Não tem outro jeito escrita por Kaito


Capítulo 2
Adeus, meu primeiro amor


Notas iniciais do capítulo

Oie, fiz mais um capítulo! Gostaria de agradecer a Nhljulie, que me deixou feliz com o comentário, só isso mesmo. q
Amei o capítulo btw



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— Além de horóscopos, acho que sonhos são interessantes também. — Kallen sugeriu.

— Que tal horóscopo chinês, também? — Kaguya completou.

— Puta que pariu, é uma ideia pior que a outra. Por que a gente não desiste de por um professor e contrata alguém que saiba tarot? Sei lá, alguém dessa escola deve saber tarot... Nenhum irmão teu, Lelouch? Tu tem 50 mil irmãos. — CC trouxe à tona, entediada. — Ou podemos largar tudo isso e fazer um sabá, disso eu entendo bem. — Era da religião wicca.

Lelouch ficou pensativo e levou a mão ao queixo, a esverdeada observou bem, até perceber que Kallen a estava observando, então sorriu para ela, de forma meio sádica. A ruiva corou e desviou o olhar.

— Bem... — Enquanto o líder começou a explicar alguma coisa, CC olhou para a janela. Que situação irritante.

Era difícil engolir, assumir, respirar... Que havia se apaixonado por Lelouch. Não que fosse ruim de se apaixonar ou algo do gênero, e sim porque era simplesmente o acontecimento mais burro que podia existir. O britânico claramente era gay, da cabeça aos pés, não tinha como correr e mesmo assim... É. CC chegou a conclusão de que algo estava faltando em sua cabeça.

No começo, era divertido. Sabia que ele não curtia da fruta mas era sonso, então era engraçado e fofo ao mesmo tempo. Porém, começou a cansar da situação quando percebeu que ele estava apaixonado. Além da sensação de perda, ficava extremamente irritada em ele não lhe dizer por quem... Sempre achou que era a confidente dele! Se bem que, nem que era gay ele tinha lhe contado. Se pudesse mata-lo por lhe fazer sentir tantos sentimentos negativos, o mataria.

Mas enfim... Como sabia que ele estava apaixonado? Bem... Eram muitos sinais.

Sinal 1: As folhas de Lelouch sempre foram impecáveis, no máximo sujas de corretivo fita. Não ia a quase nenhuma aula, mas as que ia, era organizado e caprichoso, talvez tentando compensar isso ou pensasse que precisava dar um bom exemplo a Nunally. De qualquer forma... De uns tempos para cá, ele começou a riscar o canto das folhas, desenhando vários coraçõeszinhos a aula inteira. A esverdeada queria zoá-lo, mas sentia um pouco de vergonha alheia.

Sinal 2: Um dias desses o britânico não se importava com horóscopos, nem com nada em particular, era uma pessoa desinteressada. Mas acordou um dia, e quando CC se deu conta, ele parava em bancas para ler revistas adolescentes com dicas de namoro e com os benditos e infernizantes horóscopos. Quando a esverdeada perguntava o que ele estava fazendo, dizia que era algo para Nunally. O pior é que ela acreditou nas primeiras vezes.

Sinal 3: No dia dos namorados estava suspeitamente escondendo um chocolate. Naquele dia, CC teve certeza. Ele passou o dia inteiro esquisito, olhando para os lados, tirando e guardando o doce, escondendo a todo custo... Uma hora Kaguya viu o chocolate e ele disse que era para Nunally, novamente. No dia seguinte teve a oportunidade de falar com a própria, e ela riu. Riu! E disse que ele mesmo tinha cozinhado os doces! O único porém é que também tinha dito que realmente eram para ela... Mas duvidava, duvidava muito. Talvez uma parte fosse para ela, mas os chocolates do dia dos namorados... Eles eram para outra pessoa, tinha certeza.

Sinal 4: Ele andava distraído. No que estava pensando? Dominação mundial? Revolta contra o sistema? Só se isso realmente o fizesse sorrir como criança, porque era sempre isso que acontecia, em momentos aleatórios e frequentes. CC estava observando demais? Claro! Era uma garota apaixonada, afinal.

Sinal 5: Neste a verde já tinha certeza que ele estava apaixonado por alguém, só não sabia quem. Mas notou que ele começou a esconder ainda mais coisas, como as próprias folhinhas com corações, outras folhas, os livros que estava lendo, o que estava fazendo no celular e etc. Já não tinha mais volta.

Apesar da decepção da falta de aproximação, o que mais a frustrava era que não sabia bem como lidar com a situação. Não podia o obrigar a considera-la, então só lhe restava sofrer e ficar triste, com sorte criar ranço dele. Mas, infelizmente, os problemas não acabavam por aqui.

xxx

Era uma tarde chuvosa, naquele dia Milly tinha reunido o conselho para um piquenique e decidiu que o faria mesmo com a chuva. CC e Kaguya estavam lá, porém escondidas, tinham que suportar Zero, mas não podiam fazer aquilo na frente de Nunally, era uma verdadeira aventura.

Não entenderam como, mas começaram a brincar de esconde-esconde, então passaram a correr no meio da chuva, seguindo o outro distantemente até serem descobertas por Rivalz (Porra, Rivalz!) e a presidente as colocarem seriamente na brincadeira.

Foi aí, quando CC estava escondida e Kallen, por coincidência ou assim pensava, veio se esconder no mesmo lugar, que o problema começou.

— Vamos nos esconder ali, que é melhor. — A esverdeada sugeriu, tentando partir mas a ruiva lhe segurou o pulso.

— CC, eu...

— Que? Não temos tempo, Kallen.

— Espera, escute!

— Vencer é mais importante!

— CC! É sério!

— Droga, eu acho que o Rivalz viu a gente... Rápido! — CC a empurrou, mas a outra estava dura como pedra e as duas acabaram caindo, a verde em cima dela, com o menino citado aparecendo logo atrás.

— Achei! — Rivalz disse e saiu correndo, dando risadinhas.

A bruxa suspirou, nem fodendo que ia correr atrás de Rivalz, preferia aceitar a derrota. Levantou e se sentou, nem notando o quanto a outra estava envergonhada, até que a citada mesma soltou:

— ...Eu gosto de você...

xxx

CC não soubera se expressar muito bem naquele dia, em choque, apenas descobriu que Kallen antes de ter crush nela, tinha tido em Lelouch e Gino, o que queria dizer que ela era apenas uma garota do crush qualquer. Decidiu que, mesmo com o estresse, tentaria se divertir com a situação. Podia ser uma chance de esquecer Lelouch? Nah, não tinha o menor interesse em Kallen, mas ainda assim podia ser divertido.

— Ouviu, CC? — Ela pode ouvir Lelouch falando de repente.

— Ouvi.

— Ótimo.

Nesse momento, Nunnally entrou na sala com Rolo empurrando sua cadeira de rodas, cumprimentou todos com um breve “olá”, enquanto o outro só assentiu com a cabeça.

— Nunnally! — Lelouch brandou e se aproximou. Apesar de esquecido, mesmo assim Rolo sorriu vendo o irmão.

O britânico mais velho se ajoelhou aos pés da irmã e pegou em sua mão.

— Heh, olá, onii-sama! — ela respondeu com um sorriso. — Trouxemos duas notícias.

— O tio VV será o vidente agora, porque ele sabe Tarot. — Rolo completou.

— VV? Conheço ele, ele participa dos sabás... — CC acrescentou, surpresa. — Quem diria que eu conheço o tio de vocês. — Não era tão surpreendente assim, na verdade, a família era tão grande que você encontrava um até indo só no seu próprio banheiro.

— E a outra coisa foi uma ideia do Suzaku... — A debilitada voltou a falar. Todos ficaram tensos, esperando a reação de zero, mas ao mesmo tempo notaram que com a garota ali nada aconteceria e relaxaram juntos. — Ele disse que o vidente podia agir também como um guru do amor, e dizer a compatibilidade amorosa entre as pessoas, o futuro no relacionamento e esse tipo de coisa.

— É o que as pessoas querem saber mesmo! — Kaguya falou pela primeira vez no dia.

— Certo, então... — Lelouch se levantou, pensativo, com a mão no queixo, fazendo uma breve pausa. — Vamos fazer tudo, um vidente que fala dos dois horóscopos, faz tarot e também é guru do amor. — Todos se entreolharam empolgados. — E no fim fazemos um sabá, seja o que isso for.

CC foi até o que discursava e o abraçou por trás.

— Tem certeza?

— Absoluta. — Ele respondeu e ela o apertou, rindo.

— Então eu resolvo essa parte! Vamos lanchar, estou com fome. — A esverdeada disse.

Todos foram indo, e Kallen se aproximou dos irmãos.

— Milly não vai ficar brava de resolvermos isso assim? — Ela trouxe à tona.

— Ela já aprovou a ideia antes. — Rolo respondeu e Nunnally assentiu.

Assim, foram todos comer.

xxx

Shirley estava tensa, e não, não era por terem roubado seu protagonismo. Na verdade, era porque tinha o plano perfeito mas quase sempre ele dava errado. E também, porque estava tentando ficar sozinha com CC há um tempo e nada parecia dar certo, sempre alguém aparecia ou ela se recusava a ir buscar algo com a ruiva, entre outros.

Porém, naquele dia, estava conversando com Nunnally quando CC se aproximou.

— Ah! CC! — A menor ali brandou. — Posso te perguntar uma coisa?

— Ah, claro. — A esverdeada respondeu, Shirley ficou meio impaciente, como sempre teve ciúmes dela, mesmo agora sabendo a verdade ainda tinha um certo ranço. Talvez soubesse que ela roubou seu protagonismo. — O que é?

— Meu irmão não vai ser sincero na minha frente, mas... — A de cabelos bem clarinhos falou dando um breve suspiro. — Conversei com Suzaku, queria saber se algo mudou.

— O que? — A verde.

Shirley pode sentir suas orelhas mudando de tamanho, que momento bom para estar naquela conversa, de repente estava perdoando CC.

— Eu pedi para Suzaku participar da brincadeira do Zero, algo mudou? — A garotinha respondeu. Mas antes que a bruxa pudesse responder, Shirley se intrometeu bruscamente:

— Como assim, Nunna? Q-Quer dizer... Eu não sabia que... — Não conseguia pensar direito como explicar, mas a questionada continuou por si só.

— Bem... Eu sei do Zero, não porque o onii-sama me contou, mas... A Aniya me contou e até gravou alguns vídeos... Depois ouvi sobre do próprio Suzaku quando perguntei... A Euphy me contou um pouco mais, também... Isso me deixava um pouco triste, não só pelo onii-sama estar escondendo algo de mim, mas também porque... — Nunnally pôs a mão abaixo do queixo, como seu irmão fazia, pensativa. — Somos amigos de infância, e Suzaku é um amigo muito precioso. Então eu pensei por muitos dias o que fazer... — Mesmo sem poder ver, ela olhou para os lados e balançou a cabeça. — Comecei a achar fofo, acho que entendo porque ele faz isso... Mas decidi que Suzaku não podia continuar sofrendo com isso, então lhe disse para aceitar o meu irmão.

— Aceitar? Como inimigo? — A verde questionou.

— Exato! Para ele revidar! — Nunnally bateu palminhas. — Não é esperto?

— Olha... Sim.

— É genial, Nunna! — Shirley pegou suas mãos. Agora tudo estava se encaixando, por isso a mudança repentina em Suzaku. Nunnally era incrível! Mas será que ela realmente entendia o motivo? — Suzaku está agindo totalmente diferente, está muito engraçado! — A que ouvia riu.

— Então, eu ia pedir ajuda pra decorar a-! — CC tentou trazer de volta o motivo principal de estarem ali mas a ruiva a impediu.

— Milly pediu nossa ajuda urgentemente na sala do conselho, você inclusa CC! Vamos lá? — Pediu.

— Oh, sério? Então vamos! — Nunnally que concordara, e mesmo confusa a verde seguiu as duas.

Era aí que entrava seu plano infalível.

xxx

Lelouch arrumava sua capa e entrava na sala que supostamente tinha que decorar. Ia ao encontro de Shirley, mas quando entrou deu de cara com Suzaku. Isso era plano dela?! Não tinha a levado a sério, mas nos últimos dias enquanto todos pareciam, como de praxe, tentar impedir que os dois se encontrassem, a ruiva fazia o oposto. No fundo, estava feliz com alguém o apoiando nisso.

— S-Suzaku?! — ele disse por instinto, antes de pensar tudo acima. — Hahaha! Está aqui sozinho? Quanta coragem...

Suzaku virou lentamente e jogou uma cartolina enrolada para o outro, mantendo uma em suas mãos.

— É uma pena que você não vai aceitar trabalhar comigo de boas. — Ele disse e fez uma pose de batalha. — Afinal, conseguimos fazer qualquer coisa juntos.

— V-Você lembra disso?! Fazem 7 anos! — Não sabia bem o que estava fazendo, mas fez pose de batalha segurando a cartolina também.

— Você não esqueceu também. — ele sorriu. — Vamos fazer assim, se eu vencer em uma disputa de espadatolinas, você trabalha de boas comigo, se você vencer... Eu vou embora e você pode chamar as suas subordinadas ou sei lá, o que quiser.

Droga, agora Lelouch queria perder. Mas ele ia de todo jeito, afinal, não tinha como vencer de Suzaku em competições físicas, seria bom se pudesse enfrenta-lo algum dia com algo teórico... Talvez Shirley pudesse ajuda-lo com isso.

— Certo. — Aceitou.

Suzaku fingiu que avançava várias vezes, dando alguns sustos em Lelouch, que começou a ficar irritado. Como resultando, o próprio britânico correu até o japonês, pronto para acertá-lo, mas quando mirou nele o outro desviou, puxou seu pulso para que caísse e o segurou pela barriga, por fim... Bateu a cartolina em sua bunda. O de cabelos pretos nunca se sentiu tão assediado na vida, ficando completamente vermelho, com fumacinhas saindo de todas as suas extremidades.

— Eu venci! — O moreno brandou, mas o outro estava parado, cristalizado. — Lelouch? — Como o tinha em seus braços, o levantou para encará-lo, confuso. — Te machuquei?

Estava em choque, não conseguia raciocinar direito. Era muito besta da sua parte ficar tocado com ser violado por uma cartolina? Mas era a cartolina de Suzaku... Sentia como se não pudesse mais casar. De qualquer forma, engoliu um seco.

— É Zero. — Foi a primeira coisa que conseguiu dizer, saindo dos braços do outro.

— Não tem graça, o Zero não é meu amigo de infância. — Suzaku reclamou. — Mas faz sentido, por isso sinto tanta falta do Lelouch com ele estando bem do meu lado.

O de olhos roxos corou mais uma vez, se virando por não saber que expressão acabaria fazendo. Será que um sorriso estava escapando? O pior é que nem sabia direito o que fazer com essa informação, ficava profundamente feliz, mas seu amor continuava impossível.

— Suzaku... — Lelouch chamou e as chamas da esperança se acenderam nos olhos do japonês. — Somos inimigos... Mas como você venceu, hoje temos uma trégua. Não se engane! — E foi todo extra fazer pose de novo, com um sorriso falsamente confiante.

— Fico feliz!

Zero estava se virando, mais calmo do coração, quando do nada o outro alcançou seu rosto com a mão e tocou em seu cabelo. Corou arduamente de novo, virando pedra, com os olhos arregalados.

— Tinha um papel no seu cabelo... Estava ajudando a Milly? — Suzaku jogou o papel no ar e encarou o companheiro, rindo baixo. — Que expressão engraçada, Lelo-Zero! Acertei dessa vez! — E riu mais um pouco.

O que era questionado balançou a cabeça, afastando os pensamentos de “ele é fofo” “ele é muito fofo” “como alguém pode ser tão fofo” “eu vou morrer de fofura”, respirando fundo.

— Seu cabelo é sedoso, parece de menina. — Ele aproximou a mão, mas então recuou. — Posso...?

Lelouch mais uma vez congelou, talvez interagir tanto com Suzaku não fosse uma boa ideia, talvez fosse melhor pedir para Shirley parar com isso, afinal... Ele ainda era o namorado de Euphemia. Ficou triste de repente, mas se prometeu que essa seria a última vez, uma despedida, podia aproveitar do fundo de seu coração.... Então assentiu, timidamente, fechando os olhos, completamente corado. Mesmo que fosse só seu cabelo, seu corpo inteiro ficava arrepiado imaginando.

O japonês se pôs a tocar mas assim que tocou, recuou de novo, ao mesmo tempo que a porta abriu estrondosamente e Milly, Rivalz, Nina, Kallen, CC, Nunnally, Rolo e Shirley, que não estava nada contente, entraram.

— Que? O que estavam fazendo? — Rivalz foi o primeiro a questionar.

— Não arrumaram nada ainda? Que incompetentes! — Milly zombou, se aproximando de Suzaku.

Lelouch corou mais, seu coração quase parou ao ser flagrado assim e sem dizer nada deixou a sala, cobrindo a boca com a mão como se impedisse que seu coração fugisse... E talvez agarrasse Suzaku ali mesmo.

— Lulu? — Shirley questionou.

— Vai atrás dele, mulher! — Milly bateu palminhas e a ruiva corou, assentindo. CC acompanhou com o olhar ela deixando a sala em seguida, mas ficou onde estava.

— Rolo! Vamos também! — Nunnally pediu e o irmão se posicionou para irem, mas Milly impediu a porta.

— Hehe, deixem Shirley ir... Sim? Por favorzinho? — A presidente pediu, mostrando a língua e fechando um olho.

— Que idiota, claro que não! O nii-san-! — Rolo protestou, mas foi interrompido pela irmã.

— Não, Rolo... Vamos deixar assim. — Ele só assentiu, murfinho.

— É melhor eu ir! — O japonês se prontificou.

— Segura essa bainha aí, você tem que ajudar a gente! — A loira foi o empurrando. — A Shirley vai cuidar de tudo!

— Eles fizeram uma coisa, sim... Sujaram o chão. — Nina reclamou, pegando o papel que estava no chão e mostrando para todos.

— É só um pedaço minúsculo de papel, Nina. — Rivalz reclamou.

— Não só isso! Eu estava fazendo uma batalha de espadatolinas com o Lelouch para ele aceitar me ajudar. — Suzaku confessou, parecia orgulhoso, tinha se divertido afinal!

— E nós estávamos cuidando do Lloyd-sensei e do Orange-sensei... — Kallen desabafou, massageando as têmporas.

— O que houve?

— Eles estão fazendo greve de fome porque substituímos eles pelo tio VV. — Rolo que explicou, parecendo tão cansado quanto a ruiva.

— Tudo bem! Lloyd-sensei vai desistir rapidinho! — Milly anunciou e riu, os outros ainda pareciam meio preocupados.

xxx

— Lulu! Espera! — Shirley chamou e o outro se virou para ela. — Não deu certo...?

— Deu... Até demais, eu diria. Mas, Shirley... — Ele encarou bem o fundo dos seus olhos. — Temos que parar com isso, o Suzaku é namorado da Euphemia...

— Mas-! — Foi interrompida.

— E eu vou acabar me machucando...

Não haviam mentiras naquele pedido... A ruiva sentiu uma pitada de culpa. Nunca imaginou que veria aquela expressão nos olhos de seu amado, tudo aquilo era tão novo e tão íntimo, mas não conseguia ficar feliz. Queria ajuda-lo a todo custo, por si mesma, não por ele. Mas ele estava certo, algumas coisas eram impossíveis, ou era isso que ele estava a fazendo pensar. De repente, todo o seu otimismo e energia para juntar os dois parecia algo estúpido e injusto, impensado.

— Tá bem, então... Vou parar, me desculpe... — Ela se aproximou, preocupada com a expressão dolorosa dele.

Era pretensão demais? Pensar que sentia como se o conhecesse o suficiente para saber que ele não queria desistir? Mas fazia aquilo por Euphemia, sua irmã.

— Tudo bem, graças a você consegui algumas memórias que vou guardar com carinho para sempre. — Confessou e sorriu de forma doce, de repente abraçando a outra. — Muito obrigado, eu fiquei feliz em ter uma pessoa torcendo pelo meu amor impossível, mesmo assim.

O coração de Shirley bateu rápido e aproveitou o abraço, sentindo seu coração ficar quentinho. Era como se gostar de Lelouch nem doesse mais, afinal, agora tinha uma relação com ele que superava qualquer coisa.

É uma pena, que Lelouch e Shirley tenham que dar adeus ao primeiro amor deles assim.


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Notas finais do capítulo

mas a história continua...



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