O tempo nao para escrita por kcaldas


Capítulo 3
Agora OU Nunca


Notas iniciais do capítulo

Nana e Mário conversam. Eles estão muito magoados um com o outro e tem uma vida de desencontros para acertar. Será a última vez?



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Na recepção do hotel Suzana pede o seu carro.

— Vai querer que chame o motorista de plantão dona Silvana?

— Não precisa querida, eu mesma vou dirigir.

— Então já pode sair, o carro já está chegando na porta.

Rapidamente o carro vermelho de Silvana chegou e ela se enfiou no volante. A arrancada foi tão forte que assustou todos que estavam na portaria do hotel. Entre aceleradas e freadas Silvana ia tentando se lembrar como dirigia... tanto tempo andando só com motorista para cima e pra baixo era fatal que cometesse algumas barbeiragens.

“Preciso descobrir onde aquela idiota da Nana está. Se estiver na casa do velho vai ser mais difícil falar com ela porque não querem me ver nem pintada de ouro. Não que isso seja um problema pra mim. Como eu vou descobrir? Faz o que você faz de melhor, pensa Silvana! Já sei! Vou ligar para o Pablo”! – colocou o telefone no viva voz.

— Silvana?

— Pablo estou numa emergência. Preciso que descubra pra mim onde que eu encontro a Mariana Prado Monteiro.

— Você quer encontrar a Nana? Pra quê?

— Não fica me fazendo pergunta seu idiota, eu tô com pressa! Você tá com o Willian?

— Sim, eu tô com ele aqui sim.

— Então pede pra ele descobrir onde eu encontro a ex-chefe dele.

— Ele já está aqui fazendo isso. Tá ligando na editora. Mas Silvana, você está no viva voz? Você está dirigindo Silvana? Enlouqueceu? Quer causar mais acidentes de trânsito do que o Rio de Janeiro já tem?

— Não enche Pablo!

— O Willian achou aqui. Ele conseguiu falar na editora. Todo mundo já foi embora, mas o segurança falou que a Nana ainda está lá.

— ótimo!

— Silvana, espera! Silvana...?

Tarde demais ela já tinha desligado a ligação.

Claro que ao chegar na editora, não foi tarefa fácil passar pela segurança. Silvana era persona non grata na Prado Monteiro. Seu rosto conhecido tinha um sinal de proibido de entrar na Editora. Mas, nada que um selfie e um vídeo para a esposa do vigilante não rendesse uma pequena falha da segurança!

— Dona Silvana, por favor, ninguém pode saber que fui eu que facilitei pra senhora hein.

— Pode deixar querido, fala que eu mandei mais um beijo pra Jéssica tá!

— Ah, tá pode deixar...

Silvana não estava mais ali, já se infiltrava pelos corredores da Prado Monteiro até chegar ao andar principal. A sala estava escura. Os computadores apagados, apenas a sala de Nana tinha uma penumbra de luz. Ela seguiu a luz se esbarrando nas mesas pelo caminho. Ao chegar a porta, respirou fundo e entrou bruscamente sem sequer bater.

Mariana que estava jogada no sofá deu um salto assustada.

— Mas o que é isso? Silvana? O que você está fazendo aqui?

— Eu vim ter uma conversa séria com você.

— Conversa séria comigo? Eu não tenho nada pra conversar com você!

— Ah, tem sim! E você vai me ouvir.

— Era só o que me faltava. Claro que eu não vou te ouvir, eu já tenho problemas demais para dar ouvidos para uma incendiária de livros. Aliás quem foi que deixou você entrar aqui?

— Isso não interessa! E você vai me ouvir sim, porque eu vim aqui falar do Mário!

— Pior ainda! O que quer que seja eu não quero ouvir nada sobre o seu namorado.

— O Mário é SÓ meu amigo. A gente namora sim, mas é porque você nunca deu a menor chance pra ele. Ficou com ele quando tava carente e depois chutou sem ligar para os sentimentos dele. Estamos juntos desde que VOCÊ jogou ele fora. Jogou na cara dele várias vezes que preferia o mau caráter do seu marido. Disse que não queria que o seu filho fosse dele. Expulsou ele da festa de natal da sua casa. Demitiu ele. Você lembra de tudo isso Mariana?

— Lembro. Isso não é verdade, mas é que...

— Ah, não é verdade? Como que não é verdade? Eu perdi as contas de quantas vezes eu vi o meu amigo triste por sua causa. Pois saiba que você rejeitou o cara mais maravilhoso que eu já conheci na vida. E olha que eu já conheci muito galã nessa vida, mas o Mário não chega nem aos pés de nenhum deles, sabe por quê? Porque ele é sensível, sincero, incapaz de fazer mal a uma mosca. E pra sua sorte Mariana, ele te ama incondicionalmente.

— Mas eu me declarei pra ele. Não sei se ele te contou. A gente se encontrou no bar, por acaso, eu me declarei pra ele, disse que estava gostando de verdade dele, mas ele se recusou a ficar comigo. Disse que o coração dele está machucado e também que está com você.

— Isso porque o Mário é incapaz de trair quem quer que seja. Até mesmo nosso “namoro de mentirinha”.

— Namoro de mentirinha?

— Não querida, não se engane, a gente faz as coisas de verdade, mas não existe amor entre a gente. Pelo menos não esse amor que o Mário só é capaz de sentir por você.

— Ah, me poupe. Eu não quero escutar isso!

— Me poupe você Mariana Prado Monteiro. Eu vim aqui te falar que o Mário não teve culpa de nada, eu quis ajudar o meu amigo e pelo jeito piorei as coisas entre vocês. A culpa foi minha, ele não tem nada a ver com isso. Eu estou te contando isso, para te dar a chance de você consertar as coisas por você mesmo, ou então...

— Ou então o quê?

— Então eu vou lutar com todas as minhas forças para conquistar o amor do Mário e fazer ele esquecer que um dia conheceu você. Não diga que eu não avisei e depois não se arrependa das consequências do seu ataque nervosinho de patricinha mimada.

— Ataque nervosinho? Quem você pensa que é? Uma mulher que queima livros porque não aguenta as consequências de seus atos e despeja nos outros a responsabilidade que era só sua.

— Eu fiz isso sim e essa culpa eu vou ter que carregar para o resto da minha vida. Pelo menos eu tomo atitudes, certas ou erradas eu tento de alguma forma. Mas se você não é capaz de enfrentar os seus problemas e assumir os seus sentimentos, desista de uma vez. Agora, se eu posso te dar algum conselho é que para ser feliz é preciso coragem. Tome uma atitude agora, vem comigo, ele tá no meu hotel. Faz alguma coisa criatura, ou eu juro para você que do Mário você nunca mais chega perto. É agora ou nunca.

Silvana despejou tudo isso e Nana ficou imóvel sem reação diante daquelas palavras duras. Como é difícil ouvir a verdade, ainda mais jogada assim, por alguém que sequer era sua amiga.

Silvana aguardou alguns segundos, mas diante da apatia de Nana sem responder uma palavra.

— bom, depois não diga que eu não avisei. – E sai batendo a porta.

Nana ainda fica alguns milionésimos de segundos parada, mas se dá conta de que Silvana não estava brincando com suas ameaças. Ela sai correndo atrás da atriz, mas o elevador já havia fechado. Nana desce então pela escada a tempo de ver o carro de Silvana saindo, desesperada ela se atira na frente do carro que freia bruscamente.

— Espera!

— Quê isso criatura, quer morrer? Tá maluca? Já matei muita rival em novela, mas não tô podendo carregar essa conta na vida real não querida. Ainda mais que está grávida, duplo homicídio, Deus me livre!

— Eu vou com você?

— Hã?

— Isso que você ouviu. Você não falou pra eu tomar uma atitude? Então, eu estou tomando, me leva pra encontrar o Mário.

“Não é possível, nunca ninguém me leva a sério, logo agora ela resolve me levar!” – pensa em voz alta.

— Eu espero que você esteja indo fazer a coisa certa viu, porque se você quebrar o coração do meu amigo mais uma vez, eu não te atropelei, mas eu juro que eu quebro pelo menos o seu nariz!

— Para Silvana! Eu preciso conversar com o Mário. Muito antes dele ser seu amigo ele era meu.

— Ele te ama criatura, entende isso de uma vez por todas.

— Eu também amo o Mário! E ele precisa saber disso!

“Pronto, agora mesmo que eu me ferrei!” – Vai entra logo no carro.

Nana estava assustada, mas entrou no carro da “inimiga”. Rapidamente Silvana arrancou, acelerando e freando. O carro saiu pipocando do estacionamento da Prado Monteiro, o que deixava Nana mais assustada.

— Não precisa ficar assustada. Eu só estou um pouco destreinada.

Em vão o pedido. Mariana estava em pânico.

— É... Silvana você não prefere que eu dirija? Acho que é mais seguro para nós duas, quer dizer, para nós três.

— O quê? Você dirigir o meu carro?

— Bom, eu acho que tenho mais prática que você.

— Tá bom, pode ser.

As duas trocam de lugar e Nana consegue ficar um pouco mais calma. O caminho até o hotel de Silvana parecia uma eternidade. Elas não tinham nenhum assunto em comum para distrair e matar o tempo, apenas o amor de Mário era comum àquelas figuras tão opostas. Mesmo assim, Silvana tentou.

— Você sabe que uma vez eu fiz uma novela...

— Eu não assisto novela.

— Não? Nossa! Por isso que você é essa pessoa chata, sem humor. Devia assistir viu. Da uma leveza para a alma.

— Eu leio! Ao contrário de você que queima livros!

— Olha só queridinha eu fui te buscar para você consertar a burrada que você fez, mas eu não sou obrigada a aguentar o seu mau humor.

— Eu sei, me desculpa. Eu tô nervosa.

— Não precisa. O Mário te ama e é a pessoa mais benevolente que existe nesse mundo. Você não terá problemas.

— Eu não sei. Eu falei muita besteira. Fui dura demais com ele. Ele até pediu demissão. Falou que o único elo que tem comigo é a editora e que queria quebrar. E que quando o bebê nascer vai pedir um DNA.

— É um direito dele.

— É claro que é. O problema é que ele falou que vai ser o melhor pai do mundo. E só! Ele não quer mais nada comigo.

— Ah, para de bobagem criatura. Claro que ele quer. Só que depende de você consertar as coisas agora.

Ela foi parando próximo da entrada do hotel.

— Obrigada por me abrir os olhos.

— Não me agradeça, eu não estou fazendo isso por você. Toma você vai precisar disso aqui – falou entregando a chave do quarto pra ela – 17º andar, suíte 171.

Mariana estranhou.

— Que foi?

— Nada!

— Então vai! Eu não vou te desejar boa sorte porque sou atriz, mas não posso ser tão hipócrita assim.

— Tá bom. Obrigada de qualquer forma.

Nana desceu do carro. Entregou a chave para o manobrista e sumiu no hall de entrada. Silvana acompanhou o caminho até perde-la de vista. Desceu do carro e foi para o bar do hotel afogar sua tristeza na taça de champanhe mais cara disponível.

Chegando na porta da suíte 171, Nana respirou fundo e usou a chave que Silvana lhe entregou. O quarto estava escuro, apenas um abajur ao lado da TV estava ligado. Mário estava largado no sofá com uma das mãos esticadas para fora e a outra sobre a testa. Um filme da sua vida passava pela sua cabeça. Nana sentiu o coração apertar vê-lo daquele jeito. Silenciosamente se aproximou e quando já estava bem próxima ao sofá chamou:

— Mário?

Ele não deu atenção. Seus pensamentos o levaram pra bem longe daquele ambiente. Pensava em Nana, nos anos de amizade com ela, as aventuras de criança, os anos de cumplicidade da adolescência, os desenhos, as cantorias de madrugada, os porres, tanta coisa boa que o levou para tão longe que ele nem percebeu a presença da amada ali. Ela insistiu, fazendo-o despertar do seu sonho acordado.

— Mário?

— Nana? Ele se sentou depressa. É você mesmo ou tô sonhando?

Nana deu uma risadinha discreta.

— Claro que sou eu Mário. Posso acender a luz?

— Pode, claro!

Ele não estava sonhando. Mariana Prado Monteiro estava bem ali mesmo na sua frente e no quarto da Silvana?

— Como que você entrou aqui?

— A Silvana me deu a chave.

— A Silvana?

— Pois é, ela foi me buscar na editora e me deixou aqui com a chave pra entrar.

— Espera! Espera! Isso não está fazendo o menor sentido! A Silvana foi atrás de você e te deu a chave do quarto dela pra você entrar aqui? Nana vocês se odeiam!

— É Mário, a gente não se gosta, mas ela gosta muito de você. Disse que a gente precisava conversar e que se eu não tomasse uma atitude ela ia tomar.

— Ah é? Ela disse? E você?

— Eu tô aqui né?!

— Porque a Silvana pediu?

— Porque a gente precisa conversar, e também porque eu tô com medo de perder você.

— Quê? Isso não está fazendo o menor sentido.

— Mário eu não quero que você vá embora da Editora.

— Ah tá, entendi agora. Não se preocupa Nana, eu treinei a Thaíssa muito bem, ela está perfeita para entrar no meu lugar.

— Calma, não é só isso. Olha, tá muito difícil pra mim, então eu agradeceria muito se você não me interromper porque eu preciso falar tudo de uma vez ou vou morrer sufocada com tudo o que eu tô sentindo.

— Desculpa, pode falar.

— Mário, naquele dia, no bar, eu disse pra você sobre a terapia, eu tentei te beijar, você me humilhou se recusando, ainda por cima disse um monte de coisa. Eu fui embora triste pra caramba.

— Bem vinda ao meu mundo.

— Você disse que não ia me interromper.

— Desculpa.

— No dia seguinte, eu vou trabalhar e o meu dia tá de cabeça pra baixo por culpa da sua namorada que me expõe pro mundo inteiro fazendo uma campanha maluca na internet. Eu fiquei doida.

— Eu não tive culpa.

Nana nem disse nada, só olhou brava porque novamente foi interrompida. Mário abaixou a cabeça.

— Daí você deu entrevista e disse que o seu coração sempre foi meu, que eu sou sua musa inspiradora e que a mulher que você sempre sonhou, mas também disse que esse sonho acabou como um balão furado. Pois eu vim aqui te dizer que você é o meu grande amor, desde quando me chamava de Mariana Mole e que eu fiz todas as escolhas erradas. Eu tive medo de levar a vida ao seu lado porque seu jeito romântico pra tudo me assusta, mas também me encanta, me faz lembrar de quem eu fui. A parte mais feliz da minha vida é a que você estava. Então por favor, não me diga que esse sonho acabou, me diz que ainda há amor pra recomeçar, igual a música que você cantava pra mim. Eu te amo, eu sei que eu demorei uma vida inteira pra admitir isso, mas mesmo que seja tarde demais, eu precisava que você soubesse disso. Eu te amo, fica comigo hoje, fica comigo pra sempre?

O silêncio se instalou após a fala de Mariana. Mário estava chorando.

— Fala Mário, pelo amor de Deus, fala alguma coisa! Agora é hora de você falar. Dependendo da sua resposta, eu juro que eu nunca mais vou tocar nesse assunto com você.

— Eu não sei o que dizer...

— Para de chorar! Por que você tá chorando? Porque você não quer mais nada comigo, é isso? Pode me falar. A culpa foi minha, eu sei que demorei tempo demais, e agora eu vou ter que pagar por minhas escolhas erradas e tardias. Não há mais tempo pra nós dois, é isso? Você vai me abandonar mesmo e ficar com a Silvana? É isso Mário? Fala pelo amor de Deus, acaba com essa angústia logo.

— Eu desejei isso a minha toda. Eu esperei mais de 30 anos para ouvir isso. E achei que nunca fosse ouvir. Achei que tinha perdido você para a vida. A gente era tão amigo e você de repente se afastou de mim e nós nos perdemos.

— Não, você não me perdeu. Eu tô aqui. Ainda há tempo pra gente tentar?

— Você ainda tem dúvida? Eu te amo! Eu vou tentar todos os dias ser o seu amor...

— Você é o meu amor. Sempre foi. Eu só demorei tempo demais pra admitir isso. Mas eu não quero perder nem mais um minuto...

Nana se atirou nos braços dele. Foi de encontro aos lábios que se ardiam se desejando. Ele correspondeu. Tanto tempo desperdiçado. Quanto havia esperado pra ela se atirar em seus braços assim? Não há como precisar quanto aquele beijo durou, mas o desejo era de não acabasse nunca mais. Nana começou a abrir a camisa dele, já estava no segundo botão quando ele interrompeu.

— Nana, calma...

— O que foi agora? Não vai me dizer que você não quer?

— Quero! Claro que eu quero! Mas a Silvana?

— Ah Mário para com esse negócio de Silvana, eu já te falei que foi ela que me trouxe aqui pra gente se acertar. Tá tudo bem com a Silvana, depois você liga pra ela e diz que tá comigo e pronto!

— Nana, eu não sei se você percebeu, mas esse aqui é o quarto dela!

— Ah tá! Nossa! Você tem razão, meu Deus, eu tinha me esquecido completamente. Tá, mas então... já sei!

Num pulo Nana alcançou o telefone da suíte, falando rapidamente com a recepcionista.

— Boa noite querida, por acaso você tem uma suíte disponível no hotel? – Ah... tá cheio? – Só tem a presidencial? – Ah, tá reservada? – Ah, tá reservada em nome do Mário Gratidão? Ah, sim, sou eu sim. Ah é? Sei, presente da Silvana Nolasco. Entendi. Tá bom. Então a gente tá indo pra lá.

— É Mário parece que a Silvana gosta mesmo de você. Reservou no seu nome a suíte presidencial do hotel para você e pra mim.

— Eu te falei que ela é legal!

— Sei, pra mim isso é culpa isso sim! Mas tudo bem, vamos embora logo daqui.

— Espera, deixa eu escrever um bilhetinho pra ela.

— Ai Mário, poesia agora?

— Calma Nana, não é poesia, é só um carinho por todo esse tempo que a gente passou junto. Ela foi muito importante pra mim, eu só quero agradecer. Depois eu venho aqui pessoalmente, mas quero que ela receba esse carinho quando chegar.

— Tá bom! Mas eu não quero nem ver... não da pra não sentir ciúmes dela.

— Ah, você não precisa ter ciúmes dela. – falou puxando Nana para mais um beijo apaixonado. – Você é o amor da minha vida. A Silvana é só uma grande amiga.

— Ah, tá bom! Mesmo assim, não quero ver.

Ele escreveu rapidamente o bilhete e mal teve tempo de guardar a caneta no bolso e Nana já o puxava pra fora da suíte de Silvana.

Lá embaixo, no bar, a recepcionista foi pessoalmente avisar Silvana que sua suíte foi desocupada. Encontrou a diva da TV debruçada sobre a mesa com o último gole da champanhe ainda na taça.

— Dona Silvana, eu só vim avisar que a sua suíte já foi desocupada.

— Hã? Ah tá querida, obrigada.

Cambaleando ela conseguiu chegar até o quarto e lá encontrou o bilhete dele:

“Você foi um anjo bom que passou na minha vida, me ensinou a me valorizar e a conquistar a mulher dos meus sonhos. Espero que você tenha aprendido um pouquinho comigo, que a vida é muito mais legal quando é de verdade! Nossos caminhos não se cruzaram por acaso e pra sempre eu vou ser seu amigo!

ASS: Mário Gratidão”!

Com leve sorriso, mas com lágrimas teimosas que embaçavam a visão e molhavam o papel do bilhetinho, ela disse pra ela mesma acreditar nas palavras que estava dizendo: “Você é que foi meu anjo, que me salvou de mim mesma e me fez conhecer o lado bom do ser humano. Claro que eu aprendi com você. Agora vai, corre para os braços do seu grande amor. Eu sei que eu perdi. Aliás, eu não perdi, porque de verdade você nunca foi meu. Eu só espero não me arrepender da única vez que eu fiz a coisa certa, porque tá doendo muito agora. Espero que aproveite a suíte presidencial, eu reservei pra nós, mas vai finalmente viver o seu grande amor, fazer o quê? Seja feliz, meu amor"!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha curtido. Se você passou por aqui, deixa um comentário pra mim pra eu saber! Beijos, até a próxima!



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