Mundo Verdadeiro - Isekai escrita por Crascutin


Capítulo 8
Fase 01 - VI


Notas iniciais do capítulo

Não vou usar termos específicos demais, até mesmo porque eu não conheço muitos.
Contudo, o principal motivo é que a obra ficaria maçante e ainda mais tediosa de se acompanhar.
E a minha narrativa está bem pouco natural...
...
Às vezes eu me pergunto o porquê eu escrevo tanto... Kkkkkk
Pense num trabalho!!!
Agora vamos com o capítulo... ^.^



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Fase 01 - Lista de Propriedades

Eu acho que faz uma hora desde que Zobey esteve aqui no andar de cima, neste quarto que agora estou ocupando.

Durante esse tempo eu fiquei só observando o céu... A turva mudança gradual das tonalidades... O pôr do sol... Até que a imensidão escura, com pequenos pontinhos luminescentes, pairou acima entre tamanha vastidão de nuvens e o belo luar pálido e sereno.

A cidade estava bem agitada neste momento. Conversas que surgiam de muito além desta simples taberna pequena poderiam ser escutadas rua à fora, se eu me concentrasse em fazer isso.

Eu ainda não sei o que devo fazer. Tudo o que sinto é um gosto amargo em minha garganta e peito... Eu deveria estar com fome e sede, já que não preenchi essas necessidades fisiológicas pelo dia inteiro.

Contudo... Eu não estou com ânimo para enfrentar o tumulto lá embaixo. Não hoje; não agora.

Fechei os meus olhos... E, com isso, eu os vi nitidamente. Eu me lembrei da nossa conversa de ontem à noite.

Eu, minha irmã, meu pai e mãe... O nosso jantar de pizzas. As férias escolares acabariam hoje...

Os meus colegas de escola...

As pessoas que eu conheço...

Minha família.

“Será que eles estão sentindo a minha ausência...? Será que eles estão fazendo uma busca pelo meu paradeiro? Será que há algum rastro para que eles possam me resgatar desse lugar esquecido pelo mundo?”.

“Como eu irei fazer para sobreviver daqui para a frente? Eu tenho que trabalhar, sim. Não posso sobreviver dependendo da caridade e favores de alguém...”.

“Mas... Eu sequer conheço nada e ninguém por aqui...”.

“Sem falar nessa loucura medieval; e velho oeste. Este é um mundo de realidade alternativa? Um jogo? Uma alucinação causada pelo lanche que eu fiz ontem tarde da noite? Eu...-”.

(Toc-toc... Ruuunheeeck...)

Eu acho que acabei cochilando um pouco.

— Oh, você não respondeu quando bati na porta. Por isso...

— Tudo bem. Eu acabei adormecendo e nem percebi.

— Desculpe, então. Eu só vim trazer um pouco de pão e chã que eu tinha prometido mais cedo. Satisfatoriamente hoje estava bem intenso o movimento, por isso eu demorei tanto para preparar um jantar.

Eu não tenho dúvidas, esse cara é muito ganancioso por dinheiro.

— Você não se importa em dividirmos, certo? Eu ainda não tive tempo para comer também.

— Huhu... Sirva-se, "meu amigão".

— Vou fingir não ter percebido o seu humor cínico.

[...]

Nós comemos e conversamos um pouco. Zobey explicou mais algumas curiosidades sobre estas terras, complementando o que ele já havia me contado no café-da-manhã.

É um fato, devo admitir, que essa conversa me fez sentir uma curiosidade nostálgica confortável. Eu me senti estimulado, e isso abriu meu apetite. Eu consegui jantar até que bem...

Os movimentos nas ruas cessaram. E não havia mais barulho no andar da taberna, também.

Já deve ser bem tarde da noite para tudo estar tão calmo assim.

Então eu olhei pela janela buscando alguma coisa e notei vários Aventureiros que estavam de sentinela vigilantes caminhando pela cidade. Lanças, clavas e lamparinas acesas em mãos. Esta era a "pacata cidade" de Zamen à noite. Homens e algumas poucas mulheres estavam de prontidão para prevenir qualquer eventualidade...

Alguns dos mesmos ainda estão em "Fase de Treinamento", se adaptando a essa nova obrigação.

Essa é uma das novas responsabilidades que um Aventureiro encarregado pela “Guilda” possui.

Foi o que Zobey falou, também olhando pela janela.

— Já é hora de repousar. Amanhã você deve acordar cedo e me ajudar no atendimento aos clientes, combinado? Se você precisar usar o banheiro, ou se quiser beber água, é só usar essa lamparina para iluminar. O candelabro eu já apaguei, então sugiro que você se recolha para dormir rapidamente e repor as energias.

Zobey me explicou mais um pouco a como usar a lamparina e caminhar pelo escuro, até o balcão com algumas jarras de água. Ele me alertou, também, para não “confundir acidentalmente” as jarras cheias de água com os “tonéis para os adultos”.

— Obrigado, mais uma vez. Você nem suporta a presença de "moleques" como eu e, mesmo assim, você está me abrigando... Eu, que estou nesta condição tão incomum...

— Durma, garoto. Dormir cura a maioria dos machucados... Amanhã você verá novos horizontes se expandindo. Você ainda vai voltar para tua casa e familiares. Eu sei disso... Você me parece ser teimoso demais para só ir deixando o tempo passar. Alguma chance logo irá surgir para solucionar esse teu problema. Algo bom vai acontecer.

Após isso, Zobey, o dono dessa estalagem, se retirou deste quarto levando a bandeja com as sobras e a jarra de chã vazia.

Eu tentei voltar a dormir... Mas a minha barriga estava um pouco pesada e cheia. E, sinceramente, eu não quero repetir o mesmo que ontem.

Tudo isso pode ter sido causado por meu estômago...

Sem ter o que fazer, eu resolvi reunir os fatos e informações que eu disponho neste momento.

Eu me lembrei daqueles objetos esquecidos. Estavam comigo o dia todo carregados no meu bolso do pijama.

Mas, qual a utilidade de uma simples pulseira preta de pano e um pequeno livro sem qualquer anotação?

Eu chequei, virei, revirei... Abri e folheei as páginas, dobrei, e fechei o livro. Estiquei... Embrulhei...

"E nada demais aconteceu. Isso foi um equívoco!".

— Hahaha. O que eu esperava? Que isso brilhasse com algum poder especial?

Então eu experimentei trajar a pulseira no meu pulso direito.

"Nada demais também".

Não era algo feio, muito menos bonito.

— Um acessório útil de defesa? Duvido muito disso... Para que serve, então?

Procurei folhear pacientemente o livro em busca de alguma anomalia; uma dica. Alguma imperfeição...

Nada.

Eu desisti de mexer com isso por agora.

“Sem proveito algum...”.

Essa minha curiosidade, por enquanto, eu larguei. E me concentrei em algo mais surpreendente. [Lista de Propriedades].

Eu fiz como Zobey me instruiu e pronunciei as palavras para revelar essa coisa fantástica.

— [Status: Open]

Bom, qualquer palavra pode ser usada para tal efeito, desde que a mesma tenha o sentimento de conferir, checar, essa lista.

Flutuante diante de minha vista, era o meu "portifólio".

A essência de meu "personagem" desse provável jogo. Ou seja, eu.

Não havia a projeção de muitas informações...

Apenas o básico de qualquer ficha de personagem de jogo estava diante de mim.

Eu estava surpreso e sem fala, de qualquer forma. Até deixei o livro que eu ainda estava segurando na mão repousar em meu colo, enquanto eu checava o quão "forte" eu sou.

Bem, eu não sei qual é o parâmetro de poder por aqui...

A estrutura era esquematizada com layout de forma simplista e intuitiva.

Nela havia algumas informações, mais ou menos assim:

.

.

.

A ficha poderia ser descrita, simplificadamente, dividindo-a em duas metades.

O lado esquerdo é composto pelo “personagem”. Todo o meu corpo estava lá ilustrado detalhadamente e de forma simultânea. As roupas, a minha pele... Todos os movimentos que eu fazia, tudo repetido por esse reflexo simultâneo; essa réplica minha.

Na área reservada para o meu rosto, e cabeça, um enquadramento era visível.

Informações estavam sobre ele.

[Lv: 0]

Juntamente com isso, ao lado oposto direito, estava o valor numérico de: [0%].

Um pouco acima dessas informações também flutuava algo que me deu um “frio na espinha”. Eu nem quero imaginar o que ISTO significa...

[Cobaia: 046]

Voltando ao assunto. Todo o meu pijama estava lá, também.

“Eu acho que isso serve muito bem como um ‘espelho'. Mesmo que seja um pouco assustador!”.

Mais algumas informações estavam também deste lado. [Hp: 50]

Aquelas três barras laterais de diferentes cores, tituladas como [Gráfico de Resistência].

E, além desses fatores, havia também o [Valor Defensivo] determinado pela minha vestimenta, o equipamento, que agora era somente o meu pijama e um par de chinelos simples.

[Valor Defensivo: 2%]

“Bom, eu estou vestido em ‘algodão'... Não posso querer muita coisa assim”.

Já do lado direito era reservado, indubitavelmente, às “estatísticas”.

Haviam informações descritas em tonalidades mais escuras e outras destacadas em vermelho.

“Eu aposto que esses em vermelho são as ‘pontuações’ e o mais em tom normal é o ‘sistema'... Apesar que eu não consigo ver as informações fundamentais de forma completa”.

[Nome: “Garoto”; Idade: 15

Título: Nenhum;

Profissão: Nenhuma;

Relacionamento: Nenhum;

Emparelhamento: Não Encontrado

...

Força: I

Saúde: I I I I

Inteligência: I

DestrezaI I

Agilidade: I I

...

Mira: Lv 0]

.

.

.

"Isto poderia até que ser bem divertido. Mas eu não tenho ânimo ou coragem para aceitar essa loucura toda!!!".

Depois de me focar algum tempo nisso tudo, eu comecei a ouvir um chiado; um ruído baixinho.

.

.

.

E esta seria a primeira mudança em minha vida "Neste Mundo".

#Continua...


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Notas finais do capítulo

Eu ainda não estruturei o design gráfico da ficha de personagens...
Eu sei quais seriam as capacidades listadas para ele, mas eu não consegui construir um bom menu.
Devido a isso, eu não sei bem como representar essa questão aqui...
...
Abraço e alegria em sua vida!
E que nosso Deus sempre nos ilumine proteja dos perigos desta vida!!!



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