New Legends Universe: Saga dos Titãs escrita por Phoenix M Marques W MWU 27


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olá. Mais um capítulo.



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Visitas ilustres...

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                        Shion passava a maior parte do tempo instruindo a jovem Luísa sobre os preceitos de Atena, com a ajuda da sacerdotisa Núbia, mãe terrena da jovem. Esta era uma das poucas professoras da Escola do Santuário que haviam sobrevivido às batalhas contra os olimpianos.

                        Os demais cavaleiros se ocupavam de suas tarefas de sempre. As mais variadas: até os cavaleiros de Ouro não tinham folga, uma vez que deviam instruir seus subordinados. Matt de Leão podia ser visto guiando Malu de Fênix, Francesco de Lince, Caspian de Auriga, Jake de Urso e Melissa de Ursa Menor pelos arredores do Santuário. Maílla, amazona de bronze de Erídano, cuidava da casa de Libra para o cônjuge Gustavo, que também tinha sua trupe de alunos.

                        Naquele instante, havia um cavaleiro que poderia estar aproveitando um raro momento de folga. Betinho de Sagitário havia se sentado, distante das 12 Casas, observando novamente o céu. O encontro do dia anterior entre os cavaleiros de Ouro podia ter sido facilmente combinado. Todos estavam pressentindo algo de anormal.

                        Ele estava refletindo, quando sentiu um cosmo poderoso tomar conta do local. Um cosmo que outrora os cavaleiros só enxergavam como maligno. Então, a figura de um homem barbudo, de cabelo negro revolto, com roupas que poderiam vestir um cantor sertanejo, se materializou sentado ao lado dele.

                        Era Hades, o senhor dos mortos.

                        Betinho se deu ao trabalho de olhar para o deus.

— Olá, senhor Hades.

                        O senhor dos mortos grunhiu.

— Pégaso. Detestável como sempre.

— O que o traz aqui ao Santuário, senhor Hades? – indagou o cavaleiro. – Por acaso quer que eu lhe execute um serviço? Ou achou que já está na hora de me levar? Se for isso, peço que não demore. A vida aqui na região está ficando tediosa.

— Primeiro, não vou matá-lo, Pégaso... Embora possua boas razões para isso. – Hades sorriu soturnamente. – Segundo, não vim lhe pedir um serviço.

— Mesmo sabendo que tem permissão para me ordenar o que quiser? – disse Betinho de modo jocoso. – Inclusive, beijar-lhe os pés?

                        Hades fez uma careta.

— Não, Pégaso. É verdade que já mandei o seu amigo Fênix executar um serviço para mim: e tenho que admitir que ele se saiu melhor do que muitos de meus filhos. E não, não vou contar o que foi.

                        Betinho continuou a observar o deus curiosamente por alguns instantes.

— Que foi? – questionou Hades. – O deus dos mortos não pode vir conversar pacificamente com um cavaleiro?

— Um cavaleiro que ele já jurou de morte. – Betinho fez questão de lembrar.

                        Após o acordo que selou a paz no Olimpo, os cavaleiros de Atena haviam se tornado oficialmente guerreiros do Olimpo. Portanto, qualquer olimpiano poderia requisitar o serviço de um cavaleiro quando precisasse.

— Eram outros tempos, Pégaso. Não estava agindo por conta própria, você sabe – argumentou Hades. – Não vejo mais tantas falhas nos cavaleiros. Tanto que escolhi sua amiga como minha protegida aqui no Santuário. Ela seria uma ótima guerreira do submundo. Porém, ela não encaixa na descrição precisa para se tornar um espectro.

                        Ele olhou inquiridor para o cavaleiro.

— Hm... Porque ela mostrou interesse por muitos homens? – refletiu Beto.

— Precisamente. Não quero que meus espectros fiquem se relacionando. Argh, isso é coisa de Afrodite e não minha.

                        Betinho anotou mentalmente para não se esquecer de nunca contar a Rina que as chances de ela se tornar uma guerreira de Hades eram menores que zero.

— O senhor ainda não disse por que veio me visitar – lembrou. – Quer dizer, não sou a melhor opção para um diálogo, mas eu me surpreenderia se você... Digo, se o senhor tivesse tentado falar com Matt ou Guga, por exemplo.

— Verdade. Por isso mesmo, vim falar somente a você. – O deus bufou. – Meu reino está um lixo, Pégaso.

— Como assim?

— Um ar fétido começou a emanar pelo submundo – disse Hades tristemente. – Os processos de julgamento dos mortos estão se atrasando mais e mais. As obras de Dédalo estão carentes. Os espectros estão com dificuldades em executar suas tarefas. As riquezas do subterrâneo estão perdendo o valor. Tudo por causa do fedor. Perséfone e Pandora logo irão perceber, e preciso descobrir a razão. Não achei interessante convocar uma audiência no Olimpo para comunicar meus parentes, uma vez que sou um pouco suspeito aos olhos deles.

                        Sem jeito e se esforçando para não rir, Betinho concordou.

— Enfim, se puder levar essa notícia aos olimpianos, Pégaso... Vou pensar em elevar minha garantia de que você irá para os Elísios depois de morrer. – Hades se levantou e endireitou as vestes.

— Bem, como quiser, senhor – garantiu Beto. – Mas lembre-se de que minha atual constelação é a de Sagitário, da próxima vez.

                        Hades deu de ombros.

— Tanto faz. Tem asas do mesmo jeito. De qualquer forma, eu precisava ser breve, antes que outros deuses visitassem este local.

— Outros deuses? Quem? – indagou Betinho.

                        Hades olhou para o alto, como se recordasse de algo desagradável.

— Poseidon ou Héstia, por exemplo.

                        Ele suspirou. Em seguida, uma coluna de chamas o envolveu, e o deus sumiu para o subterrâneo.

                        Beto ficou confuso e coçou a testa. O que diabos Poseidon e Héstia viriam fazer no Santuário?

                        Ele não sabia, mas os dois deuses iriam atrás de um mesmo cavaleiro.


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