CN Beyond: Elemento X escrita por Primus 7


Capítulo 15
Epílogo - Renascimento


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE A HISTÓRIA CONCLUIU! Não estou acreditando que cheguei ao esse momento. Quero agradecer muito a vcs leitores que me veem me inspirando a continuar escrevendo essa história. FORAM 2 FUCKING ANOS, mas consegui terminar a história. MAS CALMA! Apesar deste ser o epílogo da história e seu desfecho final, ainda a haverá ao menos 1 capitulo a mais: O bônus. No CNB, os caps bonus são como se fossem as cenas pós créditos dos filmes da Marvel. Com ganchos para as próximas história. Mas, calma que as coisas não terminarão depois disso. Tenho em planos um crossover com Dexter e meninas e uma sequencia, sabe sei lá quando vai rolar.

Enfim, me curtem e sigam a página https://www.facebook.com/cnbeyond/ pois lá posto coisa relevantes a esse universo e principal meio de comunicação entre os leitores e eu.

Ouçam a trilha sonora da história aqui: https://open.spotify.com/playlist/63GxIquAolfdk0MKxvUQe7?si=12628fe81c1740b4
ou aqui: https://youtube.com/playlist?list=PLR-2_pyeUrujKzGIYUggAz4gNIfJ1Pu91

Enfim, não esqueçam de comentar. Os comentários de vcs me inspiraram a continuar meu trabalho



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Professor Utonium estava no refeitório da prisão, comendo seu almoço enquanto assistia entusiasmado uma reportagem na TV. Só havia uma TV em todo lugar e era uma bem velha e com um volume quase que nunca ajustável, mas isso nem incomodava o cientista presidiário. Nada lhe era um obstáculo quando se tratava de ver suas filhas uma outra vez, mesmo que em uma tela pequena como aquela.

Na TV era exibido uma reportagem realizada por uma jornalista mundialmente reconhecida chamada Daphne Blake-Jones, uma mulher ruiva muito bonita apesar dos quarenta anos de idade e que gostava muito da cor roxa e verde, pois sempre usava roupas dessas cores, não importava a situação. Na reportagem ela dizia ao microfone e a câmera:

"Difícil acreditar que já se passou um mês depois daquilo que foi nomeado publicamente como ‘Evento X’. A cidade foi destruída em uma tentativa de um ataque bioterrorista pela criatura geneticamente alterada que os locais agora chamam de ‘Macaco Louco’. O mundo mudou depois daquilo. Pessoas se machucaram, coisas irreparáveis foram perdidas. Contudo, após essa tempestade que assolou Townsville, veio agora um grande sol de esperança. Depois, da destruição da cidade, diversas empresas e organizações prestaram serviços e investimento para reconstruí-la. Nessa linha de frente, se destacaram-se a DexLabs e a Industrias Hardly que doaram consideráveis quantias em dinheiro para botar a cidade de volta nos eixos. O famoso jovem cientista, Dexter Tartakovsky, até criou uma nova linha de robôs de construção que acelerou ainda mais a reforma. A reconstrução está gerando novos empregos que trazem a economia de volta à cidade. Os negócios estão abrindo de novo, as crianças estão voltando para a escola e o normal está retornando. Bom… quase. Após a criação do Antídoto X, cerca 85% dos alterados foram retornados à sua forma original, receberam tratamento médico e foram mandados para prisão. Contudo, a polícia de Townsville registra uma lista de vinte e poucos indivíduos que não receberam o antídoto X, mantendo seus poderes sobrenaturais. Nessa lista estão: o traficante conhecido Fuzzy Confusão, a chamada Gangue Gangrena, o Trio Ameba, entre outros que vocês podem conferir no site da polícia de Townsville. Todos estão à solta e estão sendo procurados enquanto falamos. Aviso a todos para memorizarem essas figuras e fiquem alertas. No entanto, apesar dessa minoria, a cidade não parece mais ter medo de qualquer ameaça, pois é agora eles têm elas. Quem? Aquelas que todos estão falando, é claro. ‘AS MENINAS SUPERPODEROSAS’. Seus superpoderes só não são mais impressionantes que sua complicada história de vida, ou talvez, de morte. O mundo as rejeitou no início, mas essas três garotinhas conseguiram conquistar o coração dos jovens americanos e até de outros lugares do mundo. Essas artes, fotos, pinturas e grafites de corações que vocês podem ver, são de jovens que simpatizam com a história dessas três mocinhas. Florzinha, Docinho e Lindinha estão agora nos corações da América…”

O sinal da TV caiu e a imagem apenas exibiu estática. Uma pena, mas ao menos Utonium pode ver suas filhas mais uma vez por um mero momento da reportagem notando o quanto elas haviam crescido só nesse um mês afastado. Após terminar o almoço, voltou para sua cela, marcada com ‘1998’. Ao ir deitar-se em sua cama, notou um envelope com seu nome e endereço escritos na borda. 

— Guarda, o que é isso? —  Perguntou Utonium ao policial carcereiro mais próximo. 

— Correspondência para você. — O guarda respondeu. — Essas são de umas “amigas de uma amiga minha”, que pediu para eu garantir que você recebesse de primeira mão  — O guarda lhe deu uma piscadinha que deixou Utonium confuso, mas o cientista logo deduziu que se tratava da Agente Sarah Bellum. 

Utonium sorriu como criança no natal. Sentou-se e abriu a carta já sabendo exatamente de quem era. Ele abriu e tinha vários papéis nele junto a algumas fotos dele com suas filhas. Ele olhou para os papéis e viu diversos desenhos lindos, que apesar de feitos a lápis eram quase realistas. Ele sagazmente, identificou como sendo da Lindinha. Um deles era dele mesmo, só que vestido como uma super roupa de Super-Herói muito descolada. Na legenda dizia “Professor Poderoso”. Utonium imaginou que era assim que Lindinha via seu pai: como um Super-Herói o que o deixou emocionado. Entre os desenhos estava uma única folha com palavras escritas que deveria ser as palavras de suas filhas. Rapidamente, ele pega seus óculos de leitura e começa a ler. 

 

“Caro papai…

 

Você deve reconhecer pela letra que é a Florzinha e talvez se decepcione em notar também só encontrará a minha letra nestes papéis. Apesar da Senhorita Bellum ter dito que poderíamos cada uma mandar uma carta para o senhor na prisão, eu fui a única que conseguiu escrever. Lindinha tentou, tentou e tentou, mas preferiu mandar esses desenhos incríveis que ela tinha feito de você e de nós que acho que falam mais que palavras. Docinho até tentou, ficou horas com cabeça na mesa e uma folha em branco na mão, mas não conseguiu botar uma palavra no papel. O que é normal para ela, pois eu me surpreenderia se ela conseguisse. Não pense, papai, que elas não sentem saudades de você por isso. Elas pensam em você o tempo todo e eu também. Choramos pensado você, todas as noites. Lindinha nem esconde, eu tento dar uma disfarçada e Docinho faz cara de zangada, mas no fundo está chorando também. Eu sinto que elas estão diferentes, de um jeito bom. Docinho e eu estamos nos dando muito bem e agora ela diz abertamente para todo mundo que me ama e amo ela de volta mesmo sendo ainda uma chata às vezes. Lindinha tá menos boba agora é mais esperta também. Ela tem cuidado muito do Mike desde que ele foi para o hospital. Ela o visita todos os dias e ele tem melhorado. Ele gosta muito dela, mas não sei se depois de tudo, eles ainda vão ficar juntos. Enfim, acho que nós três mudamos muito com essa experiência toda. 

Falando nisso, não acredito que já tenha se passado um mês depois de tudo aquilo. Tanta coisa mudou, acho que agora temos um “novo normal” em nossa vida. Pelo menos, as coisas parecem ter ido para melhor desta vez, para variar um pouco. Depois que o senhor voltou para prisão, a Agente Bellum fez alguns acordos para reduzir nossa “sentença”, acabamos que agora temos que fazer um “serviço comunitário” com a prefeitura de Townsville. Na prática, é como qualquer outro trabalho, só agora temos autorização para salvar o mundo quando nos pedem. É claro que somos muito bem supervisionadas e é claro que o Prefeito tinha que escolher a melhor para fazer isso. Ela mesma, a própria Agente Bellum. Agora ela trabalha pra ele sendo intermediária das nossas missões. Ela nos deu app no celular que nos permite falar com ela em linha direta, basta só um telefonema que as Superpoderosas estão na área. Eu gosto da Senhorita Bellum, existe algo nela que me lembra a mamãe, talvez o jeito dela? Não sei dizer, mas eu gosto. 

Quando voltamos para a escola, as coisas foram surpreendentemente positivas. As pessoas parecem que gostaram da gente, de como somos de verdade. Nosso amigos ainda são nossos amigos e não havia razão para pensar que as coisas mudariam. Eu fui até eleita a Representante de Turma, superando com 90% dos votos a Princesa Morbucks. Eu dei umas boas risadas, mas recusei no dia da eleição. Aquela garota que sonhava em ser adulta em tudo cresceu e agora quer ser só mais criança mesmo, além disso a cara que Morbucks fez quando eu desisti depois de derrotá-la foi impagável. Aliás, depois das eleições eu e meninas fomos convidadas para algumas festas de alguns amigos novos. Foi bem divertido e relaxa, pai, que não rolou nada demais a não ser um jogo besta da garrafa. Porém… eu preciso dizer ao senhor que… bem... eu acho que gosto de garotas também. Eu não sei, é tudo tão confuso. Namorar nunca foi meu forte, seja meninos ou meninas, mas eu quero muito tentar encontrar alguém, espero que não fique aborrecido com isso. Eu sempre vou ser a sua Florzinha. 

Continuando, recentemente, a nossa Professora, Senhorita Keane, nos convidou para morar na casa dela e nós topamos. Ela nos dá comida todos os dias, ela arranjou uns quartos e deixa brincarmos com o gato dela. Ela sempre nos ajudou e continua nos ajudando.  Ela é tão legal, me lembra muito de você, acho que você iria gostar dela se a conhecesse. Não que estejamos forçando algo né…

Sermos heróinas nos deu certa fama. Às vezes, é até um pouco chato por não ter mais o anonimato, mas eu amo saber que existem pessoas que acreditam na gente. Eu voo pelas ruas e vejo pessoas gritando nossos nomes e reparo também em artes que fazem de nós na internet e nas ruas. Tínhamos tanto medo do mundo, mas acho que mostramos a ele quem éramos de verdade. Enfim, o mundo a nossa volta está mudando, pai ,e fico feliz em dizer que está indo pra melhor. Eu mal posso esperar o dia para nos vermos de novo e voltarmos a ser uma família. Eu quero deixar você orgulhoso de nós todas. 

Com amor e saudades,

Sua filha e sua Bertha “Florzinha” Utonium

 

Após ler a carta, Utonium imediatamente pegou a primeira caneta que viu, pediu um papel emprestado aos guardas e começou a escrever para suas filhas, de joelhos no chão frio da prisão enquanto usava uma pequena cômoda como apoio.

“Minhas meninas…

Esse tempo que fiquei na prisão foi… educativo. Ironicamente, acho que precisava disso. Eu vi o que meus erros fizeram nesta cidade e sinto que estou reparando tudo o que causei. Estou seguindo em frente como vocês queriam. Sinto-me em paz, no entanto, não há um dia em que eu não pense em vocês. Vocês são a razão da minha vida. E vocês não sabem como eu fico emocionado e orgulhoso quando vejo o que vocês fazem na TV daqui. Só tem uma TV aqui, uma pequena, daquelas de tubão. Fica no refeitório da prisão, sempre que passa o noticiário eu corro até lá e torço para ver vocês e quando eu vejo, eu grito internamente, “Essa são as minhas meninas”

Ser pai mudou a minha vida em todos os sentidos possíveis e nunca me arrependi de ter me tornado um. Nunca. No entanto, eu vou dizer a vocês, minhas filhas, que há muitas coisas que entendemos erradas quando nos tornamos pais. Quando nos tornamos país, achamos que vamos mostrar ao mundo vocês, ensinar tudo. Contudo, a grande verdade é que são os filhos que nos ensinam. Nos ajudam a crescer e nos tornarmos melhores. Vocês me ajudaram a crescer e pretendo compensar ajudando vocês a crescerem. Eu deixei meus medos e meus demônios falarem mais alto, mas agora sinto que estou livre deles. Vocês libertaram este velho cientista. Quero voltar a ser aquele homem obstinado a mudar o mundo pela qual sua mãe se apaixonou. Tenho rabiscado algumas ideias no caderno que tenho aqui que tenho certeza que vocês iriam se maravilhar quando verem. Vocês me inspiraram, recuperaram minha fé no mundo. Obrigado por isso, minhas filhas.

Eu fico feliz que vocês agora tem pessoas em suas vidas cuidando de vocês enquanto eu estou aqui. Sinto-me aliviado, mas ao mesmo tempo triste por ter que perder tantos momentos de suas vidas. Ao menos, eu sei que quando nos vimos de novo, eu serei um outro homem. Sei que nem todas são boas com palavras para me dizer como se sentem, mas eu sei que sentem a minha falta. Agora, eu deixo aqui uma mensagem específica para cada uma de vocês. Quero que guardem essas palavras, quero que sempre que tiverem dúvidas as usem como guias. 

Florzinha: Você é uma menina maravilhosa. É esperta, corajosa e muito perspicaz. Sinto que você finalmente está se encontrando e isso me orgulha muito. Você passou parte da sua infância e juventude tentando preencher o vazio que temos em nossa casa depois que sua mãe se foi. Você tenta ser perfeita e nunca consegue ser e fica frustrada com isso. Mas, não fique. Suas falhas, seus defeitos, fazem parte de vocês. Sua mãe não era perfeita também, por isso ela era perfeita. Eu amo saber que você está Florescendo. Sua mãe lhe deu esse apelido porque em tudo que você fazia, você “florescia”. Agora está finalmente se tornando uma adolescente e nada me emociona mais que saber que está florescendo nisso também. Continue Florescendo que você se tornará a mulher que sei que você vai se tornar um dia. 

Lindinha: Você é meu anjinho. Sempre acolhedora, sempre iluminada. Sinto-me tão culpado por ter implantado tantos medos, logo em você, que maravilha todos com sua alegria e gentileza. O mundo temeu vocês, mas vocês mostraram quem são para eles. É você quem decide quem é, não as outras pessoas. Lembre-se disso. Você é uma menina que sempre vê luz em tudo e quero que continue assim. Lembro daquele brinquedo que dei quando era pequena, o Polvi. Eu comprei numa lojinha barata, não tínhamos muito dinheiro para comprar uma boneca bonitinha na época e no momento eu me perguntava se uma garotinha realmente iria amar um polvo esquisito sem graça daquele se ela poderia amar uma boneca linda. No entanto, você o amou mais do qualquer outro. Ele foi seu brinquedo favorito, não importava o quão sem graça ele fosse. Você viu luz naquele brinquedo como vê luz em tudo. Está na hora de começar a ver em si mesma também. 

Docinho: Minha lutadora, minha valente lutadora. Vou confessar algo a você: Você puxou a mim. Quando era criança, era um menino arteiro, ousado e que desafiava a paciência de todos e sempre causava problemas. Quando tinha sua idade, sequer de ciências eu gostava. Quando aprendi a gostar, coloquei essa fúria em tudo que fazia. Tinha vontade de lutar pelo que eu queria e foi o que eu fiz… até o dia em que perdi vocês, que foi o dia em que eu me perdi também. Contudo, vocês me trouxeram de volta e vou voltar a lutar assim como você. Quero que continue sendo essa lutadora que sei que você é. Desafie, enfrente, soque a cara dos vilões. Um dia, eu lhe prometo, minha Docinho, que lutaremos juntos por um mundo melhor. 

E com isso, eu encerro a minha carta. Continuem sendo quem vocês nasceram para ser. Um dia, minhas filhas, nós nos encontraremos de novo. Isso é uma promessa. 

Do seu amado pai,

Charles Drake Utonium”

Ao terminar de escrever a carta, Utonium a guardou em um local debaixo da cama junto com os outros papéis e depois, pegou um caderno que estava lá e o abriu. 

Dentro do caderno, havia diversos rabiscos e desenhos do que parecia ser um tipo de armadura de batalha projetada para ele mesmo. O nome do topo dos rascunhos era: “Projeto Armadura Tática X”. Utonium pegou um lápis e usou a borracha traseira dele para apagar esse nome e trocá-lo por “Projeto Professor Poderoso” pois achou que esse nome soava muito melhor.

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 — Ai! — Murmurou o jovem Mike Belive ao tentar andar com sua muleta. Ele quase tomba no chão liso do hospital se não fosse Lindinha que ficou sempre ao seu lado durante toda a recuperação. 

— Vai com calma, Mike. — a loira pediu. — Você recebeu alta, mas ainda tem que pegar leve. 

— Eu não preciso pegar leve. Preciso comer alguma coisa que não seja comida de hospital urgente. — O garoto brincou mostrando seu bom humor. 

Lindinha desaparece como um raio, e precisamente um minuto depois, reaparece novamente com uma vitamina  de morango do Sr. Sorvete nas mãos. 

— Toma. — Disse ela ao colocar o canudo em sua boca, pois as mãos do rapaz estavam ocupadas segurando as muletas. 

— Obrigado. — Ele agradeceu ao experimentar a bebida. — Isso é incrível!

— Eu prefiro o de menta. — A garota loira comentou. 

— Não falei da bebida. — Afirmou Mike que deixou a garota loira corada e tímida ao perceber que o rapaz falava dela. 

— Ah, não é nada demais. — Ela disse nervosa coisa que nunca ficou antes com Mike Belive, mas parecia que estava conhecendo ele de novo depois tudo que passaram. 

Sra. Keane, professora das meninas na escola e agora sua tutora legal, aparece em frente à entrada do hospital de Townsville junto aos pais que Mike que o aguardavam dentro de um Uber. 

— Mike, seus pais chegaram. — Ela anunciou.

Mike e Lindinha olharam um para o outro sabendo que o momento que tanto adiaram finalmente chegou. Ela acompanhou até a porta aproveitando cada momento que tinha ao lado dele. Quando enfim chegaram eles ficaram um de frente para o outro, olhando diretamente nos olhos.

— Então… é até aqui que vamos, né? — Ele indagou.

— Sim. — Confirmou a loira Utonium que segurou a mão dele não querendo largar. — Você vai ficar bem? 

— Claro. — Ele alegou com um sorriso no rosto que escondia suas mágoas. — Mas, e você? 

— Eu não sei… — Ela respondeu em lágrimas.

— Ei! — Ele a chamou colocando a mão em seu queixo e olhando bem profundamente nos olhos da garota. — Você é um milagre, lembre-se disso. 

Ao relembrar dessa fala, a garota loira de maria-chiquinhas sorriu para ele com os olhos encharcados e acenou com a cabeça.

— Espero te ver de novo, Lindinha. — Ele disse ao dar beijo em sua testa. — Um dia quem sabe…

Os pais dele o colocaram dentro do uber com cautela, e assim assim que colocaram as muletas no porta mala, partiram deixando a Senhorita Keane e Lindinha para trás. De dentro carro, Mike olhou para trás, tentando ver a garota uma última vez antes dela sumir de vista.

— Olha, vou dizer uma coisa. — Falou a Senhorita Keane quebrando o momento triste. — Esses pais, vou te falar… Eu sei que relacionamentos adolescentes podem ser complicados, mas mandar o garoto ir morar com os primos em Endsville só por isso? É radical demais. — Ela resmungou indignada. — Bom, ele pode estar indo viver em outro estado, mas o que são milhares de quilômetros para quem voa na velocidade da luz? — Brincou a professora dando uma leve cotovelada em Lindinha. — Você pode ir vê-lo todos os dias às escondidas, rolar umas beijocas e voltaram antes almoço. 

— Eu pedi para eles fazerem isso. — revelou Lindinha. 

— O que é? — Surpreendeu-se a Professora. — Por que? Eu pensei que vocês se gostavam…

— Ele vai estar mais seguro assim. — Explicou, logo em seguida ela aprofundou. — Eu gosto dele, muito mesmo, mas ele nunca gostou de mim de verdade, gostava daquela outra Lindinha que eu fingia ser. Sinto que nunca nos conhecemos de verdade. E como ele iria? Eu passei tanto tempo fingindo ser outra pessoa, odiando quem eu sou de verdade. Se eu quero que alguém me ame, eu tenho que aprender a amar a mim mesma antes e pra isso, eu preciso de espaço. Ele também percebeu que tem amadurecer mais então… foi uma decisão mútua. Eu espero que se um dia nos vermos de novo eu já tenha aprendido a me amar. 

As palavras sábias e maduras da loira emocionaram a Professora que sentiu pena e orgulho de sua aluna. 

— Ual! — Ela disse enxugando as lágrimas. — O que aconteceu com os jovens adolescentes hoje em dia? Estão ficando cada vez mais maduros e responsáveis… 

De repente, o celular de Lindinha toca. Quando ela vai ver quem era, vê que era do aplicativo especial que Bellum havia dado para ela suas irmãs. 

— Alô. — Ela disse ao entender. — Estou sim. Estou indo agora mesmo. — Ela respondeu e desligou. 

— Quem era? — perguntou a Professora. 

— Trabalho. — respondeu Lindinha. 

— Oh, entendi. Vai lá. Lembre-se, o toque de recolher é as 22hs, tá? Nenhum minuto a mais, entendeu?

— Tá bom. Titia Keane. — Ela falou enquanto flutuava e decolava para os céus na velocidade do som deixando uma aura azul para trás. 

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(Trilha Sonora:  Signal in the Sky (Let's Go) )

Perto do recém aberto Parque de Townsville, havia um lugar onde os jovens se encontravam para passear perto de uma estátua de um antigo fundador. Neste  início de tarde de sábado, o jovem nerd, Elmer Sglue, tirou o dia para ir ao parque e testar um drone novo com câmera que comprou na internet. Contudo, o que ele não esperava era que Mitch Mitchelson e sua turma de arruaceiros tivessem a mesma ideia naquele dia.

— Devolve, Mitch! Você vai quebrar ele. — Implorou o garoto nerd ao seus valentões.

— É só pegar. — Zombou o garoto durão de cabelos marrons com uma franja caindo nos olhos.

Mitchelson e sua turma roubaram o drone do rapaz e começaram a brincar de jogar ele um para outro como se fosse uma bola, o que trazia um sério risco de cair no chão quebrar. 

— Vai pega, Papa-Cola! — Disse um dos meninos seguidores de Mitch. 

— E nosso trato? — Lembrou Elmer do acordo que fez com Mitch um mês atrás. 

— Que trato? — Ele zombou ao lançar o drone para o seu amigo de gangue arruaceiro como se fosse uma bola de futebol americana. 

No entanto, o amigo não conseguiu pegar o drone corretamente e ele escorregou de suas mãos indo ao chão. Ele quase quebrou. Quase, pois uma figura aparece como um raio verde e segura o drone antes dele se espatifar. 

— Deixa eu refrescar a sua memória… — Disse Docinho com o drone nas mãos. — Você disse que não iria mais encher ele se ele ficasse longe de mim, lembrou agora, Mitchelson?

— Sujou! É a Docinho. — Gritou um dos valentões. 

Mitchelson e seu bando começaram a correr covardemente como bandidos fugindo quando a polícia chega. Eles vão até o outro lado da praça do parque, mas Docinho, ligeiramente, reaparece lá, se movimento muito mais rápido que eles. 

— Vão a algum lugar? — Ela brincou. 

— Você não vai machucar a gente, você é uma heroína! — Ele argumentou tentando evitar a surra. 

— É, tem razão. Mas, eu não to de heroína agora. — Ela declarou sorrindo.

Com rapidez e agilidade, Docinho agarrou o jovem encrenqueiro pelas “bandas” e lhe deu uma poderosa encravada na cueca que não só entrou nos fundilhos como fez a cueca rasgar ao atingir o limite de seu elástico. Os amigos de Mitchelson o abandonaram ali mesmo, fugindo covardemente como medo de Docinho. Ela soltou o garoto e o largou bem ali no chão do parque onde todos começaram rir do valentão. 

— Isso não vai ficar assim! — Ele gritou tentando colocar a cueca no lugar e se levantar do chão — Se acha a fodona agora, né? Espera só o que as pessoas vão dizer quando soltar todos seus podres na internet. 

— Meu querido, você tá atrasado. Todo mundo já sabe. Eu não tenho mais nada a esconder. Não percebeu? Você não tem mais poder sobre mim! No entanto, você por outro lado... — Ela declarou e depois pegou o garoto valentão pelo gola da jaqueta e olhou bem nos olhos mostrando seus brilhos verdes: — Eu vou dizer exatamente o as coisas vão ser entre a gente: Você não vai mais incomodar eu,  qualquer um dos meus amigos ou qualquer um da cidade inteira. Vai parar de sair com esses seus amigos rockeiros traficantes nojentos e vai ser um menino legal de agora em diante. Por que se não for, eu garanto, você não vai para reformatório, você vai para o hospital! Pois, eu te juro, vou fazer você comer essas suas bolas de gudes que tem entre as pernas junto com esses 3 cm ridículos de pau, tá me entendendo, seu mané?!

E o garoto apavorado acenou com a cabeça e ela o soltou no chão. 

— Ótimo. Seja um bom amigo de agora em diante. — Ela ordenou com um sorriso macabramente fofo. 

Imediatamente Mitch Michelson saiu correndo o mais rápido que conseguia para bem longe dali. Após toda aquela cena, Docinho levou o drone de Elmer até ele, intacto e completamente funcional ainda. 

— Obrigado. — Agradeceu o menino nerd de óculos e cabelos loiros claros. — Desculpe por… antes. Eu não queria deixar de ser seu amigo.... 

— Aquilo já é passado. —  Ela disse sorrindo para ele. 

O garoto não aguentou os sentimentos e abraçou a menina morena o mais forte que conseguia até escutar as palpitadas de seu coração.

— Você é a melhor amiga de todas! — Declarou o menino ao abraçar ela. 

— Oh, Papa-Cola. — Ela brincou sentindo a mesma coisa por ele. — Assim você derrete meu coração. Você também é o meu melhor amigo. 

E os dois ficaram abraçados por sessenta segundos até que as coisas começaram a ficar meio desconfortáveis. 

— Elmer? —  Chamou Docinho que já não aguentava mais o abraço. 

— Oi. — Ele disse sem ter se dado conta do tempo do abraço. 

— Pode me soltar? — Ela pediu. 

— Desculpa! — Disse ele vermelho como um pimentão ao liberá-la do abraço. — Quer ver meu drone em ação?

— Eu… — Docinho até ia dizer que sim, mas seu telefone celular começou a tocar, indicando algo que ela não poderia ignorar— Eu vou ter que deixar para próxima. Tenho um lance agora…

— Tudo bem então. Até a próxima. — Despediu-se

— Até a próxima, Papa-Cola. — Gritou ela ao voar para céus como um raio verde. 

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No Shopping, Florzinha e sua melhor amiga, Robin Snyder, passeavam pelo lugar, fazendo compras, algo que não faziam há muito tempo. A ruiva Utonium agora usava um novo laço na cabeça que, na verdade, era o mesmo, contudo, ela o recomendou e fez algumas mudanças que o deixaram maior e mais bonito. Além disso, seu laço agora tinha um novo significado para ela. Enquanto as duas amigas andavam, Florzinha passou por uma loja de camisetas personalizadas, onde reparou em uma camisa azul com a estampa do Major Glória, imitando a arte da capa da sua primeira aparição nos quadrinhos, onde o herói esbofeteia a cara de Adolf Hitler. Florzinha não resistiu, entrou na loja e comprou a camisa e rapidamente a experimentou. 

— E ai? Como estou? — perguntou Florzinha a sua amiga. 

— Amiga, você tá incrível com essa camisa do Major. — Elogiou Robin. — Mas, me explica de novo, por que essa capa de quadrinho dessa estampa foi polêmica?

— Porque foi considerado um ato declaradamente político dos roteiristas lá em 1940, onde nem os Estados Unidos não tinham nem entrado ainda na Segunda Guerra Mundial. — Explicou a ruiva demonstrando entender tudo do assunto. — Essa é a minha segunda capa favorita dele, ficando atrás da capa onde ele se junta pela primeira vez aos Amigos da Justiça em Justice Friends nº 05 de 1962. 

— OK. Vamos acalmar a nossa vibe geek um pouco. — Pediu Robin. — O que quer fazer agora?

— Sr. Sorvete? — sugeriu Florzinha.

— Demorou. — Disse a amiga animada. 

As duas foram até a lanchonete do Sr. Sorvete onde Florzinha pediu um batido de morango básico e Robin ousou com um de maçã com hortelã. Enquanto as duas se sentaram nas mesas para saborear suas bebidas, Robin mostrou em seu celular um “gif” que seus colegas de escola fizeram de Florzinha dando um selinho em uma outra menina em uma festa que fora com suas irmãs.

— Que vergonha! — Disse Florzinha tentando esconder a cara com a camisa.

— Que nada, isso é fofo pra caralho! — Elogiou Robin ao mesmo tempo que zombava. — Você beija que nem a menina do “Meu Primeiro Amor”, faz até a mesma carinha. 

— Isso tá no grupo da escola? — Ela perguntou ainda constrangida. 

— Sim. Todo mundo já viu. 

— QUERO MORRÊ! — Ela gritou com as mãos no rosto ao sentir-se envergonhada.

— Ah a recompunha-se, ruiva! — Ordenou. — Foi fofo pra caralho! Mas, diz ai, você pelo menos pegou o numero dela?

— Não. Eu meio que fugi…

— Fofa, você tem muito o que aprender sobre se relacionar com as pessoas, mas relaxa que a miga Robin tá aqui pra te ajudar. — Gabou-se a adolescente de cabelos marrons. — Ao menos, você deu um grande salto. Se me dissessem há dois meses que a Florzinha foi em uma festa, jogou o jogo da garrafa e beijou alguém, ainda por cima, uma garota na frente de todo mundo, eu nunca acreditaria. 

— Pois é… é estranho pra mim também. — Confessou Florzinha. — Mas, eu quero muito isso. Eu sinto que eu reprimi muito certas coisas de mim mesma a minha vida toda, tentando ser a melhor, tentando ser a perfeita, a mais madura, a mais tudo. 

— Foi por isso que deixou a Morbucks ganhar as eleições estudantis semana passada? — perguntou Robin. 

— Foi. Eu ainda quero ser uma mulher importante quando eu for mais velha, ainda quero ser uma estudante exemplar, mas eu quero também fazer coisas que os outros adolescentes fazem. Eu quero usar camisetas bobas de super-heróis, eu quero falar o dia todo de coisas geeks inúteis, eu quero as vezes fazer coisas idiotas sem razão alguma, eu quero ir em festas com os meus amigos e minhas irmãs e eu quero sair com as pessoas… 

Robin se emociona com as palavras confessadas da amiga e começa a exageradamente se derramar em lágrimas. 

— RUIVAAAHH! Estou tão feliz que você aprendeu a amadurecer não tentando amadurecer...— Chorou Robin que abraçou Florzinha emocionada. A jovem Utonium apesar de gostar do abraço apenas estranhou a situação que era muito exagerada por parte de Robin. — Eu prometo que vou ser a melhor "coach de relacionamento” que você já teve. Amiga, é uma promessa! Até o natal você vai ter um boy ou uma girl magia, eu te garanto . 

Florzinha apenas sorriu forçadamente entendendo as intenções da amiga, mas não conseguindo acompanhar seu entusiasmo exagerado.  

— Vamos com calma, Robin. — Pediu a ruiva. — Não é pra tanto, não to tão desesperada assim. Eu só...

— Que nada! — Interrompeu a amiga que perdeu completamente a noção. — Vamos começar agora mesmo. Hoje é sábado e o shopping está cheio de peixes lindos! Vamos começar com… aquele cara ali perto da fonte. Ele deve ter uns 16 e é um gato. Será que está solteiro? Vamos falar com ele!

Para sorte de Florzinha, seu celular começa a tocar e ela o atende mais rápido que a luz. 

— Alô?... certo… certo… estou indo agora mesmo. — Ela disse ao telefone e depois desligou. 

— Trabalho? — Perguntou Robin. 

— Pois é, né? Que pena, vamos ter que adiar esse negócio. — Florzinha disse a sua amiga, mas estava internamente dizendo “UFA, SALVA PELO GONGO” 

— Relaxa. — Disse Robin e antes dele ir aos céus, pediu a sua amiga: — Antes de ir, deixa eu ver o lance do uniforme de novo?

— Outra vez? Tá bom. 

Florzinha levantou levemente sua camisa do Major Glória revelando sua cintura um cinto preto com uma fivela azul redonda com a letra “P” gravada nela. A jovem ruiva apertou a fivela como se fosse um botão e de dentro dela saiu milhares de microbots que teceram milhares e milhares de fios de fibras que ao se foram se aglomerando formando um traje por cima das roupas que ela usava. O traje era rosa com a cintura preta, calças brancas e botas negras, tudo unido em uma coisa só. Esse traje era muito melhor que o que usava antes e era um presente de um certo garoto gênio rico para as heroínas que salvaram Townsville. 

Após finalizar, Florzinha se despediu da amiga e decolou para ares como um raio de luz rosado. 

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— Passa a grana, Doçura! — Berrou um criminoso apontando um revólver para a moça da caixa registradora do Banco de Townsville. Este homem era um sujeito magro e usava uma máscara de Dias das Bruxas de uma versão cartunesca da Florzinha que tinha olhos exageradamente grandes. Pela abertura da boca máscara, notava-se que ele tinha uma barbicha ruiva.

Acompanhando ele, havia outros dois bandidos que eram muito musculosos e também usavam máscaras semelhantes só que das outras irmãs Utonium. Um deles era um cara com braços tatuados e peludos que usava uma máscara da Lindinha. Sua função no roubo era ficar de olho nas demais pessoas que usavam como reféns para garantir que ninguém tentaria algo contra eles. Já outro, era um afroamericano igualmente com braços enormes e peludos e usava uma máscara da Docinho. Ele ficava de vigia na porta do banco observando caso a polícia chegasse. 

Ameaçando um refém, eles forçam o gerente abrir o cofre e eles pegam ainda mais dinheiro. O suficiente para encher ao todo cinco sacos enormes com dólares. 

— Papai Noel Chegou mais cego, galera! — Disse o bandido da máscara da Florzinha que agia como o líder. — E ele trouxe vários sacos cheio de Benjamin Franklin's 

— Vamos ficar ricos, chefe! — Empolgou-se o sujeito da máscara da Lindinha. 

— Sim. — Ele concordou. — E o melhor é que não teve nenhum sinal das Meninas Super…

O comentário do bandido foi interrompido por uma leve tosse falsa. Quando se viraram pra ver de quem era,  logo atrás deles estavam as próprias, as verdadeiras, as únicas irmãs Utonium que de cara estranharam o visual patético dos bandidos. 

— Olha só meninas, parece que colocaram um espelho aqui. — Zombou Florzinha enquanto encarava os bandidos com confiança.

— Meu Deus! Estou tão gorda assim? — Brincou também Lidinha. 

— Já me disseram que eu sou muito masculina, mas ISSO é ridículo! — Participou também do Docinho da zombaria. 

Assustados os bandidos sacaram suas armas e começaram a atirar nas garotas. Contudo, como esperado, a única coisa que os bandidos conseguem arrancar delas são bocejos de tédio. 

— Que merda! — Gritou o líder. — Tamo fudido.

(Trilha Sonora  The Powerpuff Girls Meet Metal )

Florzinha, Lindinha e Docinho trocaram olhares entre si, cerraram seus punhos e estalaram suas juntas, preparando-se para ensinar uma bela e dolorosa lição para aqueles bandidos. Quando a polícia chegou, viram os três assaltantes patetas amarrados todos com olhos roxos e com alguns dentes perdidos em suas bocas e as heroínas que os derrotaram, já estavam retornando aos céus, onde acenaram para os homens da lei e outros cidadãos que retribuíram seus olhares gentis. Como três raios coloridos, eles voaram por toda Townsville, a sua casa, que agora olhava para aquele rastro de luzes rosa, verde e azul com outros olhos. Elas se tornaram um símbolo da qual inúmeras crianças de todas as idades se espelhavam. Elas tornaram-se uma força PODEROSA e estão destinadas a muito mais em seu futuro. Agora, aquelas luzes e cores eram para todos, um sinal de esperança, justiça e amor. 

Açúcar, tempero e tudo o que há de bom. Esses foram os ingredientes escolhidos para criar as garotinhas perfeitas. Mas, para desafiar as leis da natureza e trazer sua família de volta, o Professor Utonium adicionou um ingrediente extra na mistura: O Elemento X. Assim, Bertha, Beatrice e Betty Utonium RENASCERAM como Florzinha, Lindinha e Docinho, também conhecidas como AS MENINAS SUPERPODEROSAS, dedicando suas vidas para combater o crime e as forças do mal. 

O que essas jovens heroínas ainda não sabiam era que elas não eram as únicas a fazer isso neste mundo. Havia outros, muitos outros como elas esperando para ter suas histórias contadas. Basta apenas irmos MAIS ALÉM.

 

FIM

 

Em Memória de Iara Riça (1965-2021)


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Notas finais do capítulo

[ Dicionário de Referencias, Easter Eggs e Curiosidades ]
1) Aparição da Daphne, das séries de Scooby-Doo. Tive essa ideia dos personagens da Hanna-Barbera serem uma espécie de “velha guarda” do CN Beyonde. Por isso, aqui é dito que ela tem mais de quarenta anos. Nesse universo, a Misterio SA existiu, lá por volta de 80 e 90, mas ela se encerrou. Encerrou pacificamente, os personagens seguiram com suas vidas e foram atrás de seus sonhos. Ainda são grandes amigos, mas, se veem com bem menos frequência. Daphne se tornou uma jornalista muito famosa e importante. Seu sobrenome “jones” na Daphne é pra indicar que ela se casou com o Fred com quem teve 3 filhos.
2) A cela do professor é marcada com “1998” em homenagem a estreia da série original.
O “Telefone” que o prefeito usa para falar com elas foi adaptado a um app de celular, uma ideia que peguei do reboot de 2016.
3) No CNB, Florzinha é Bissexual, mas ainda está se descobrindo.
4) “Professor Poderoso” é o episódio 11 da terceira temporada da série clássica. Nele, o Professor Utonium cria uma super armadura para ele para assim combater o crime e passar mais tempo com suas filhas.
5) A camisa do Major Glória dando uma surra no hitler imitando arte de quadrinho é uma referência à primeira revista do Capitão América. Major Glória é um personagem do desenho do Dexter que já apareceu na série também. Nesse universo, ele é um personagem de HQ.
6) Sr. Sorvete é a sorveteria favorita de Ben Tennyson.
7) Os cintos que as meninas usam para ativar seus uniformes são uma homenagem ao anime “Geração Z” que elas se transformam usando seus cintos e foi um presente de Dexter.
8) Os três bandidos mascarados de meninas superpoderosas são os mesmos que aparecem no desenho como “as falsas superpoderosas” no episódio “Powerpuff Bluff” (T1, episódio 2B) onde eles se disfarçam das meninas para roubar e cometer crimes.
9) Benjamin Franklin é que aparece nas notas de 100 dolares.
10) Referência a abertura clássica do desenho com algumas leves mudanças.
11) ALÉM em inglês é BEYOND.
12) Iara Riça, caso não saibam, foi a dubladora da Florzinha da série clássica e da Frankie Foster em Mansão Foster e muitos outros personagens marcantes. Ela faleceu em 2021 vítima de AVC. O trabalho dele foi incrível e ela já tinha se aposentado um tempo antes.



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