Encantos & Desencontros escrita por Maitê Miasi


Capítulo 16
Capítulo 16




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“Amar pode machucar

Amar pode machucar, às vezes

Mas é a unica coisa que eu conheço

Quando fica difícil

Você sabe, às vezes pode ficar difícil

É a única coisa que nos faz sentir vivos.

 

Nós guardamos esse amor em uma fotografia

Fizemos essas memórias para nós mesmos

Onde nossos olhos nunca estão se fechando

Nossos corações nunca estão quebrados

E o tempo está congelado para sempre.”

Ed Sheeran – Photograph

****

O mesmo filme que passara na cabeça de Maria quando chegara ao Brasil tornou a se repetir. A imagem daquele homem a sua frente, só lhe trazia péssimas lembranças de um tempo que ela fazia questão de esquecer, mas a vida também parecia fazer questão de lembra-la a todo instante, de fazer suas memórias reviverem, mesmo quando seu único desejo, era deletar aquelas imagens de sua mente.

Maria e Antônio nunca se deram bem. Ele sentia um enorme prazer em provocá-la, fazer brincadeiras sem graça e lhe botar apelidos, mas o ápice de tudo isso, fora quando ele armou a tal aposta, e então, Maria seria mais uma vez refém do escárnio planejado pelo mesmo.

— Eu mesmo, em carne e osso, talvez mais carne que osso, mas cá estamos. – O homem um pouco acima do peso, dizia entre risos.

— Foi bom te ver, mas tenho que ir. – Maria, nervosa, ia se retirando, mas ele a impediu segurando seu braço. Ela o olhou com total desprezo, e se soltou do mesmo.

— Espera, Maria. Há tempos que não nos vemos, vamos conversar um pouco.

— Não tenho muito tempo, preciso mesmo ir.

— Você se tornou um mulherão, hein – ele continuou falando, inibindo sua saída – na verdade sempre foi né, mas agora – bateu palmas discretamente – tá de parabéns. Agora eu entendo porque o paspalho do Estêvão tava caidinho por você, eu no lugar dele estaria na mesma.

Maria sorriu sem graça, e ele continuou:

— Se bem que o que ele gostava mesmo era ter várias mulheres à sua disposição. Olha, não tô querendo fazer fofoca não, mas naquela época, ele ficava com você e com sua irmã ao mesmo tempo, e dizia pra gente que você era só um passatempo, que nunca iria querer nada sério com você.

— Você já acabou? – Perguntou com a voz trêmula.

— Horas antes do acontecido daquela noite, ele tinha estado com a Fabíola. – Ele ignorou-a e prosseguiu, agredindo-a com suas palavras. – Ele tinha planejado tudo do melhor pra sua irmã: flores, comidinha chique, e eu sei disso porque a gente era íntimo, sabe. E ele me disse que era a última vez que ele se envolvia com você, que pagaria a aposta, e meteria o pé na sua bunda. Aqueles xingamentos? A maioria ele falava quando estava com a gente.

— Antônio, de verdade, eu gostei muito de te ver, mas preciso ir.

— Ah, mais já? A conversa tava tão boa.

— Eu não gosto de relembrar do meu passado.

— Tudo bem, eu te entendo. Se precisar de alguma coisa, eu trabalho naquela sapataria ali na frente – apontou – e eu não sei se você tem algum contato como Estêvão, ou com a Fabíola, mas se tiver, manda um abraço pra eles, e quem sabe a gente não marca qualquer coisa.

— Ah, com certeza. – Maria lhe deu um sorriso contido, e saiu caminhando às pressas, deixando o homem falando sozinho.

...

Chegando à Casa de Modas, Maria se enfiou em sua sala, e se trancou, não permitindo que ninguém entrasse, nem mesmo Jacques, que insistira muito.

Sua vontade era sair chutando e quebrando tudo que encontrasse pela frente, mas se conteve em apenas chorar, abafando suas lágrimas em um lenço. Seu coração novamente estava partido e novamente pelo mesmo homem. Onde estava com a cabeça quando acreditou que ele fora apenas um refém? No fim, ela descobrira da pior forma que sempre fora para ele um divertimento, ou pior, uma aposta a ser paga.

~~

— Olha Maria, eu sei que não tenho direito de me meter na sua vida, mas vale mesmo a pena você desistir de um casamento de tantos anos por causa de um casinho? Será que ele tem dado tanta importância a isso como você?

~~

— Maria – ele a olhou, porém ela não o olhou de volta – por que não esquecemos isso tudo e voltamos a ser a família fez que sempre fomos?

~~

— Maria, bota um ponto final nisso, a gente apaga esse incidente e fingimos que nada aconteceu.

~~

Lembranças recentes a invadiram com toda a força, e vieram martelando em sua cabeça, atormentando-a, fazendo-a se sentir ainda pior, diminuindo-a ainda mais, a cada segundo que passava.

Determinada a não chorar mais uma lágrima sequer por Estêvão, Maria decidiu que daria um basta nessa situação e colocaria um ponto final nessa história, história essa que não deveria ter sido desenterrada, mas que ela faria questão de joga-la no túmulo do qual ela nunca deveria ter saido.

— Alô, Cláudio? – A mulher afoita andava de um lado para o outro com o celular na orelha.

— Oi Maria.

— Será que podemos conversar – deu uma leve titubeada – sobre nós dois.

— Pode ser quando eu chegar em casa? Agora tô um pouco ocupado aqui.

— Não, tudo bem, eu não quero te atrapalhar. Podemos jantar fora? Assim conversamos com mais tranquilidade.

— Por mim, tudo bem. Quer adiantar o assunto?

— Eu só pensei melhor, e acho que vale a pena darmos uma chance pro nosso casamento.

— Eu fico feliz por ter reconsiderado. Nos encontramos à noite. Beijos.

Maria voltou para sua cadeira e se sentou com um abatimento visível, mas colocando em sua cabeça que era o melhor a fazer. Cláudio a merecia muito mais que Estêvão. Ele esteve ao seu lado quando Estêvão ria, acompanhado de sua irmã e quiçá outra mulher.

— Eu nunca deveria ter me deixado levar por ele. – Disse para si, no vazio de sua sala.

Quebrando seu pensamentos mais melancólicos, uma batida na porta se fez. Era Juliana. A mãe destrancou a porta e deu passagem para que a doce menina entrasse. Maria seguiu para seu posto, Juliana foi logo em seguida, e colocando uma cadeira ao lado da da mãe, se acomodou.

— Vim de mostrar uns desenhos que eu criei, não são tão bons quanto os seus, mas...

— Nada de “mas” – ignorando todos os pensamentos ruins que a rondavam, Maria focou em quem realmente merecia toda a sua atenção, e com o sorriso radiante de sempre, iniciou um diálogo animado com a filha – você não tem que ser igual a mim, você tem a sua peculiaridade e eu a minha. Deixa eu ver.

Juliana a entregou um caderno contendo vários rabiscos. Entre uma folha e outra, Maria ficava impressionada com o talento da filha, sabia que Juliana levava jeito para a coisa, mas agora, estava simplesmente maravilhada com sua tamanha destreza.

— Juliana, filha, são lindos, meu amor!

— Cê acha, mãe? – Os olhinhos da menina brilharam.

— Acho não, tenho certeza. Eu sabia que você desenhava bem, mas agora, me deixou até tonta. – As duas riram.

— Jura que você não tá falando isso só pra me agradar?

— Eu não faria isso. E vou te contar um segredo – Maria se aproximou do ouvido da filha – são muito melhores que as coisas que sua tia faz.

— Ah mãe, para.

— Tô falando muito sério. – Ela entregou o caderno a filha. – Vai ser uma honra pra mim poder assistir um desfile criado pela minha filhota. – Acariciou seu rosto com carinho, a menina corou um  pouco.

— Vai demorar muito.

— Talvez esteja mais perto do que você imagina.

Juliana não disse mais nada, apenas assimilou as palavras da mãe, sonhando acordada para que esse dia chegasse. A menina se despediu da mãe com o olhar e saiu da sala. Maria ficara feliz pois, finalmente, o clima ruim que se fazia entre as duas estava chegando ao fim. Sim, pela sua família ela seguiria em frente e baniria de vez Estêvão de sua vida.

...

Na empresa, as coisas corriam muito bem. Estêvão seguia evitando contato com Cláudio. A maioria das coisas eram mediadas por Giovana, e então, eles só se viam e se falavam em ocasiões importantes.

— Oi chefinho – Giovana entrou na sua sala sem cerimônia – só vim avisar que meu pai pediu pra dizer que em exatamente – checou o seu relógio de pulso – trinte e sete minutos vocês têm uma reunião, ou seja, você tem trinta e – olhou novamente o relógio – seis minutos para almoçar. Quer que eu peça alguma coisa?

— Não, tô sem fome, como qualquer coisa depois. – Seu olhar estava fixo no computador, e mal a olhava.

— Tem certeza? – Giovana inclinou em sua mesa deixando seu decote à mostra.

— Absoluta.

Estêvão vendo que a menina tentava o provocar, se levantou e foi para o meio da sala. Giovana se aprumou e o seguiu com o olhar.

— Você parou pra pensar que, se teu pai descobre esse seu amor  por mim, eu tô ferrado?

Giovana simplesmente confirmou com a cabeça.

— E isso não te faz sentir mal?

Ela negou com a cabeça.

— Minha mãe me ensinou que eu tenho que correr atrás do que eu quero e não desistir nunca. Eu tô fazendo isso.

— Aposto que quando ela dizia isso, ela não estava pensando nessa hipótese.

— Tá, mas ela não foi clara. Sabe Estêvão – ele chegou mais perto, e como quem não queria nada, começou a passar a mão no seu colarinho – agora que você tá morando sozinho, podia me convidar pra um jantar, né.

— Nem pensar! – Se desvencilhou dela.

— E por que não? Eu não mordo, tá!

— Mas pelo visto – a olhou de cima a baixo – faz coisa pior.

— Por favor, Estêvão, eu prometo que me comporto.

— Não Giovana. Não insiste.

— Se eu aprontar alguma coisa, você não precisa nunca mais olhar na minha cara, e eu juro que paro de te perturbar. Por favor.

— Giovana.

— Por favor, por favorzinho. – Ela juntou as mãos como que em uma prece.

— Você é muito insistente, sabia?

— Sim, é uma das minhas maiores qualidades. – Respondeu, convencida.

— Pra mim isso não é uma qualidade, é um defeito.

Giovana revirou os olhos, e sua atitude fez Estêvão rir.

— Vai me convidar, ou não?

— Tá, tá, você pode jantar lá em casa! – Se rendeu a insistência dela. – Mas vá vestida decentemente. Nada de mini saia, mini blusa, não quero nada à mostra.

— Sim senhor! – Prestou uma continência. – Hoje a noite? – Perguntou eufórica.

— Hoje a noite.

Giovana ficara toda eufórica com a resposta positiva de Estêvão, sentia que era a oportunidade perfeita para finalmente conquistar o coração do seu amado, e por fim, fazê-lo esquecer sua mãe.

A menina chegou em casa, entusiasmada como uma criança que sabia que teria uma festa surpresa. Se arrumou como nunca, ficando o mais bonita e cheirosa possível para agradar o dono do seu amor.

Maria também chegara e logo fora para seu quarto se arrumar, já que também tinha um jantar de acerto com o marido. A mulher mal falara com as filhas e logo saiu com Cláudio. No fundo, Giovana ficara muito grata, já que não teria que dar explicações para a mãe.

Com o endereço em mãos, Giovana seguira rumo ao prédio onde Estêvão estava morando. Chegando, o porteiro, com a autorização de Estêvão, deixou que a menina subisse até o andar onde ficava o apartamento.

— Oi. – Ele a cumprimentou com dois beijos na bochecha. – Entra.

— Obrigada.

A menina entrou e logo pôs-se a analisar o ambiente.

— Que foi? Não gostou?

— Não é isso. Só que... É meio antigo né.

— Esse foi o primeiro apartamento que eu tive, meu pai me deu de presente de dezoito anos. Eu morei aqui até me casar com Fabíola, e depois que fui pra outra casa, não mexi em praticamente nada. Mas não é tão ruim assim.

— Ah, não. Mas só vou opinar com certeza quando conhecer seu quarto.

— Giovana!

— Tá, tô brincando.

— Vem, senta aqui, vamos conversar enquanto o jantar não fica pronto. – Os dois foram caminhando em direção ao sofá, e se acomodaram.

— Bebe alguma coisa? Um vinho, um whisky?

— Não bebo bebida alcoólica – riu – uma água tá de bom tamanho.

Estêvão saiu e voltou com um copo de água para a sua convidada.

—  Você me surpreende, sabia. – Ele a serviu, e se sentou do seu lado.

— Por quê? Achou que eu fosse uma cachaceira, né? – Brincou.

— Não, não é isso.

— É isso sim, eu tô vendo na sua cara.

— Deixa eu ver a comida no forno, se não vou acabar me complicando aqui.

Logo que Estêvão saiu da sala, Giovana pôs-se a andar pela sala, vendo a decoração, fazendo algumas caretas diante de algumas antiguidades, até que ela chegou a uma prateleira que continha algumas fotos. Ela olhou uma por uma: em todas elas, estava Estêvão mais novo, na escola, faculdade, com alguns amigos, mas uma lhe chamou a atenção: Estêvão e sua mãe juntos.

A menina levou um susto ao ouvir a voz dele vindo de volta ao cômodo, e pegou a foto, que continha uns escritos atrás, enfiou dentro de sua bolsa e foi ao seu encontro.

— Está pronto. Vamos?

Já ajeitados na pequena mesa, os dois conversavam amigavelmente, sem insinuações por parte de Giovana, e sem desprezo por parte de Estêvão.

— Nossa Estêvão, você cozinha muito bem! – Giovana disse saboreando a comida.

— É um dos meus tantos talentos. – Brincou.

— Queria conhecer mais do seus talentos. – Giovana provocou.

— Nem todos meus talentos você vai conhecer, é melhor se acostumar com a ideia.

Depois de muito bate papo, finalmente estava na hora de ir para casa. Estêvão agiu como um cavalheiro e levou a menina até a portaria e aguardou até que ela entrasse em um táxi.  Não iria se atrever a levá-la em casa, pois um encontro com Cláudio numa ocasião dessas não era o que queria. Coincidência ou não, pais e filha chegaram ao mesmo tempo.

— Giovana, posso saber onde você estava? – Cláudio perguntou.

— Oi pai, fui jantar com umas amigas. Você e minha mãe saíram, Juliana e Henrique também, eu não quis ficar sozinha em casa.

— Hum. Ok, fico feliz que esteja fazendo novas amizades.

— Vejo que vocês estão bem, hein. Como está meu casal?

— Sua mãe e eu fizemos as pazes – o marido apaixonado rodeou sua mão na cintura da esposa, que ficou com um leve desconforto – colocamos uma borracha no que aconteceu, e voltamos a ser o casal feliz de sempre – olhou Maria – não é meu amor?

— Sim. – Maria respondeu com um sorriso forçado.

— Bom, eu vou para o quarto. Te espero, meu bem. – Ele deu um selinho em Maria e então deixou as duas a sós.

— Você não foi jantar com amiga nenhuma, não é? Você estava com ele! – Disse, sem o menor rodeio.

— Hum – a filha rebelde colocou a mão no queixo e semicerrou os olhos, como quem estivesse pensando – sim! – Disse por fim com um sorriso cínico.

— Eu acredito nisso. – Mordeu seu lábio inferior.

— Nem começa, hein. Meu pai acabou de dizer que vocês voltaram. Estêvão está solteiro eu também, então não tem nada que me impeça de lutar por ele.

— Ele é um cafajeste, e só quer usar você, assim como ele fez com... – Maria refreou suas palavras.

— Com...?

— Com tantas outras mulheres. Por Deus Giovana, me escuta uma vez na sua vida, se afasta dele.

— Não mãe, eu não vou fazer isso. Se você não me der um motivo concreto, eu não vou me afastar dele, pelo contrário, vou lutar por ele com todas as minhas forças. Agora me dá licença. Boa noite.

Giovana subiu para o seu quarto feito uma flecha deixando sua mãe falando sozinha.  

Já no cômodo, ainda havia uma coisa que estava aguçando a curiosidade da bela jovem. Ela se certificou que a porta estava trancada para que não fosse incomodada por ninguém, principalmente por sua mãe autoritária.

Ao abrir a bolsa e pegar a tal foto dos dois, ainda jovens,  Giovana leu atrás da mesma uma frase que a deixou encucada e um tanto atordoada. A foto continha os seguintes dizeres: “Amor pra toda a vida”. Sua mente viajou, jamais podia imaginar um possível relacionamento entre a mãe e Estêvão.

— Minha mãe e Estêvão? – Falava consigo mesmo, olhando para o nada com a fotografia na mão. – Eles já tiveram algum tipo de envolvimento no passado? – A ficha ainda não parecia ter caído. – Será que isso tem a ver com a fixação da minha mãe pra eu me afastar dele? Ah, mas eu vou descobrir, senão não me chamo Giovana.

...

Era bem cedo quando Maria saiu de casa naquele dia, tinha um destino certo para ir: o apartamento de Estêvão. Descobrir seu endereço não foi difícil, e então se deslocou com toda a pressa até lá, antes que o mesmo saísse.

Logo que o porteiro interfonou, ele autorizou sua subida, sem entender direito o porquê de sua presença ali.

— Que surpresa – disse ao vê-la – entra.

— Então é aqui o seu abatedouro. – Maria disse assim que entrou, observando o local. – É pra cá que você trás suas mulherzinhas.

— Não tô te entendendo, Maria. Se tá falando do jantar de ontem, tá enganada. Não aconteceu nada entre mim e Giovana, pelo contrário, sua filha até se mostrou bem adulta ontem.

— Ah, então estava amaciando a carne, não é?

— Para de falar como se eu fosse um garanhão! – Se irritou.

— É, é isso que você é, um garanhão pegador da pior espécie! – Maria já falava alto.

— Qual o seu problema, hein? Ta com ciúmes ?

— Óbvio que não! Eu só quero que você se afaste da minha filha! Eu não quero que você faca com ela o que você fez comigo, que a use depois a descarte como se fosse um lixo!

— O quê?!

— É isso mesmo, eu quero você bem longe da Giovana!

— O seu problema é ciúmes Maria. Você não tá com medo que, segundo você, eu faça o mesmo que eu fiz contigo, com ela. Agora só não sei porque todo esse ciúme. Se te dividia com Cláudio e o tal do Miguel, por que você não pode me dividir com Giovana? Pra sua sorte, não tem mais Fabíola na jogada. Eu só me pergunto uma coisa: como você consegue sustentar seu relacionamento com seu garotão sem que seu marido interfira?

O sangue de Maria ferveu quando ouviu tal barbaridade vindo da boca de Estêvão, até que não aguentou mais segurar, e soltou logo a verdade:

— Miguel não é meu amante, seu tosco, Miguel é meu filho!


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