A Terra das Sombras - Pov Jesse escrita por Ane Viz


Capítulo 15
Capítulo 11: parte 1


Notas iniciais do capítulo

No último capítulo:

Exclamei exasperado, mas tive de conter as palavras duras causadas pelo nervosismo e a bronca a qual ela merecia ao ouvir uma explosão no chão a menos de um palmo da bochecha dela. Suzannah do nada virou o rosto e fitou a cabeça que pairava perto dela. Sem ter mais idéia do que fazer decidi agir sozinho, pois estava claro que ela não me ajudaria em nada. Levantei-a e comecei a empurrá-la em direção da galeria que se estendia pela frente.

Boa leitura!



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Capítulo 11:

 

       Nós conseguimos, eu quero dizer que consegui, voltamos para a sala por onde ela passara mais cedo. Na verdade eu ainda não tinha muito certeza de como ela havia conseguido correr comigo enquanto a cabeça da estátua vinha atrás de nós zunindo todo o tempo. Pensei primeiro que ela desabaria a qualquer momento, mas não ela correu com o máximo de força que tinha.

       Ao passarmos pela porta da sala eu a bati e em menos de um segundo depois a cabeça colidiu com a porta com uma força enorme contra a madeira. Eu estava preocupado com a segurança dela e então escapou de meus lábios sem controle.

 

-¡Dios!

 

       Exclamei enquanto, eu e Suzannah, jogávamos o peso de nossas costas contra a porta, ofegantes, como se pudéssemos impedir a passagem de nossa perseguidora apenas com o nosso peso, mas eu sabia não fazer sentido, pois Heather, assim como eu, era uma fantasma e podia sem problemas atravessar a parede.

       Fitei a garota ao meu lado. Suzannah ofegava a cada segundo. Não sabia por que ela se mantinha ali colada à parede. Seu peso de certo não resultaria em nenhuma diferença. Ela é tão pequena e delicada que tenho impressão de que qualquer coisa poderia tirá-la de lá. Afastei meus pensamentos e decidi repreendê-la, pois tinha de arcar com suas atitudes impensadas.

 

-Você disse que era perfeitamente capaz de cuidar de si mesma. Disse também que precisava primeiro livrar-se dela. Perfeito...

 

    Vi-a ao meu lado tentando recuperar o fôlego e parecia bastante empenhada em achar uma solução para a situação da qual eu havia lhe informado antes de entrar nesta missão suicida. ¡Por Dios! ¿Algún día ella va escucharme? 1 Queria saber a resposta para minha pergunta, mas acho que a irritei com minhas palavras porque ela cortou-me irritada.

 

-Cala a boca.

 

        Eu decidi a ignorar e falar sobre outro ponto que tínhamos pendentes. Na verdade algo que havia me magoado. Ela tinha sido grossa sem motivos queria apenas vê-la bem, mas meu intuito era somente desabafar e tentar tirar seus pensamentos numa forma de resolver este problema. Por hora pelo menos. Então continuei.

 

-Bafo de cadáver...

 

      Eu falei voltando-me para olhá-la de frente. Sentia meu peito arfar, subindo e descendo por conta da correria. Mesmo sem precisar meu corpo reage como antes. Podia ver que o seu estava no meu estado do meu. Eu segui em frente para pedir-lhe uma explicação lógica para seu comportamento para comigo. A maioria das vezes eu ignorava sua grosseria e ela sabia disto. Só espero que ela não descubra agora minhas reais intenções.

 

-Você se dá conta de que me chamou de bafo de cadáver? Magoou hermosa. Magoou mesmo.

 

¡No lo puedo creer! ¡Otra vez en el mismo día! ¡Callate mientras puedes! 2 Repreendi-me mentalmente.

 

-Eu já disse...

 

       Suzannah começou a falar, porém algo pesado estava esmurrando a porta fazendo-a parar por uns instantes. Senti-a ficar um pouco rígida, mas ela continuou a sua bronca.

 

-... Para não me chamar de hermosa!

 

Eu estava sentindo a cabeça da estátua bater contra as minhas costas, mas eu não podia deixá-la pensar que era algo bom então eu rebati.

 

-Pois eu também ficaria agradecido se você não fizesse comentários desabonadores a meu respeito.

 

        Dei-lhe a entender que a palavras que muitas vezes saia de minha boca sem controle era um insulto a sua pessoa e rezava para que ela não descobrisse seu real significado. Sua voz soou ao meu lado um pouco alterada e querendo acabar com o assunto anterior.

 

-Olha aqui – Ela disse. – Esta porta não vai agüentar para sempre.

 

Eu também não queria mais brigar e muito menos voltar ao último assunto então me agarrei à nova conversa.

 

- Não.

 

        Eu concordei com ela e no mesmo instante a cabeça conseguiu adentrar na sala. Era agora possível avistá-la por uma fenda que ela conseguirá gerar após colidir-se tantas vezes com tanta força sobre o mesmo lugar na madeira. Minhas próximas palavras saíram sem controle e eu temia pela resposta.

 

-Posso dar uma sugestão?

 

       Queria na verdade pedir-lhe encarecidamente que pela primeira vez me escutasse. Seguisse meu conselho. ¡Por favor, Suzannah! Acepta mi idea. No me hagas más una tontería en la misma noche.3 Estas eram as palavras presas em minha garganta. Eu vi-a com os olhos arregalados grudados na cabeça de metal que agora se encontrava metade para dentro e a outra para fora da sala.

 

-Claro.

 

Sua resposta gerou-me um alivio momentâneo. Então falei antes que ela mudasse de idéia.

 

-Corra!

 

       Ela correu sem hesitar ao conselho que lhe fora dado. Foi em direção ao peitoril da janela e agarrou-se a ela. A cada momento que ela demorava via a cabeça ganhar mais e mais espaço. Suzannah estava levando tempo demais para abrir a janela, mas não estava sendo rápida o quanto eu queria. Então decidi apressar-lhe enquanto tentava conter a fantasma que criara um furacão e lhe pedisse:

 

-Poderia andar mais rápido, por favor?

 

        A última parte me pareceu bem aflita. E finalmente a vi saltar em direção ao estacionamento. No exato instante que Suzannah não estava mais a vista a cabeça de metal, o furacão e uma Heather muito irritada adentraram na sala de aula. Deixando-a totalmente inabitável para uma aula. Seu rosto ao se deparar comigo ganhou uma postura rígida e ainda mais irritada.

 

-Você?- Gritou nervosa.

 

Eu até poderia ter sentido pena dela caso não estivesse tentando matar a Suzannah. Eu respondi-lhe calmamente.

 

-Sim, sou eu.

 

Seu olhar ficou preso em mim e ela bradou.

 

-Como ousa ajudar aquela... Aquela coisinha! Argh!

 

        Eu fiquei tão irritado com a forma dela a se referir a Suzannah que não reparei quando ela lançou sobre mim a cabeça de metal em meu estomago jogando-me sobre as carteiras. E logo em seguida atiçou o furacão para perseguir-me. Senti um pouco de dor, mas tinha consciência de que logo passaria. Forcei-me a levantar e com apenas um movimento fiz a cabeça e o furacão pararem.

        Ela olhou-me assustada e eu fui a sua direção. Segurei-a pelo braço com força ciente de estar lhe machucando. E queria dar-lhe uma pequena lição, pois me parece que a primeira vez não fora realmente suficiente para ela pensar duas vezes antes de tentar machucar a Suzannah.

 

-Acho que não me entendeu muito bem, não?

 

      Apertei mais seu braço vendo-a trincar os dentes para impedir de soltar um gemido. Coloquei mais força em meu braço e ela rendeu-se a uma baixa lamuria.

 

-Entendeu-me?

 

         Questionei outra vez impelindo-a a responder-me da forma correta. Vi-a assentir mesmo sem querer. Diminui o aperto em seu braço e ela relaxou imediatamente. Desta vez foi a minha de assustar alguém. Fiz as carteiras levitarem e começarem a rodar pelo ar. Sua expressão medrosa era o meu triunfo. Sorri internamente, mas mantive minha fachada séria por fora.

 

      Soltei-a e vi quando começou a desaparecer e falei calmamente a frase para que ela compreende-se quem sabe desta vez ela seria esperta o suficiente para não tentar mais nada contra ninguém. Muito menos contra Suzannah.

 

-Espero que desta vez tenha entendido o recado.

 

          Vi-a ficar tremula e desaparecer. No mesmo instante em que a cabeça e o furacão desapareceram da sala. E ali eu soube que ali havia ido embora. Por enquanto. Eu tinha a certeza absoluta que aquela “conversa” não terminaria com esta frase. Ela era um ser muito amargurado. Repleto de ódio e pude ver em seus olhos que ela tinha um novo objeto de vingança.

 

Tradução: 

 

1. Algum dia ela vai escutar-me?

2. Não posso crer nisto! Outra vez no mesmo dia! Cale-se enquanto pode!

3. Por favor, Suzannah! Aceite minha ideia. Não me faça mais uma tolice na mesma noite.



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Notas finais do capítulo

Oiie gente, queria a agradecer a Suze, MaariMag, Lizzy_16, EricaOliveira, Luisa-Luisa , Saletelicopi e Truestories_97 pelos reviews! Muito obrigada meninas.
Queria fazer um agradecimento especial a EricaOliveira e Saletelicopi pelas recomendações!*-* Sério menias, eu A-M-E-I senti-me muito lisongeada. Obrigada de coração!

Vocês todas são demais! Devo o sucesso da fic ao apoio e carinho de vocês. Sim, eu considero um sucesso, pois consegui cinco recomendações incríveis e comentários muito, muito incentivadores. E saber que tenho leitoras novas me impulsiona mais!Aguardo ansiosa a opinião de vocês!

Beeeijos e até o próximo capítulo!