Entre Nós escrita por unalternagi


Capítulo 6
Temos que falar sobre tudo o que aconteceu depois: perfeitamente alinhados


Notas iniciais do capítulo

E então, prontx e animadxs para finalizar de vez tudo?

Vou dizer que essa fanfic foi complexa e eu realmente quebrei a cabeça para fazer uma história legal e que xs mantivessem entretidxs, espero que tenha dado certo, gostei muito de "brincar" dessa forma com as possibilidades e personagens, porém, ainda gostaria de os entregar seus finais felizes, então bora lá.

PARA QUEM NÃO QUISER, TEM UMA PARTIZINHA SOBRE O ROYCE, NÃO PRECISAM LER E ESSE CAPÍTULO NÃO É SOBRE ELE!!! vou marcar entre ++++

Boa leitura!



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Temos que falar sobre tudo o que aconteceu depois: perfeitamente alinhados

No dia que seguiu ao julgamento, uma coisa vinha rondando na mente de Rosalie sem parar. Algo sério, um desconforto que ela queria tirar de seu peito e, por isso, fez um bilhete de próprio punho.

Senhor Royce King II,

Não pretendo falar com o senhor novamente, nem tampouco tenho qualquer anseio em entender seus motivos ou qualquer coisa assim, mas eu sou uma pesquisadora, quero descobrir o que passa em sua mente. Estaria disposto a conversar com uma pessoa de meu desígnio? Não serei eu, fique ciente, e, por favor, não responda a mim, fale para que seu advogado entre em contato com o meu.

Rosalie Hale.

Garrett apareceu pisando firme na cozinha da pousada em que estava hospedado com sua família e Rosalie. A encontrou conversando com Liam e Emmett, os três riam de algo que o advogado perdera, mas ele não se importava.

—Liam, sua mãe está te chamando – Garrett falou como maxilar travado.

Emmett franziu o cenho para o descontentamento do amigo,  já Rosalie sentiu seu coração acelerar ao sentir o olhar inquisitivo de Garrett em cima dela. O garoto pensou em contestar o pai, mas algo no olhar do mesmo dizia que aquela não era uma boa ideia.

Quando os três ficaram sozinhos, Garrett se sentou na cadeira que o filho ocupava a pouco tempo.

—O que você pensa que está fazendo? – Garrett perguntou preocupado.

Rosalie suspirou.

—Sobre o que está falando? – ela perguntou seriamente.

—Você sabe muito bem – ele disse irritado, tentando jogar uma isca para Rosalie morder, mas a mulher era astuta, então apenas deu de ombros e Garrett suspirou, recostando na cadeira – O que pediu a Royce King II? – ele indagou direto.

Emmett sentiu o ar fugir de seus pulmões.

—O que? – ele indagou surpreso.

—Ele respondeu? – Rosalie perguntou curiosa, ignorando o agente.

Garrett assentiu desgostoso.

—O que ele disse? – Rosalie pediu.

—O que você disse? – Garrett voltou a perguntar.

—Garrett, ele concordou? – ela demandou.

O cunhado suspirou, apesar de tudo, ele ainda era o advogado dela e deveria agir como tal.

—Ele disse que estava de acordo – Garrett falou amedrontado.

Rosalie respirou fundo, parecia aliviada de alguma forma. Ela se perdeu em pensamentos do que gostaria de perguntar a ele, do que queria saber, então se levantou indo para os quartos. Emmett só acordou de seu transe no momento que ela se movimentou, afastando-se da mesa sem dizer nada.

—O que-

—Eu não sei – Garrett bufou – Um dos advogados do King me ligou, ele simplesmente disse que o cliente dele estava disposto a fazer o que Rosalie tinha pedido e não soube me dizer ao que o cliente dele concordava.

Emmett prendeu as mãos no cabelo, preocupado, então ele e Garrett sentaram no hall da pousada, esperando Rosalie passar por ali. O que quer que ela fosse fazer, eles iriam com ela. Não demorou muito para ela aparecer com o rosto um pouco inchado, por um recente choro, e uma folha na mão.

—Pedi para Royce explicar a mente dele – Rosalie disse – Quero saber por que ele fez o que fez – ela explicou.

Emmett achou a ideia ridícula, mas Garrett foi mais compassivo, sabia que muitas vítimas precisavam entender para fechar o caso em suas mentes, então ele disse o que achou que seria o correto, considerando que não achava inteligente a ideia de tentar fazê-la desistir daquilo que sequer muita loucura ele achava.

—Certo, nós podemos ver se eu posso entrar com você, ou então um guarda-

—O que? – a mulher disse assustada – Ó, não, não sou eu quem vou. Fiz uma lista das coisas que eu quero saber e tenho certeza que será permitido levar um gravador, mas não sou eu quem vou – ela repetiu.

E foi quando Emmett relaxou.

—Então eu- – o advogado tentou, mas novamente foi interrompido pela cunhada negando rapidamente com um aceno de cabeça.

—Sabe que você não seria imparcial, Garrett – ela falou docemente, o advogado voltou a fechar a boca, a cunhada era muito sensata, ela sorriu de canto para ele.

Virou seu corpo para Emmett que a encarou espantado.

—Você pode me fazer um favor? – ela disse com a voz baixa.

Se ela achava que Garrett não seria imparcial, imagina só Emmett.

—Rosalie, eu... – o agente não mentiria para ela.

—Poderia me levar até seu pai? – ela pediu suspirando.

Foi como o chefe de polícia de Forks foi parar no centro de detenção provisória do condado de Clallam, já que esperavam para fazer a transferência de Royce de forma segura para uma penitenciária federal.

Charlie estava tenso, a folha de Rosalie em sua mão parecia pesar algumas toneladas.

Naquela noite, Rosalie se sentou no quarto do agente Swan com ele, Kate e Tia para escutar a gravação que o chefe fez.

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Porque eu a amo— foi a resposta do “por que Rosalie?”

Senhor King, não sejamos absurdos. O senhor tem cinquenta e quatro e ela trinta e sete anos. É uma diferença de dezessete anos, que condizem com os dezessete anos que a manteve presa em um cativeiro. Não está certo. O senhor tinha vinte e seis anos e ela nove...— a raiva na voz de Charlie era contida

Eu a amo desde a primeira vez que a vi, você não entende — o homem falou e foi escutado um barulho estranho na gravação – Ela era um bebê tão lindo, a conheci quando ela tinha dois anos de idade e, desde ali, eu sabia que tinha encontrado o amor da minha vida, mas a sociedade não nos aceitaria. Só que ela também me amou desde ali, ela parou de chorar quando a peguei no colo por um momento para a mãe dela ajeitar o sapato de sua filha mais velha e, sabe o que a mãe dela me disse?— nenhum som foi escutado, então imaginaram que o chefe tenha feito algum sinal – Que ela tinha gostado de mim, que eu era bom com ela. Mas ela estava errada, nós juntos somos ótimos. Casei-me com Irina e a levei para aquela cidade pequena e insignificante porque seria perfeito para criar nossos filhos, meus e de Rosie, minha Rosie — Kate se levantou da cama, saindo do quarto, Rosalie parecia impassível, não demonstrava emoção nenhuma – Então comprei aquela cabana para nós dois e a arrumei para que ninguém chegasse nela, ninguém poderia nos ver. Ela foi crescendo e ficando mais linda, mais esperta, mais engraçada. Eu me divertia com ela como com ninguém antes. Então, quando ela completou sete anos, a cabana ficou pronta.

Sete anos? — Charlie repetiu – Mas ela tinha nove quando...

Eu sei, eu precisava de tempo para saber como faria tudo corretamente, nossos pais não entenderiam, eu já te disse isso— o homem rosnou – E ela foi comigo, com tranquilidade, ela não brigou. Nunca brigou, perguntava sobre os pais, mas a contei a verdade, ninguém no mundo a amava como eu, ninguém ama como eu. Por isso concordei em falar com você, para que possa dizer isso a ela, para que ela saiba que eu sei que ela sente minha falta também e dizer que estou pronto para encontrá-la, não estou chateado que ela fugiu de mim, já entendi que foi obrigada a fazer isso, mas agora que ela voltou para mim, poderemos ficar juntos por fim, ela quer isso-

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Rosalie desligou a gravação, suspirando.

—Tudo bem? – Tia perguntou preocupada.

—Sim – a mulher respondeu pensativa.

Rosalie encarava o gravador em sua mão, então soluços começaram a irromper de seu peito. Tia suspirou tentando se aproximar dela, mas Rosalie levantou de repente, tirou a fita de dentro do gravador e começou a destruí-la, pisando nela com força. A ex-agente então se levantou para pegar água para a mulher descontrolada. Rosalie pulava em cima da fita com ódio, começou a chorar alto e rosnar contra todas as lembranças que queriam a tomar. Ela não queria mais lembrar, ela se negava.

Assustou-se ao sentir braços fortes a rondando. Afastou-se brutalmente deles antes de começar a bater e arranhar a pessoa, com medo, mas principalmente ódio. Como alguém poderia amar outra pessoa daquela forma deturpada? Por que Royce achou que ela o correspondia e, principalmente, o quão correto ele estava em jogar parte da culpa sobre o que aconteceu nos pais de Rosalie?

Tia voltou para o quarto surpresa ao encontrar Rosalie batendo e arranhando Emmett que não fazia nada para se defender, apenas sussurrava que tudo ficaria bem e para ela deixar todos os sentimentos ruins irem, que ela o continuasse o batendo até ela deixar tudo ir.

Imaginando que Emmett deveria estar sendo bem machucado, mas que Rosalie precisava daquilo, a ex-agente ficou quieta, sabendo que o amigo aguentava já que não estava fugindo de Rosalie. Uns bons minutos depois, Rosalie abaixou os braços e se entregou ao choro sofrido, caindo de joelhos no chão. Emmett abaixou ao lado dela.

—Quer um abraço? – ele perguntou docemente e Rosalie se jogou nos braços do agente, sem se importar em pedir desculpas pelo que tinha feito, ela não se arrependia porque se sentia melhor e, bom, ele não reclamou.

Tia sentou ao lado da amiga, acariciando-lhe os cabelos antes de lhe dar a água.

Rosalie chorou por boa parte da noite, mas não teve outro ataque de raiva. Emmett imaginou que algo daquele gênero poderia acontecer, por isso a tinha levado para seu quarto, ela poderia quebrar as coisas dali e ele pagaria depois. Mas, ao contrário, ela descontou tudo nele e, quando o choro cessou, ela ressonava baixo no colo dele, deitada com a cabeça no peitoral do agente que suspirou sentindo as pernas começarem a ficar dormentes.

—Eu vou ajeitando a cama, vem – Tia disse quando eles tiveram certeza que Rosalie estava mesmo dormindo.

Emmett se levantou com Rosalie aninhada contra seu peito e foi para o quarto dela com Tia, ele a deitou delicadamente nos lençóis e então soltou a mão dela da camisa dele. Rosalie não acordou e ele agradeceu aos céus por aquilo.

—Ela bate bem, não é? – Tia perguntou risonha.

—Porra, a garota é forte – Emmett murmurou sentindo os músculos doloridos e os poucos cortes das unhas dela ardendo – Mas sou um agente treinado, nada que algum antisséptico não cure – ele disse.

—Eu cuido dela a partir daqui, vai ser uma noite intensa com sonhos – Tia apostou, fazendo Emmett suspirar.

—Você me chama se precisar de qualquer coisa, sim? – ele disse e Tia anuiu prontamente.

O agente encontrou com Kate e Garrett na porta do quarto dele, estranharam quando viram o agente no fim do corredor.

—Olá – ele cumprimentou se aproximando.

—Onde está Rosalie? – Kate perguntou preocupada.

—Está dormindo agora, ela não escutou todo o depoimento, foi demais para ela, mas ao menos ela extravasou o que estava sentindo – ele contou, esfregando seu braço como reflexo.

—Meu Deus, ela fez isso com você? – Kate perguntou preocupada.

A camiseta que ele usava não o protegeu como um casaco o teria feito.

—Sim, mas está tudo bem, ao menos ela conseguiu chorar e se expressar, me preocupou a frieza com que ela tratou tudo nos dias que seguiram o julgamento, não é um comportamento usual nesse tipo de caso – ele explicou.

Kate suspirou audivelmente e, depois daquele episódio, foi apenas maravilhosamente incrível que Rosalie tivesse aceitado ir para o Alasca com a irmã, ainda melhor que, antes disso, ela pediu uma restrição jurídica contra os pais, que não poderiam chegar a quinhentos metros dela, de Marie, Mary e Riley.

.

~SETE ANOS DEPOIS~

**No grupo da família**

A reunião mais esperada do ano

Smiley: Estamos desembarcando em quinze minutos.

Alice: Seu tio Jasper deve estar chegando aí. Mal posso esperar para vê-los.

Rose: O Emmett está dizendo que vai alugar um carro porque não quer depender da boa vontade do Jasper de mostrá-lo ao redor haha

Garrett: Ele é chato ein?!

Claire Bear: Tio, não fala assim do meu papaizinho.

Bells: Seu pai ainda não te deixou ir ao baile de inverno, querida?

Claire Bear: Tia Bella, estou contando com você nessa missão.

Emmett: Nem o Papa, filha.

Jasper: Cullens, estou esperando vocês, ansiosamente.

Edward: Isso ainda é sobre a Claire ter bombado em química?

Edward: Jazz, estamos pegando as malas.

Bells: Conversamos já, boneca ;)

Jasper: Sem pressa, cunhado

Jasper: #EmmDeixaAClaireIrParaOBaile

Claire: Tio Jasper = tudo para mim.

Smiley: Ei, por que vocês ainda não chegaram sendo que nós viemos de outro CONTINENTE?

Claire: Você conhece meu pai? Ele trabalhou até ontem a noite ¬¬’

Emmett: Parece que alguém não, realmente, quer ir para o baile?

Rosalie: Os dois estão conversando como se não estivessem um de cada lado meu, emburrados sem se falar.

Kate: Está comprovado: A Alice é a melhor dentre nós para preparar um coquetel

Jasper: Chegou a bêbada hahaha

Jasper: Opa, resgatei os Cullen.

Jasper mandou uma foto

Rosalie: Estamos embarcando.

Claire: Mal posso esperar para ver todo mundo

Alice: Cheguem logo, só faltam vocês ♥

.

Alice respirou profundamente encarando a linda paisagem do lado de fora de seu quarto. Estava nervosa para o próximo passo que daria, mal podia acreditar que já estavam ali, naquele dia, depois de tudo.

—Lili? – Rosalie chamou em suas costas e ela virou, sorrindo para a mulher que estava sorrindo lindamente, trajando o vestido rose que Alice escolheu especialmente para ela.

—Você está linda, Ma – Alice sorriu e Rosalie se apressou para o lado dela, beijando-lhe o rosto.

—Obrigada por me permitir participar desse dia, querida. Isso significa muito para mim, realmente muito – ela falou e Alice sorriu.

—Nem imagino fazer isso sem você – a mulher jurou.

—Sim, verde é a minha cor – Bella anunciou saindo do banheiro com seu vestido de madrinha.

Alice riu da irmã.

—Eu sou boa com combinações – Alice disse dando de ombros.

—Você está tão linda, Lili – Bella disse emocionada correndo para abraçar a irmã.

—Os buquês – Carmen anunciou chegando com o que tinha ido buscar do lado de fora.

—Ó, nós estamos prontas – Rosalie anunciou com os olhos cheios de lágrimas.

O fotógrafo tirou uma foto das quatro juntas. Então Bella saiu para chamar Eleazar, Rosalie também ia para seu lugar, mas Alice a impediu de sair do quarto, entrelaçando as mãos delas.

—Quero uma foto com meus pais no dia do meu casamento – ela anunciou sorrindo para Carmen.

—Teremos muitas – ela jurou.

—Eu sei, mas quero uma especial no meu quarto de noiva – ela disse – Com os três.

Rosalie sorriu amplamente, assentindo.

Eleazar chegou animado no quarto, elogiou as três mulheres, então abraçou Carmen, que abraçava Alice de um lado, com Rosalie do seu outro lado, as mãos ainda entrelaçadas. Aquela foto adornaria a mesa do escritório de Alice pelos próximos anos.

Quando pensaram nas pessoas que queriam ter assinando o documento de casamento deles, Jasper e Alice foram emocionais. Teriam que ter quatro testemunhas então, depois de muita conversa, a escolha foi mútua, não tinha como ser diferente, foi como eles escolheram suas madrinhas e padrinhos.

Uma música suave soou e Bella Cullen entrou na linha de visão de todos, ao lado de Seth Clearwater, o melhor (e talvez único) amigo do casal. Jasper sorriu para os dois, já sentindo os olhos arderem. Logo atrás deles, o segundo padrinho e a dama de honra: Rosalie Hale e Riley Cullen. Riley já tinha dezoito anos e poderia assinar legalmente o documento, então Alice e Jasper não pensaram em melhor pessoa para o fazê-lo.

Jasper cumprimentou cada um quando eles chegaram até ele, então parou no centro do altar, as garotas do lado em que Alice ficaria e os garotos ao lado do noivo ansioso.

A marcha nupcial soou e Alice sorriu amplamente para o momento que tanto esperou. Depois de onze anos que tinha conhecido Jasper, eles estavam fazendo aquilo, exatamente da forma que ele tinha dito que sonhava: em uma colina no Havaí, apenas com as pessoas que eles mais amavam na vida.

Carmen e Eleazar andavam com a filha pelo caminho até o altar onde Jasper a esperava, completamente emocionado.

A cerimônia foi rápida e muito leve. O pôr do sol naquela colina pareceu perfeito e as fotos do casamento ficaram de tirar o fôlego porque, mais que apenas um lugar maravilhoso, o sentimento de amor que ondulava por todo o canto daquela cerimônia era quase palpável, até mesmo em fotos que seriam reveladas apenas algum tempo depois.

—Alice, você é a mulher mais forte que eu já conheci em toda a minha vida e que privilégio o meu de poder dividir a minha vida com você, os melhores e piores momentos. Você é a personificação de tudo o que eu preciso para ser realmente feliz e, muito obrigado por estar aqui hoje, em toda a sua glória, tornando o meu segundo lugar favorito no mundo, o lugar da nossa certeza, do nosso companheirismo, da nossa força. Você é tudo— ele disse quando foi encorajado a fazer seus votos, e Alice chorou.

—Obrigada por todo o apoio que você me disponibilizou. Obrigada por olhar o que de mais feio tinha em mim, meu pior lado, meu lado mais fraco e, sem hesitar, tornar sua missão em torna-lo bonito, melhor e mais forte. Você é minha pedra, Jasper, tudo o que eu sou e tudo o que eu quero se encontram em você, na sua certeza, na sua fé em mim, mesmo quando eu tinha dificuldade em acreditar. Prometo ser o mesmo para você, tentar transmitir a paz que você me transmite, ser compreensiva, amorosa, forte, dedicada... Eu amo você todos os minutos do meu dia e não há outra pessoa com quem eu quero dividir minhas vitórias e aflições que não você. Você é tudo— ela repetiu fazendo Jasper sorriu amorosamente para ela.

—Repita comigo – o senhor que fazia a cerimônia pediu baixo, quando Alice devolveu o microfone para Jasper para a hora das alianças.

—Eu, Jasper Hale-Brandon Whitlock, – Jasper disse no microfone – tomo você Alice Hale-Brandon Whitlock como minha esposa, para amá-la e respeitá-la até o último dia da minha vida.

Rosalie se emocionou com o que escutou. Alice nunca tinha deixado de ser Mary Alice Brandon, entretanto, depois de conversas rápidas, ela falou a Jasper que queria tirar o nome Mary de si, e adicionar o sobrenome Hale, para que os filhos deles carregassem aquela força da mulher que a deu à luz. Jasper gostou da ideia, e pediu para também compartilhar aquilo com ela.

—Pode beijar a noiva – Jasper escutou por fim antes de abraçar Alice e a tomar em um beijo que demonstrava tudo o que ele sentia por ela.

A festa foi feita numa praia perto do lugar em que a cerimônia aconteceu.

—Parabéns, casal maravilha – Emmett falou assim que eles chegaram na festa e o casal sorriu para o amigo – Pensei que não pararia de enrolar minha fadinha, ô surfista meia-boca – o ex-agente brincou beijando o rosto da mulher antes de deferir um soco no ombro do noivo, que gargalhou.

—Você é um bruto, Emmett – ele reclamou esfregando o ombro.

—Espero que se lembre da nossa conversa – falou ameaçadoramente.

—Amor, seu padrasto está te ameaçando ficar viúva no dia do seu casamento, você não vai fazer nada? – Jasper perguntou desgostoso.

—Você que lute, lindo – ela disse gargalhando – Cadê... Aí está ela – Alice comemorou vendo Claire correr para seu lado.

—Tia, você está tão linda. A Rose disse que seu vestido era incrível, mas... Uau – a menina comentou suspirando e Alice riu para a mini-Emmett a sua frente.

—Emmett, sai. Você nem é da família, não sei o porquê foi convidado – Edward bufou abrindo espaço e abraçando Alice e Jasper ao mesmo tempo, com Claire amassada no meio já que ela ainda estava na frente de Alice quando Edward se apressou.

—Cala a boca – Emmett murmurou, mas sua reclamação foi mascarada pela de Claire.

—TIO – a garota gritou rindo e o empurrando.

—Ninguém mandou você querer monopolizar os noivos, tampinha – o médico brincou rindo.

—Meu pai não é da família? Então eu também não sou? – ela perguntou ofendida.

—Claro que é Claire Bear, veja bem: você é a enteada da Rose, o Emmett é o que? Namorado? Eles têm quantos anos? Doze? – o médico ridicularizou e a garota gargalhou para a carranca do pai.

Edward ignorou o amigo e voltou-se para os noivos, primeiro beijando o rosto de Alice e a dando um forte abraço, então beijando a testa de Jasper seguindo de outro abraço.

—Vocês merecem o mundo de felicidade que vai chegar agora, eu estou muito feliz pelos dois e tudo o que passaram juntos sem nunca perderem a força ou a fé que tinham em vocês mesmos, um no outro e no amor que dividem. Estarei sempre os aplaudindo por suas conquistas – o cunhado disse para o casal que sorriu apaixonado um para o outro, antes de agradecer com amor o homem à frente deles.

—Voltamos – Bella falou sorridente com sua filha em seu colo e Rosalie ao seu lado.

O bebê que Riley anunciou, pouco menos de quatro anos atrás, no grupo da família era uma linda menina chamada Lilian, em homenagem a sua avó materna, mas todos se acostumaram a chama-la de Lily e, a cada ano que passava, ela ficava mais linda e esperta. Tinha os olhos da mãe e o mesmo tipo de cabelo, mas de resto, a garota era uma Xerox de Edward.

—Titi – a bebê falou sorridente se esticando para Alice que sorriu a pegando no colo.

—Meu amorzinho lindo – ela sorriu beijando o rosto de Lily.

—Você está linda, Titi – a garotinha sorriu.

Alice abriu um sorriso ainda maior para a garota.

—Como é possível que eu tenha idade para assinar um documento importante como aquele e não sou liberado para beber uma cerveja para comemorar os meus tios? – Riley perguntou desgostoso fazendo Jasper gargalhar.

—Pequeno Riley, você ainda é apenas uma criança – o homem brincou.

—Cerveja? – Bella perguntou repressiva e o garoto sorriu amarelo para a mãe.

—Mamãe, eu só quero comemorar o amor – ele anunciou abraçando os tios pelos ombros que sorriram.

—Não me ponha no meio da sua cara de pau, garoto – Alice brincou rindo.

Emmett estava emburrado falando com Rosalie que gargalhava dele reclamando que, por ela se negar a falar sobre casamento, Edward ainda tinha munição para deixá-lo saber que ele não era da família.

—Chegou quem faltava – Kate cantou atrás deles com um copo com alguma bebida colorida na mão.

—Ó, devíamos tirar uma foto para atualizar o ícone do grupo? – Claire perguntou sorridente e pulando.

—Com certeza – Alice concordou se virando para um dos fotógrafos, que já estava tirando fotos espontâneas de toda a conversa que acontecia.

—Vou buscar a Tanya e o Liam – Claire avisou correndo para longe.

Riley se ajeitou entre os tios se preparando para a foto. Bella e Edward se sentaram no chão, sabendo que nem todos caberiam na foto se ficassem em pé. Então Jasper abraçou Rosalie e Emmett foi para o lado de Alice. Kate se abaixou com Bella e Edward e logo Garrett deitou na frente dos três, claramente já alegre.

—Cadê? Falta mais gente – Alice gritava.

Da mesa do canto, Charlie Swan encarava a bagunça que eles sempre faziam quando se juntavam e Carlisle se sentou com o amigo, encarando o mesmo lugar.

—Eu não imaginava que tudo pudesse ficar tão bem assim – Carlisle comentou sorridente e Charlie olhou para o amigo, assentindo.

—Mas Deus sabe que elas mereciam isso há muito mais tempo – Charlie murmurou, ligeiramente emocionado.

No centro da parede de flores que Alice colocou ali exatamente para tirar fotos, Victoria chegou gritando enquanto arrastava Laurent consigo. Bella puxou os dois para sentarem com ela e Edward no chão.

Os sorrisos eram amplos e sinceros, nada poderia ser melhor do que todo aquele amor.

Na primeira semana em que se separaram, logo quando chegaram em Londres, Bella e Edward acharam estranha a falta de comunicação com Emmett, então Edward fez um grupo com os três, não demorou para Jasper ser adicionado para notícias mais rápidas e então Kate. Rosalie se ofendeu por não estar lá então Emmett correu para a colocar e logo Garrett veio no pacote. Victoria se colocou no grupo pelo celular de Edward e, como vivia em simbiose com o irmão, Laurent foi o próximo a entrar. Alice só entrou depois de muitos e-mails e mensagens trocadas com a mãe biológica e a irmã, naquele período Riley já tinha um celular e foi incluído assim como Tanya e Liam, então Claire teve seu celular e ela era o último membro do grupo, por enquanto.

Claro, era uma mistura pouco usual, mas o amor fraterno compartilhado era crescente e, a cada membro que era adicionado, mais amor eles tinham para entregar.

Foi naquele grupo que Jasper anunciou a compra de um terreno, Riley anunciou a gravidez dos pais, Alice anunciou a volta à faculdade, Rosalie à mudança para Nova Iorque e, quatro meses depois, Emmett anunciou o namoro com Rosalie.

Era o grupo mais usado no celular de todos e, apesar das diferenças de fuso-horários e a vida corrida de cada um, não havia um só dia em que ele ficava silencioso. Sempre tinha alguma novidade, provocação ou piada para ser contada ali. Também era onde os grandes eventos eram planejados, todo ano, ao menos uma vez, eles faziam a reunião de todos os membros do grupo em algum lugar escolhido por todos.

Os primeiros anos, normalmente, eram na Oceania, com toda a questão de Alice, mas quando Bella engravidou todos foram para a Europa. Aquele ano era o primeiro que eles estavam nos Estados Unidos e, já que o casamento tinha sido marcado para a metade de dezembro, todos decidiram passar as festas de fim de ano lá, juntos.

E, é claro que não seriam apenas rosas, ainda tinham traumas e gatilhos a serem vencidos, mas eles estavam bem, e juntos, presos entre nós bem feitos.


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Notas finais do capítulo

E FIIIIIIIIIIIM!

Uaaaaaau, que sensação boa.
Agora vocês sabem qual era o grupo da família que foi citado em todos os finais hahahaha

Tentei ser sensível a tudo, viver realmente, pensar o que elas sentiram e passaram e, bom, eu estou feliz com o resultado. No fim, a grande família, meio doida, mas muito amorosa está aí.

Ainda não vou fechar essa história, todas as outras estão acabadas, mas vou deixar essa aqui para possíveis bônus, mas só vou escrever se vocês pedir (porque realmente não sei o que mais colocar aqui, então me digam: tem alguma cena que vocês querem saber? Algum enfoque que gostaria que desse? Comentem muito! Comentem sobre o que querem ver, se querem ver, se esse final foi bom... Estou curiosa para suas opiniões.

Posso dizer, sinceramente, que quando pensei nos padrinhos, tinha pensado na Rose e Bella com certeza, então lembrei do Seth e, até mesmo pensei em colocar o Edward para fechar o pack, mas quando pensei em Riley e vi que a idade ia corresponder, putz, me arrepiei.

Enfim, COMENTEM, POR FAVOR, espero que tenham gostado.

Muito obrigada para cada um que comentou, leu, acompanhou, foi muito bom ter todxs aqui, verdadeiramente. Espero que nos encontremos por outras histórias.
Um beijão ♥