Nemesis escrita por ariiuu


Capítulo 69
Neve, gelo e sentimentos incrivelmente quentes




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Neve, gelo e sentimentos incrivelmente quentes

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2 de Dezembro de 2012, 04:44 PM

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Manhattan – Nova York

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Tony e os demais Vingadores, juntamente com Rhodes, Pepper e o mais novo membro chamado de cobaia, vulgo Scott Lang, se encontravam no salão principal da Torre, analisando alguns estudos sobre física quântica.

Porém, Steve era o único que ainda não estava ali.

Ele nunca se atrasava, nunca dava desculpas para não comparecer às reuniões com os Vingadores, só que aquele dia, pela primeira vez, o Capitão América parecia ter dado um lindo bolo em todos eles.

Pepper, que sabia que a Segundo-Tenente havia se hospedado na torre, achava estranho nem mesmo ela estar por ali.

— Será que aconteceu alguma coisa com a Mary? – A Presidente das Indústrias Stark especulava, preocupada.

— Acho que ela foi fazer uma excursão no quarto do Capitão e só deve aparecer mais tarde, não acham galera? – Tony direcionava a pergunta para Bruce, Natasha e Clint.

— É sério...!? - Pepper estava desacreditada... finalmente aqueles dois haviam chegado ao estágio final?

— Peraí... é sério que eles passaram a noite juntos aqui!? – Banner arregalava os olhos, perplexo pelo fato do casal STARY deixar tudo tão na cara.

— Isso é bem incrível, se tratando do Capitão... - Rhodes dizia o que achava da situação, mas graças a Deus seu trabalho havia finalmente terminado e o Senhor Presidente ficaria imensamente feliz de saber que sua filha era agora a namorada do maior herói do país.

— A gente devia estourar um champanhe em comemoração, não acham? Esse casal birrento deu muito trabalho... – O Homem de Ferro sugeria, arrancando sorrisos de todos.

— Vocês sabem que eles dois chegaram a esse estágio há poucos dias e estão repetindo a dose só agora, certo? – A Viúva Negra revelava, deixando Bruce Banner ainda mais assustado.

— Então não foi aqui que o Steve perdeu a virgindade? – O Cientista indagava Natasha, fazendo Scott Lang, que ouvia a conversa, exibir uma careta assustadora.

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— Desculpem a intromissão, mas... o Capitão América era virgem!? Isso é pegadinha, certo!? – Scott interferia na conversa, contestando-os inocentemente.

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— Devemos dar os parabéns a filha do presidente que finalmente tirou o cabaço dele! Hihihi! – Tony ria da situação. Mal podia esperar para ver Steve e Mary e constranger os dois com suas piadas.

— E por falar neles... – Clint apontava para a porta da frente, fazendo com que todos olhassem na mesma direção.

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O casal STARY entrava no salão, de mãos dadas...

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Tony os encontrava no meio do caminho, com um sorriso de orelha a orelha.

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— Parabéns, Capitão, por finalmente perder o cabaço!

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E então, todos começavam a bater palmas, numa tentativa frustrada de deixar o casal constrangido, mas...

Mary Crystal deu um um passo à frente, com o semblante severo, não achando graça nenhuma daquela situação.

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— Eu também perdi o meu cabaço... se é pra tirarem sarro dele, tirem de mim também...

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Houve um silêncio ensurdecedor por parte de todos.

Tony franzia o cenho, desacreditado...

— Peraí, Supergirl... você também era...!?

— Sim, e isso não deveria ser vergonhoso, então, se ousarem fazer mais alguma piada sobre o meu garoto, eu vou matar todos vocês... – Mary Crystal os ameaçava, segurando a mão de Steve que aquela altura, começava a corar de vergonha... céus, ele nunca foi protegido por uma garota antes... era tudo tão novo... estar em um relacionamento com a Segundo-Tenente, sendo ela uma pessoa tão destemida, era um incrível desafio e aprendizado dia após dia.

— UOOOOOOOOOOOOOOH!!! ELA TÁ BRAVA! - Tony gritava, em tom de piada.

— Tony, deixe de ser inconveniente... – Pepper puxava o braço do Homem de Ferro para longe...

Scott e Bruce continuavam com os olhos arregalados...

Natasha e Clint sorriam maliciosamente...

E Thor, sim, Thor, que estava ali, comendo Doritos no fundo do salão, apenas ria de tudo, achando a cena bem engraçada, afinal, era só mais um dia comum em Midgard...

— E então, vamos...? – Mary apertava a mão de Steve, no ímpeto de puxá-lo para fora dali.

— Vamos... – Ele apertava a mão de sua namorada de volta, sorrindo ternamente para ela.

— Espere aí... você se esqueceu que hoje temos uma reunião, Cap!? – Tony os interpelava, de longe, vendo-os dar as costas a todos, mas...

O Super Soldado virava o rosto, sorrindo...

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— Hoje é sábado e me dei o direito de passear com minha namorada, então... nos vemos na segunda, Stark.

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E então, o casal saia dali, deixando todos boquiabertos, com exceção de Nat e Clint.

O Homem de Ferro mantinha uma careta perplexa na face...

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— Eu espero que ele cumpra a promessa de nomear seu primeiro filho com meu nome, senão, vou processar esse Capicolé...

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16 de Dezembro de 2012, 06:30 PM

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Manhattan – Nova York

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Era Dezembro, faltava poucos dias para o inverno e nevava levemente em Nova York.

Steve e Mary estavam com Wanda numa cafeteria na Quinta Avenida, mas a Feiticeira estava de saída, porque se encontraria com Pietro há poucas quadras dali.

Ao se despedir do casal, a garota deixava uma pasta cair com alguns desenhos... sim, desenhos muito bonitos... um hobby secreto que ela tinha nas horas vagas.

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Tudo soaria muito incrível... isso se no meio dos desenhos de paisagens, não houvessem esboços do rosto do Sargento James Buchanan Barnes.

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Kiara arregalava os olhos ao ver um desenho de Bucky Barnes de cabelo curto, com a farda do exército, em sua forma mais jovial dos anos 40.

Wanda sentia suas bochechas esquentarem ao perceber que Steve e Mary estavam perplexos pelo que viam...

A Feiticeira colocava todos os desenhos de volta na pasta, de forma destrambelhada.

— Oh meu Deus, Wanda... me diga que não há desenhos nus do Bucky aí no meio... – A Segundo-Tenente ainda mostrava o quão traumatizada estava pelos desenhos eróticos de Steve, então, achava que talvez a Feiticeira poderia ter feito o mesmo.

— O quê...!? Não, eu não faço esse tipo de esboço, Mary... – A garota corava, envergonhada, e Steve pigarreava, porque sabia que a indireta de sua namorada era para ele.

— Seus desenhos são bonitos, Wanda... você tem um traço único e um estilo bem pessoal... parabéns... – O loiro a parabenizava, porque em sua avaliação como artista, diria que a garota estava acima da média.

— Obrigada, Steve. É só um hobby que tenho desde criança e que nunca disse a ninguém...

— Se você está desenhando aquele idiota, isso significa que você... tem sentimentos por ele, é isso...? – O Capitão a indagava, vendo o quão constrangida a menina estava.

— Ah, bem... é... complicado... – Ela desviava o rosto, envergonhada.

— Eu diria pra você ir fundo se o Bucky estivesse 100% com a mente recuperada, mas... eu não tenho uma opinião formada sobre isso...

— Eu não espero reciprocidade da parte dele, Steve...

— Eu te entendo... já passei por isso... – O loiro olhava para Mary Crystal, que o olhava de volta. Sabia que ele estava se referindo a ela e a época conturbada em que teve de reprimir seus sentimentos mais intensos.

— Você sabe que o Bucly também gosta de você, não é? – Kiara dizia o que achava, fazendo a garota encará-la com seriedade.

— Eu não tenho certeza se ele gosta de mim, Mary... mas de qualquer forma, por favor, não digam nada sobre os desenhos a ninguém... principalmente a Nat e ao Pietro...

— Pode ficar tranquila. Nós vamos guardar o seu segredo. – Mary assegurava, sorrindo para a Feiticeira.

— Obrigada... e... eu preciso ir agora...

— Ok, nos vemos amanhã, porque hoje, eu devo dormir na casa do meu namorado! Ele me prometeu o chocolate quente mais gostoso do mundo! – A loirinha agarrava o ombro de Steve, deixando claro que só voltaria para casa dos irmãos Maximoff só no dia seguinte.

— Então aproveitem a noite... – Wanda piscava para o casal, sorrindo. Ela se despedia dos dois, acenando para eles enquanto rumava para a porta.

Os dois observavam a menina saindo dali, um pouco retraída, em seus trajes de inverno tão elegantes... Wanda Maximoff era muito fofa...

O Capitão e a Segundo-Tenente estavam sentados muito próximos e numa mesa ao lado da janela. Eles assistiam a neve cair do lado de fora...

Steve passava o braço direito ao redor do ombro feminino, a puxando contra seu corpo, na tentativa de esquentá-la ainda mais... os dois estavam trajados com roupas de inverno, porque de fato, o clima estava muito frio, mesmo dentro da cafeteria.

A garçonete trazia a bebida quente que ambos haviam pedido... um cappuccino cremoso.

Uma música começava a tocar no fundo da cafeteria...

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Speed of Sound – Coldplay

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Mary sorria ao ouvir a canção, abrindo a tampa do copo de seu cappuccino enquanto olhava para Steve...

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— Coldplay, neve e cappuccino é a combinação mais perfeita que eu poderia ter essa noite... – O sorriso que florescia nos lábios da Segundo-Tenente, aquecia o coração do Super Soldado.

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— Fico feliz que esteja se divertindo, cristalzinho... só não vá chorar de alegria... – Ele brincava, fazendo-a sorrir ainda mais.

— Se for pra me fazer chorar, que seja com um pedido de casamento, Cap...

— Não me dê ideias...

— O que vai fazer nos próximos dias?

— Estamos acertando alguns detalhes com o Doutor Selvig e o Doutor Hank Pym sobre as partículas.

— Entendo... você vai estar ocupado...

— Sim...

— Mas já parou pra pensar que esse é o primeiro fim de ano que vai passar no século 21? – Kiara sorria de canto, lembrando-o de um fato importante.

— Sim... Nova York nunca esteve mais linda...

— Eu te convidaria pra passar o natal comigo e minha família em Washington, mas sei que você vai recusar porque não vai querer deixar o Bucky sozinho...

— Vejo que já me conhece muito bem... – O loiro sorria, impressionado pela sensibilidade de Mary Crystal nos pequenos detalhes.

— Eu entendo... ele é o único membro que restou da sua família nesse século...

— Sim...

— Mas de qualquer forma, você também me tem... não se esqueça...

— É impossível esquecer que tenho a garota mais linda do mundo ao meu lado... e estou muito grato por isso... – E então, o Capitão beijava a bochecha de sua namorada, num carinho ameno e delicado.

A loirinha sorria... imensamente feliz...

— Queria te dar um presente de Natal, mas não sei como embrulhar meu coração... – Mary sempre o deixava encabulado com suas declarações de amor em forma de brincadeiras.

— Uau... seu coração é o presente mais incrível que ganharia...

— Promete ficar sempre comigo, Cap...? Não precisa ser por muito tempo... só pelo resto da vida, ok...?  – A garota segurava a mão do Super Soldado, entrelaçando seus dedos nos dele.

— Realmente... não faz sentido caminhar sem dar a mão pra você... e tem que ser pra sempre... – Ele redarguia, a encarando de forma apaixonada.

A loira se achegava ao peito dele, encostando o rosto no ombro masculino... inalando seu inebriante perfume...

— Cap...

— Sim...?

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— Você gostaria de ir a algum lugar para um fondue na semana que vem...?

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O loiro soltava uma risada abafada e nervosa em resposta.

— Fondue? Vai me levar pra comer morango com chocolate...? – Ele perguntava sobre o fondue de verdade, e não sobre o fondue que ela insinuava...

— Sabe que não é esse tipo de fondue que estou me referindo... – A Segundo-Tenente deixava uma expressão libidinosa estampar sua face.

— Eu adoraria... mas... não sei se devemos...

— Ah, de novo isso, Cap!? Já faz um tempo que nós... ah, você sabe... – Ela corava em resposta, afundando seu rosto na curva do pescoço dele, mostrando que estava com muitas saudades de seu Capitão... em todos os sentidos...

— Vou pensar com carinho sobre isso... prometo...

— Céus, você parece um vovô moralista que só quer prezar pelos bons costumes...!

— Você não está errada ao dizer isso...

— Mas eu preciso de você...

— Bem, então vamos fazer o seguinte... que tal conversarmos sobre alguns termos antes de chegarmos a uma conclusão que seja benéfica para os dois lados?

Mary fechava a cara, com uma expressão séria.

— Cap, isso aqui não é a segunda guerra mundial não...! Você está exigindo diplomacia num namoro? É sério!?

— Você não entendeu, cristalzinho... devemos apenas estipularmos pontos para que possamos fazer tudo isso dar certo... você prometeu que teria paciência e... eu só quero te fazer feliz... – Ele piscava calmamente, fazendo-a bufar.

— Ok... a gente pode conversar sobre isso mais tarde então...

— Fechado... – E então, Steve abraçava sua menina, apoiando o queixo no topo da cabeça dela, sentindo-a muito próxima e amparada por seus braços...

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A poucas quadras dali, Wanda Maximoff corria na direção do local onde havia marcado de se encontrar com seu irmão, mas...

A garota pressentia que estava sendo seguida...

Ela resolvia correr para uma rua menos movimentada, próxima ao Central Park, que estava aberto aquela hora da noite, principalmente por conta do evento que acontecia ali, que basicamente era a pista de patinação de gelo aberta até tarde.

A Feiticeira cruzava a rua encostando-se na parede ao lado, prestes a encurralar seu perseguidor.

No escuro breu, Wanda surgia na frente do misterioso homem, com as mãos iluminadas por luzes vermelhas, pronta para arremessa-lo para longe, porém, para sua surpresa...

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Seu perseguidor era na verdade, Bucky Barnes...

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A garota franzia o cenho, inclinando o rosto...

— James...?

— Olá, bruxinha...  – O sargento acenava, a cumprimentando de forma tímida e... embaraçada...

— Como conseguiu esconder seus pensamentos e sua presença!? Eu... não consegui te identificar no meio da multidão... – Wanda parecia um pouco assustada. Desde quando Bucky tinha aquelas habilidades? De se esconder dela?

— Bem... eu aprendi um pouco sobre seus poderes e desenvolvi uma forma de não ser descoberto, afinal, você é muito mais forte do que eu...

A garota abaixava as mãos, e as luzes vermelhas se dissipavam... ela suspirava fundo, ainda assustada por ouvir tais palavras.

— O que está fazendo aqui? Por que está me seguindo?

— Me desculpe, mas... não dá mais pra segurar...

— Segurar...? Do que está falando...?

Bucky olhava para a Feiticeira com muita seriedade e então, se aproximava dela... em lentos passos...

O soldado a encurralava entre ele e a parede... e então...

— Me diga o que eu devo fazer...

— Fazer...? – Wanda se encolhia, abismada pela curta distância entre ambos...

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— Sim... me diga o que devo fazer pra ter o seu coração...?

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Os olhos verdes da garota alargaram... e um brilho confino podia ser vislumbrado pelo olhar azul do sargento...

Aquela ruga de preocupação, tão bonitinha na testa da Feiticeira, o deixava ainda mais encantado... ele sabia que ela estava confusa... e céus... tudo o que queria era se aproximar ainda mais e... bem, Bucky sabia que se a tocasse da forma como tinha em mente, seria sua ruína...

A Feiticeira não parecia estar convencida com aquela pergunta... James era um homem enigmático demais e... ela começava a ficar com medo, porque estava com dificuldades de ler os pensamentos dele... será que ele tinha aprendido a ocultar o que pensava, apenas para deixa-la mais apreensiva...?

A garota olhava para baixo... incomodada... ela estreitava os olhos...

Bucky conseguia sentir o aroma inefável que ela emanava... por estarem tão perto...

Wanda tinha um cheiro suave de xampu de pêssego... provavelmente porque a garota amava aquela fruta...

O soldado engolia em seco, sentindo seus joelhos tremerem de ansiedade... céus, ele definitivamente não deveria estar pensando as coisas que estava pensando naquele momento... não sobre ela... não quando Wanda era a personificação da inocência para ele...

A Feiticeira entreabria os lábios, ainda fitando o chão, assustada...

— Eu... não consigo ler seus pensamentos...

— Bem... não seria nada cavalheiro de minha parte deixar que você lesse meus pensamentos nesse momento... – O soldado redarguia, fazendo com que a garota elevasse o rosto para encará-lo.

— Mas eu quero saber o que você está pensando... – Ela confessava... seu coração gaguejava e suas mãos começavam a suar...

— Não é uma boa ideia... eu não quero te assustar... – James se afastava, recuando um passo, soltando uma risada de nervosismo, passando a mão pelos cabelos na altura da nuca...

— O que quer dizer...? – Wanda arqueava uma sobrancelha, confusa...

Bucky voltava a fita-la, deslizando os olhos sobre a silhueta feminina... ela estava incrivelmente linda com aquelas roupas de inverno... uma verdadeira boneca de porcelana...

— Meus pensamentos... eles não são exatamente decentes, entende...? – O sargento admitia, um pouco constrangido...

A garota piscava... desconfortável... primeiro ele chegava ali, perguntando o que devia fazer para ter seu coração, e agora estava afirmando que não podia deixar seus pensamentos livres para que ela os pudesse ler, porque não eram decentes?

E então, cansada de tudo aquilo, a Feiticeira dava um passo à frente, encurtando novamente a distância entre ambos... os dois estavam a poucos centímetros um do outro...

James sentia seu estômago se contrair com a aproximação...

— Acho que meus pensamentos sobre você, também não são decentes, Bucky...

O sargento arregalava levemente os olhos, um pouco assustado pela confissão da garota...

— Tenha cuidado, Wanda...

— Eu acho que posso lidar com você, James...

O soldado suspirava, um tanto nervoso...

— Mas eu não acho que posso lidar com você, bruxinha... – Ele dizia, constrangido pelo jeito como os olhos da garota brilhavam ao contemplá-lo...

— Mesmo...? Você perguntou há um minuto atrás o que tinha que fazer pra ter meu coração... – Wanda se aproximava ainda mais, encurtando quase que totalmente a extensão entre ambos...

O sargento sorria, balançando a cabeça...

— Se você disser o que tenho que fazer, então eu posso ter sorte e talvez você me deixe te beijar no final disso tudo... – O sargento deixava escapar o que tinha em mente, com o tom de voz mais galanteador que existia... e com um sorriso mais paquerador do que Wanda estava acostumada.

A Feiticeira jogava uma mecha de seu cabelo por cima do ombro, olhando para Bucky com uma expressão determinada.

Ela sorria, um pouco tímida, mas convicta do que devia dizer...

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— Bem... eu nunca fui beijada antes...

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O soldado olhava perplexo para o rosto dela... aquilo era verdade? Como era possível?

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— Se serve de consolo, eu não fui beijado desde 1943... então, acho que estamos no mesmo barco, bruxinha...

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Os dois se encaravam impetuosamente... e Wanda simplesmente... sorria...

James estava surpreso... amava o fato de ainda ter tantas coisas que não sabia sobre ela... e que a garota o deixaria aprender ainda mais... ele estava ansioso em descobrir mais sobre Wanda Maximoff...

Bucky sorria de volta... seu sorriso satisfeito e predatório, soava como uma verdadeira ameaça para qualquer um, afinal, ele ainda carregava o Soldado Invernal em algum canto de seu subconsciente...

A Feiticeira trancava seus olhos nos dele... sua expressão era tímida, mas ao mesmo tempo firme...

— Você não estava se gabando outro dia, dizendo que era muito experiente com as mulheres...?

— Sim, eu era... hoje, não mais...

— Hmmm... interessante...

O soldado suspirava, ainda muito nervoso por ter aquele tipo de conversa com a Wanda...

— Sei que estamos progredindo, mas... acho que eu não serei bom para você, bruxinha... seria mais inteligente se você fugisse de mim agora mesmo, sem olhar para trás...

Wanda colocava um dedo no meio dos lábios dele, para silenciá-lo...

— Não é você quem decide isso, James... – A garota declarava, e a tensão entre ambos parecia aumentar...

Bucky ofegava em resposta...

Wanda tocava o ombro de metal por cima da jaqueta de couro do soldado...

— Posso...?

— Você não precisa pedir permissão pra me tocar... – James perdia o fôlego ao brilho ameno que refletia nos olhos verdes da garota...

O olhar dele escureceu para um tom de azul que ela nunca tinha visto antes... um azul gelo... meio oceânico...

E então, vendo que Wanda não recuou, o sargento também resolvia tocá-la... seus dedos deslizaram pela pele da bochecha feminina, fazendo-a estremecer, mas não de frio...

Acariciando as maçãs do rosto da Feiticeira com o polegar, Bucky inclinava o rosto, prestes a fazer o que ambos tanto queriam...

Ele a agarrou, abraçando-a suavemente, dando um beijo no cabelo por baixo da touca...

Seus cílios estavam parcialmente levantados, revelando olhos azuis vidrados na imagem a frente...

Wanda sentia-se rígida... tão rígida, que por um momento, se esquecia de como respirar...

Percebendo isso, ele dizia no ouvido dela...

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— Respire, Wanda... é só eu e você agora...

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E então, os olhos da garota percebiam os olhos azuis desvanecerem...

Steve não estava brincando quando havia dito a ela sobre o charme lendário do sargento James Buchanan Barnes... de fato, ele tinha um poder sedutor sobre as mulheres no geral, e não seria diferente com ela...

— Bem... se você me beijar agora, então eu vou saber que tudo isso é real e que não somos apenas amigos, James...

O soldado sorria... não esperava ouvir aquele tipo de resposta...

— Você... realmente deseja isso...?

— Sim...

— Então... seu pedido é uma ordem, minha bruxinha...

Bucky puxava a touca da cabeça da garota, libertando as madeixas castanhas, num doce e terno carinho...

Ele inclinava o rosto, a estudando... seus olhos vagaram pela face de porcelana da Feiticeira... pousando o olhar nos lábios dela...

As mãos do soldado embalaram a mandíbula da garota, de forma calorosa e cuidadosa... amorosamente... e então...

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O sargento fechava a distância de seus rostos, roçando suavemente seus lábios contra os dela...

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Bucky a tocava gentilmente, numa exploração deliciosa... descobrindo como se encaixavam... descobrindo o que a fazia suspirar...

Ele começava devagar com uma pressão suave nos lábios da garota... não queria assustá-la...

Inexperiente, Wanda apenas sentia o quão bom Bucky Barnes era em beijar...

Ela passava a mão direita pela nuca masculina... numa doce carícia...

O sargento emaranhava os dedos pelos cabelos castanhos da Feiticeira... tomando os lábios dela num impulso mais forte...

James ensinava Wanda a beijar... ela era tão inocente naquele aspecto... uma menina incrivelmente ingênua, porém sedutora... porque era assim que a enxergava, e por mais que achasse errado tal situação, não conseguia mais resistir...

O soldado amava a sensação de finalmente tocar a garota de seus sonhos... céus, ele aceitaria ir para qualquer lugar que Wanda o levasse... e naquele momento, sentia que ela o transportava até o paraíso...

Era um sonho...? Se fosse, desejava nunca mais acordar...

Os dedos do soldado percorriam suavemente os cabelos sedosos da Feiticeira, enquanto seus lábios exigiam mais os dela... a eletricidade podia ser sentida entre ambos, e Bucky percebia que os pensamentos da garota Maximoff estavam agora conectados aos dele... era tão fácil se entregar completamente...

Ela apenas se rendia... o deixando conduzir tudo...

O sargento passava os braços ao redor da cintura feminina, puxando o corpo dela contra o dele...

O beijo durou exatamente um minuto... e ele resolvia interromper, não porque queria, mas porque não desejava assustá-la...

Quando se afastou, Wanda relutantemente afrouxou o aperto em seus ombros e exalou uma respiração trêmula...

A Feiticeira ainda estava um tanto amolecida... céus, não era todo dia que tinha a sorte de ser beijada pelo dono de seus melhores sonhos e pensamentos...

Ela abria os olhos, encarando o olhar azulado e a pele pálida do soldado...

Podia jurar que os olhos dele estavam acinzentados... acompanhados por um sorriso absolutamente sensual...

Bucky tocava o rosto dela mais uma vez, com a mão de metal enluvada, num ameno carinho... mas revirava os olhos, se esquecendo que não era a mão humana...

— Eu esqueço às vezes que minha mão esquerda não é humana, mas eu te toco com ela, e você não parece se importar...

— Por que me importaria...? Ela faz parte de você... é sua...

— Mas não é agradável, bruxinha...

Wanda sorria, achando aquilo engraçado, porém, um tanto triste...

E então, a Feiticeira segurava a mão de metal, tirando a luva... deixando-a livre...

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Ela beijava a mão metálica... com os olhos fechados... e aquilo o surpreendia de infinitas formas...

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Wanda erguia o rosto, com um lindo sorriso...

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— Eu me apaixonei por você segurando sua mão... então porque me importaria...?

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Bucky inclinava a cabeça, confuso com aquela confissão.

— Se apaixonou por mim segurando minha mão...? Desde quando...?

— Desde que lutamos na Prisão Balsa... eu nunca mais consegui te tirar da minha mente desde aquela vez...

O coração do soldado falhava várias batidas... como Wanda conseguia ser tão amena, compassiva e boa para ele? Não merecia aquele tratamento...

— Você é surpreendente, sabia...?

— Obrigada... – A garota sorria, piscando lentamente enquanto o fitava.

— Acho que foi o mesmo comigo, bruxinha...

— O mesmo...?

— Sim, sabe... quando você segurou minha mão e me mostrou que estava ali... eu apenas não conseguia mais parar de pensar em você... só que... em minha mente, tudo sempre soava errado... sua idade... as nossas condições... – Bucky segurava a mão da Feiticeira com a mão de metal... com muita delicadeza e carinho...

— Ainda parece errado pra você, James?

— Não tanto quanto antes...

— Então podemos fazer isso dar certo, mas... só se você prometer que não contará nada a Nat e ao Pietro...

— De acordo. Tenho medo do que os dois farão comigo se descobrirem o que acabamos de fazer aqui... nesse beco... – O sargento sorria, de modo sensual.

— Então espero que cumpra a sua promessa, sargento Barnes. – Wanda voltava a sorrir... mas era um sorriso puro, ingênuo e angelical...

Bucky se sentia derreter diante dela...

— Bem, já que estamos nos acertando, queria te fazer um convite...

— Faça.

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— Não gostaria de sair comigo pra dançar...?

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Wanda arregalava os olhos, um pouco assustada.

— Você está me confundindo com outra pessoa que desejava um parceiro de dança? Ele tem cabelos loiros, carrega um escudo, salta de aviões sem paraquedas... um Super Soldado da segunda guerra mundial, conhece? – A garota brincava, se referindo a Steve.

— Aquele Punk já tem uma parceira de dança, mas eu ainda não tenho a minha...

— Bucky... você sabe dançar e eu não... além do mais, esse lance não é bem o meu estilo... e sei que não vou conseguir te acompanhar...

— Veja bem, bruxinha... eu sou muito bom em liderar. Só precisa me deixar guia-la...

Wanda lançava o olhar mais incrédulo e sombrio na direção dele.

— Não tenho boa coordenação motora com os pés.

— Não importa.

— Vou pisar em todos os seus dedos.

— Não importa.

— Eu não tenho ritmo.

— Ah, qual é, Wanda? Isso é mentira e de qualquer maneira, não importa... – Ele a provocava, repetindo pela terceira e última vez, que não se importava.

A garota bufava, um pouco irritada pela insistência do sargento.

— Certo... então me mostre os seus movimentos, soldado... – Wanda estendia a mão na direção dele, esperando que Bucky a ensinasse.

— Aqui? Nesse beco? Sério?

— É isso, ou não vou sair pra dançar com você. – Ela terminava de fazer suas exigências, arrancando um riso nervoso do sargento.

— Tudo bem. Vamos tentar. – E então, James a puxou contra ele. Um braço a mantinha firme em sua frente, apoiando-o no ombro, o outro segurava a nuca masculina.

Os pés dele se moviam numa batida de uma música em que o mesmo começava a cantarolar baixinho...

Um sorriso florescia nos lábios da Feiticeira enquanto encarava o rosto do soldado... aquele sargento era mesmo muito galanteador...

Ela podia senti-lo lhe guiando com muita facilidade, acompanhando facilmente seu ritmo e a forçando a se mover da forma como queria. Seus pés obedeciam aos dele... era estranho, mas surpreendente...

Num rápido movimento, Bucky a abraçou com força...

— Viu...? Você não é tão ruim assim... – Ele murmurava contra o ouvido da garota, girando-a gentilmente...

— Talvez seja você que é um bom dançarino... ou aprendeu alguma mágica e enfeitiçou os meus pés...?

— Você é a garota da magia aqui... eu sou apenas um velho soldado cansado desse século maluco...

— Quer voltar pra 1945?

— Só se você estiver comigo... – Ele sorria, encarando-a com ímpeto...

— Hmm... seria legal...

— Com você... topo ir para qualquer lugar... – O soldado erguia gentilmente o queixo feminino, entre o polegar e o indicador... Wanda o contemplava com muita atenção... perdida e rendida naquele olhar azul gelo...

— Podemos fazer isso de novo, James...?

— Dançar...?

— Sim...

— Certo... mas precisamos de música de verdade... não posso cantarolar e girar você ao mesmo tempo...

— Desculpe... – A garota sorria, tímida, mas muito feliz.

— Ah... bem... então... já que estamos começando esse ‘lance’... será que você topa sair comigo...? Não só para dançar...

— Sair para onde...?

— Que tal ir ao cinema ver algum filme chato e que não vamos assistir pois estaremos ocupados nos beijando?

— Sério... agora você está me assustando... – A garota ria, corando levemente. Aquele sargento paquerador estava se soltando?

— Não, não... eu vou reformular a frase... você topa andar de mãos dadas comigo então? E que tal passar uma tarde de domingo sentados no sofá do apê do Steve, jogando videogame? Eu ainda não sei nada sobre jogos eletrônicos e esperava que você me ensinasse... ou talvez assistir um filme de terror de madrugada, só pra eu poder te abraçar e não soltar mais...? O que acha...? Ah, e também tem aquela viagem que você mencionou uma vez há algumas semanas que queria fazer... eu posso te acompanhar se quiser... – O sargento a questionava de forma engraçada, deixando seu lado mais romântico aparecer.

Wanda sorria largamente... seu sorriso brilhante só refletia o que seu coração aquecido sentia no momento...

— Eu topo tudo isso e muito mais... e acho que será divertido... – A garota concordava, fazendo com que o soldado fechasse os olhos de tanta felicidade.

— Podemos começar essa noite então? Vamos dar uma volta no Central Park? Conheço um lugarzinho especial lá e que sempre ecoa algumas músicas... dá pra treinar alguns passos de dança...

— Não vai me levar pra pista de patinação, certo?

— Não... eu só quero ficar a sós com você...

— Eu topo... – A Feiticeira segurava a mão de metal... entrelaçando seus dedos nos dele...

— Então vamos nessa, bruxinha...

E então, os dois saiam do local, felizes, apaixonados e decididos...

Tinha sido mais simples do que imaginavam... não havia nada que pudesse impedir Wanda e James de viverem aquela linda paixão...

A Feiticeira até se esquecia que Pietro estava a esperando no local combinado, não muito longe dali... e ele provavelmente ficaria uma fera por sua irmã lhe dar um bolo...

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Do outro lado, ainda na cafeteria, Mary Crystal e Steve esperavam por Harry, o irmão da garota, que havia combinado de se encontrar com ela, antes de partir para Washington DC.

Quando o Major chegou ao local e deu de cara com sua irmãzinha abraçada com o Capitão América na mesa ao lado da janela, trocando olhares apaixonados e vários selinhos, ele custou a acreditar se aquilo não era alguma miragem...

Ao encontra-los, ele apenas parava na frente dos dois, com os olhos arregalados e um semblante perplexo na face.

Mary o olhava de cima em baixo, exibindo uma careta.

— Vai ficar com essa cara de idiota até que horas? Senta aí, imbecil...

Harry chacoalhava a cabeça, para sair do transe.

— Oi pra você também, maninha! – E então, ele se sentava a mesa e automaticamente Steve o cumprimentava com um aperto de mão, porque diferente de sua namorada, ele era educado e tratava a todos muito bem.

— Prazer em revê-lo, senhor Ellis. – O loiro apertava a mão de seu... [cunhado...?] com muita cortesia.

— O prazer é todo meu... e... uau, desde quando vocês estão juntos!? Isso não é nenhuma pegadinha não, certo!? Ela não te ameaçou pra fazer algum tipo de trollagem comigo, porque se for, eu já adianto que vou descobrir e-

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—  Eu e o Cap estamos juntos de verdade, Harry...

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Kiara assumia seu relacionamento com Steve para o irmão, sem maiores problemas e o Major voltava a arregalar os olhos, ainda muito desconfiado...

— Isso é verdade, Capitão?

— Sim. Eu e sua irmã estamos em um relacionamento real... – O loiro puxava a Segundo-Tenente para mais perto, deixando claro que os dois estavam juntos de verdade.

Harry ficava em silêncio, observando sua irmã ao lado do maior herói dos Estados Unidos... ainda não conseguia acreditar...

— Desde quando?

— Já faz algumas semanas. – A garota revelava.

— E... como isso aconteceu?

— Acontecendo, idiota. Você nunca se apaixonou!? – Kiara revirava os olhos, irritada.

— Mary... nós dois sabemos que você nunca se apaixonou... você é ordinária, mesquinha, pirracenta, birrenta, infantil, encrenqueira, maliciosa, promíscua, irritante e-

— AH, CALA BOCA, HARRY! VOCÊ VEIO AQUI PRA ME DENEGRIR NA FRENTE DELE!? – A loira perdia a paciência, fazendo Steve arregalar os olhos com a altura de seu grito.

Céus, em sua época, os irmãos mais novos respeitavam os irmãos mais velhos...

O Super Soldado abria a boca para falar, mas era interrompido pela voz de Harry.

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— Quais são suas intenções com o Capitão América, Mary Crystal!?

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O Major questionava sua irmã, num tom de seriedade e repreensão.

— O quê!? – Ela arqueava uma sobrancelha, perplexa.

— Eu juro que se você magoar ele, eu vou acabar com a sua raça, sua pirralha!

— Hey, não era pra você estar intimidando ele em vez de mim!? Você é meu irmão! Não vai ameaça-lo!?

— Claro que não! Eu sei que ele é um homem honrado, já você, é a reencarnação da Miranda Priestly, sua Bruxa de Salém!

— Sério que você tá me comparando com a vilã do filme do Diabo veste Prada!? Eu não sou tão má assim!

— É sim!!!

Steve olhava para os dois, não entendendo nada... quem era Miranda Priestly? O que era Diabo veste Prada? E chamar a irmã mais nova de Bruxa de Salém não era um xingamento muito pesado?

— Mais respeito comigo, tamanduá do himaláia! – A garota berrava, xingando seu irmão de nomes estranhos de animais exóticos.

— Vá se ferrar, seu bacalhau desfiado!

— Ah, Harry, se você continuar me xingando desse jeito na frente do Cap, eu juro que não vou hesitar em partir o seu nariz no meio!

— Tente! Eu conheço todos os seus pontos fracos e sei exatamente como te mobilizar, seu milho desidratado!

— Como é que é!? – Mary Crystal se movia para levantar e começar a chutar o traseiro de seu irmão, mas era impedida por Steve, que resolvia apartar a briga.

— Mary, se acalme... as pessoas estão olhando pra vocês dois... – O loiro os relembrava que estavam num local público e... eles eram filhos do Presidente dos Estados Unidos... como conseguiam ser tão mal-educados?

— Me desculpe por presenciar isso, Capitão, mas eu e minha irmã não somos americanos. Nascemos e crescemos na Itália, e temos a péssima mania de sermos muito enfáticos na hora de... discutir... – O Major se desculpava, numa postura mais polida.

— Bem, eu ainda não estou acostumado, mas podemos apenas voltar para o início? – O Super Soldado os fazia se acalmar, porém, os irmãos ainda se encaravam com raiva e raios saiam de seus olhos, quase como lasers invisíveis...

— Claro, me desculpe por isso... mas... ainda não consigo acreditar... a crise está tão feia, que até as mulheres voltaram a amar, porque os homens não tem mais dinheiro... – O Major confessava, fazendo Kiara fechar a cara de novo.

— Muito engraçado, Harry!

— Eu não te entendo... você dizia que jamais iria namorar, porque não queria ser bancada! Onde está aquela garota que falava em direitos iguais!?

— Eu não quero direitos iguais! Quero me casar pra que meu marido trabalhe fora e me sustente enquanto eu fico em casa jogando videogame!

— Sério!? Mas e a Força Aérea!? Não era seu sonho??

— E quem disse que meu namoro com o Steve me impede de continuar na Força Aérea? Pare de ser tão dramático...

— De qualquer forma, eu realmente estou na torcida e espero que dê tudo certo. Só quero sua felicidade, sua pirralha... – Harry pegava na mão de sua irmã por cima da mesa, sorrindo ternamente para ela.

— Eu sei, seu idiota... – A loirinha exibia um sorriso meio birrento em resposta...

Steve franzia o cenho, achando a cena um pouco bizarra... um minuto atrás eles quase estavam se matando, e agora mostravam tanto amor fraternal?

Os irmãos tinham uma relação bipolar? Era assustador...

E então, os três continuaram ali por mais uma hora e meia, antes do Major pegar o avião e partir para Washington.

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Steve e Mary decidiam passar na pista de gelo do Central Park. Coincidentemente, Wanda e Bucky estavam por ali, mas num local menos movimentado, treinando passos de dança...

Os dois casais não se encontrariam, porque o Capitão e a Segundo-Tenente resolviam ir para a pista de gelo.

Nevava em Nova York, porém, não era uma neve densa, o que tornava tudo ainda mais mágico.

Enquanto andavam, Steve passou o braço em volta dos ombros de Mary, puxando-a para mais perto... estava frio... muito frio...

O loiro estava feliz pelo fato da Segundo-Tenente ter assumido o relacionamento dos dois para o irmão. Significava que ela estava levando tudo muito a sério, e ele ficava aliviado por isso...

Kiara merecia um presente por sua coragem... e Steve estava disposto a fazê-la receber naquele exato momento...

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— 3 de Novembro de 2013... – O Super Soldado dizia repentinamente, deixando-a confusa.

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— O que tem essa data?

— É o próximo eclipse solar total que acontecerá na terra, e advinha onde?

— Onde!?? – Os olhos da garota brilhavam, parando no meio do caminho, na frente dele.

— No leste da Flórida.

— Você vai me levar!? Por favor, me diz que você vai me levar, Steve!!! – Kiara começava a vibrar de alegria.

— Já reservei um hotel nessa data... nós vamos ver esse eclipse juntos... – O Capitão sorria, encantado pela felicidade de sua menina, que exibia uma expressão mágica de pura felicidade.

— Ai meu Deus, Cap, eu não acredito!!! Você vai mesmo me levar!? É um dos meus maiores sonhos!!!

— Sim... e eu não tinha ideia que você ficaria tão feliz, cristalzinho...

A loirinha sorria, plenamente alegre, e pulava no colo dele, abraçando-o com as pernas e os braços...

— Eu te amo muito, sabia...? – Kiara roçava suavemente a ponta de seu nariz no nariz de seu namorado, num meigo e apaixonado carinho...

— Estou vendo isso agora mesmo... – Ele a mantinha amparada em seus fortes braços... amando contemplar os lindos olhos esverdeados brilhando de tanto entusiasmo...

Ambos seguiram para a pista de gelo logo depois...

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O casal finalmente começava o que havia planejado para aquele dia: patinar no gelo.

Havia muitas pessoas ali, patinando, dançando e se divertindo.

Adultos, idosos e crianças... todos riam e aproveitavam o momento.

Mary amava patinar no gelo. Sempre fazia aquilo no inverno, quando tinha oportunidade.

— Pronto para dar outra volta em torno da pista? – A garota questionava Steve, depois de duas voltas inteiras ao som de várias músicas natalinas.

O Capitão olhava para a loirinha, e erguia os dois braços na direção dela.

— Me guie...

— Claro! – Kiara sorria, se virando para ele, segurando a mão direita do Super Soldado enquanto patinavam juntos.

Ela não imaginava que ele pudesse ser bom naquilo... o que era bem suspeito...

— Você treinou escondido? – Mary Crystal o provocava, deixando-o um tanto tímido com tal indagação.

— Não! Quer dizer... eu pesquisei um pouco sobre patinação no gelo, pra entender como funcionava... – O loiro corava levemente diante do julgamento de sua namorada.

— Você pesquisou no Google!? Sério!? – A garota voltava a importuná-lo, rindo descontroladamente dele.

— O Google e eu temos uma boa relação... – Steve revelava, ainda tímido e muito inibido.

— Sei... você sabe que sua namorada é uma excelente patinadora e não queria ficar para trás... – Mary virava de frente para o Capitão, balançando seus patins para a esquerda e para a direita, de trás.

Steve arregalava os olhos, achando aquilo muito difícil...

— Como você faz isso...!? – Ele perguntava, curioso e maravilhado na facilidade em como ela conseguia patinar de trás.

— Não é difícil, você só precisa empurrar as lâminas na direção certa. É a mesma coisa que patinar para frente, mas de modo contrário...

O loiro franzia a testa, sabendo que não conseguiria...

— Acho que... não vou conseguir...

— Só vai aprender com a prática...

— Bem, então você pode me mostrar o que mais sabe fazer?

— Sobre patinar?

— Sim...

— Ok... – E então, a garota voltava a patinar para frente, pegando velocidade e virando o corpo em diversos movimentos difíceis, numa espécie de dança.

O Capitão a observava boquiaberto... Kiara parecia uma patinadora profissional... exatamente como as que ele havia visto na TV, nas Olimpíadas...

Flocos de neve pontilhavam no ar... uma brisa gelada os envolvia... a garota rodopiava com seus patins na pista, balançando suas pernas e braços graciosamente... a cena inteira parecia mágica... Mary Crystal tinha a leveza de uma pena e de fato, parecia uma linda fada...

O Super Soldado permanecia com os olhos vidrados na direção dela... cada um daqueles movimentos era perfeito para o seu olhar... era impossível contemplar e não se apaixonar...

Ele gostava quando Mary se vestia daquela forma e ficava tão linda... não sobre roupas ou maquiagem, mas quando sua menina colocava o sorriso mais lindo no rosto e vestia sua alma de felicidade...

Steve amava quando ela brincava com o cabelo e lhe presenteava com um sorriso de lado... ele gravava cada detalhe como se fosse vê-la pela última vez... como conseguia ser tão bonita? Tão leve? Tão doce? Como Mary conseguia carregar um brilho tão grande no olhar e uma energia tão mágica? Só de estar ao lado dela, se sentia levitar...

Ela era pequena e mandona e o deixava louco... quando Kiara estava com ciúmes, ela o mordia, o xingava, fazia pirraça e até lhe dava um gelo... e quando o matava de saudades, só conseguia ser mais sexy...

Observando-a voltar em sua direção, o loiro apenas deixava escapar o que sentia...

— Eu estou... completamente impressionado...

— Não é grande coisa, Cap... – A Segundo-Tenente encolhia os ombros timidamente.

— Pra mim é... – Ele confessava, fazendo-a se sentir encabulada. O olhar azul lhe fazia suspirar... e de repente, a loira sentia um arrepio gélido percorrendo por sua espinha...

Ela estremecia, abraçando os braços, sentindo frio...

— Está muito gelado aqui... – Steve a abraçava, preocupado em vê-la congelar.

— De fato está...

— Então vamos embora? Eu disse que ia fazer o chocolate quente mais delicioso do universo pra você...

— Com um incentivo desses, é impossível recusar... e eu amo passar a noite no seu apartamento... ele é tão aconchegante...

— Vai ficar mais aconchegante quando sentarmos no sofá em frente a lareira e ficarmos juntos e abraçados... topa...?

— Eu topo... mas tenho medo querer ficar pra sempre em sua casa... – A loirinha sorria, muito apaixonada, sentindo uma ansiedade gostosa, só de imaginar passar as próximas horas abraçadas com seu namorado... aproveitando cada segundo de sua companhia...

— Você pode ficar no meu apartamento o tempo que quiser, minha linda fada...  – E então, Steve agarrava a mão de Mary Crystal, prontos para saírem dali.

Rindo, ela apertava a mão dele de volta, e juntos rumavam para a saída da pista...

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O casal caminhava junto, com Steve segurando a mão de Mary. Eles andavam para fora do Central Park, no ímpeto de pegarem um táxi para o apartamento do Super Soldado, no Brooklyn.

A cidade estava linda e iluminada... o clima natalino era extremamente fascinante...

— Hey, Cap, se o clima continuar assim, posso usar seu escudo pra escorregar na neve!? – Ela o provocava, lhe arrancando uma feição perplexa.

— Você tá de brincadeira, né?

— Não tô não... – Kiara sorria como uma criança matreira.

— Garotinha travessa... – Steve a cobria com seu sobretudo por trás, como se fosse um cobertor...

A loira o parava no meio do caminho, querendo o peito de seu namorado para apoiar a cabeça e seus braços para lhe esquentar...

O Capitão a abraçava com muito carinho... amava quando Mary era doce e meiga com ele...

Era como se pudesse sentir a vibração dos batimentos cardíacos de sua garota... e sua respiração uniforme...

Ao se achegar ainda mais a Segundo-Tenente, o Super Soldado notava o cabelo dourado da Segundo-Tenente num penteado tão lindo e enrolado em torno do cachecol vermelho... em cachos suaves... as madeixas loiras tinham uma fragrância leve de alguma fruta adocicada... e ele se deliciava com o aroma... céus... um bom perfume funcionava como bebida alcoólica para alma... sua menina cheirava tão bem...

O Capitão tocava os fios sedosos... e eram tão macios sob seus dedos...

Ao vislumbrar o olhar extasiado de seu namorado, Mary colocava os braços ao redor do pescoço dele, ficando na ponta dos pés para alcança-lo... estava nevando e tudo o que a loira conseguia pensar, era na música que estava tocando no rádio da cafeteria e que coincidentemente ecoava de longe, na pista de gelo do Central Park...

— É ótimo ter um namorado no inverno... eu não me importo que esteja nevando... me sinto aquecida em seus braços...

O horizonte da cidade de Nova York de longe, levemente agitada, e o eco da música, tornavam o ambiente mais especial...

— Bem... eu sempre estou quente... por causa do soro... do metabolismo... – Steve alegava, disposto a sempre esquentá-la...

— Então você acaba de ser promovido a meu aquecedor particular! – A loirinha brincava, o abraçando com mais força.

— Fico feliz de ser seu aquecedor, porque eu amo compartilhar o meu calor com você...

— Acho que nunca mais vou congelar... – Mary retorquia, muito feliz, o abraçando com ímpeto, colocando as mãos por baixo do sobretudo do Capitão, deixando sua cabeça descansar no peitoral firme.

— Acho difícil você congelar... e não é por minha causa...

— Hmm... está dizendo descaradamente que sou foguenta, Cap...? – Ela o encarava, com um sorriso malicioso.

— Sim... você é minha pequena chama, cristalzinho... - Steve a contemplava com muita paixão...

Os braços do Super Soldado a envolviam com muito carinho, segurando-a mais firmemente.

Os dois se entreolhavam, deslumbrados de si mesmos...

— Estou cansada de olhar pra esse rosto perfeito... você pode se aproximar pra que eu não precise mais olhar pra ele?

— Uau, já está enjoando de mim, Kiara...?

— É só um pretexto pra você me beijar, seu idiota... – Ela confessava, num tom birrento.

— Não consegue ficar sem me beijar...? – Ele a contestava, numa provocação sensual.

— Não consigo... quero te beijar de cinco em cinco minutos...

O olhar da Segundo-Tenente fitava o dele... suas respirações estavam na mesma sintonia... seus corpos entrelaçados e seus lábios sedentos pelo toque...

Steve se inclinou lentamente, demorando antes de fechar a distância entre ambos...

A mão da loira subia do peitoral até a parte de trás do pescoço masculino...

E então, vagarosamente, o Super Soldado encostava seus lábios nos de Mary Crystal, e o contato fluía como um choque elétrico natural... porque estava frio, mas seus lábios quentes...

Kiara o beijava suavemente, passando as mãos pelos cabelos loiros em torno da nuca... o Capitão combinava com a intensidade dela, embora o contato fosse suave...

Steve inclinava o rosto, aprofundando o beijo... prolongando a sensação de calor...

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E se o mundo acabasse ali, agora, no instante em que os lábios dos dois se encontravam, ambos seriam gratos, afinal estariam eternizando o que tinham de mais precioso…

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O amor que sentiam um pelo outro...

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Eles experimentavam dois mundos colidirem... e os destroços formarem um novo mundo... um mundo só deles...

Os dois se exploravam e faziam de suas particularidades um lugar em comum... era só ele e ela...

Estavam indo rápido demais? Talvez... mas Mary Crystal era agora o abrigo que protegia Steve de seu passado doloroso... a consternação de suas piores dores seria incapaz de alcança-lo de novo, enquanto estivesse com ela...

Estar ao lado da Segundo-Tenente era um privilégio... ela pintava sua vida com todas as cores do arco-íris... um lugar onde antes, era só preto e branco...

E por mais que os dois se desentendessem, implicassem um com o outro, eles se atendiam, se chamavam, voltavam, brigavam e se amavam e sofriam, mas voltavam a se amar... sempre...

Os dois estavam bem envolvidos e o clima era cheio de desafios, porém, sempre muito romântico...

A respiração de Mary Crystal engatou quando Steve quebrou o beijo, e seus lábios suavemente estalaram...

A garota abria os olhos lentamente, vislumbrando a expressão apaixonada do Super Soldado...

O calor do beijo de Steve permanecia em seus lábios... era incrivelmente delicioso...

Kiara sorria, um pouco nervosa, tímida e extasiada...

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— Quando eu te vejo olhando dessa forma pra mim, minha mão fica tão gelada e meu coração tão quente que eu pareço um Petit Gateau...

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— Hmm... e você não vai criar nenhuma personagem com esse nome, certo?

— Você ia gostar? Eu teria que aprender francês... e... uau, estou tendo muitas ideias e fantasias sobre isso... – Ela sorria maliciosamente.

— Mary... não comece... – O loiro bufava, virando o rosto... porque tudo que Kiara dizia, sempre tinha conotações sexuais?

— O quê? Mas eu nem disse nada demais, arcebispo Steve...! – Ela fazia um beicinho fofo, revirando os olhos.

A garota mantinha a expressão intransigente, e achando sua menina um tanto encantadora naquele instante, Steve pressionava um leve selinho no biquinho que ela fazia questão de exibir.

Surpreendida, Kiara arregalava os olhos e observava os lábios dele se curvarem num sorriso terno...

— Você fica linda quando está com raiva... eu amo todas as suas expressões faciais...

— Hmm... mas você está sempre me empurrando para longe quando digo coisas ousadas... – A garota abrigava as mãos no bolso traseiro do sobretudo de Steve, o puxando para mais perto, apenas para que pudesse sentir a respiração dele em seu rosto... apenas para que seus lábios se encostassem levemente... porque era como se existisse uma força invisível os puxando um contra o outro... como um campo gravitacional que os aproximavam com tanta força, que ficava difícil se afastar...

— Só digo essas coisas porque não quero perder o controle... às vezes penso que posso te decepcionar de alguma forma... tenho muito medo que isso aconteça... - Steve olhava para Kiara, confessando que só não aceitava suas súplicas apaixonadas e eróticas, por causa dele mesmo...

— E quando isso vai acabar...?

— Quem sabe quando nos casarmos...?

— Mas vai demorar... obviamente não por minha causa, mas porque você vai me enrolar... e... ah, quantos anos vai levar até pedir a minha mão, Cap!?

— Vamos com calma, Mary...

— Não quero ir com calma... – A loira replicava, ficando na ponta dos pés e o abraçando com vontade... seria impossível ficar com frio aquela noite...

— Não faz nem um mês que estamos namorando e você já quer se casar...? – Steve sorria, envolvendo sua menina em seus braços, afundando o nariz em seus cabelos perfumados... inalando seu doce e inebriante aroma...

— Quero ficar com você pra sempre... – Ela revelava no ouvido dele, fechando os olhos enquanto o apertava forte naquele abraço quente...

— Céus, Mary... eu também quero ficar com você pra sempre... só essa noite não é nem de perto suficiente... eu quero você amanhã, e depois de amanhã e depois e depois... eu sempre estou te querendo de novo... o tempo todo... e isso me mata... – Steve apertava Mary Crystal com tanta força, que tinha a impressão de estar levantando o corpo dela, apenas para que pudesse senti-la com mais intensidade...

— E o que dizer de mim...? Minha fome por você nunca acaba... eu te quero sempre... na cama, no chão, na parede... todos os dias... – A garota replicava, numa confissão desesperadamente apaixonada... ambos fechavam os olhos, se abraçando com muita vontade... a química era tão forte entre os dois...

— O que mais você quer de mim, minha princesa...? – Ele a instigava, e Mary amava quando deixava que seus desejos mais secretos pudessem vir à tona...

— O eu quero...? Seu amor todos os dias...

— E como você quer...? — Steve deixava um murmúrio quente escapar pelo ouvido dela, exalando sensualidade...

— Como...? Bem... quando você me chama por apelidos carinhosos... quando me abraça por trás... quando me deixa sentar no seu colo e beijar seu pescoço... quando você me faz aquele carinho gostoso no cabelo que só você sabe fazer... e de quando você me beija lento e de uma forma tão deliciosa que me faz lembrar do nosso primeiro encontro... eu amo tudo isso... eu sou uma louca apaixonada por você, Steve... não consigo mais viver sem você...

A garota terminava sua declaração, elevando o rosto para encará-lo... tocando o rosto de Steve com carinho... e sorrindo... sorrindo tão deslumbrada, que quando o loiro observava aquele sorriso tão doce, apenas imaginava seus filhos com ela...

— Eu prometo fazer tudo isso e muito mais, minha fada... – Ele beijava a mão de sua garota, gentilmente... como um cavalheiro com dotes requintados que sempre costumava ser...

— Obrigada... – Mary Crystal piscava... encantada...

— Você está quente o suficiente? Podemos pegar o táxi agora?

— Não exatamente... você pode me dar outro abraço se quiser... eu amo esse contato quente e apertado... é tão agradável... – Mary sorria, manhosa e exigente como sempre.

— Bem, eu não me importo de ficar mais uma hora aqui, te abraçando... – O loiro murmurava contra o cabelo da Segundo-Tenente. Ele colocava uma mecha do cabelo loiro atrás da orelha dela, num ímpeto carinhoso...

— Saiba que nesse frio, eu só saio da minha cama se for para ir para a sua, certo...?

— Eu sei, menininha travessa... – E então, ambos sorriam um para o outro...

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Se existia um paraíso na terra, ele com certeza se escondia em algum sorriso... talvez no de Mary Crystal ou no de Steve... ou quem sabe na soma dos sorrisos dos dois...?

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