Twilight in Titanic escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 3
Capítulo 3




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 — Onde você foi a essa hora Esme? Eu estava aflita – diz sua mãe ao ver a filha finalmente chegando. – Charles estava procurando por você. Colocou até a polícia atrás de você!

Esme revira os olhos. O noivo só se importa consigo mesmo e não estava aflito de verdade. Ele estava mais preocupado com o que as pessoas iriam dizer se a vissem sozinha pelo navio. Mas os ricos dormem tarde e acordam depois das dez e ninguém viu nada. Charles fez tudo isso em vão, apenas para se mostrar.

Ela iria para onde? O navio é grande, mas ela não poderia se esconder o resto da viagem e se ela se perdesse e não soubesse voltar, era só pedir informações. Ela não é tão boba quanto ele pensa ou gostaria que ela fosse. Ele não vai mandar nela como se fosse um de seus empregados da fábrica. A escravidão já acabou faz tempo e ninguém é dono de outra pessoa. E além do mais, ela não iria sair; eles se preocuparam à toa.

E tem mais, ela não é nenhum criminoso para ser perseguido pela polícia. Quem Charles pensa que é? Ele não é seu dono, não controla sua vontade. Ele não tem confiança? É tão inseguro por que sabe o que faz não segura ninguém, apenas afasta as pessoas de si. Se ele fosse amável não precisaria ter medo, pois teria certeza de que ela iria voltar fosse para onde fosse.

Se o gesto viesse de outra pessoa ela até poderia entender como cuidado, mas vindo do noivo sabe que é possessividade, ciúmes.

— Eu fui ao hospital do navio, mamãe, não queria preocupá-los.

— Você não deveria ter saído sem falar para ninguém querida. Você está machucada?

Ela não se importava quando Esme reclamava da brutalidade do noivo, porque finge preocupação agora?

— Viu só! Era isso que eu queria evitar.

— Esme, você é minha única filha e eu me importo com você.

— Se importa? Você permite que Charles me machuque e diz que está tudo bem! Se papai estivesse vendo isso não iria permitir.

— Esme, por favor, não fale assim. Eu quero seu bem.

— Meu bem? Meu bem é casar com um homem que me espanca? – ela quase diz que também a estupra mesmo ainda eles não tendo se casado.

— Esme, eu estou cumprindo a vontade de seu pai.

— Ele não viu que Charles era assim - Talvez ele fez de propósito e só agora depois da morte do sogro se comporta dessa maneira, pois sabe que ninguém vai  se opor ou impedi-lo. Possivelmente ele mesmo mandou matá-lo.

— Depois que casarem ele vai se acalmar.

— Não acho mamãe.

Ouvem passos se aproximando pelo corredor e abrirem a porta do quarto:

— Esme! – grita Charles ao vê-la. – Ah, onde você estava...? – ela percebe que ele se contem para não insultá-la na frente da mãe. Depois do que Katherine disse, Esme pensa que a mãe não faria nada se ouvisse o futuro genro dizer algum palavrão para a própria filha.

— Fui até o hospital buscar alguns comprimidos para enjoo, não pensei que deveria incomodá-los com isso. Mas estava enganada olha a confusão que fiz sem querer! Me desculpem - diz inocente e realmente sentida por ter feito isso.

Charles olha de uma forma censurando a mãe de Esme, como se dissesse ‘Você deveria ter educado melhor sua filha, onde se viu sair assim sem avisar?’.

— Você não deveria ter ido lá sozinha. Por que não pediu que sua mãe a acompanhasse?

— Era cedo ainda e ela estava dormindo - Esme tenta se escusar.

— Você poderia ter esperado eu me arrumar!

— Tudo bem, já foi. Me desculpe. Eu estou precisando muito do remédio...

— Você disse que está enjoada?! – diz a mãe de Esme e olha para o genro. – Você não...? Não acredito. Meu Deus!

— Não se preocupe minha sogra, é impossível que Esme esteja grávida, só se for um milagre.

Canalha! Ele sabe que é bem provável. A expressão de Esme mostra que ela poderia mesmo estar esperando um filho dele. Mas será que a mãe entendeu?

— Seria um escândalo! Teriam que se casar o quanto antes.

— Sim, eu sei, minha sogra - responde Charles como se nada estivesse acontecendo com a maior inocência ou cara-de-pau. Parte dele, como macho, gostaria mesmo de ter feito isso. É sinal de virilidade.

...XXX...

 

A mãe de Esme tinha vindo ao quarto da filha para ajudá-la a se vestir, mas ela já tinha saído. Provavelmente foi ajudada pela empregada. Katherine ficou um pouco magoada com a atitude da filha e se sente deixada de lado. Como já não precisavam mais dela, a senhora voltou para seu aposento do outro lado do corredor para dar privacidade aos noivos.

Quando os dois ficaram sozinhos Charles quis saber:

— É verdade mesmo, ou você inventou aquela história? Você não está me enganando, não é? Sabe que se eu descobrir mato você e seu amante.

Nossa como ele é desconfiado!

— Não, eu juro! Fui mesmo ao hospital – ela mostra a garrafa com os medicamentos.

— Então é mesmo verdade, você está enjoada.

— Estou; não queria incomodá-lo com isso. Meu estômago é fraco.

— Na viagem de vinda você não teve maiores problemas.

— Eu senti um pouco, sim - revela Esme.

— Você não acha que pode já estar grávida, não é?

— Acho que não. Tenho certeza – mente para proteger o bebê se estiver mesmo esperando um filho. – Minha menstruação veio mês passado.

— Argh! – a reação de Charles é a reação de quase todos os homens. Típico. Eles querem ter o filho, mas não fazem ideia o que a mulher passa e nem querem saber. Nem dão a mínima.  Elas pecaram e agora sofrem as consequências do que Eva fez. Deus as pune. Não é com eles, não interessa. Não tem o mínimo de compaixão. – Então fale isso para sua mãe, ela pensa que eu corrompi a filha dela.

Esme revira os olhos sabendo que não é mais virgem faz tempo. Charles tirou isso dela. Esme queria entregar para alguém que merecesse, mas o noivo a forçou. Ela tem que esconder do noivo sua reação, pois ele iria bater nela se visse a noiva o desafiar agindo dessa forma. Ele pode ter seu corpo, mas nunca vai conseguir alcançar sua mente muito menos a alma ou espírito. Ela é livre para pensar o que quiser.

...XXX...


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