçou, buscando as melhores palavras para respondê-la. — Mais trabalho — brincou, levando a amiga ao riso.  

— Não me diga. 

— É verdade. Ao menos eles garantiram uns trocados a mais no meu salário. Ajuda bastante. 

— Que bom. Não tenho dúvidas que um dia você vai ser efetivado. 

— Não sei se espero por isso. Tenho medo de me tornar como o Grissom. — Sorrindo, ele olhou para ela brevemente e a viu rir. 

— Idiota. 

Rindo de volta, Nick fez um breve gesto de derrota e ao mesmo tempo com um sorriso debochado. Não muito tempo depois daquela conversa, ele manobrou na esquina próxima à casa de Grissom e em pouco tempo chegou ao seu endereço. 

— Sara. 

— Diga. 

— Eu te devo desculpas.  

— Por quê? 

O CSI fez um gesto para que ela saísse do carro junto dele. Estranhando sua atitude, a morena não o questionou e fez como pedido. Dando a volta no carro, Nick ficou ao lado dela e se recostou no automóvel. 

— Não queria que você soubesse — admitiu após um suspiro. 

— Soubesse do-... — Não levou muito tempo para que Sara ligasse os pontos e entender sobre o que se tratava o pedido de desculpas. — O quê? 

Nick encarou a amiga esperando por um olhar reprovador e uma série de reclamações. Antes disso, interveio para sua própria defesa. 

— Eu sei que fui egoísta, mas, sabe... — O homem balançou a cabeça. — Não queria que você se machucasse com isso. 

Sara não retrucou e tampouco reagiu de modo indignado. Encarando a feição arrependida do amigo, que de vez em quando desviava dela, Sara se encostou no carro assim como ele. Ainda parecia não entender. 

— Tive medo que... você não reagisse bem. É um choque receber uma notícia daquelas... — Ele deu de ombros. 

Abrindo um sorrisinho pela comoção do amigo, Sara apoiou sua mão na nuca por uns instantes. Não era sempre que recebia aquele tipo de declaração então mal sabia como responder. 

— Você estava tentando me proteger, é isto. 

— É, eu acho que sim... 

Visando o chão por alguns segundos, Sara tentou administrar o que ouviu agora há pouco. Ela poderia simplesmente reclamar ou repreendê-lo de todas as formas, afinal Grissom e ela continuavam juntos e ter seu direito de saber negado não era algo bom. 

— Eu agradeço que tenha pensado assim, mas... Grissom e eu ainda estamos juntos. 

O homem não se opôs, pelo contrário, concordou ao assentir e olhar par ao chão. 

— Imagina só se eu não soubesse. Acha que isso iria apagar a minha dor? 

A ex-CSI o encarou esperando por uma resposta. Não queria passar dali, mas no momento que abriu a boca ela sentiu o gosto amargo da dimensão que poderia chegar. 

— Não. — Ele falou em voz baixa. — Eu não pensei direito na hora, me desculpe. 

Em silêncio, a morena deu um passo frente a ele aparentando seriedade em seu rosto. Ficou naquela posição por cinco segundos até que, de repente, abraçou o amigo com afeto de quem não o fazia há anos. Surpreso por isso, Nick devolveu o gesto e sorriu por alívio; longe dele fragmentar uma relação de tempos.  

Sara nunca se esqueceu dos perrengues que o amigo sofreu ao longo dos anos. Se ser colocada debaixo de um carro já era um pesadelo cruel, imagine ser enterrado vivo e tantos outros casos em que Nick correu riscos evidentes. Por isso pôde compreender, ao menos um pouco, o que se passava na mente dele. 

Eles ficaram assim por um tempo maior do que esperavam. Disseram muito sem terem aberto a boca para falar.  

— Não faça mais isso ou eu acabo com você — brincou. Queria ela ter um irmão adotivo do jeito Nick, que faria de tudo para protegê-la. Pena que em sua vida nunca teve alguém como ele por perto.  

— Tá, tá bom. — O CSI zombou dela assim que saíram do abraço e levou um pequeno soco no ombro. — Ai! 

— Eu falei! — Sara apontou para ele agressivamente, mas logo a pose séria deu lugar à gargalhada entre os dois. — Vem, entra, vou preparar alguma coisa pra gente. 

— Não, não precisa. Vou te deixar em paz. Além disso eu tenho que ir para o laboratório. 

— Tá bom. 

Antes de voltar para o carro, Nick tocou gentilmente no ombro da amiga e pressionou-o levemente. 

— Logo, logo ele vai estar aí. — Ele abriu um sorriso confortante. 

— Ele vai. Eu... ainda não consigo acreditar. 

Nick percebeu que a amiga estava prestes a se emocionar então a abraçou por conta própria. Pensando que por pouco seria responsável por deixá-la ainda mais abatida caso não soubesse logo da notícia, o perito se sentiu no dever de acalentá-la. 

— Ninguém tá acreditando até agora — disse ele. 

Aquele foi o tipo de abraço que Sara não se importou em manter. Sua maior mudança ultimamente foi se tornar uma pessoa mais "tolerante" a abraços. Ganhar de seus amigos estava sendo seu maior conforto dos últimos tempos. 

— Você vai se atrasar, não vai? — Ela perguntou um pouco preocupada. 

— Eu vou. — Ele riu, fazendo-a rir também. — Mas não ligue pra isso. 

Os dois ficaram em silêncio por mais alguns segundos até que Sara, enfim, se afastou do amigo 

— Obrigada, Nick. Obrigada por isso. 

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Passava de nove da noite, quase dez. Dois amantes não intitulados "amantes" compartilhavam a mesma cama. Dia produtivo, noite calma. Após a boa notícia nada melhor que relaxar em boa companhia, eles mereciam isto. Ainda mais depois de enfrentarem dias caóticos. Saber da boa recuperação de Grissom foi como se tirassem aquele peso que os incomodava por mais de um mês. 

Havia silêncio, mais do que gostariam e, ao mesmo tempo, o que mais desejavam. 

Catherine pegou o celular em cima da cabeceira para saber se havia alguma mensagem ou ligação de casa ou do trabalho. Nada. Melhor para os dois aproveitarem mais um pouco. Ao voltar ao local de antes — apoiada no peito do companheiro —, Warrick soltou um suspiro aparentando cansaço.  

— Você tá bem, Rick?  

O homem a visou de modo confuso, querendo saber qual era sua verdadeira intenção. Catherine queria saber como o namorado estava reagindo após a notícia da saída do coma induzido de Grissom. Com a vida em casa e o trabalho não era sempre em que os dois podiam parar, descansar e aproveitar o tempo a sós. Aquela era uma dúvida que Catherine gostaria que fosse respondida, afinal, Warrick foi um dos mais afetados pelo crime. 

— Sobre o quê? 

— Você sabe, está evidente. 

Ao olhar para lado e suspirar por um instante, o CSI baixou o rosto. Sua feição não enganava nem mesmo ele próprio. Grissom era o assunto do momento e que não saía de sua cabeça. 

— Mais aliviado — admitiu ele. 

— Bom saber. — Ela sorriu, aconchegando-se em seu abraço e recebendo o toque carinhoso de sua mão. Para alguém que vinha sendo o ombro amigo e acalento para os outros, Catherine estava gostando de receber afeto de alguém especial. 

— Mas ainda não... consigo me conformar. — Warrick desabafou após dez segundos calado. 

— Ninguém consegue.  

— Eu queria matá-lo — admitiu. 

As palavras do CSI correram pelo quarto e pairaram sobre ele como uma nuvem carregada. Warrick não contaria um desejo tão pessoal se não confiasse em Catherine, desabafo que não diria nem para seus melhores amigos e até mesmo a sua ex esposa. Não sabia se seria julgado ao dizer aquilo, afinal, ela continuava sendo sua supervisora e deveria tomar todas as precauções possíveis caso fosse necessário. 

— Eu sei. Por que acha que eu te mantive longe dele? — Catherine deslizou a mão sobre o peito dele enquanto falava. 

Warrick apoiou o braço sobre a nuca preferindo não responder. Os pensamentos nocivos acerca do ex sub-xerife não passavam. Ele não se esqueceria da primeira audiência na qual teve de testemunhar contra ele. Sentado no banco dos réus McKeen não aparentava arrependimento em seus atos, dizendo ainda ao júri que era inocente. Warrick nunca teve tanto desgosto ao olhar para a cara de alguém num tribunal. O CSI teve de manter sua posição firme, como a de um perito imparcial que não fora afetado pelos acontecimentos. 

— McKeen não sai mais da prisão, disso eu tenho certeza. E logo o Grissom vai acordar. — Ele respirou fundo. — É... parece que as coisas vão voltar ao normal. — O CSI comentou enquanto acariciava o braço dela. 

— Acha mesmo? — Ela brincou, erguendo o rosto para encará-lo com um sorriso de canto. 

— Hum. — O homem respondeu com o mesmo sorriso. — Sei que vai levar um tempo para o Gil voltar à ativa, mas... Aposto que ele vai dar um jeito de trabalhar logo. Eu não aguentava mais viver aquele pesadelo. 

Catherine riu brevemente com o comentário dele e, mesmo que tentasse disfarçar, Warrick percebeu e veio buscar explicações. 

— O que foi, hein? — Ele a provocou com um beijo próximo ao pescoço. 

— Poderia ser assim, mas você se esqueceu de um detalhe, Rick. 

— Ah é? E que detalhe é esse? 

— Sara. 

— O que tem ela? — Warrick deu de ombros. Não podia imaginar como a ex-CSI iria alterar o rumo das coisas. — Não vejo o que isso vai mudar. 

Sorrindo pela inocência em seu comentário, Catherine beijou seus lábios. 

— Você vai saber em breve. 


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Notas finais do capítulo

Vocês merecem esses mimos, né, bora combinar. Ao menos uma notícia boa tinha que vir porque se não... ia complicar pro meu lado haha

Obrigada a todo mundo que leu, vocês são demais! Um beijão e até o próximo capítulo!

Obs: gente eu não sou da área da saúde, eu juro que passei mó tempão procurando sobre como funciona o coma induzido e chorando por não entender 100% dos artigos científicos do tema. Tentei dar o meu melhor, melhor do que eu consegui entender e o melhor para não deixar uma leitura complexa. Se eu errei em alguma coisa nessa parte, por favor, me deem um toque e eu irei acertar o que for necessário.

Agora sim, até o próximo capítulo!



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