Twilight in Titanic escrita por Angel Carol Platt Cullen
Capítulo 8
14 de abril de 1912 – noite
Esme e Carlisle estavam passeando pelo convés sozinho, pois a mãe dela os deixou ali, quando o navio bateu no iceberg provocando uma chuva de pedaços de gelo para dentro:
— Vai bater! – grita Esme apavorada.
O médico a afasta quando os pedaços de água gelada caem no chão:
— Cuidado Esme! – ele jamais permitiria que algo a machuque se pode impedir.
Ela fica tão emocionada com o gesto que quase chora, pois Charles só a tocava para bater nela.
— - Obrigada – agradece. – O que será que houve?
— Não sei.
— Como não viram essa montanha flutuante antes? – indaga ela sem acreditar.
Na verdade sabiam porque outros navios alertaram mas decidiram ignorar o aviso por pura ganância colocaram a vida dos passageiros em risco só para chegar nos EUA na terça e não na quarta. Que diferença faria? era melhor chegar mais tarde e com segurança do que ir com pressa e sofrer um acidente.
— Virar um transatlântico desse tamanho não deve ser fácil, aposto que viraram totalmente. Mas o pior pode ser o estrago que o gelo provocou no casco do navio, porque a maior parte do gelo fica debaixo d’água.
— O Titanic vai afundar? – ela nunca acreditou que o navio fosse ‘inafundável’. Ele pode flutuar no oceano somente por uma espécie de ‘conseção’ e cálculos e projeções, mas a natureza é que afunde porque é mais pesado que a água e foi feito para afundar.
Esme fica com medo agora coma possibilidade iminente, talvez não aconteça o pior, mas é melhor estar preparada. Talvez Deus esteja punindo a arrogância humana por terem feito um barco tão grade. Lembra um pouco a história bíblica da torre de Babel. Mas, não, Ele não faria isso porque pereceriam muitos inocentes, deve ser apenas consequência de atos humanos.
— Ainda é cedo para dizer se houve algum dano. Eu não sou engenheiro naval, mas acredito que deve haver alguma coisa para casos de emergência como esse – as comportas, mas não adiantou foi demais o estrago. – Creio que a tripulação vai cuidar disso e avisar os passageiros se for necessário.
Porém isso não aconteceu como Carlisle acreditava, eles demoraram muito para avisar aqueles que estavam a bordo e mesmo assim os botes não eram suficiente para todos os passageiros.
— Não sei – Esme diz cética.
Ela volta para a cabine e veste roupas quentes.
...XXX...
— Apenas mulheres e crianças nos botes – diz um integrante da tripulação. Edward e a mãe já foram no primeiro que saiu assim como a empregada dos Evenson.
— Vá Esme, eu vou ficar bem – Carlisle assegura.
É verdade pois ele é um vampiro e vai sobreviver de qualquer forma, por isso vai deixar que outra pessoa salve-se em seu lugar. Ele é tão altruísta! Vai salvar quantos puder. Gostaria que ninguém morresse, mas não pode salvar todo mundo. Infelizmente.
— Carlisle eu não vou sem você. Não posso deixá-lo para trás.
— Esme por favor vá, não se preocupe comigo. Eu vou ficar e cuidar dos feridos, a situação está um caos.
Ouvem um tiro do outro lado do navio.
— Meu Deus! Isso está virando uma selvageria.
— Todos estão lutando pela própria vida, nem pensam mais. Vai Esme. eu vou ficar bem.
Sabe-se lá onde Charles se meteu, Esme espera que ao menos sua mãe esteja bem. Elas se perderam em meio a multidão. Katherine aparece afobada:
— Filha!
— Mamãe!
— Oh Esme, que bom que a encontrei bem. A situação está horrível! É uma guerra! Todos lutando para sobreviver. Não respeitam mais nada!
— Infelizmente não há lugar para todos nos botes – informa Carlisle.
— Isso é muito triste! – diz Esme. – Muitas pessoas vão morrer.
— Por isso vocês duas tem de ir.
— Preciso de mais mulheres e crianças! – grita o marinheiro.
Carlisle passa por entre o grupo de pessoas ao lado do bote e apresenta as mulheres.
Antes de subir a bordo, Katherine dá um beijo no rosto do médico e Esme beija-lhe na boca. Por um instante Carlisle fica atônito, pois foi pego de surpresa com o gesto. Somente ela é capaz de deixá-lo assim. Essa menina!
...XXX...
Quando está com pouco mais de setenta pessoas a embarcação começa a descer ao mar.
Esme olha para cima e vê os rostos de Charles e Carlisle iluminados pela luz de um foguete de sinalização que foi disparado pela chaminé. Ninguém pode ver, é inútil. Por um instante a noite fica tão clara como o dia. ‘Que horas são?’ pensa. Deve ser quase uma hora da madrugada.
— Eu sabia que ela estaria com você – diz o Sr. Evenson.
— Eu encontrei ela e a mãe no convés aflitas – mente.
— Não precisa mais dizer que não. Eu vi como você olha para minha noiva...
— Eu não sei do que está falando – continua o Dr. Cullen.
— Se você prefere assim. Mas agora você a deixou ir como eu também tenho. Mas eu vou conseguir me salvar – mostra sua arma.
Charles fica satisfeito por pensar que Esme está longe deles agora. Inacessível.
— E onde o senhor estava, posso saber? Não deveria tê-las deixado sozinhas.
— Não lhe devo satisfação, mas eu vou lhe dar. Eu estava no salão jogando cartas com meus amigos.
— Quanta leviandade! Mas as duas estão bem agora, graças a mim.
Charles se irrita com a acusação mesmo que verdadeira e dá um soco no rosto de Carlisle. No entanto ao fazer isso ele acaba quebrando a mão.
— Vou fazer você engolir esse sorrisinho petulante. – ao invés de ele ter machucado o outro como pretendia, ele mesmo acabou se ferindo. – Ahhhhhhhhhhhh! – ele geme de dor. Sempre fez os outros sofrerem agora sente um pouco do próprio veneno.
— Me desculpe – pede o médico.
— O que é você?! Parece uma pedra como aquela em que batemos.
— Deixe-me ver como está.
— Me deixe em paz! – Charles se afasta em meio a multidão.
...XXX...
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