A Terra das Sombras - Pov Jesse escrita por Ane Viz


Capítulo 23
Capítulo 14:


Notas iniciais do capítulo

No capítulo anterior:

A senhora a sua frente a fitou como se dissesse “Eu sabia” e voltou sua atenção para uma das crianças que passava pelo local. Nem pensei em ouvir, não era de meu interesse. Agora que sabia que Suzannah estava bem ficaria mais tranqüilo, porém onde estará a causadora deste acidente. Heather não parecia estar pela escola e eu preciso saber onde ela se encontra. Senti-me e tremer enquanto alguns raios de sol batiam em minha pele e sumir de vista.

Booa leitura!



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Capítulo 14:

                                                                                    

Quando dei por mim estava materializando-me na terra das sombras. Franzi meu cenho ao notar que tudo estava silencioso. Mau sinal. Quer dizer que Heather não estava por perto. Olhei a minha volta e só podia ver a densa neblina. Caminhei por um determinado tempo até ficar afastado de todos. Soltei o ar brevemente e sentei-me. E uma imagem agradável surgiu em minha mente.

Visualizei como era a minha fazenda. Ao meu redor tudo verde, e cheio de árvores. Ao longe um estábulo e mais para cima uma escada com alguns degraus que levava a varanda de minha casa, mas esta localizada mais na lateral. O vento brincava com meu cabelo e desejei poder estar lá, ainda de olhos fechados. Abri os olhos e encontrei-me na mesma paisagem que eu pensara há pouco. Sorri por estar de volta.

Por poucos instantes fora como se nada tivesse acontecido. Como se caso eu subisse os degraus e eu tentasse entrar em casa encontraria meus pais e minhas irmãs. Em contrapartida, não a teria. Não teria mais a Suzannah. Soltei um suspiro pesado. Chacoalhei minha cabeça tentando me concentrar num lugar onde a garota, Heather, pudesse estar, mas não precisei de muito tempo para chegar a uma conclusão simples. Deveria estar na casa de seus pais ou na do Bryce.

E me desmaterializei-me imediatamente. Ao voltar a minha condição normal, em matéria, eu me vi numa sala ampla num tom que mesclava bege e branco. Os moveis me pareciam caros e luxuosos. Aparentemente, ele tinha uma boa vida. O som de passos fez-me esperar e aguardar para ver quem entraria. Uma senhora de cabelos escuros e olhos claros parecia aflita e irritada ao mesmo tempo ao falar no telefone.

-Isto é um absurdo, vamos levar esta situação à justiça. – Esbravejou a mulher.

             Enquanto isso um homem mais velho de cabelos curtos e negros bufava e soltava impropérios. Ambos tinham as expressões fechadas e era fácil sentir que aquela sala estava carregada de sentimentos negativos. O que teria acontecido? Dios ¿ Lo que se paso ahora? Senti-me como um intruso ao estar diante de um problema familiar e tratei de sair prontamente daquela casa.

          O tremor voltou e agora me vi diante uma sala de tons escuros, mas de uma aparência chique. Como decía mi mamá: requeteguapa a casa, no? Tinha um ar nobre, mas parecia silenciosa. O som de um arrastar de cadeiras podia ser ouvido a uma grande distância, caminhei sem pressa até lá e deparei-me com uma cena inusitada. Os pais de Heather, um homem e uma mulher de cabelos loiros, deviam ter por volta de uns quarenta e poucos anos cada um, estavam de frente um para o outro.

      E ao lado da senhora, estava ela, Heather, a mesma flutuava ao lado da mulher que tinha o semblante sério. Os olhos de ambas estavam fincados no do homem diante as duas. Ele, por sua vez, estava com o semblante tranquilo, agora observando a situação parece-me fácil entender o motivo da garota ser tão mimada. Sua mãe, como eu imagino que seja esta senhora, tem a mesma irritante mania de estar no centro de tudo. Ser aquela que exige atenção.

          -Está me escutando. – Bradou a senhora deixando alguns fios escaparem de seu coque frouxo.

             Sua irritação era nítida. Podia ver mesmo de longe que seu corpo tremia levemente. Efeito, claro, causado pela grande revolta. Só não sei se esta reação se deve pela raiva da mãe ou da filha. Ambas tinham seus olhos num tom escurecido. E podia jurar que a mulher saltaria em direção ao homem o sacudindo para vê-lo “funcionar” corretamente. Expressão engraça esta, não?

            Uma das tantas que aprendi depois da casa ser ocupada pelos Ackerman e Simon. Acho curiosa a situação quando Suzannah não me entende. Ou sua simples revolta por falar com ela em espanhol. A mais engraçada fora quando a chamei de hermosa e ver sua expressão nada satisfeita. Sorri sozinho com a lembrança. E uma voz calma chamou minha atenção.

         -Sim, mas discordo. Nada feito.

          Pude acompanhar a mudança da fisionomia de ambas. Parecia que fitava a mesma pessoa, porém em idades distintas. Heather aproximou-se de seu pai com o rosto raivoso e esperei para ver se faria algo de ruim a eles. Bom, não que seja de minha conta, afinal, eles não a educaram corretamente, certo? Caso a tivessem dado limite com certeza não teria se matado por conta do tal menino.

       -Acha mesmo que vai resolver tudo desta maneira? – Indaguei-a quando a vi levar a mão na altura de seu pai.

        Sei que não deveria me meter numa situação familiar, mas não poderia permitir que machucasse pessoas. Ainda que estas não sejam tão inocentes assim, pois não cuidaram bem dela. Só que faria tudo de novo para ver o que aconteceu uma vez mais. Fora uma cena incrivelmente hilária. A Heather dera um salto enorme ao ouvir minha voz e fitou-me com os olhos arregalados.

      - O que quer aqui? – Perguntou-me ultrajada.

       -Ora, nada. Apenas vim visitá-la. – Respondi num tom calmo como algo óbvio.

         Ao encontrar os seus olhos com os meus ela soltou uma bufada raivosa e uma risada baixa escapou por meus lábios. Não conseguia acreditar que estava irritada comigo. Prendeu seu olhar no meu como se com isto pudesse deixar-me com medo. ¿Cómo puedes ser tan loca esta chava? Pude ver a diferença de sentimentos. Agora seu rosto estava duro e tenso. E com um pequeno estalo ela sumiu de minha vista deixando apenas os pais dela e eu.

        Soltei um suspirou e desapareci daquela casa. Por mais bonita e luxuosa o ambiente não tinha nada de bom a oferecer. Materializei-me de volta a minha casa e caminhei sem pressa até o quarto de Suzannah. Ao entrar andei até a baywindow e sentei-me observando as ondas do mar que estavam calmas. Totalmente distantes dos perigos que poderiam ocorrer.

Um receio abateu-me em cheio e pus-me de pé. Comecei a andar de um lado para o outro, tal qual a Suzannah havia feito no dia anterior. Havia irritado a menina e ela desapareceu. Por Dios! Será que ela foi até a escola. Pensei em dar uma passadinha por lá, mas decidi-me que o padre Dominic resolveria qualquer problema dentro da escola. O tempo se arrastava e nada parecia atrair minha atenção. O que eu faria até a hora dela voltar para casa?

Os ruídos por ali não mais existiam estava sozinho, como antes. Saí do quarto e comecei a andar pelo corredor. Passei pelos quartos e parei por um instante na frente da porta do quarto de David. Lembrei-me do dia em que o vi pela primeira vez. Dos Ackerman, sem dúvida, aquele é o mais inteligente. Fora o primeiro a notar que tinha algo de anormal na casa. E foi aos poucos tentando comprovar que estava certo, mas não tinha o apoio dos outros.

Bueno, isto não quer dizer que eu tenha gostado de ficar vendo-o entrar no meu quarto com aquele aparelho estranho. E que toda hora que se aproximava de mim começava a apitar. O som era ensurdecedor. Outra prova de ser um bom garoto, fora quando decidiu se oferecer, apesar do medo, de trocar de quarto com a Suzannah. O comportamento de um verdadeiro cavalheiro. Iria “arriscar-se” para proteger uma dama.


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Notas finais do capítulo

Olá hermosas, eu queria agradecer a Lizzy, Dinha, Luisa e Saletelicopi pelos reviews! Queria me desculpar, mas minhas aulas voltaram e estou fazendo estágio, aulas aos sábados, durante algumas manhã e a noite. O que diminui meu tempo para escrever. Portanto, não sei se poderei postar todos os fins de semana.
Eu demorei desta vez para atualizar, pois o nyah estava fora do ar e quando voltou minhas aulas também começaram. Queria saber o que houve com as outras leitoras. A fic ficou ruim? Por favor, comentem,ok? Somente assim saberei como estou indo.

Espero que não me abandonem.

Beeeeeijos, e até o próximo capítulo!