A Fênix de Obsidiana escrita por HellFromHeaven


Capítulo 4
Gleipnir




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Passei a dedicar algumas horas do meu dia aprendendo pequenos truques e táticas para esconder a energia que emanava naturalmente de meu corpo. Amadeus se mostrou um grande professor, o que realmente me surpreendeu. Antes disso, achava que era apenas um sujeito irresponsável que adorava atenção com algumas habilidades mágicas. Isso me ajudou a lembrar da mais importante lição de combate: nunca subestime seu inimigo. Claro que acabei deixando isso de lado por sermos colegas de trabalho, mas decidi não o fazer mais. Coloquei em minha mente que jamais subestimaria humano algum novamente.

E assim, mais um mês se passou. Posso dizer que me acostumei com aquela vida simples e pacata. Todos os dias eram muito parecidos, mas, por algum motivo, ainda tinham um gosto novo e eu sempre aprendia uma ou duas coisas. Era cedo e eu estava limpando o salão, quase vazio. Ryan adentrou o local. Era incomum vê-lo durante o dia, o que me intrigou. Parecia agitado, vasculhando o salão com certa pressa. Ao me ver, ele correu em minha direção e me entregou um pedaço de papel dobrado. Confusa, abri o que parecia ser um folheto e seu conteúdo despejou um bloco de gelo em minha espinha. Era um anúncio sobre a descoberta de uma espada que caiu dos céus e que ninguém era capaz de tirar do solo. Pelo jeito, havia um prêmio em dinheiro para quem conseguisse e, bem, não precisei ler toda a descrição da arma para saber que se tratava de Gleipnir. 

Parte de mim queria muito ter a espada de volta, mas quando percebi estes sentimentos olhei ao redor, analisando a taverna. Empunhar Gleipnir significaria desistir da vida simples que aprendi a gostar e eu não sabia se estava disposta a fazer isso. Entretanto, deixar minha arma largada podia atrair a equipe de inteligência do meu exército, o que poderia acabar revelando que estava viva. Sei que minha última batalha foi longe, mas não queria arriscar,

— Pretende ir até lá? - Perguntou Ryan.

— Eu… Eu preciso ir.

— Entendo… Eu vou junto!

— Não precisa se preocupar.

— Você sabe chegar em Nivedalir?

— É… Não.

— Então está decidido.

— Não quero te colocar em perigo, vamos falar com seus pais primeiro.

— Tudo bem.

Era raro ver Ryan ser tão assertivo e mais ainda esboçar um sorriso confiante como o que residia em seu rosto. Por algum motivo, isso me deixou um pouco mais tranquila. Infelizmente, passei o dia inteiro pensando nos piores cenários possíveis. Ao final do expediente, pedi uns dias de folga para Jão, que aceitou sem pensar duas vezes. Encontrei Amadeus me esperando no caminho para casa e contei que tinha umas coisas para resolver em outra cidade. Ele nunca me perguntou quem eu realmente era e parecia até preferir assim, então apenas disse que me acompanharia. Tentei recusar a oferta, mas não consegui. O bardo sabia ser convincente quando queria.

Ao chegar em casa, encontrei todos reunidos na cozinha. O panfleto jazia em cima da mesa e, estranhamente, um ar de seriedade tomava o local. Estava nervosa, não queria colocar aquelas pessoas em perigo e isso era apenas mais um motivo para enfrentar meu passado. 

— Já está decidida, não é? - Perguntou Orna.

— Sim, estou. - Disse, sentando à mesa.

— Você também, certo?

— Sim, já pedi uns dias de folga. - Respondeu Ryan.

— Eu já disse que não precisa se preocupar, Amadeus vai comigo.

— Eu não confio nesse cara. - Disse Owen. - Ele é muito mulherengo!

— É com isso que está preocupado? - Debochou Orna. - Acho que a nossa Mae pode se defender sozinha.

— Eu sei disso, mas ela é muito inocente! Tenho certeza de que aquele homem pode enganar a pobrezinha!

— Eu quero ir também! - Exclamou Leena. - Quero viajar com a Mae!

— Gente, é sério, pode ficar perigoso. Não quero que se machuquem.

— Então está decidido! - Disse Orna, colocando um prato com batatas assadas sobre o panfleto. - Vamos todos juntos.

Todos sorriram e comemoraram, atacando as batatas logo em seguida. Sequer tive tempo para rejeitar as palavras de Orna. Entretanto, fui envolta por um calor que me fez sorrir. Ver todos sorrindo e o quanto se preocupavam comigo me deu forças. Ainda estava receosa sobre minha decisão, mas naquele momento tive certeza de que precisava reaver Gleipnir. Não deixaria isso ameaçar a paz que conquistei.

Partimos cedo no dia seguinte. Amadeus nos encontrou no caminho e riu ao avistar toda a família reunida. Seu temperamento era fácil de lidar e suas histórias eram divertidas, então logo conquistou os mais jovens. Owen parecia ter algo contra ele e evitava o contato visual, não deixando ele se aproximar muito de mim. Não entendia seus motivos, mas achei melhor não questionar. Paramos na cidade e alugamos uma carroça. Confesso que estranhei a velocidade das viagens humanas, uma vez que sempre voei até meus objetivos. O trajeto durou três dias e dormimos em tendas de tecido que pareciam fáceis de montar, mas nem quis me arriscar para não estragá-las. 

Enfim chegamos a Nivedalir. A cidade era bem maior que a vila onde morava, com grandes construções de madeira, ruas lotadas e inúmeras barracas com comércios. Leena estava mais animada que de costume e me explicava sobre todos os objetos diferentes que via pela frente. Ryan parecia desconfortável em meio a tanto movimento e mantinha o olhar focado na estrada. Seus pais conversavam sobre antigas memórias que tiveram na cidade e Amadeus apenas tocava sua flauta, chamando a atenção de alguns transeuntes. Todo aquele alvoroço me lembrava da capital, o que me fez sorrir com as semelhanças entre nossas espécies. 

Deixamos a carroça em um local próprio para isso. Pelo jeito, esse tipo de meio de transporte era bastante comum entre os humanos. O panfleto não tinha muitos detalhes, então Amadeus disse que iria atrás de mais informações enquanto a gente passeava. À contragosto, Owen cedeu e fomos até uma praça. Era divertido observar os cidadãos tão apressados e ocupados que sequer estranhavam minha aparência. Senti-me  bem com isso, como se fosse um deles. Entretanto, uma presença familiar chamou minha atenção. Instintivamente, levantei e corri até sua origem, com cautela. Fui seguida pelos Torin até uma das ruas comerciais. Em uma das barracas havia uma garota baixinha, com cabelos ruivos e curtos, olhos verdes e um largo sorriso confiante. Usava um chapéu de palha largo, calça preta e uma camisa branca sem mangas. Em sua loja, havia várias armas dos diversos tamanhos e usos. 

— O que houve, Mae? - Perguntou Leena. - Achou alguma coisa interessante?

— Aquela pessoa é um demônio carmesim. - Disse, apontando para a vendedora.

— Tem certeza? - Indagou Owen. - Parece uma humana comum.

— Tenho sim. Fiquem aqui enquanto eu falo com ela. 

Andei até sua loja com cautela. Ela parecia discutir com um cliente que queria um desconto em uma armadura. Aproveitei a confusão para observá-la mais de perto. Havia uma camada sutil de magia sobre seu corpo, o que explicava a aparência humana. Aproximei-me e tentei chamar sua atenção.

— Boa tarde.

— Que foi, porra? Não está vendo que estou ocupada?

Ela se virou, furiosa e me encarou. Seus olhos se arregalaram e sua face foi preenchida por medo. 

— M-m-ma…

— Mae, isso mesmo. - Disse. - Fico feliz que se lembre de mim. Preciso falar com você a sós.

— T-t-tudo bem. A loja está fechada!

— Mas a minha armadura.

— Enfia no cu essa porra! Pode levar com desconto.

Tremendo, ela juntou suas coisas e colocou em uma grande mochila. Com tudo em suas costas, ela me guiou até uma estalagem onde estava hospedada. Assim que fechou a porta do quarto, ela disse para eu me sentar na cama. Parecia muito assustada e sentou sobre as pernas no chão, deixando sua mochila ao seu lado.

— O-o que a vo-vossa majestade quer comigo?

— Tenho um assunto a resolver nesta cidade, mas antes… Você está bem?

— C-claro! Não poderia estar melhor! A-afinal, sou grata por estar diante de tal grandiosidade. Então p-por favor, poupe minha vida.

— Poupar sua vida?

— Eu imploro! Minha vida é zoada, mas é a única que eu tenho! - Ela desabou em lágrimas. - Eu juro que nunca traí os carmesim! Só vendo armar meia boca para esses humanos idiotas!

— Espere um pouco. Eu não estou aqui para te matar.

— Não… Não está?

— É claro que não! Eu… Sequer sou a imperatriz.

— Espere um segundo… Como assim você não é mais a imperatriz dos demônios carmesim?

— É uma longa história. Na verdade, ela é curta, porém dolorosa. Em resumo, eu quase morri e estou vivendo com uma família de humanos.

— Eu… Não fazia ideia. Espere… Então os rumores sobre o exército carmesim ter perdido uma batalha são reais? Cacete, eu bati em um cara à toa.

— Você o quê?

— Isso não vem ao caso. - Ela riu enquanto coçava a cabeça. - Eu realmente não achava que era digna de ser executada por você, mas quem deve teme. Uma vez banida, para sempre com medo de ser executada por traição.

— Não se preocupe com isso. Eu preciso de sua ajuda com duas coisas.

— Pode pedir o que quiser, faria qualquer coisa por vossa alteza.

— Não precisa de tanta formalidade. Primeiro, o que sabe sobre a espada que ninguém consegue tirar do solo?

— Ah, essa espada. É só uma réplica… Espera… Se você está procurando… Aquela é mesmo a Gleipnir?!

— Creio que sim, por isso quero reavê-la o quanto antes.

— Droga! Eu achei que fosse pilantragem, então não sei muito sobre. Mas conheço gente que sabe e posso ver para você. Eu nem acredito que vou poder ver a Gleipnir de perto!

— Confesso que estou com saudades, mas não pretendo usá-la mais. Pelo menos em nome do exército carmesim.

— É… O quê? Senhorita Maeleth Zelpha é uma traidora?

— Eu diria que pendurei a armadura.

— Não acredito! Cacete, você não tem noção do quanto eu estou aliviada agora! Qual seria o segundo pedido.

— Me ajudar a sumir com isso, que nem você faz. - Tirei a touca, revelando meus chifres.

A garota me encarou, incrédula. Começou a tremer e suar, se afastando devagar até encostar as costas na porta. 

— Como assim você não é uma demônio carmesim?!

Foi aí que me lembrei que apenas os membros da minha família e algumas pessoas da alta corte sabiam disso. Estava tão acostumada com a vida entre humanos que me esqueci de todo o esforço que fazia para parecer um demônio carmesim. 

— Desculpe, eu me esqueci deste detalhe.

— Detalhe? O que caralhos está acontecendo? Você é mesmo a Senhorita Maeleth?

— Acalme-se. Eu e meu irmão somos demônios obsidianas. É uma linhagem quase extinta da nobreza. Não precisa ficar com medo.

— Eu… Foi mal, é que eu não esperava uma coisa dessas. Achei que já estava usando magia de distorção. Suponho que não sabia usar, já que nunca precisou, não é?

— Exatamente. Eu sempre estava de armadura no campo de batalha e nunca participei de missões de reconhecimento.

— Entendo… Bem, eu só sei usar em mim, então não tenho como julgar. Foi minha irmã quem me ensinou. Eu poderia tentar ensinar para você, mas não prometo nada. Sou péssima nessas coisas.

— Não se preocupe. 

Com o clima mais leve entre nós, conversamos mais um pouco sobre como chegamos ali. Irin Styrkur não tinha estatura e músculos suficientes para integrar a grande companhia de forja que abastecia o exército carmesim. Incapaz de aceitar isso, aprendeu sozinha e exercia a profissão de forma ilegal, o que levou a seu banimento. Expliquei como fui traída por meu irmão e como estava adorando a vida simples entre os humanos. Irin achou engraçado e pareceu interessada em conhecer Orna. 

Saímos da estalagem e fomos de encontro com os Torin, que me esperavam na praça. Orna e Ryan acenaram para nós duas e Leena encarou Irin, desconfiada. Owen estava ocupado demais julgando Amadeus, que divertia um grupo de crianças com suas melodias alegres. Porém, assim que percebeu minha presença, o bardo parou de tocar.

— Olá, minha querida Mae, estava até preocupado. - Disse o bardo.

— Mais respeito ao falar com a majestade, bobo da corte. - disse Irin, se colocando entre eu e Amadeus.

— Eu gostei dessa garota. - Disse Owen.

— Calma, toquinho de amarrar jegue.  - Debochou, Amadeus. - A Mae… Espera um pouco... Majestade?

O bardo encarou a pequena demônia, confuso, depois voltou seu olhar para mim. Como se estivesse calculando algo ou acessando suas memórias, ele permaneceu parado com uma expressão estranha no rosto por alguns segundos. Arregalou os olhos e se aproximou de mim, cochichando:

— Com majestade ela quer dizer que…

— Eu sou a Morte Rubra, se é o que quer saber. Ou era, no caso.

Ele se afastou alguns passos e virou para os Torin, apontando para mim. Eles apenas riram. Sem jeito, ele apenas suspirou e apertou os dois polegares contra sua têmpora, recompondo-se logo em seguida.

— Por que não me disse uma coisa tão importante?

— Achei que não queria saber.

— Bem, eu… Não queria, mas… Bem, que seja. Agora tudo faz mais sentido. Mas acho que não vai gostar.

— Como assim?

— Falei com uma galera que eu conheço da cidade e parece que a espada está numa propriedade mais afastada do centro. Só que as pessoas envolvidas têm ligação com um certo humano famoso. Desde o organizador até aqueles que espalharam os panfletos são empregados do clã Mori.

— Mori? - Indaguei surpresa. - Como Musashi Mori?

— Exatamente.

— Não, não, não. - Disse Irin. - Isso só pode ser uma armadilha. Ele sabe que você está sumida.

— Isso é ruim. - Disse Owen. - Acho melhor a gente esquecer a espada.

— Não. - Disse. - Não posso deixar Gleipnir aqui.

— A Orna é ferreira, acho que ela pode te arrumar uma espada. - Disse Amadeus.

— Tomar no cu você não quer, não é? - Indagou Irin, furiosa. - Gleipnir é feita de um meteorito extremamente raro. Nenhuma arma humana jamais se igualaria.

— Não é este o ponto. - Disse. - Pode ser uma armadilha para verificar se estou viva. Mas se esse rumor se espalhar, vai acabar atraindo as forças do meu irmão. Isso… É muita irresponsabilidade!

— Essa é a minha imperatriz! - Exclamou Irin.

— Mas não é pior ter sua identidade revelada? - Perguntou Orna.

— Bem… Eu vou pensar em alguma coisa. Primeiro, quero ver se é mesmo Gleipnir.

— Ai, ai. - Reclamou Amadeus. - No que eu fui me meter? Eu levo vocês até lá. 

Os Torin insistiram em nos acompanhar, mas consegui convencê-los a ficar na cidade. Não sabia o que me esperava e jamais me perdoaria se os colocasse em perigo. Eu, Amadeus e Irin andamos por pouco mais de uma hora até encontrar uma pequena fazenda com uma fila de homens na entrada. Todos queriam uma chance de erguer a espada e se gabavam de histórias de conquistas, caças ou brigas com malfeitores. Achava engraçado como humanos adoravam falar sobre seus feitos violentos. A fila se estendia até uma pequena colina, de onde podíamos ver um grande aglomerado ao redor de uma cerca circular. No meio, uma grande espada cravada no solo. Completamente negra e com pequenos rubis em seu cabo, Gleipnir repousava. Era tão linda quanto me lembrava. Podia sentir sua energia ressoar com minha alma e sabia que a arma viria até mim caso quisesse. Entretanto, havia outra grande fonte de energia naquele local. 

Conhecia bem aquela aura. Concentrei-me, mas não fui capaz de encontrar sua origem ao certo. Musashi estava entre nós, assim como eu temia. Gleipnir era famosa e facilmente reconhecível por qualquer demônio carmesim. Entretanto, apenas os generais e membros da alta corte sabiam que a espada respondia somente a mim. Ou seja, tirar ela do solo não denunciaria imediatamente minha identidade. Porém, o herói foi meu oponente em mais de uma batalha e com certeza seria capaz de reconhecer minha voz, mesmo com minha energia camuflada. 

Horas se passaram e inúmero humanos deixaram o local, completamente frustrados. Observava de longe suas tentativas falhas, o que me divertia um pouco. Amadeus e Irin tentavam me ajudar a bolar um plano, mas estávamos em um beco sem saída. Por mais que tentássemos, não conseguíamos encontrar uma solução que fosse completamente segura. O Sol estava se pondo e decidimos pensar com calma e voltar no dia seguinte. Todavia, assim que levantamos, senti algumas presenças se aproximando. Pelo cheiro, parecia um pequeno grupo de demônios carmesim. 

Era simplesmente a pior coisa que poderia acontecer. Uma confusão ali poderia estragar minhas chances de recuperar Gleipnir ou revelar minha identidade. Não poderia deixar que meu irmão soubesse sobre a espada. Minha paz estava ameaçada e estava disposta a lutar por isso. Precisava dar um jeito nos meus chifres antes de qualquer coisa. Como não tinha tempo para aprender a magia de camuflagem de Irin, só me restava uma opção:

— Irin, preciso de um elmo.

— É… O quê?

— Rápido! Preciso esconder meus chifres.

— Achei que essa fosse a função da touca. - Debochou Amadeus.

— Não no meio de uma luta. Creio que também sentem aqueles que se aproximam.

— Não seria melhor deixar isso pro tal do Musashi? - Perguntou o bardo.

— Você realmente não conhece minha imperatriz. - Disse Irin, confiante, enquanto tirava um frasco de sua mochila.

A demônia abriu o frasco e despejou um líquido dourado e brilhante em sua mão direita. Com um sinal, me abaixei e ela esfregou os dedos ao redor de minha cabeça. A substância brilhou por alguns segundos. Notando minha confusão, ela sorriu e tentou tirar a touca, impedida como se o acessórios estivesse grudado em meu corpo. 

— Isso dura só meia hora. - Disse Irin. - Fui eu mesma quem inventou!

— Obrigada, isso vai servir. 

Andamos até o topo da colina, de onde pudemos ver cinco figuras encapuzadas se aproximando. Àquela altura, havia apenas alguns homens na fila para retirar a espada. Tinha que acabar com os três antes que pudessem ver Gleipnir. Pela aura que emitiam, eram carmesins acostumados com o combate.Fazia muito tempo desde a última vez que lutei e não tinha terminado bem. Não podia usar magia, pois acabaria destruindo a cidade, tampouco podia contar com minha fiel companheira de guerra. Entretanto, por algum motivo que não podia explicar, estava sorrindo.

— Meia hora é o suficiente? - Perguntou Amadeus.

Fique tranquilo. Eu só preciso de dez minutos. - disse, enquanto estalava meus dedos.


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