Miraculous: Secret Wars TERRA-35 escrita por ladyenoire


Capítulo 4
How Things Happened


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/783909/chapter/4

Marinette corria pelas ruas de Paris com a caixa dos Miraculous em seus braços. Ainda restavam quatro ou cinco, não sabia ao certo. A única coisa que sabia, era que precisava mantê-los longe de Wang Fu.

A garota ficou sem fôlego e entrou em um beco. Em seguida avistou um contêiner de lixo e colocou ali. Talvez aquilo fosse descartado em breve. Ou não. Mas ao menos era a solução temporária.

Após sair dali, caminhava até a sua casa com mais calma. Tinha se livrado de um peso.

Não demorou muito para chegar, e assim que entrou, trancou a porta. Mas quando virou na direção da sala, Wang Fu estava sentado em seu sofá.

— Olá, Marinette.

— AH! – ela deu um grito e colocou a mão sobre o coração.

— Foi até a casa daquela velha colecionadora?

— Fui, mas não tinha nada lá. A sua pista era falsa. – disse tentando parecer convincente.

— Hum. – coçou a barba pensativo – De qualquer maneira, se eles estivessem lá, com certeza não seriam todos.

— Pois é. Já faz muito tempo que estão perdidos, pode ser até que não estejam mais na França.

Wang Fu era um dos Guardiões de uma das caixas de Miraculous e a mãe de Marinette, Sabine Cheng, era uma de suas aprendizes. Quando a mulher percebeu as intenções malignas do Mestre, deu um jeito de sumir com a caixa e fugiu com ela para Paris.

Sabine acabou conhecendo Tom Dupain, foi amor à primeira vista e em menos de dois anos de relacionamento, Marinette nasceu. Infelizmente Tom morreu quando ela tinha sete anos, contudo, Sabine e Marinette conseguiram se virar sozinhas e viverem bem, apesar da falta que Tom fazia para elas.

O problema foi que, quando Marinette completou dezoito anos, Fu encontrou Sabine, e as consequências pelos seus atos foram catastróficas. O Guardião tentou arrancar a verdade de sua ex aprendiz, mas a mulher não quis revelar pelo bem da humanidade. Fu então levou Sabine de volta para a China – por conta dos princípios da Ordem – e disse que só a entregaria caso Marinette fizesse o trabalho sujo. E agora, a azulada precisava achar os Miraculous perdidos se quisesse sua mãe de volta. Embora Sabine tenha implorando para que a filha não fizesse isso, e os mantivesse o mais longe possível de Wang Fu.

— Isso seria um problema... Pra você é claro. – a garota estremeceu. – Então, para facilitar a sua busca, lhe trouxe um presente. – Fu levantou, foi até ela e estendeu uma caixinha preta com detalhes em vermelho, bem semelhante à caixa dos Miraculous que tinha encontrado há pouco tempo.

— O que é isso?

— Abra e veja você mesma. – Marinette abriu a caixa e uma luz azul saiu de dentro, em seguida, uma pequena criatura voadora surgiu em sua frente.

— Eu me chamo Duusu. Aos seus serviços, Mestre.

— Isso é...

— Um kwami. E esse é o seu Miraculous. – apontou para o broche em formato de cauda de pavão – Este foi o único que me restou, estava usando em um treinamento quando a sua mãe fugiu com a caixa. – revirou os olhos – Então espero que faça bom uso para procurar os outros.

— Eu vou, não se preocupe.

— Ótimo. – sorriu – Não me decepcione, Marinette. Ou melhor, não decepcione a sua mãe.

***

***

***

— E foi isso que aconteceu, resumidamente.

— Então foi você que colocou a caixa no beco que eu e os meninos encontramos nossos Miraculous? – ela assentiu – E por que não me disse?

— Você teria feito perguntas. E eu não podia responde-las.

— É, verdade. Mas e a sua mãe? Como pretende resgatar ela se está mantendo os Miraculous longe desse tal de Fu? – Marinette encarou Adrien com os olhos marejados. E foi aí que ele percebeu que o principal motivo de ela não querer falar sobre isso, era porque ela não resgataria a sua mãe. – Ah...

— Eu me sinto péssima por não poder traze-la de volta, Adrien. – lágrimas escorriam pelo seu rosto – Mas ela me pediu, ela implorou. Antes de dizer que me amava, foi a última coisa que ela disse. Que eu precisava manter os Miraculous longe dele, senão o propósito dela teria sido em vão. – o loiro engoliu em seco e abraçou forte a namorada. – Eu sou horrível!

— Não, você não é. De forma alguma você deve pensar assim. Eu sei que é mais fácil falar, mas... – respirou fundo. Adrien entendia que era uma situação complicada e que precisava fazer sua namorada se sentir melhor. No entanto, agora não era hora para discursos motivacionais. – Eu vou ficar em silêncio. Pode chorar o quanto quiser e colocar isso pra fora. Prometo não sair do seu lado.

— Obrigada, honeyboy.

— Não precisa me agradecer por nada, my lady.

***

— O garoto com o Miraculous da abelha estava lá, Mestre.

— Isso é ruim. – coçou a barba, refletindo – O namorado dela não devia ter visto, mas vocês fizeram bem em recuar. – os dois ninjas assentiram.

— Como vai resolver isso agora? – Chan indagou ao seu Mestre.

— Não vou. Tenho certeza que Marinette inventará uma desculpa bem convincente. – sorriu de lado – A menos é claro, que queira outra visitinha.

***

Marinette acordou no meio da madrugada e não viu Adrien na cama. Mas sentiu um cheiro bom e imaginou que ele preparava algo, já que os dois sequer haviam jantado por conta da confusão toda e do cansaço.

— Boa madrugada, my lady.

— Oi. – ela bocejou e sentou à bancada. – O que você está fazendo?

— Waffles, sei que você adora. – Marinette sorriu de leve. Era o que o seu pai preparava quase todas as manhãs, por isso era o seu prato preferido – Eu ia te acordar para comer daqui a pouco. Mas que bom que eu não precisei.

— Pois é. – o loiro terminou de fazer os waffles e levou o prato até a bancada, sentando de frente para a namorada. Marinette pegou a jarra de suco que já estava ali e serviu para ela e para Adrien. – Eu quero pedir desculpas por ter mentido por tanto tempo.

— O quê? Não precisa se desculpar por isso. É uma situação... Delicada. Eu entendo o porquê de você ter feito o que fez. – depois que Marinette contou a verdade, se sentiu mal por todas as vezes que brigaram por ela não dizer suas motivações para ele.

— Eu sei, mas eu devia ter dito. Você é a pessoa em quem eu mais confio na vida. Chloé também, mas ela não conhece a parte da minha aonde eu sou uma... Vilã. – baixou o olhar e Adrien colocou sua mão sobre a dela na mesa.

— Você não é uma vilã.

— Eu roubo e machuco as pessoas. Você mesmo disse.

— Mas eu não sabia o contexto. Agora é totalmente diferente.

— Talvez. – ela deu de ombros, comendo um pedaço do waffle – Quando eu joguei os Miraculous de vocês no lixo, achei que estaria me livrando deles. Mas vocês acabaram achando. Então eu vi que essa não era a solução e que eu precisava tira-los de circulação de vez.

— Você pensou em pegar os nossos de volta? – Marinette assentiu.

— Mas eu estava muito envolvida emocionalmente com você. Embora eu ainda não te amasse, como passei a amar um tempo depois.

— Entendo.

— Pensei em pegar seus Miraculous por último, e essa é a informação que Fu sabe. – disse a verdade, não adiantava esconder mais nada.

— Mas você não ia, não é?

— Honestamente eu não sei. Não imaginava o final dessa minha jornada. Mas eu não queria brigar ou lutar com vocês por isso. Principalmente com você.

— Imagino. – ficaram alguns segundos em silêncio. Adrien então lembrou de uma informação importante, que precisava compartilhar com a sua namorada – O que você fez com os Miraculous que conseguiu de volta?

— Estão guardados aqui.

— Hum!

— Eu tenho o do rato, do dragão, da raposa e da joaninha. Mas Fu não sabe que eu tenho esse último.

— E por que não?

— Porque o Miraculous da joaninha é um dos mais poderosos. Se usado junto com o do gato, a pessoa tem poderes inimagináveis. Mas é claro, tem um preço. – Adrien bateu os dedos de leve no copo de suco.

— E se eu te dissesse que eu tenho o Miraculous do gato?

— Você o quê? – o loiro respirou fundo.

— Aquele dia que encontramos os Miraculous, eu, Nino e Luka tiramos jokenpô pra saber quem ficaria com a caixa. – Marinette fez careta – Parecia muito com um item promocional do nosso jogo favorito. – explicou e deu de ombros – Enfim, eu fiquei. De início eu deixei ela na prateleira do meu quarto e à noite eu descobri a Pollen e blá blá blá, já te contei isso. – ela assentiu – Algumas semanas depois eu fui limpar a caixa e ela caiu no chão sem querer e quebrou. Lá de dentro saiu um anel preto, com uma pata de gato verde.

— O Miraculous. – ele assentiu – Como não viu antes?

— Talvez estivesse escondido, ou no fundo de alguma outra gaveta. Sei lá. – deu de ombros – Eu cheguei a colocar, mas o kwami era meio mal humorado e assustador.

— Você chegou a contar pro Luka e pro Nino?

— Não. Pollen disse que era melhor não, que aquele Miraculous era muito poderoso e que usá-lo sozinho, poderia causar um desequilíbrio na balança. Não entendi direito na hora e então eu coloquei ele de volta na caixa e fingi que aquele Miraculous nunca existiu.

— Ela quis dizer que o Miraculous do gato sozinho, pode ser algo ruim caso você não consiga controlar os poderes. Normalmente, onde há um portador do Miraculous do gato, há uma portadora do Miraculous da joaninha pra manter o equilíbrio da balança.

— Tipo naquela Terra que fomos?

— É. Um simboliza a criação e o outro a destruição.

— Como sabe tanto sobre os Miraculous?

— Minha mãe me contava histórias sobre o tempo dela na China como aprendiz de Guardiã. – ela deu um longo suspiro. Adrien segurou a mão da namorada, a acariciando de leve.

— E se nós uníssemos os Miraculous do gato e da joaninha pra ter esse poder ilimitado? Você teria a sua mãe de volta.

— Não podemos. Isso é justamente o que a minha mãe queria impedir.

— Eu sei, mas...

— E todo esse poder tem um preço. Um preço muito alto. – Adrien assentiu, entendendo a fala – O Miraculous da joaninha eu não encontrei ou roubei, minha mãe deixou ele pra mim. Embora nunca tenha chegado a usar. Mas ela não contou a localização dos outros por segurança.

— Imagino. E o que nós fazemos agora?

— Não existe "nós". Esse problema é só meu, não quero você envolvido.

— Marinette, eu te amo e seus problemas são os meus problemas. – ela abriu a boca para falar, porém Adrien a cortou – Então nem tente me impedir, senão eu faço greve de sexo. – ela riu.

— Adrien...

— Eu estou falando sério.

— Não é isso. É que eu não quero que nada aconteça com você, sua família e seus amigos. – o semblante de Marinette, agora era preocupado – Eu não tenho família e tento manter os poucos amigos que tenho, bem longe dessa parte da minha vida. Eu tenho medo. – o loiro pôde ver no olhar de Marinette, que ela falava a verdade. Aquele era o mesmo olhar sincero de quando ela disse que o amava.

— E você acha que eu não tenho? – ela piscou confusa – Você tem medo de me perder, não tem? – a azulada assentiu – Então, é a mesma coisa que eu sinto sobre você. Eu tenho medo de te perder, por isso eu não posso deixar você fazer isso sozinha.

— Adrien...

— Eu também mataria e morreria por você, se fosse preciso. – se referiu à fala dela em uma de suas discussões. Marinette ficou paralisada por alguns segundos, impactada com o que o loiro tinha dito.

— Mas se o Fu descobrir que você está nisso também, ele...

— Ele não vai descobrir. E eu acho que tenho um plano.

***

— Então, basicamente o Nino disse que você estava com ebola e que seria curado em algumas horas. – Luka resumiu os acontecimentos do dia de ontem e Adrien riu.

— Em algumas horas? Sério?

— Foi o que eu consegui pensar no desespero! – protestou.

— Tem razão. Valeu por me cobrirem, pessoal.

— Falando nisso, o que houve? – o loiro suspirou. – Tem a ver com a Marinette?

— Tem.

— Ela tá grávida?

— O quê? Não! – exclamou rapidamente – Quer dizer, ao menos eu acho que não. Será? Não! Não. – riu nervoso – Ela teria me dito. – Luka e Nino trocaram olhares confusos – Viu só o que vocês fizeram? Agora eu estou paranoico!

— Tá, depois você toma um calmante, ou desmaia, ou sei lá. – o garoto de cabelos azuis balançou a mão – Agora nos conte o que aconteceu.

— Basicamente, eu descobri o porquê ela faz o que faz e como ela conseguiu o Miraculous.

— Jura? Qual é o motivo?

— É uma história longa e complicada, que eu infelizmente não posso contar. Mas posso garantir que ela não é uma pessoa ruim.

— Ah tá. – Luka suspirou – E devemos acreditar nisso de olhos fechados? Sem ofensa, eu confio em você, mas...

— Não confia nela, eu sei. É por isso que hoje, depois que a lanchonete fechar, eu disse pra Marinette vir aqui esclarecer algumas coisas com vocês.

— Sério? – Adrien assentiu.

— Talvez ela conte algo do passado, ainda não sei. Mas é muito difícil pra ela falar sobre, então por favor, não a pressionam.

— Ok.

— Pode deixar.

***

— Eu fiquei tão preocupada que cheguei a ligar pro Adrien! – Chloé exclamou – E eu tive que pegar o número dele na sua lista telefônica. Eu não faço isso por todo mundo. – Marinette riu e abraçou a loira.

— Eu sei, eu sei. Obrigada por se preocupar, mas eu já tinha avisado que faltaria.

— Sim, mas foi do nada. Eu imaginei que tivesse acontecido algo. Falando nisso o que é isso na sua bochecha. – tocou em um dos machucados feito pelos ninjas da Ordem, que infelizmente não ficou totalmente coberto, mesmo com muita maquiagem.

— A-Ah... Foi o Adrien.

— Ele te bateu? – indagou preocupada.

— Não no mau sentido.

— Hum! – a loira deu um sorriso travesso – Entendi. Acho que subestimei ele demais.

— Falando nisso, eu acho que tenho um cara perfeito pra você.

— Ah não, Marinette. – fez careta – Você sabe que eu não...

— Eu prometo que você vai gostar dele. E se não gostar, pode me dar um soco bem no meio da cara. – Chloé parou para pensar.

— Gostei da proposta. Posso pensar no caso então.

— Cruel da sua parte, mas fico feliz que ao menos cogitou a ideia. Vou falar com ele e te aviso.

— Tá bom. Não faça com que eu me arrependa e precise te socar. – Marinette riu.

— Não vou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAA ADRINETTE É TÃO FOFO!!!

Bom, eu avisei que esse capítulo era um pouco triste (não de chorar, mas ainda sim é pra baixo) porque conta um pouco da história da Lady Paon, uma das minhas versões favoritas da Marinette.

Só pra esclarecer, nesse universo eles são mais velhos. Nem todos tem as mesmas idades em todos as Terras.

Muito obrigada por terem lido, nos vemos no próximo capítulo! Espero que tenham gostado ♥ xoxo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Miraculous: Secret Wars TERRA-35" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.