Filhos da noite 2 – Sozinha escrita por CM Winchester


Capítulo 5
Capítulo 4 - POR QUE ME ENROLAR?




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A Sra. Parnell ergueu as mãos para cima.
— Tudo o que eu disse não é a alma dele. - Ela falou. - Eu não estou remoendo é exatamente como me sinto.
— Eu disse para parar de falar. - Scott falou quando ele se aproximou.
Nora me lançou um olhar. Ela me perguntou se ele era humano. Apesar de ser quase silenciosos eu conseguia escutar os pensamentos de Scott.
Olhei para Nora e dei de ombros.
— É assim que você fala com sua própria mãe? - Sra. Parnell falou balançando seu dedo para ele.
Ele lançou a ela um olhar mortal depois saiu da casa batendo a porta com força. A Sra. Parnell limpou a boca no guardanapo.
— O lado desagradável do divórcio. - Ela suspirou. - Scott nunca foi de ter temperamento. Com certeza pode ser que ele esteja crescendo para ser bem filho de seu pai. Bem. Isso é desagradável e desapropriado para um jantar. O Patch pratica Wrestling, Nora? Creio que o Scott possa-lhe ensinar alguns golpes.
— Ele pratica Pool nado. - Nora falou e Sra. Parnell assentiu.
— Nado. Esse sim é um verdadeiro esporte de Maine.
— Pool, que significa sinuca. - Blyte corrigiu.
A Sra. Parnell inclinou sua cabeça.
Retiro o que eu disse. O jantar estava horrível.
— Estufas de atividades de gangue. O episódio de Law & Order que eu vi? Jovens homens ricos de classe alta que organizavam seus jogos de sinucas como se estivessem num cassino de Las Vegas. É melhor ficar bem de olho nesse seu Patch, Nora. Ele poderia ter um lado que esconde as coisas de você. Um lado que ele mantém no escuro.
— Ele não está numa gangue. - Nora falou.
— Veremos. - Ela falou. - Veremos.
— Francamente, isso não quer dizer nada. - Falei.
Uma hora mais tarde a comida tinha acabado e os pratos tinham sido limpos então a Sra. Parnell foi embora atrás de Scott.
Aproveitei para ir tomar um banho. A noite escutei os pensamentos de Nora e sabia que ela estava chorando, então levantei e puxei meu colchão comigo junto com um edredom. Carreguei as coisas até o quarto da Nora.
Ela deu um sorriso triste. Colocamos nossos colchões no chão e deitamos juntas. Há mais de um ano atrás ela tinha feito a mesma coisa comigo. Quando eu tinha chegado aqui e estava perdida sem saber o que fazer.
— Limpe o rosto. - Avisei quando Blyte estava no corredor.
— Eu vou comprar alguns itens de higiene para a minha viagem de amanhã. - Blyte falou depois de abrir a porta do quarto. - Devo voltar logo. Precisam de alguma coisa enquanto estou fora?
— Não precisa, mas obrigada de qualquer jeito. - Nora respondeu e sua mãe foi fechar a porta, mas parou no meio do caminho.
— Nós meio que temos um problema. Eu deixei escapulir para Lynn que você não tem um carro. Ela voluntariou o Scott para te levar para a escola de verão. Eu disse a ela que isso realmente não seria necessário, mas acho que ela pensou que eu só estava dizendo não por estar preocupada em incomodar o Scott. Ela disse que você poderia lhe retribuir o favor ao fazer um passeio por Coldwater com ele amanhã.
— A Nikki vai me levar para a escola e caso ela não possa a Vee me dá carona.
— Deixei isso claro, mas ela não aceita não como resposta. Pode ser melhor se você explicar as coisas diretamente para o Scott. Agradeça-o pela oferta, mas diga a ele que você já tem carona. Eu gostaria que continuasse andando com a Vee. De fato se o Scott aparecer enquanto eu estiver fora da cidade essa semana talvez seja melhor ficar longe.
— Você não confia nele?
— Nós não o conhecemos bem o bastante.
— Mas o Scott e eu costumávamos ser melhores amigos se lembra?
— Isso foi há muito tempo. As coisas mudam.
— Você vai caçar os podres dele?
— Lynn e eu somos boas amigas. Ela está muito estressada. Pode precisar de alguém com quem se confidenciar. - Ela foi até a penteadeira e pegou um pouco do creme de Nora para passar nas mãos. - Se ela mencionar o Scott eu não vou não escutar.
— Se te ajuda a construir a sua hipótese de que ele não presta eu achei que ele agiu muito estranhamente no jantar.
— Os pais dele estão se divorciando. Tenho certeza de que ele está passando um tumulto e tanto. É difícil perder um pai. Eu simplesmente gostaria de saber um pouquinho mais sobre o Scott antes que você comece a passar tempo demais com ele... Quando eu voltar vejo o que consigo descobrir. O leilão acaba quarta à tarde e eu devo voltar para casa na hora do jantar. A Vee vai ficar aqui amanhã à noite certo?
— Certo. - Nora falou. - A propósito, estou pensando em arranjar um emprego.
— De onde isso surgiu? - Blyte perguntou.
— Preciso de um carro.
— Achei que a Vee ou Nikki não tinham problema em te dar carona.
— Eu não tenho. - Falei.
— Me sinto como uma parasita. - Nora murmurou.
— Você não acha que um trabalho vai interferir com a escola?
— Só estou tendo uma aula.
— Sim, mas é química.
— Sem ofensa, mas acho que consigo dar conta de duas coisas de uma só vez.
— Qual o problema? Você está terrivelmente arrisca hoje à noite. E vocês nunca fazem isso a não ser que tenha um problema. - Ela apontou para os colchões.
— Nada. Estou bem.
 - Você parece estressada.
— Dia longo. Ah, mencionei que a Marcie Millar é minha parceira de química? Estou presa com ela por oito semanas.
— Te digo uma coisa, se você sobreviver a oito semanas sem matá-la podemos conversar sobre te comprar um carro.
— Esse é um preço baixo a se pagar mãe. - Ela beijou a testa de Nora.
— Espero um relatório completo dos primeiros dias quando eu voltar da minha viagem. Nada de festas selvagens enquanto eu estiver fora.
— Não prometo nada.
Quando ela saiu Nora desabou.
— Ele veio me procurar na escola. - Falei.
— Patch?
— Sim. Queria que eu conversasse com você.
— Sobre?
— Explicasse a situação. Eu disse que se você terminou com ele é por que já sabe a situação. Perguntei sobre Marcie, mas ele não respondeu também.
— Que ódio! - Ela gritou.
— Olha, esquece isso. Amanhã é outro dia. - Falei.
Ficamos conversando um pouco até que peguei no sono. Acordei com Nora se movimentando no quarto. Levantei e me arrastei para o meu quarto. Lembrando que o dia tinha sido tão corrido que não tinha visto Ben ontem.
Vesti um short jeans cinza escuro, um top cinza, um moletom decote canoa cinza, calcei meu tênis da Nike e coloquei um boné preto. Eu havia cortado um pouco os cabelos então boa parte do azul havia saído.
Estava sentada comendo aveia e morango e tomando meu chá quando Nora apareceu. Ela se serviu do mesmo que eu.
— Tenho que levar Scott para um tour pela cidade.
— Sério? - Perguntei e ela fez careta.
— Minha mãe conseguiu me livrar da carona para a escola, mas não me livrou do tour.
— Sinto muito.
— Não pode me ajudar?
— Bem que eu queria ajudar, mas tenho aula extra de música a semana inteira.
— Espero te ver pelos menos arrebentando naquele recital.
— E eu vou. - Falei sorrindo.
Vee bateu na porta.
— Pronta para outro dia de pura diversão na escola de verão? - Vee perguntou e eu passei por elas.
— Vamos só pegar o dia de hoje com mais calma, OK? - Nora falou.
— Whoa. Quem pisou no seu calo?
— Scott Parnell, Patch.
— Vejo que este problema não irá melhorar com o tempo.
— E tenho que fazer um tour com ele na cidade após a aula.
— Um tempo a sós com um menino. O que há de ruim?
— Você deveria ter estado aqui na noite passada. O jantar foi bizarro. A mãe dele começou a nos contar sobre seu passado conturbado, mas Scott a cortou. Não só isso, mas quase parecia que ele estava a ameaçando. Então ele pediu para usar o banheiro, mas acabou nos escutando do corredor. - Nora estava caminhando na frente, mas então parou e voltou. - Tenho uma grande ideia. Porque você não faz o tour com Scott? Não, sério Vee. Você vai amá-lo. Ele é irresponsável, anti-regras, atitude de bad boy. Até perguntou se tínhamos cerveja, certo? Acho que ele atende todas as suas expectativas.
— Não posso, tenho um almoço com Rixon.
— Eu te pago para você sair com ele a oferta final.
— Tentador, mas não. E outra coisa. Patch provavelmente não vai ficar nada satisfeito se você e Scott juntos se tornar um hábito. Não me interprete mal. Eu não poderia me importar menos com o que Patch pensa ou se você quer deixá-lo louco, mas pode importar para você. Ainda sim pensei que poderia te dar essa dica. Se eu fosse você, me libertaria. É o que faço sempre que me encontro na mesma situação. Ligue para Scott e diga que seu gato está vomitando as tripas e você terá que levá-lo ao veterinário depois da escola.
— Ele estava na minha casa na noite passada. Sabe que não tenho um gato.
— Então, se ele não tem um espaguete cozido como cérebro vai entender que você não está interessada.
— É algo a se pensar. - Falei.
Dirigi até a escola. No almoço fui me encontrar com Ben na casa dele. Ele já estava com a comida pronta quando cheguei. Joguei a mochila em cima do sofá e fui ao encontro dele que sorriu antes de me beijar.
— Como foi a aula?
— O que pode ser quando se tem Marcie como parceira.
— Como isso foi acontecer?
— Ela estava atazanando Nora ontem e quando vimos todos os lugares já tinham sido pegos. Vamos ficar presas a ela o verão inteiro.
— Terão sorte se nenhuma das duas matar ela. - Ele debochou sorrindo.
— Quem tera sorte é ela. - Murmurei. - O que fez ontem?
— Tive que resolver uns problemas. Fui a sua casa à noite, mas você estava dormindo no quarto de Nora.
— Ela e Patch terminaram. - Murmurei me sentando a mesa.
— Eu sei. - Respondeu.
— Para completar, ainda tive um jantar agradável com os Parnell.
— Quem?
— A mãe e o filho estão de volta à cidade. Acho que a tia Blyte queria juntar Nora e Scott, mas viu que o garoto é meio perturbado.
— Espero que ela não tente o mesmo com você.
— Nas palavras dela, você é um bom moço. – Ele riu.
— Se ela soubesse. - Murmurou depois me lançou um olhar.
— Falar em saber. Os Arcanjos te visitaram? - Perguntei.
Essa era uma ótima hora para saber sobre isso.
— Como você sabe? - Fiquei o encarando. - Patch contou?
— Por que não me contou?
— Você não precisa se preocupar com isso.
— Pelo menos eu não ficaria quebrando a cabeça tentando descobrir o que estava acontecendo com você.
— Não se preocupe, está tudo sobre controle.
— Está mesmo? - Perguntei. - Você pode ir para o inferno!
— Não tenho medo disso. Quer dizer, eu tenho, mas tenho mais medo do que eles podem fazer a você.
Larguei os talheres na mesa e o encarei.
— E qual vai ser a sua escolha, Ben? Vai se esconder por quanto tempo?
— Não estou escondido. Mas preciso que você saiba que não estou disposto a abrir mão de você. Só estou pesando as consequências.
— Qual o medo do que pode acontecer comigo?
— Você não é batizada. Se te matarem você nunca mais vai reencarnar, ouviu bem? Nunca mais. Sem falar que você vai morrer. Eu não vou carregar a sua morte comigo de novo.
— De novo? - Perguntei.
Ele demorou um tempo para responder.
— Você sabe da história.
— Então o que você está querendo afinal? Não podemos ficar juntos. Por que me enrolar?
— Não estou te enrolando, quero ficar com você. Mas primeiro tenho que dar um jeito nisso.
Levantei deixando o prato cheio de comida. Eu não conseguia comer.
— Olha faz o teu lance, que eu faço o meu. Preciso voltar.
Com dor no coração virei e segui para fora do apartamento.


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Notas finais do capítulo

N.B.: Hey gente, sei que devo começar me desculpando, eu demorei muito para betar. Mil perdões. De verdade. Agora bora comentar. Pensei que iria dar término agora. Não aguento o Ben desse jeito. O pior é que a Nikki ta sofrendo. Poxa, quero só ver onde isso vai parar. Bjs. Bjs. Fhany Malfoy
N.A.: Ainda não é a hora para um termino. Quem sabe mais para frente? Mas tem um motivo para tudo isso. Ben esta tentando fazer o certo do modo errado. Bjs. Bjs. CM Winchester



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