Troca de Esposas escrita por joanny


Capítulo 3
Primeiro Dia


Notas iniciais do capítulo

Só avisando que vou focar pouco no núcleo Kagura x Bankotsu, apenas leves menções ao sua dia

Aproveitem!



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Sesshoumaru andava inquieto, provavelmente faria um buraco no chão. Pontualidade era algo simples de se seguir, só requeria planejamento e compromisso. Sua “nova esposa”, aparentemente não possuía nenhum. Ele disse claramente, às 7 horas estariam saindo e faltando pouco mais de 20 minutos para isso, nem sinal dela!

Não, ele não se atrasaria por isso, maldita hora aceitou participar desse programa estúpido! Decidindo-se por tomar logo seu café, sentou-se a mesa com o jornal, maldita garota.

— Está ao seu agrado? – uma voz melodiosa soou

Ele tirou a xícara da vista e viu a dita garota com um avental branco com babado rosa com um desenho grande de uma colher de pau e a frase “Kiss the Cook” escrita

— Você quem preparou?

— Apenas omelete, teria feito bacon, mas só vi legumes e alface. Começo a achar que vocês são na verdade uma família de coelhos!

— Não há necessidade de cozinhar, tenho quem o faça.

Ela o servia enquanto ele falava, de qualquer forma, experimentou a omelete dela e para sua consternação; estava boa.

— Ah, mas eu gosto – ela disse apreciando enquanto ele experimentava sua comida. Ele não esboçou ação, mas havia um brilho em seu olhar de aprovação que a satisfez.

Ela sentou-se ao lado dele, provando a omelete e sim, com certeza estava boa.

— Sabe, eu gosto muito de cozinhar e quase sempre consigo reproduzir receitas de internet ou programas... pego algumas dicas do nosso cozinheiro o Jinenji, mas gostaria de poder ter mais, entende?

Ela tinha um olhar sonhador no rosto, por um momento Sesshoumaru se perguntou que desejos ela poderia ter... Mas ele não deve se envolver, cada pessoa tem seus próprios problemas a lidar e ele já possuía uma tonelada deles.

— Não deveria estar pronta para sairmos?

— Mas eu estou!

E com toda alegria e obviedade possível, levantou da mesa arrancando o avental e se apresentou com uma calça jeans, tênis e uma blusa preta de botão que lhe cobria até os punhos. Sim... grande mudança de visual. Ele arqueou uma sobrancelha

— Vocês têm um grande apreço com o preto, longe de mim renega-lo – disse puxando a gola da camisa, como se aquilo justificasse seu ponto. De repente a mente do advogado divagou, onde ela estaria mais fora d’água, num dos escritórios de advocacia mais prestigiados ou numa agência de modelos? Sim, a Sra. Higurashi teria um dia bem incomum.

Texas – Houston

— Isso não pode estar acontecendo. Isso não está acontecendo

— Eu gostaria de poder ajudar, mas sabe como é... Segundo Miroku, você tem que fazer o que a Kagome faz e...

— Vocês são uns aproveitadores miseráveis. – disse estreitando os olhos para o moreno -  A minha unha, a minha linda unha...

Kagura falava chorosa pela unha lascada. Ela precisava lavar uma panela para fazer o café da manhã, mas antes que terminasse a limpeza, sua unha lascou

— Oh, meu bebê...

— Olha boneca, eu sei que você deve estar magoada por isso, mas... não adianta mais chorar, só cortar o resto

— O quê?! – Kagura arregalou os olhos para Bankotsu, como ele ousava falar tamanho sacrilégio – Como ousa? Você sabe o quanto eu gasto de manicure por mês?!

— Olha, isso não importa... você hoje vai viver o dia da Kagome e não pode fazer isso com essas unhas, aqui é um restaurante. Eu diria que devia até mudar essas suas roupinhas...

Ele olhava com desaprovação para o vestido de cetim escolhido pela mulher. O avental de louça não impediu que sua vestimenta ficasse molhada e ele duvidava que as manchas que enfeitavam a manga do vestido saíssem. Kagura parecia muito focada em causar uma boa impressão.

Kagura não estava feliz com nada daquilo, de o olhar matasse, Bankotsu teria caído duro desde que a acordara às 5 horas da manhã. Inferno, isso não deveria ser assim, ela deveria estar linda, viver numa boa casa, mostrar sua boa disposição, mas ao invés disso estava tendo que lavar panelas!

Nova York – Manhattan

Um escritório amplo, uma estante de livros, uma mesa bem ornamentada, um computador que ele não desgrudava os olhos há quarenta minutos e um sofá que lhe fazia companhia. Bem ao menos era confortável.

Que tédio, os livros da estante conseguiam ser piores. Karl Marx? Não, muito obrigada. O escritório de Sesshoumaru conseguia ser mais entediante que ele! Ela poderia ter ido passear pelo prédio, mas olharam os olhares que direcionaram eram intimidadores, aparentemente, suas roupas chamava muita atenção para aquele bando de esnobes metidos.

Aquele não era seu ambiente, estava bem distante da sua realidade. Era isso que o programa queria? Tirá-la da zona de conforto? Bem, se continuasse assim aquele seria o programa mais tedioso da história. Kagura também não devia estar feliz, se ela tinha que fazer o papel de Kagome, então ela teria muita coisa para fazer. Seria esse o dia nos Taisho’s? Nada para fazer além de parecer metido e esnobe?!

A sensação de deslocamento não abandonou Kagome ao longo do dia. A agencia de Kagura mantinha o mesmo padrão do escritório. Modelos com roupas de marca riam intensamente para homens de terno e gravata. Kagome se questionou se ela gostaria de saber o motivo de tanta graça... era uma recepção espaçosa bem decorada, fotos de mulheres que ela conhecia de revistas adornavam o local, enquanto capas emolduradas eram destaque no ambiente. Sim, ela não se sentiria a vontade aqui também.

 Uma recepcionista digitava freneticamente no computador, mas quando os viu, não pôde evitar a ação lamber os próprios lábios, Kagome tinha certeza para quem o charme foi direcionado. Observando o olhar de Sesshoumaru, ele não se agradava nada daquele local também.

— Deixe me adivinhar, você não costuma trazer sua esposa aqui com frequência. – falou num tom baixo ao lado de Sesshoumaru. 

— Graças aos céus, não.

Um sorriso se fez presente nos lábios de Kagome

— Estamos aqui para ver Jakotsu. Ele está?

— Sim, Sr Taisho. Permita-me acompa... – ele não esperou a mulher finalizar sua fala antes de soltar um muxoxo desapontado

Ele invadiu o escritório já conhecido, tirando dos devaneios um homem que falava alegremente no celular. Um terno roxo destacava a estranha figura. Era um homem incomum; a cor do terno não era o único ponto. Ele tinha uma franja vermelha com azul, um brinco numa orelha, anéis em cada dedo e usava um lenço rosa no pescoço.

— Sesshoumaru! Como sempre um colírio para os olhos!

— Não comece com suas esquisitices. – ele disse estendendo a mão aberta barrando Jakotsu que vinha alegremente cumprimentá-lo – Esta é Kagome, a esposa da semana, hoje ela deve viver um dia de Kagura. Então faça o que sabe fazer.

Ele colocou as mãos nos bolsos e deu meia volta abandonando Kagome. Que olhava atordoada Jakotsu

— Que coisinha adorável você – disse com um sorriso

Ela tragou duro. Onde foi se meter?!

— Eu sou Jakotsu, agente pessoal da Sra Taisho. O produtor me explicou tudo e ficarei mais do que feliz em achar algo interessante para você. Agora vamos dar uma olhada em você – ele a pegou pela mão fazendo a dar uma voltinha avaliativa – Seu quadril é meio largo, seu peito é grande demais, mas acho que podemos aproveitar essa cintura.

Que ótimo que algo prestava no corpo dela”.

— Não se ofenda querida, só que lidamos com um corpo aqui, mas vamos achar algo que possa ficar bem em você. – ele disse sorrindo e Kagome sentiu um frio percorrer a espinha

Ele pegou uma lingerie vermelha. Kagome cruzou os braços em aborrecimento.

— Está bem, está bem... o que você disse que faz mesmo? – ele falava enquanto olhava os cabides de roupa tentando achar algo para a dona de casa fotografar.

— Eu não disse. Você não deu tempo, ficou tagarelando de como sua cliente é perfeita e a vida aqui ser maravilhosa.

— Sinto muito querida, mas aqui todos têm sempre um papel a desempenhar. É difícil conseguir e manter o estrelato. Kagura é espetacular e tem um sobrenome poderoso, mas ainda falta para chegar lá e... ah isso – ele pegou um vestido de odalisca e levou a frente do corpo de Kagome, que bufou em resposta. Devolvendo o modelo e ele continuou sua busca por algo que Kagome pudesse usar – onde eu estava?

— Sobre atingir o estrelato

— ah, sim... enfim Kagome querida. Você nunca sabe quem está escutando, então esteja sempre aberta para possibilidades e seja sempre o centro de tudo.

Jakotsu finalizou apertando as bochechas sorrindo. Apesar de ele ter insistido desde que a conhecera como seu corpo era “inadequado” e tentar a colocar em trajes que atormentaria os sonhos de seus pais até a próxima geração. Ela não pôde evitar gostar da estranha figura que ele era.

Então vamos lá, aceitar as oportunidades que a vida reservava e ver que surpresas a aguardavam.


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