Nemesis escrita por ariiuu


Capítulo 15
Discordâncias e declarações cínicas




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Discordâncias e declarações cínicas

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18 de Abril de 2012, 9:01 AM

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Los Angeles - Califórnia

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Era de manhã e Steve e Mary se encontraram no horário marcado, rumo a palestra que o Doutor Hank Pym faria, não muito longe dali.

Os dois saíram no Porsche da Segundo-Tenente.

O Capitão ainda não se sentia à vontade de ter que fazer todas aquelas missões com Mary, mas por enquanto estava cedendo, apenas porque Fury lhe instruiu a estar ao lado dela naquele momento, já que a presença da mesma na missão de ir atrás do CEO da PYM Tecnologia era essencial.

Nick escondia muitas coisas envolvendo a filha do Presidente, o que deixava Steve um tanto irritado, mas por ora, apenas seguiria em frente sem perguntar nada a respeito.

E então, ambos chegavam ao evento, que ficava na praia de Venice, algo um pouco incomum.

Por que o Doutor Hank Pym faria uma palestra ao ar livre?

O evento parecia uma feira, repleta de mesas, numa espécie de exposição.

A garota estacionou o veículo numa vaga e os dois saíram do carro, rumo a aglomeração de pessoas.

O dia estava um pouco quente, como de costume e o sol estalava no céu.

Steve e Mary finalmente avistaram Hank Pym. O físico falava para um público, com alguns objetos nas mãos.

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No nível quântico, podemos saber o local ou a velocidade de uma partícula, mas não os dois. Ao medir um, o outro se perde. Mais estranho ainda é o conceito de Superposição. Este conceito diz que o estado de uma partícula quântica não pode ser definido como sendo uma coisa ou outra, nem tampouco que é uma coisa ou outra mas não se sabe ao certo qual. – O Doutor parecia estar ensinando algo e não palestrando, até porque, havia muita gente espalhada pelo evento que mais parecia uma exposição.

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E então, Mary olhou para Steve.

— Vamos ter que esperar o evento acabar pra chegarmos nele. Não podemos abordá-lo e dizer tudo sobre a viagem no tempo com esse monte de pessoas ouvindo.

— Concordo e esse era o meu plano desde o início. – Ele retorquiu, assentindo.

— Ótimo. Então, eu vou dar uma olhada nessa exposição.

— Fique por perto.

— Não vou me perder, Cap. Fique tranquilo. – E então, Mary acenou de costas para ele.

Dois minutos depois, Steve foi parado por um grupo de jovens, que o reconheceu, pedindo vários autógrafos.

O loiro se encontrava com óculos de sol, esperando que ninguém soubesse quem ele era, mas infelizmente, seu rosto era conhecido demais para que alguns o ignorassem.

Ele assinou vários papeis, vislumbrando o sorriso daquelas pessoas e se recordou da época em que viajava em turnê com a USO.

Certas coisas não mudariam... mas ele não se importava em ser gentil e continuar inspirando as pessoas que o admiravam...

Kiara observava a cena, soltando um risinho obstinado.

Era incrivelmente bonito ver o Capitão América em lindos trajes sociais, que se resumiam a uma camisa azul clara, calça jeans e sapatênis na cor preta, além dos óculos escuros que tornavam sua aparência ainda mais refinada.

— Tantos ídolos para adorarem, e essas pessoas ainda preferem o herói bonitão e patriota do século passado...? – Perguntava para si mesma, se questionando se o que realmente importava eram seus feitos heroicos ou sua aparência.

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Os dois esperaram em torno de duas horas até que todos começassem a esvaziar o evento.

Nesse momento, Hank Pym se despedia de algumas pessoas.

Ali, o Capitão e a Segundo-Tenente resolviam agir.

Repentinamente, Steve o abordou.

— Com licença, Doutor Pym. O senhor está ocupado? – O loiro o cercou e então, o Doutor o olhou detalhadamente.

— Você não é o...

— Sim... – Steve respondeu de imediato, porque sabia o que ele diria.

— E o que Capitão América faz aqui? – O físico o questionava, confuso do porquê o Super Soldado estava ali.

— Doutor, é possível que possamos conversar num lugar mais reservado? O que tenho para lhe dizer é algo extremamente importante.

O físico não sabia o que responder. Ele apenas observava o semblante tenso de Steve e se perguntava o que o maior herói do país queria falar com ele.

— E por que eu deveria? – Contestava, tentando entender os motivos do Capitão, mas... Kiara surgiu do nada, deixando as coisas mais estranhas e... claras...

— Olá, Doutor! Eu sou Mary Crystal. – E então, a loira entrava na frente de Steve, cumprimentando o CEO da PYM Tecnologia.

Ele estreitou o olhar, a analisando com precisão.

— Eu te conheço de algum lugar, mas não estou lembrando...

— Comissão de crimes cibernéticos em 2004 no congresso, em Washington. Meu pai foi o relator. – Ela revelava coisas que Steve não entendia.

Hank Pym a olhou, perplexo.

— Você é filha do Presidente Matthew Ellis?

— Sim. – E então, Mary sorriu docemente em resposta.

O Doutor Pym os encarava, um tanto perplexo. O que o Capitão América e a filha do Presidente queriam com ele?

No mesmo instante, o físico olhou para todos os lados e então...

— Há uma cafeteria aqui perto. Podem me acompanhar até lá?

— Sim.

— Claro.

Steve e Mary concordavam e então, os três saíram do evento, caminhando rumo ao local.

Do outro lado, uma mulher de cabelos castanhos, longos e ondulados os avistava saindo dali...

Hope Van Dyne, a filha de Hank Pym.

— Aonde ele está indo com aqueles dois...? – Perguntava a si mesma, já com o plano de segui-los.

E então, os três entraram no estabelecimento, sentaram numa mesa, fizeram um pedido e começaram a conversar.

— Eu posso saber por que o Capitão América e a filha do Presidente estão atrás de mim? – O Doutor os indagava, de forma desconfiada.

— Doutor Pym, temos algumas imagens para lhe mostrar e em seguida, lhe explicaremos o contexto delas. – Steve esclarecia, deixando-o ainda mais confuso.

— São essas imagens. – Kiara entregava um iPad com os arquivos das câmeras de segurança da torre Stark, mostrando todo o diálogo de Tony Stark e do Steve Rogers do futuro, além da conversa no beco com o tal Scott Lang.

Quando o físico terminou de ver as imagens, já tinha muitas indagações, porque se encontrava... extremamente abismado...

Ele era inteligente o suficiente para simplesmente fazer perguntas simples.

— As imagens estão mostrando que essas pessoas são de outra linha do tempo? Do futuro, certo?

— Sim. – Steve afirmava.

— Por quê...?

— Não temos ideia e achamos que podia nos ajudar com algumas dessas dúvidas. – O Capitão redarguia, tentando ser cauteloso no que dizia.

— Esse rapaz está usando um traje semelhante a um projeto que desenvolvi a anos... – O Doutor afirmava, olhando para o homem que vestia o traje vermelho.

— É sério? O traje que ele usa é seu? – Steve parecia chocado. Mais coisas estavam vindo à tona.

— Sim... só que vamos pular essa parte, porque quero entender o que as pessoas dessas imagens queriam dizer quando mencionaram que precisavam de mais partículas...

— São as suas partículas, Doutor... – Mary assegurava.

— Minhas partículas? Como isso seria possível? Isso... é insano... e não pode ser verdade... – O físico mantinha os olhos muito abertos, perplexo por todas aquelas informações.

— O senhor não conhece Scott Lang? Atualmente ele está preso por furto. – Steve citava o rapaz de traje vermelho das imagens.

— Não, não o conheço...

— Então, vocês devem ter se encontrado no futuro... – Steve concluía.

— No futuro de outra linha temporal, porque essa claramente foi modificada. – O físico afirmava, ainda muito chocado com tudo o que descobria das imagens.

— Sim, provavelmente uma linha alternativa foi criada, pela lógica. – Kiara alegava o que achava.

— Eu ainda não estou acreditando... desculpem, mas... preciso checar tudo de novo para ter certeza. – Hank Pym voltava a visualizar as imagens desde o início, mas naquele exato momento...

Hope entrava repentinamente na cafeteria.

— Posso saber por que você abandonou a todos e veio pra cá? – A filha de Hank Pym interrompia a conversa.

— Hope... estou no meio de algo importante, então nos dê licença.

E então, contrariando o que seu pai lhe dizia...

Ela se sentou na mesa e sorriu gentilmente para Steve e Mary.

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Olá, Capitão América e Senhorita Ellis. Espero que não se importem de fazer parte da conversa de vocês.

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A vice-presidente da PYM Tecnologia os surpreendia, revelando que já sabia quem os dois eram, afinal, Hope Van Dyne não era uma pessoa qualquer... ela era extremamente ardilosa...

— Hope... por favor... saia...

— É melhor me deixar fazer parte dessa conversa, Hank, ou... eu vou descobrir tudo no final de qualquer jeito. – A morena sorriu mais uma vez, e Kiara sorria de volta, admirada pela ousadia e sagacidade dela.

— Eu não me importo dela estar aqui. – A Segundo-Tenente dizia, fazendo Steve a encarar com um olhar estreito.

Hank Pym respirou fundo...

— Certo, você venceu, Hope... por minha parte não vou contestar, mas e quanto a você, Capitão? – O físico questionava o loiro, que mostra uma postura austera.

— Esse assunto é confidencial, Doutor. – Steve tentava manter os rumos da missão de acordo com o que Fury lhe instruiu, mas... Hope era o plano B. Ela tinha que participar daquela conversa, segundo o que Natasha lhe disse antes de chegar em Los Angeles.

— Eu sou a filha dele e não há segredos entre nós, então tudo o que for dito a ele, pode ser dito na minha frente. – Hope assegurava.

O Capitão olhou para o físico, que assentiu.

— Embora Hope seja o grande contraponto da minha vida, ela é de confiança... por favor, vamos continuar...

E então, Mary mostrava as imagens para a vice-presidente da PYM Tech, que assim como seu pai, externava perplexidade e sobressalto diante das grandes revelações sobre a viagem no tempo dos Vingadores do futuro.

Pai e filha visualizaram as imagens várias e várias vezes, tentando assimilar o que aquilo significava.

— É possível viajar no tempo com essas partículas, Doutor? – Steve o contestava.

— Isso só seria possível através do reino quântico e... eu nunca entrei nesse lugar pra saber.

— Espera Hank... se isso for mesmo verdade, então significa que passar pelo reino quântico não necessariamente te mataria-

— Hope...

— Eles usavam trajes especiais! – A morena insistia. - Nessas imagens... eles encolheram do tamanho de um átomo, então... com certeza é possível!

— Não temos certeza se isso realmente é possível... nada nunca foi testado e presenciado por ninguém antes... – O Doutor ainda estava desacreditado.

— Eles estão aqui nos mostrando!

— Hope, nós não temos certeza de nada e não devemos nos envolver.

— Por quê!?

— Ninguém tem acesso a minha tecnologia. Ela está muito bem guardada e segura. Como posso acreditar que alguém como esse tal Scott poderia roubá-la?

— Pare de ser cínico, Hank! Você sabe que o Darren está causando o maior estrago na corporação por causa disso! Você está perdendo espaço! Logo, ele vai te expulsar de lá!

— Fique quieta, Hope! Não mencione os assuntos da empresa na frente de terceiros!

Steve e Mary ficavam assustados diante da discussão entre pai e filha.

Os dois pareciam não ter uma boa relação... exatamente como Natasha havia dito.

— Esse cara que se chama Scott... com certeza o senhor o conheceu no futuro da linha temporal dos Vingadores dessas imagens. – Mary dizia o que achava a respeito.

— Não faz sentido que o meu eu do futuro tenha alguma relação com esse criminoso.

— Faz sentido sim, Hank! Provavelmente você deve contratar esse cara pra fazer o serviço que eu deveria fazer!

— Calada, Hope! Quantas vezes vamos discutir sobre isso!? – O Doutor batia na mesa, com raiva e a morena o encarava com muita cólera. Os dois se desentendiam por conta das descobertas sobre Darren Cross, que parecia ter o plano de tomar a Pym Tech para si.

Hope simplesmente não conseguia aceitar que seu pai fizesse tudo do seu jeito, a excluindo de todos os planos que envolviam a empresa e também a tecnologia que ele havia desenvolvido.

Steve e Mary permaneceram quietos. Não se intrometeriam numa discussão entre pai e filha.

O físico então olhou para a Segundo-Tenente e o Super Soldado.

— Qual é o objetivo real de vocês aqui? Por que não faria sentido que me procurassem apenas para reportar essas informações. O que vocês dois querem de verdade?

Então, diante daquela pergunta, Steve teria de dizer a real intenção da iniciativa Vingadores...

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Tony Stark, Bruce Banner e a SHIELD estão trabalhando numa tecnologia para construírem uma máquina do tempo.

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— E por quê?

— Queremos descobrir o que aconteceu no futuro.

— E por isso querem minha ajuda?

— Sim.

— Isso é impossível. Eu não vou confiar o trabalho da minha vida nas mãos de um Stark.

— Doutor Pym, isso é algo de extrema importância. – Steve insistia.

— E por que eu deveria acreditar em vocês?

— Por que é algo que envolve o futuro do nosso planeta e talvez... do universo... – O Capitão América tentava convencê-lo, mas...

Hank Pym parecia não estar disposto a ceder...

— Não posso confiar naquele pirralho do Stark. Eu não confiava no pai dele e não vai ser o mesmo com ele.

— Mas se tivermos sua colaboração, talvez consigamos entender o que aconteceu no futuro e evitar uma possível catástrofe na nossa linha do tempo.

— Eu sinto muito, Capitão. Saber que a SHIELD também está envolvida, torna as coisas muito mais difíceis.

— Por quê? – O loiro o contestava, confuso.

— Você não deve saber nada sobre essa organização porque acabou de sair do gelo, mas eu trabalhei para eles durante anos e... sei exatamente do que são capazes.

— Isso é verdade. A SHIELD não é uma organização confiável. – Mary reforçava as palavras do Doutor.

— Senhorita Ellis, você não veio aqui pra dar sua opinião. Está complicando ainda mais a situação. – O loiro a cortou, esperando que a garota não atrapalhasse a missão, afinal, ela não estava do lado da SHIELD e dos Vingadores?

— Eu só estou dizendo a verdade... – Ela deu de ombros.

— Sinto muito, Capitão, mas... não posso ajuda-los...

— Mas Doutor...-

—  Eu não confiava em ninguém ali... apenas na Margaret...

Quando o físico terminou de dizer aquele nome, Steve sentiu uma forte compressão no estômago e seu coração começou involuntariamente a disparar...

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Margaret...? Está falando de Peggy Carter...?

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— Sim, a Carter era a única exceção naquele covil de cobras. Não sei como ela conseguiu passar tantos anos de sua vida enfurnada no meio de pessoas daquela extirpe.

E então, os olhos do Capitão América arregalaram...

Não tinha ideia que Hank Pym a conhecia e nem que externaria o que achava dela em sua frente...

Mesmo naquelas circunstâncias, Peggy ainda lhe surpreendia... e os efeitos de mencionarem seu nome numa conversa apenas confirmava o que já sabia...

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Steve ainda a amava... e tudo relacionado a ela mexia fortemente com ele...

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Mary atentava para a reação estranha do Capitão, que parecia um tanto caótica... era incomum vislumbrar aquela expressão no rosto dele.

— Bem, se me derem licença, acho que já terminamos essa conversa, então, eu preciso ir. – E então, Hank Pym se levantava da mesa.

— Doutor... – Kiara o chamava.

— Diga...

— Seria possível termos outra conversa em breve?

— Acho muito improvável, me desculpe...

A garota então se calou, sabendo que o físico era uma pessoa difícil e decidida.

— Com licença... – O Presidente da PYM Tecnologia saia da mesa, deixando-os.

Steve ainda estava perplexo por causa de Peggy, mantendo-se em silêncio, e Hope...

Apenas os mirava com um sorriso no rosto.

Mary estranhava a reação da filha de Hank Pym.

— Por que está sorrindo, senhorita Van Dyne?

— É que eu descobri coisas muito importantes hoje, graças a vocês dois. – O motivo da alegria de Hope era apenas um: Se era possível transitar pelo reino quântico, então era possível que sua mãe estivesse viva.

— É mesmo? E acha que pode convencer seu pai a nos ajudar?

— Não só vou convencê-lo, como tenho certeza que ele vai topar na hora quando expor meus argumentos. – A morena assegurava, com um sorriso gentil nos lábios.

— Estará nos fazendo um grande favor. – Kiara agradecia.

— Me empreste seu telefone, senhorita Ellis. – Hope pedia o iPhone da garota.

— Claro.

E então, a morena colocava gravava o seu número na agenda de seu aparelho.

— Este é o meu número. Pode me ligar. Vamos manter contato. – Ela piscou, sorrindo para Kiara.

— Obrigada. – A loirinha agradecia.

— Eu vou indo agora, porque o Hank deve estar muito pirado depois de ouvir tudo isso, mas... nos veremos em breve.

— Com certeza.

As duas se despediram, e Hope percebia que o Capitão América parecia muito abalado com as últimas palavras que seu pai disse a respeito de Margaret, tanto que o mesmo ficou calado e não disse mais nada... perdido em seus próprios pensamentos...

Depois que Hope saiu da cafeteria, Kiara olhava para Steve, muito confusa...

Quem era Margaret e...

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Por que ele estava tão assustado apenas por ouvir o nome dela...?

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O olhar do Capitão se encontrava cabisbaixo e seus pensamentos em tormento...

Remexendo as partes mais profundas de sua consciência, a melancolia das recordações tomava conta de seus sentidos...

A visão de sua amada preenchia cada canto de sua mente naquele momento...

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Os olhos castanhos de Peggy, seu cabelo escuro num lindo penteado, o vestido vermelho que ela usava aquela noite na taberna...as luzes incandescentes... uma pergunta, um beijo, a promessa de uma dança e uma foto em uma bússola...

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Steve se levantou da mesa no mesmo instante, prestes a sair dali.

Mary estranhava aquele comportamento.

— Cap... você está bem...?

— Eu... tenho que ir, me desculpe... - Ele não estava se sentindo bem e precisava sair daquele lugar imediatamente.

— Mas você não sabe voltar pro hotel! – Mary gritou, mas o loiro a ignorou totalmente, deixando-a sozinha...

Kiara ficou ali, parada, observando-o cruzar a porta da cafeteria com muita pressa, se perguntando o que estava acontecendo.

Steve desejou que aquilo não lhe incomodasse tanto, mas... incomodava... e...

Doía...

Tudo o que precisava era respirar e se acalmar, no ímpeto de ordenar seus pensamentos.

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Mary Crystal retornou ao hotel, esperando que Steve voltasse, mas ele simplesmente não apareceu...

Depois de horas, logo no final da tarde, a Segundo-Tenente resolveu dar uma caminhada pela praia de Venice e observar o pôr-do-sol.

Muitas pessoas corriam pelo local. Outras andavam de bicicleta, outras de skate, além de muitos surfistas voltarem da praia com suas imensas pranchas nos braços.

O clima estava agradável e a brisa oscilante e levemente gélida afagava as madeixas onduladas da garota.

Mary comprou um milk-shake grande de chocolate e passou a andar descalça pela areia da praia.

A loira pendurou as alças de sua sandália escura na bolsa tiracolo que usava, enquanto segurava o copo com sua bebida numa mão e seu telefone na outra.

Ela trajava um vestido preto, bordado com paetê e pedrinhas. Um modelo simples e um pouco acima dos joelhos.

Amber estava na linha naquele momento.

Sua amiga que se encontrava na base de Colorado Springs, já conversava com ela a dez minutos.

— Topa uma sessão de psicoterapia agora, Amber?

Sim, mas não tem ninguém por perto? E quanto ao Capitão?

— Sei lá... ele me deixou sozinha na cafeteria de manhã e não voltou pro hotel.

Por quê?

— Não tenho ideia... o Doutor Hank Pym mencionou uma tal de Margaret Carter na conversa e depois disso ele simplesmente saiu correndo e desapareceu, como uma menininha frágil e acuada após a primeira menstruação. – Ela desdenhava do Super Soldado, fazendo uma careta debochada.

Margaret Carter? A mulher que ajudou a fundar a SHIELD?

— Ela é uma das fundadoras da SHIELD!? Sério!?

Em que mundo você vive, Kiara!? Esqueceu sobre o que aprendemos na faculdade!?

— Iih, é mesmo...! Mas por que ele ficaria estranho depois disso?

Você não sabe!? Dizem que a Peggy Carter era a garota do Capitão América.

— Uau, essa é novidade pra mim. Então isso quer dizer que ele ainda gosta dela? Por que qual seria o motivo dele sair correndo e me deixar sozinha sem nem dizer para onde ia?

Você é muito insensível, Kiara. O Capitão América acordou em outra época! Se coloque no lugar dele. Todos as pessoas que conhecia morreram, e a garota dele é uma velhinha agora.

— Você tem razão... mas o amor é uma droga... talvez a pior de todas... ela distorce a nossa visão do mundo...

Diga isso quando se apaixonar.

— Regra número um, Amber: Eu nunca vou me apaixonar. Regra número dois: Se eu me apaixonar, volte para a regra número um.

Quando o seu príncipe encantado aparecer, quero ver se vai continuar com esse pensamento.

— O dia que meu príncipe encantado aparecer, ele vai me encontrar bebendo, fumando e dançando psy-trance numa rave com meus amigos festeiros ao som de Rihanna remixado pelo David Guetta. – A garota desdenhava das palavras de sua amiga enquanto sugava seu delicioso milk-shake pelo canudo.

Ela contemplava as ondas do mar e sentia o sol tocando sua pele, aquecendo-a de uma forma aconchegante.

Credo, Mary, você nunca vai evoluir!? Já está com 24 anos e esse seu pensamento de adolescente drogada e bêbada não vai passar!? Acho que esse é o seu pior defeito!

— Um brinde aos meus defeitos então, porque com as minhas qualidades ninguém se importa! – A loira levantava o copo de milk-shake para o alto, sorrindo maliciosamente.

Fico com muita pena do Capitão em ter que fazer essas missões com você. Sua companhia deve ser um castigo pra ele!

— E eu fico com pena de mim! Ele é muito ingênuo e não entende nada desse século! Isso me irrita!

Acho que você o maltrata muito.

— Depois que fiquei sabendo que os Vingadores do futuro vieram pra cá, e de como o Capitão América do futuro foi bem perspicaz, percebo o quanto esse de 2012 é uma lesma...

Uau...! Então agora você está caidinha pelo Cap do futuro!?

— Quem sabe...? A atuação dele foi esplêndida. Ele arrancou o cetro das mãos da S.T.R.I.K.E. apenas fingindo um “Hail, Hydra”.

Ok, ok... mas não se esqueça que o Cap do futuro é o Cap do passado, ou seja, a mesma pessoa!

— Eu não penso assim...

Então... me diga o que está te perturbando realmente...? Você não queria uma sessão de psicoterapia com sua melhor amiga?

— Bem... como estão as coisas aí na base?

Nada diferente... missões, resgastes... coisas que você já fazia quando estava aqui.

Kiara suspirou melancolicamente em resposta. Ela sentia falta da força aérea.

— Bem... depois de quarenta dias longe, somando com minhas férias... eu estou bem cansada de estar inativa...

Infelizmente você tem que aguentar. Quando essas missões com o Nick Fury vão acabar?

— Eu não tenho ideia...

— Então não há o que ser feito... mas fica de olho nesse cara. Eu não confio nele! – Amber sempre demonstrou que não possuía nenhum apreço pelo diretor da SHIELD e ela tinha seus motivos...

Kiara ficou em silêncio... desanimada...

— Sabe... todos pensam que entrei para a força aérea por imposição do meu pai, mas... a verdade é que eu sempre quis isso, desde criança... não era o que o meu avô queria, mas... o desejo de fazer algo pelo país, de ajudar as pessoas... o desejo de servir... tudo isso estava enraizado dentro de mim... era mais forte do que imaginava...

Eu sei, Kiara. As pessoas não têm ideia do quão patriota você é.

— Sim, mas... infelizmente as coisas não saem como queremos...

Vamos esquecer isso por enquanto, porque tenho uma novidade pra você.

— Qual?

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Algo referente a Major Carol Danvers e o Tesseract.

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Kiara arregalou os olhos no mesmo instante.

— O quê!? Me conte!!!

Um amigo que trabalha na S.W.O.R.D. deixou escapar sem querer na semana passada, que existem algumas imagens arquivadas por aí, de um dos satélites da NASA da região da Califórnia, na época em que Carol Danvers reapareceu depois de cinco anos dada como morta.

— E nessas imagens, podemos ter evidências sobre os tais seres de outros planetas que passaram por aqui!?

Eu não sei... mas pode haver indícios sim. Só que não podemos ter acesso a nada, esqueceu? Você devia investigar isso por conta própria, já que está aí fora e trabalhando com o Fury. Ele sim sabe de tudo e esconde esses fatos das maiores agências de espionagem do planeta.

— Inclusive dos próprios Vingadores... por que se eles soubessem sobre Carol Danvers, é obvio que já teriam colocado o Fury contra a parede.

Eu não sei como tem gente que ainda acredita nesse “erro de um bilhão de dólares”.

Amber falava sobre o acidente em que Carol Danvers e a Doutora Wendy Lawson sofreram, em 1989, causando a “morte” de ambas.

— É por isso que eu não confio no Fury e nem na NASA. Sempre indaguei a todos sobre esse projeto e as respostas eram vagas demais.

E quanto aos arquivos que você conseguiu do Fury em troca dos mapas das bases secretas da HYDRA pelos arquivos da Cosa Nostra?

— Nada importante. Só especificações técnicas do projeto PEGASUS e o que resultaria no término, mas sem o real propósito exposto.

Parece que estamos andando em círculos...

— Eu não vou desistir de encontrar a verdade, Amber. Desde que estivemos na instalação conjunta da Força Aérea com a NASA em Nevada e descobrimos sobre Carol Danvers e a ligação que ela teve com o projeto PEGASUS, não pretendo recuar em saber o que Fury e a SHIELD escondem!

Também estou curiosa... eu aposto que ele sabe sobre raças de alienígenas que se infiltraram na terra e estão aqui até hoje, só que escondidos!

— Sim... e é impossível esquecer a vez em que estivemos dentro do setor de inteligência do comando espacial da Força Aérea e vimos as imagens ocultas de um dos satélites que mostrava aquelas ogivas sendo explodidas pela Carol Danvers, próximo ao deserto de Mojave.

O Fury deve ter ficado bem desesperado quando essas imagens vazaram pra gente... aquelas explosões no céu foram reportadas para a imprensa como corpos celestes entrando na atmosfera, mas nós sabemos que é tudo uma invenção dele...

— Ele não vai conseguir sustentar essa mentira por muito tempo. Eu vou descobrir tudo. É só questão de tempo!

Você fala com tanto ódio do Fury... e desconfio que seja por isso que você esteja judiando do Capitão América, não é mesmo?

— Acertou em cheio. Não vou conseguir tratar bem o soldadinho marionete do Fury. Eu odeio pessoas que obedecem cegamente a algo ou alguém sem nem contestarem... você sabe...

Então esse é o verdadeiro motivo pelo qual você o maltrata tanto?

— Sim... mas ele também é um velho irritante que vive me tirando do sério...

Não é melhor você resolver suas diferenças com ele?

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Não. Às vezes, para o meu trabalho, eu tenho que pôr medo nas outras pessoas.

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Engraçadinha... pare de fazer as pessoas te odiarem! Você não é essas personagens ridículas que interpreta. Eu sei quem você é, Mary Crystal Ellis!

— O Capitão América não me desce! Eu sei que ele esconde algum segredo obscuro! Por trás daquele rostinho gentil de bom moço, existe uma pessoa sombria! Ninguém conseguiu reparar, mas eu sim!

Mas você era fã do Capitão América!

— Pra seu governo, eu tinha oito anos. E eu demorei bastante pra perceber que as pessoas não mudam, elas apenas nunca foram o que você pensou...

Está decepcionada por que ele não é o que você achou que fosse?

— Sim. O Capitão América é uma fraude. Ele é só um homem ranzinza, frágil emocionalmente e preconceituoso com a sociedade contemporânea e sua cultura, ou seja, um velho chato e insuportável! – Mary continuava caminhando lentamente pela praia enquanto conversava com Amber e sugava seu milk-shake pelo canudinho.

Mas ele passa a imagem de um herói brilhante, que transmite paz, segurança e honra para todos.

— Acho mais seguro andar com minha própria escuridão do que com a luz do sublime herói patriota americano. – A garota revirava os olhos, em aversão.

Seu pai não ia gostar de ouvir isso...

— O que meu pai acha sobre isso, não importa.

Você ainda não foi vê-lo?

— Não vejo meus pais a mais de três meses... a campanha começou e estou por fora. – Mary respirava fundo. Odiava falar sobre o cargo que seu pai ocupava.

Devia se sentir envergonhada por dizer isso, sua filha desnaturada!

— Eu não quero que meu pai se reeleja, Amber... ser o chefe de uma nação tão poderosa como os Estados Unidos é um posto muito arriscado.

Mas é a decisão dele e você devia apoiá-lo.

— Eu nunca apoiei... e vou continuar não apoiando. Ele sabe o que penso a respeito.

Sério, Mary, vá visita-lo na Casa Branca quando tiver chance!

— Não quero falar sobre isso, então, acho que a sessão de psicoterapia terminou. – A garota terminava o milk-shake e jogava o copo de plástico fechado numa lixeira.

— Ok, ok, senhorita encrenca. Vê se come direito, durma no mínimo sete horas por dia, beba água e se exercite. Quero que você volte linda e saudável pra Colorado Springs!

— Espero voltar pra Colorado Springs o mais rápido possível...

Vou ficar te esperando.

— Se cuida, Amber.

Beijos, bonequinha.— E então, a amiga de Kiara encerrava a ligação.

A Segundo-Tenente contemplava o pôr-do-sol em seu esplendor, suspirando profundamente, um pouco desanimada depois daquela conversa.

Depois de passear pela praia, era hora de voltar pro hotel.

Ela não estava ligando se o Capitão América não estivesse lá quando chegasse. Para falar a verdade, tudo o que Mary queria era que ele desaparecesse, que aquelas missões envolvendo os Vingadores acabassem e Fury revogasse sua licença estendida, pra que pudesse voltar para a Força Aérea... para o trabalho de sua vida, mas... quando a garota deu um giro de 180 graus, prestes a fazer o trajeto oposto e voltar para o hotel...

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Steve Rogers estava atrás dela... e a encarava com um olhar colericamente pesado, tétrico e feroz.

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— Desde quando está atrás de mim...? – O questionou, surpreendida com a presença repentina dele ali...

— Estou atrás de você tempo suficiente pra ter ouvido o quanto a senhorita me acha uma fraude, ranzinza, frágil emocionalmente e preconceituoso com a sociedade moderna, me descrevendo como um velho chato e insuportável, segundo suas próprias palavras. – Steve esclarecia, com os braços cruzados, se aproximando lentamente, mostrando uma postura firme, rígida e impassível.

Ele não diria que ouviu a parte onde Mary falava sobre o projeto PEGASUS, ogivas, extraterrestres, instalação da Força Aérea e da NASA em Nevada, e imagens de explosões no deserto de Mojave, além de seu descontentamento sobre não aprovar a reeleição de seu pai... e tudo isso por motivos óbvios: Ele não entendia absolutamente nada sobre o real contexto, mas por via das dúvidas, reportaria tudo a Fury mais tarde.

— Sério...? Não sabia que você tinha o hábito de ouvir a conversa das pessoas escondido. – Ela sorria de canto, provocante.

— E eu não sabia que a senhorita tinha o hábito de falar mal das pessoas pelas costas. – O Capitão rebatia, encarando-a por trás de seus óculos escuros.

— Ora, Cap, tudo o que você ouviu, eu disse na sua cara na torre Stark, lembra...? Mas caso tenha esquecido, quer que eu repita...? – Mary andou dois passos, ficando frente a frente com ele, numa pose provocativa, com um sorriso sórdido nos lábios, e encarando desafiadoramente o alto, musculoso e irritado Super Soldado.

— Você é tão descarada... como consegue...?

— Em vez de começar a me xingar, por que não diz como conseguiu me achar depois de ficar horas sumido?

— Eu tenho meus meios...

— Ah claro, aprendeu espionagem com Nick Fury?

— Senhorita Ellis, não me envolva em seus problemas com o Diretor Fury, tampouco julgue minha postura, conduta e personalidade baseado nos seus achismos precipitados. – Steve tirava os óculos, defrontando-a com furor.

— Ok, senhor manual de regras que não está apto a lidar com pessoas distintas de sua programação original. – Mary o enfrentava de volta através do olhar, não recuando um milímetro sequer.

— Vamos começar a discutir novamente? É isso que você quer?

— Sim... principalmente com homens tão antiquados como você, e sabe, Capitão Rogers, eu acho simplesmente delicioso e excitante olhar para a sua cara depois de vê-lo perder todos os argumentos, apenas porque não tem capacidade cognitiva para entender minhas afrontas, deboches e ironias...

E então, Kiara sorriu... deslumbrantemente maligna...

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Regra número um do manual de Mary Crystal Ellis: Quando chegar a hora de discutir com alguém, aplique a palavra mais cruel onde vai doer mais.

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Steve franziu o cenho e estreitou o olhar... depois de ficar horas tentando se acalmar por conta de seus pensamentos sobre Peggy Carter, que todos os dias lhe atormentavam, agora tinha que ouvir as palavras de escárnio daquela garotinha mafiosa?

— Escute aqui, senhorita Ellis eu-

Antes que o Capitão pudesse terminar, sua frase foi interrompida repentinamente por nada mais e nada menos do que um horroroso e sonoro...

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Arroto...

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Os olhos azuis de Steve alargaram de susto, assombro, perplexidade e... nojo...

Já Mary, sorria divinamente plena e diva depois de... arrotar na frente do maior herói da América... que ainda a fitava com muito espanto e aversão...

Céus, aquela garota era a filha do Presidente dos Estados Unidos... aonde estavam seus modos? Aonde estava a sua educação?

— Você... é... maluca... – Steve gaguejava, completamente pasmo.

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Regra número dois do manual de Mary Crystal Ellis: Se você nunca foi chamada de "Maluca" por um homem, então você não está exercendo seu papel de mulher corretamente.

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— Eu tomei um milk-shake de chocolate de 700ml. É normal que arrotasse, mas sabe, eu posso soltar um bem mais alto! Na base de Colorado Springs há um campeonato de arroto com os rapazes e eu consegui chegar nas finais! – Kiara revelava com orgulho, uma de suas maiores ‘habilidades’, deixando Steve ainda mais enojado...

Céus, que século era aquele em que as mulheres participavam de campeonatos de arroto? O ato entre os homens já era um tanto desprezível, envolvendo uma mulher então, tudo ficava ainda mais tenebroso.

— Me poupe de suas aventuras repulsivas, senhorita Ellis. Devia se sentir envergonhada por ter um costume tão nojento! – O Capitão a repreendia com indignação.

Já ela, resolvia se espreguiçar, esticando os braços para o alto, pouco se importando se ele estava assustado com seu comportamento.

— Relaxa, Cap, é só uma forma de extravasar. O que você prefere? Que eu esteja irritada e te dê um soco, ou apenas que esteja feliz e solte um arroto?

— Nenhum dos dois. – Rebatia, com aversão.

— Eu não vou me comportar como uma alta dama da sociedade, muito menos como uma princesa da Disney, aliás, recomendo que assista Shrek para que seu ponto de vista em relação as princesas, mude.

— Shrek...? O que é isso...? – O Capitão não entendia uma vírgula do que a Segundo-Tenente lhe dizia.

— Ai ai... que sono... – E então, a garota bocejava diante da frase daquele soldado desatualizado de tudo.

— De qualquer forma, peço que tenha o mínimo de educação quando estiver ao meu lado. Não estou acostumado com esse tipo de... comportamento asqueroso...

— Como disse... prefere que eu te soque ou arrote? Porque 99% das coisas que fiz movidas pela ira, deram problemas, mas infelizmente só descobri isso depois de ir parar na cadeia.

E mais uma vez, Steve arregalava os olhos diante da bizarrice que Mary lhe dizia.

— Você... já foi presa...? – Perguntava, ingenuamente e sobressaltado.

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Não... fui condenada a ir pra cadeira elétrica, mas meu pai me deu perdão presidencial...

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E então, Kiara piscou, sorrindo maliciosamente depois de desferir sua linda e divina ironia para cima do Capitão inocente América, que como sempre... não entendia a referência...

O loiro a observava dar as costas para ele, caminhando rumo ao hotel, descalça e descabelada, achando que aquela garota havia passado de todos os limites como ser humano.

Mary Crystal sabia que tinha assustado Steve Rogers além da conta... mas ela não estava nem aí...

A loirinha caminhava, livre, leve e solta, perguntando para si mesma enquanto sorria plena e satisfeita...

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Espelho, espelho meu... existe alguém no mundo pior do que eu...?

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Notas finais do capítulo

E aí, amados, gostaram dos modos de princesa fiona da nossa diabinha? Linda ela não é? Arrotando na frente do nosso príncipe patriota kkkkkkk

Quem não assistiu o primeiro filme do Homem Formiga, deve ter boiado na cena do Hank com a Hope, então assista o primeiro filme do Homem Formiga. E quem não entendeu o diálogo da Amber com a Mary sobre o projeto PEGASUS, extraterrestres, vulgo skrulls, as ogivas e o erro de um bilhão de dólares, assista Capitã Marvel!!!

Estamos no capítulo 15 e vocês estão vendo como o Steve ainda é apaixonado pela Peggy? Será que a Mary vai ser capaz de fazê-lo esquecer o grande amor da sua vida? Acho que vai ser difícil e tem outro grande obstáculo entre esses dois: Ela também não está apaixonada e sequer cogita tal possibilidade. Olha o desafio da autora aqui, socorro kkkkkkk

Vocês estão notando que as coisas estão saindo totalmente diferente da linha temporal original, certo? É como se certos eventos estivessem sendo adiantados, e entre eles, preciso dizer qual acontecerá daqui a uns dez ou quinze capítulos: O encontro entre Steve e Peggy, além de o mesmo conhecer a Agente 13 (Sharon Carter) mais cedo. Acreditem, a entrada da Sharon na história vai esquentar muito mais as coisas entre o Steve e a Mary. Vai ser hilário, muahahahaha *maldade vindo, preparem-se *emoji de diabinho



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