My Dear Babysitter - Concluída escrita por Julie Kress


Capítulo 10
Seguindo com a rotina


Notas iniciais do capítulo

Ei, pessoal!!!

Como estão???

Estou ótima!!!

Aproveitem e boa leitura!!!



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No dia seguinte: Segunda-feira, às 07h:12min...

P.O.V Da Sam

— Se comportem, crianças! - Acenei para elas.

— Tchau, tia Sam! - Noah sorriu se despedindo.

Ally nem me olhou, foi para perto da professora que os aguardava em frente ao portão da escolinha. Olhei para trás, Hannah estava sentada na cadeirinha, agarrada ao Sr. Orelhudo, babando o bichinho de pelúcia.

— Agora somos só você e eu, Han. Vamos para casa, bonequinha. - Liguei o carro e dei partida.

Era bom ficar em casa com Hannah, era uma bebê que não dava muito trabalho. A limpeza ficava por conta de Valentina, ela ainda estava organizando as coisas quando cheguei. Era ótimo ter alguém para conversar, as horas passavam rápido quando ela e eu engatávamos em algum assunto.

— Está gostando de trabalhar aqui? Como está indo com as crianças? - Indagou enquanto arrumava o armário.

Eu estava preparando suco, as refeições ficavam por minha conta. O que não era incômodo algum, eu simplesmente amava cozinhar.

— Sim, estou gostando. - Confirmei. - Está sendo bom ter um emprego. Está sendo uma experiência e tanto. A única que dá mais trabalho é a Ally, ela ainda não me aceitou muito bem... Gosto muito do Noah, é um menino bonzinho. E a bebê é adorável, até agora está tudo sob controle, nunca pensei que daria conta! - Eu ri.

— Sobre a Ally te aceitar como babá, é só uma questão de tempo. Tenha paciência. As crianças já passaram por muitas coisas. - Contou. - O patrão então, o pobrezinho já sofreu muito, já trabalho para o Sr. Benson há anos, e acredite, até agora você foi a melhor coisa que aconteceu nessa família, o pequeno Noah te adora, a Hannah também, e já percebi que o Sr. Benson está bem feliz e satisfeito por tê-la aqui. - Falou sorridente.

— Você acha mesmo? Por quê diz isso? - Fiquei surpresa.

— Porque é a verdade, em todos esses anos, eu nunca tinha visto o patrão tão alegre. Graças a você ele tem chegado mais cedo, e com sua ajuda ele está se esforçando para se reaproximar dos filhos. Fico feliz por isso, você é uma boa moça e espero que continue fazendo o bem para essa família. - Me senti lisonjeada com tudo aquilo.

— Sendo assim, fico feliz também. - Eu nunca tinha tido uma família de verdade, uma família reunida e tudo mais.

Meus parentes moravam bem distantes, sempre foi apenas Pam e eu. Na verdade, minha mãe nunca foi tão presente em minha vida e a maior parte do tempo tive que me virar sozinha, e isso tudo só me fez crescer solitária, sem pai, sem irmãos e com uma mãe maluca que nunca parava em casa...

— Tina, posso te fazer uma pergunta indiscreta? - Terminei de adoçar o suco.

— Se eu puder responder. - Deu uma risadinha. - Pode perguntar. - Pausou um pouco o que fazia.

— Depois do divórcio, a ex-mulher do Freddie realmente nunca mais veio aqui? Nem mesmo para saber sobre as crianças? - Eu só queria ter certeza, não era como se eu estivesse duvidando do Freddie.

Havia coisas que eu ainda gostaria de saber.

— Pelo visto, vocês dois já tem certa intimidade. - Me encarou, sorri sem jeito sentindo minhas bochechas esquentarem. - Agora respondendo a sua pergunta, aquela mulher nunca se importou com a família. E espero que ela nunca volte a colocar os pés aqui, ela só iria estragar tudo se o fizesse... - Afirmou.

— Tudo o quê? - Eu não compreendi.

— As crianças não precisam dela, nem o Sr. Benson. Agora eles tem você. - E dizendo aquilo, voltou para os seus afazeres.

E ainda assim, fiquei pensando sobre o que exatamente Valentina queria dizer com aquela afirmação... Eu era só uma babá, não era como se eu fosse parte da família e eu não iria ficar ali para sempre, certo?

Um dia eu teria que partir...

[...]

— Tia Sam, estou com fome. - Noah puxou minha blusa.

— O almoço já está quase pronto. Lave as mãos. - Mandei.

— Tenho balé, e você precisa levar o Noah para a aula de Judô também. O papai nunca tem tempo para acompanhar a gente, quando ele chega em casa, só dá atenção para a Hannah. - Ally se queixou.

— Isso não é verdade, ele brinca com o Noah também. E sempre tenta se aproximar de você. - Falei.

— Você não sabe de nada. - Resmungou. - Só tá falando isso por ser uma puxa-saco! - Acusou.

Eu não sabia de onde vinha todo aquele atrevimento...

— Mas você não dá uma chance para o seu pai se aproximar. - Aquilo deixava o Freddie bastante triste.

— Ele gosta mais dos meus irmãos. - Cruzou os braços, amuada.

— Isso não é verdade, ele...

— Também estou com fome. A comida nunca vai ficar pronta? - Me cortou, indo sentar à mesa.

— Okay, okay... Só mais 3 minutinhos, já estou aprontando o almoço. - Avisei.

Terminei de postar a mesa, servi o almoço para as crianças. Preparei um Fricassé de frango com um arroz bem simples e mais saudável.

Noah estranhou o prato, mas acabou experimentando e gostando. E realmente, a garotinha estava faminta, devorou tudo sem reclamar.

Eu tinha preparado uma sopa cremosa para a bebê.

— Por quê a sopa da Hannah é rosada, tia? - Noah perguntou.

— É feita com beterraba. - Respondi.

— Eca! - Exclamou Ally enojada.

— É gostosa, deviam provar também. - Eu disse limpando a boca lambuzada da irmãzinha deles.

— Coitada da Hannah, eu não comeria isso... Ela só não reclama porque ainda é um bebê e só sabe chorar. - A garota disse me fazendo rir.

— Não é verdade, a Han fala também, na linguagem de bebês, né tia? - O pequeno me olhou.

— É sim. - Confirmei.

O que não deixava de ser verdade, a neném já balbuciava.

— Vocês dois são bobões. - Revirou os olhos.

— Quando acabar aí, coloque o prato e o copo na pia, mocinha. - Avisei.

— Ah, você é uma chata... - Resmungou.

[...]

P.O.V Do Freddie

Infelizmente tive alguns imprevistos chatos no trabalho e acabei chegando tarde em casa. O combinado era eu chegar à tempo para o jantar, mas acabei chegando às 22h:13min, além de uma reunião acalorada e demorada, tivemos problemas com o projetos que seriam apresentados aos investidores.

E para completar, choveu a tarde toda, e o elevador parou de funcionar, deixando eu e mais alguns funcionários presos por mais de 1 hora, esperando a equipe da manutenção elétrica consertar.

A sala estava com a luz apagada quando adentrei em casa, e pelo silêncio, todos já estavam dormindo. Tranquei a porta após acender a luz, além de cansado, eu me encontrava faminto...

À caminho do meu quarto, passei pelos quartos dos meus filhos. Eu sempre dava uma olhadinha neles e naquela noite não foi diferente. Abrindo a porta cauteloso, me deparei com meu filho dormindo bem embrulhado, com a luz ainda acesa.

Desliguei e segui para o quarto da minha princesinha mais velha, luz apagada, tudo certo... E ao chegar ao quarto da minha bebê, dei de cara com o berço vazio.

E como pai, aquilo logo me alarmou.

Onde estaria a minha pequena?

Eu não queria fazer um alarde e muito menos acordar os outros. E quando fui bater no quarto da babá, a porta se encontrava levemente entreaberta.

Empurrei a mesma devagar, abrindo-a, a luz do abajur se encontrava ligada, sobre a cama, lá estava a Sam dormindo sem cobertor algum, com Hannah sobre o peito com o manto lilás cobrindo seu corpinho, deitada de bruços com o dedo enfiado na boca, num sono profundo...

Embasbaquei com a cena, olhando daquele jeito, se eu não as conhecesse, juraria que se tratava de mãe e filha. E aquilo me comoveu.

Sam acabou adormecendo com minha filha. Eu só não sabia o porquê de Hannah estar ali sendo que ela deveria estar dormindo no berço.

O cobertor de Sam havia ficado de lado, e com cuidado o peguei puxando-o devagar até cobrí-la, juntamente com a minha filha... O ajeitei sobre elas.

Olhei para o rosto daquela moça, a pele branquinha, as bochechas naturalmente coradas num tom suave, e os cachos dourados espalhados pelos travesseiros.

E por Deus, como ela era linda... Contive a vontade de tocar sua face para sentir a maciez de sua pele delicada...

Olhos azuis se arregalaram sob a luz suave do abajur e piscaram para mim.

Acho que por algum instinto ela abraçou Hannah de forma protetora.

— Freddie? - Soou ainda confusa e atordoada, me reconhecendo.

Sua expressão se aliviou e ela relaxou o corpo, afrouxando os braços que mantinham minha bebê protegida...

— Perdão, não queria te assustar, eu só... Não vi Hannah no berço e então eu entrei e... Oh, me desculpe por invadir o quarto assim e... - Droga, por quê eu estava meio que me enrolando todo ao me explicar?

— Está tudo bem, ela estava chorando muito e se contorcendo, liguei para a Tina e ela me acalmou dizendo que poderia ser apenas cólica, fiz um chá para ela e a trouxe para cá, ela se acalmou e acabou pegando no sono, e eu acabei adormecendo também... - Explicou.

— Poderia ter me ligado. Eu teria vindo se...

— Não se preocupe, não foi nada demais. Você chegou tarde. - Comentou.

— Tive um dia cheio. Imprevistos. Problemas na empresa. - Contei resumindo tudo.

Ela se ergueu com cuidado e deitou Hannah na cama, a pequena apenas sugou o dedinho e mexeu as pálpebras.

— Você deve estar com fome, vou esquentar o jantar. - Levantou.

Eu não devia olhar, mas meus olhos desceram para a sua regata surrada cinza-clara. Dava para ver o contorno de seus seios sob o tecido fino, e sua calça de moletom folgada descia por sua cintura estreita, deixando um feixo de pele descoberta, assim como o elástico de sua calcinha...

Desviei o olhar rapidamente me sentindo um pervertido por aquilo.

— Freddie? - Me chamou.

— Oi? - Pisquei confuso.

— Você não quer jantar? - Ela calçou as pantufas do Bob Esponja.

— Não precisa se incomodar, volte a dormir. - Falei.

— Mas eu não...

— Obrigado por cuidar tão bem de Hannah. Boa noite, Sam. - Eu saí apressado do quarto sem esperar para ouvir sua resposta.

[...]

No dia seguinte...

P.O.V Da Sam

— Você não vai trabalhar hoje? - Já se passava das 08h e o Freddie ainda estava em casa.

— Não, a empresa está com alguns problemas técnicos na instalação elétrica. Todos foram dispensados. - Ele estava sentado no sofá, vendo TV.

— Oh, entendo. - Falei colocando a bebê para engatinhar.

Eu já havia levado os outros para a escolinha.

— Hoje eu posso levar eles para as aulas extras. - Falou.

— Como quiser, eles vão gostar. - Sorri.

Às terças eles tinham aulas de pintura e piano.

— Eu sei que são seus filhos e tudo mais, porém, você não acha que está sobrecarregando eles com todas essas aulas adicionais? Eu sei que a Ally ama o balé e o Noah ama o Judô, no entanto, as outras aulas são essenciais? Eles são crianças, o Noah só tem 4 aninhos, e eles deviam ter mais tempo para brincar, aproveitar a infância, não sou mãe e não quero me intrometer, mas...

— Já entendi. Está tudo bem, Sam. Entendo o seu ponto... Eu só... Droga, eu nunca parei para pensar nisso tudo antes... Será que estou obrigando os meus filhos a fazer o que eu quero? Se for assim, então sou um pai terrível e...

— Não! Você não é. Só acho que deveria conversar com eles e perguntar se eles gostam de todas as aulas que você os matriculou. - Dei minha opinião.

— Obrigado por dizer o que pensa e por dar esses tipos de conselho. - Sorriu para mim.

— De nada. Você é um bom pai. E eu só quero ajudar no que puder. - Fui sincera.

— Com certeza você é um anjo que Deus colocou em nossas vidas. - Ouvir aquilo me deixou tocada.

Nunca falaram algo assim para mim e eu me senti bem especial.


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Notas finais do capítulo

E aí???

Gostaram???

O que acharam desse capítulo???

A Hannah não é a coisa mais fofa do mundo???

O Freddie babou mais uma vez pela loira...

Dedinhos coçando para escrever momentos Seddie pra valer...

Até o próximo capítulo. Bjs