Uma Canção de Sakura e Tomoyo: Finalmente Juntas escrita por Braunjakga


Capítulo 29
Você é agora um instrumento da Ordem




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Capítulo 27

Você é agora um instrumento da Ordem

 

Bilbao, Euskadi, Espanha

10 de Janeiro de 2008

 

I

 

Aeroporto de Bilbao

 

— Hey, pirralho, até que essas férias que você ganhou foi um presentão, não acha? Valeu a pena ter conquistado a Copa do Imperador! — disse Kero, cutucando o chinês.

— Não amola! Eu não tô aqui pra brincar… — disse Syaoran, sério.

— Caraca, maluco! Cê não relaxa nem quando tá viajando? 

— Eu não vim aqui pra relaxar… Vim aqui pra treinar… 

— Treinar mais ainda? Você já foi escolhido como melhor jogador jovem da competição! 

— E daí? Eu vou me casar com a Sakura esse ano e não é você quem vai bancar todos os custos… 

— E que isso tem a ver com treinamento?

— Se eu não continuar treinando, eu não vou ser o melhor pra sempre. Se eu não for o melhor, aí não vou ter dinheiro pra pagar seus jogos! 

— Peraí! Deixa eu falar! Se você só treinar também, não vai aproveitar a vida… 

— Você tá querendo é gente pra jogar videogame com você, não é?

— Então, não posso me esconder dos meus vícios! — disse Kero, gargalhando.

— Se eu fosse você, arranjava alguma coisa que preste pra fazer. Por que você não pede um livro de magia emprestado com o Spinel Sun? 

— Por mais que eu tô fazendo? Eu até vim com você pra descontrair um pouco! Bem, ler é… É pros mais fortes como você! 

— Sei… 

— Eu já passei 300 anos preso num livro e você quer que eu leia mais? 

— Sim, pra aprender mais! 

— Eu não preciso ler, porque eu já sei o que tá escrito! — disse Kerberos. Syaoran fez uma cara de incredulidade ouvindo aquele tipo de coisa. 

— Eu te trouxe aqui porque eu tô tendo um mal-pressentimento nessa viagem… Eu quero que você veja se não tem ninguém da Ordem do Dragão bisbilhotando por aqui… Entendeu?

— Tá certo, pirralho! Tá certo! Eu também tô sentindo umas paradas esquisitas aqui… Se bem que o País Basco respira magia! — disse Kero, aspirando o ar. — Só de respirar já dá pra sentir! Magia da boa! — De repente, Kero sentiu uma pressão atrás da nuca. Quando abriu os olhos, estava tudo escuro. — Hey, hey, pera aí!      

Syaoran fechou o zíper da mala que levava no ombro e trancafiou o guardião.

— Agora é hora de ficar quieto. Já estamos no aeroporto e não quero ver ninguém me vendo falar com um boneco… Os caras do Gamba já tão me olhando e dando risada… — disse o chinês, saindo do túnel de embarque e entrando no saguão do aeroporto.

— Me chamou de boneco, é? 

— E você me chamou de pirralho! Estamos quites! 

Enquanto discutia com o guardião, Syaoran esbarrou num homem alto de chapéu e sobretudo. A mala caiu. Kero gritou e Syaoran ficou preocupado, mas o homem simplesmente pegou a maleta e entregou para o chinês.

— Me desculpe! Pisei no seu pé? — disse o homem.

— Que isso, imagina! Quem pede desculpa sou eu! — disse Syaoran, apertando a mala entre os braços. Kero percebeu. — Eu já vou indo… — O chinês se afastou do homem e continuou o trajeto pelo salão de embarque junto com os outros companheiros de clube do Gamba Osaka. 

Assim que se afastou deles, os olhos do homem misterioso brilhavam em vermelho como sangue.

 

II 

 

Já era fim de tarde quando os rapazes do Gamba chegaram no hotel. Por ser o principal responsável pela conquista do título, Syaoran ganhou um quarto só seu. Ele jogou a mala em cima da cama e Kero saiu de lá revoltado.

— Quer me matar sufocado, é? 

— Você que pediu.

— E eu ia saber que a mala caiu? 

— Toma isso aqui e cala a boca, vai! — disse Syaoran, abrindo outra mala que tinha trazido. Ele jogou na cara de Kero um CD de “Super Mario Galaxy” e um pen drive com a memória dos jogos que o guardião jogou. Depois, tirou o rashinban e colocou em cima da mesa da sala do quarto.

— E eu vou jogar isso aqui onde? — disse Kero. Syaoran apontou com a cabeça para uma televisão. haviam três aparelhos de videogame no quarto e um deles era um Wii.

— Ah, agora faz sentido… 

— Faz sentido eu continuar treinando agora, Kero? Taí minhas regalias… 

— Pois é, pirralho! Só eu sei o quanto a Sakura tá sofrendo com isso de treinar. Ela me usa até como bloco de anotação pra faculdade! — disse Kero, sentindo na cara o mesmo sofrimento da mestra. Syaoran sorriu, mas reparou que, no chão, entre os objetos que saíram da mala quando Kero pulou com tudo, havia uma luva negra estranha, mas conhecida. Ele se agachou e pegou o objeto.

— O que é isso? 

— Sei lá! Não foi você quem trouxe isso aí, não?

Syaoran não estava conformado com a explicação.

— Examina elas! — disse Syaoran, jogando as luvas para Kero. O guardião fechou os olhos e a sua aura amarela apareceu.

— Eu não sinto nada de estranho nelas. São só luvas pretas de lã! 

— Isso não tá certo… — disse Syaoran. 

— Pelo visto, conseguimos criar uma magia que supera até mesmo a de Clow… — disse uma voz.

— Quem é? — disse Syaoran, sacando a espada de dentro da palma das mãos. Kero também liberou seus poderes e ficou na forma de leão alado. De repente, as luvas flutuaram no ar e começaram a se transformar. Elas cresceram tanto que, no fim, um homem de armadura vermelha como sangue saiu de dentro delas. Era um homem levemente calvo, com entradas na testa e uma barba rala, crescendo ao redor do queixo.

— Hey! Você é o mesmo cara que esbarrou em mim no aeroporto! 

— Hernan Cuesta, Interventor da Cantábria!   

Kero mordeu o pescoço dele e Syaoran enfiou a espada no peito do homem. Uma fumaça preta saiu de dentro do corpo dele e o Interventor sorria.

— Por que tá rindo? Eu coloquei um papelzinho na espada que bloqueia a sua magia! — disse o Chinês. — É magia minha! Não tem nada a ver com Clow!  

— Era justamente o que eu esperava que você fizesse! — O homem gargalhou. Kero soltou o pescoço do soldado da Ordem e Syaoran tirou a espada da barriga dele. O corpo dele virou fumaça novamente e apenas um espectro estava no lugar. 

— Vocês pensaram que ia ser tão fácil mesmo?

Syaoran e Kero ficaram chocados. O homem levantou as mãos e Kero foi arremessado na parede. Uma substância fantasmagórica saiu das mãos do homem e envolveu o corpo de Kero. Ele ficou totalmente paralisado.

— Agora você! 

Uma armadura vermelha como sangue entrou pelas janelas do quarto do hotel e envolveu o corpo de Syaoran. O rapaz gritou de dor. Choques elétricos eram dados a todo instante em seu corpo. 

— Mas… O que é isso?

— Você é agora um instrumento da Ordem.

— Como assim! — disse o pequeno lobo, trincando os dentes com o choque que levou.  

— Dentro dessa armadura, você é só um boneco que eu controlo! Agora vá fazer uma missão! 

Hernan Cuesta estendeu a mão e Syaoran voou pelos ares. Ele retirou do corpo de Kero a substância fantasmagórica e o guardião caiu no chão, na forma de boneco. Estava cansado e sem forças. 

— Esse poder é demoníaco mesmo! Pra onde você levou o pirralho? 

— Você não precisa saber… — Hernan Cuesta agarrou Kero e fechou a mão até o guardião parar de se contorcer. Ele abriu os dedos e Kero caiu no chão, inconsciente, amarrotado e sem força.

— Eu podia levar esse pequenininho, mas, por hora, vou mandar os dados dele pra aquele cretino da Catalunya… 

 

Continua… 

 


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