Twilight in Titanic escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 2
Capítulo 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/783576/chapter/2

11 de abril de 1912

Esme não estava se sentindo bem e mal conseguiu dormir na noite passada. Ela espera que não seja o que ela está pensando. Que os enjôos não signifiquem nada mais do que mal-estar provocado pelo balanço do navio. Apesar da aparente estabilidade do Titanic ela pode sentir as oscilações que ele faz levemente. Talvez ela tenha o estômago muito sensível.

Ela espera que não esteja grávida de Charles, reza a Deus, implora para que não seja isso. Ela sabe que ele vai mandá-la abortar o bebê e ela jamais faria isso, pois seria assassinato. Seria um escândalo se ela já estiver esperando um filho mesmo antes do casamento, mas a criança não pode pagar por um erro do pai. Se ele não tivesse forçado Esme a manter relações sexuais antes do matrimônio ela não teria engravidado. Não é justo. Ela não abortaria de jeito nenhum! Seria o pior tipo de crime matar uma criança indefesa, ela é a mãe e vai proteger o filho, mesmo que do próprio pai e custe o que custar.

Esme não queria ter um filho agora, mas já que aconteceu, talvez... Ela pede a Deus que não seja isso. Charles não merece ser pai. Ele não lhe dará o sossego que uma mulher grávida precisa. as mulheres já passam por muito desconforto com as mudanças provocadas pela gestação para acomodar o bebê em desenvolvimento, não precisa de mais outra coisa que venha perturbar sua tranquilidade. Gravidez não é doença, mas precisa de respeito.

...XXX...

 

Ela procura o hospital do navio sem avisar a mãe nem ninguém para não preocupá-los à toa. Lá chegando ela tem uma grande surpresa ao encontrar o médico que cuidou dela ano passado:

— Oh Dr. Cullen, o senhor aqui? – ela fica tão contente em revê-lo.

— Esme, é você? – antes de vê-la ele sentiu seu perfume.

Não poderia estar enganando, nunca errou, mas precisou ver para confirmar. Ele a deixou em Columbus, como ela poderia estar ali?

— Sim, sou eu mesma. Você lembra de mim!

— Jamais esqueceria minha melhor paciente.

Ela enrubesce com o elogio e abaixa a cabeça.

— O que você faz aqui senhorita Platt? - indaga.

Ela ignora o fato de que logo será senhora e ele errou, mas releva. Ele não sabe disso ainda e julga apenas pela idade dela. Como deveria ser.

— No navio ou no hospital?

— Nos dois. Não esperava reencontrá-la aqui, mas é uma grata surpresa.

— Para mim também. Que mundo pequeno!

— Nem tanto; eu já viajei muito e conheço vários lugares e posso lhe assegurar que isso é só força de expressão - ele não diz para se gabar e ela compreende isso.

Parece que foi o destino que os fez se reencontrarem.

— Você está trabalhando no Titanic agora?

— Sim e você faz o que aqui Miss Platt?

— Eu estou com minha família - Ela não contou que já estava noiva, não pensou que seria importante. E se Carlisle reparou no anel de noivado não fez qualquer comentário. – E não estou me sentindo muito bem.

— Você está enjoada? - questiona ele e acertando o palpite.

— Sim, como você adivinhou?

— Eu sou médico lembra, e além do mais nos primeiros dias os passageiros sempre vem ao hospital se queixando de indisposição por causa da viagem no mar.

— Ah! - Esme fica um pouco mais relaxada por não ser a única que veio pedir socorro.

— Vou lhe dar algumas pílulas e você vai se sentir melhor logo – Carlisle continua falando.

— Obrigada, tomara que funcione – Esme assente. – Dr. Cullen... – ela chama quando ele vira para pegar o remédio na prateleira.

— Me chame apenas de Carlisle, senhorita Platt.

— Se você me chamar de Esme, não Miss Platt.

‘Será que ela já está casada?’ Ele pensa. ‘Não, ela ainda é muito nova para isso.’ Ainda não, mas ela já está noiva.

— Tudo bem, como quiser, Esme.

— Seu nome é lindo Carlisle! Eu estive nessa cidade do norte da Inglaterra e visitei o castelo e a muralha!

— É mesmo deslumbrante! Já fui lá conhecer.

— Então você é inglês Carlisle?

— Sim; eu nasci em Londres, mas minha família se mudou para os EUA quando eu era ainda criança.

— Eu queria agradecê-lo por ter cuidado de mim ano passado. Depois que pude andar eu fui procurar você lá no hospital de Columbus levando um bolo que eu fiz, mas não o encontrei mais.

— Me desculpe Esme, eu tive que vir por causa de minha tia. Obrigado mesmo assim - mente, sem má intenção.

— Oh! Ela está bem?

— Infelizmente ela morreu – ele sente ter que mentir para ela e isso é tão difícil como se ele estivesse enganando sua própria mãe.

— Meus pêsames!

— Obrigado. Ah! achei, aqui está – ele pega o frasco de comprimidos e estende para ela. – Tome quando precisar, mas no máximo quatro por dia. Acho que será suficiente para a viagem, se acabar pode vir buscar mais.

— Quanto fica?

— Não se preocupe. É de graça.

— A White Star cede aos passageiros?

— Sim – Carlisle mente novamente. Ele é que vai pagar para ela. É o mínimo para se desculpar pelo que fez ano passado, mesmo que sem intenção de magoá-la. – Tomara que passe logo seu mal-estar.

— Obrigada – ela diz abaixando a cabeça. Não sabe por que, mas ele a deixa tímida.

— Até mais, Esme.

— Até logo Carlisle – ela sorri e volta para sua cabine na primeira classe.

Os dois ficam pensando no reencontro.

Por que eles se reencontraram???

...XXX...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Twilight in Titanic" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.